Arquivos filosofia - Rede Sina https://redesina.com.br/tag/filosofia/ Comunicação fora do padrão Mon, 05 Sep 2022 00:15:31 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.4.4 https://redesina.com.br/wp-content/uploads/2016/02/cropped-LOGO-SINA-V4-01-32x32.jpg Arquivos filosofia - Rede Sina https://redesina.com.br/tag/filosofia/ 32 32 MADRUGADA INQUIETA | DOIS FILMES PARA PENSAR SOBRE NOSSOS TEMPOS https://redesina.com.br/madrugada-inquieta-dois-filmes-pra-pensar-sobre-nossos-tempos/ https://redesina.com.br/madrugada-inquieta-dois-filmes-pra-pensar-sobre-nossos-tempos/#respond Mon, 27 Dec 2021 04:56:09 +0000 https://redesina.com.br/?p=17097 por Mel Inquieta / Melina Guterres Quem trabalha com conteúdo sabe que uma vírgula pode mudar todo sentido de uma frase. Imagina quem trabalha com dados. O filme “Dilema nas Redes” mostra bastante o conflito ético de profissionais que entendem bem de inteligência artificial e o tanto quanto ela é nociva. Fake news dão mais …

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por Mel Inquieta / Melina Guterres

Quem trabalha com conteúdo sabe que uma vírgula pode mudar todo sentido de uma frase.

Imagina quem trabalha com dados. O filme “Dilema nas Redes” mostra bastante o conflito ético de profissionais que entendem bem de inteligência artificial e o tanto quanto ela é nociva. Fake news dão mais lucro para empresas que notícias verdadeiras. E quem já está careca de saber de tudo isso e assistiu “Não olhe para cima” deve estar batendo palmas no seu sofá. O filme disponível somente na Netflix é uma sátira a todo negacionismo. Com grande elenco como Leonardo DiCaprio e Meryl Streep, impossível não associar o filme de Adam McKay com os governos Trump e Bolsonaro em relação ao Covid.

A sátira apocalíptica mostra o desdém dos governos com a ciência, a supervalorizaçâo do supérfluo. No filme um cometa capaz de destruir a Terra é anunciado pelos cientistas. Na realidade se os governos tivessem tomado medidas preventivas e comprado vacinas antes, não teríamos tantos números de mortos por Covid.

O negacionismo parece tão ilógico assim como os grupos que voltam a afirmar que a Terra é plana.

No entanto não dá pra avaliar esses tempos sem debater a Inteligência Artificial, sua capacidade de segmentar e influenciar grupos.

Os dados que “O Dilema das Redes” traz mostra um mundo cada ano mais polarizado. Cada pessoa recebe informações conforme seus gostos pessoais e assim vão formando seus grupo, alguns catastróficos capazes de promover a violência e assassinatos em massa.

Os algoritmos não são capazes de distinguir certo de errado, mas induzem e fomentam qualquer lado. São números, bolhas de informações. Por mais que as tecnologia avancem, a Inteligência Artificial serve para quem?

Não existe bem e mal. Existem várias verdades e o capitalismo acima de tudo.

O ódio, as fake news, geram engajamento e lucro.  Nenhuma novidade para indústria bélica, que lucram a cada nova guerra. A morte, violência dá visibilidade, pergunte para qualquer editor de site de notícias.

A questão é como sair dessa bolha lucrativa da banalidade do mal.

As máquinas fomentam o que cada um propaga. Umberto Eco que faleceu em 2016 já dizia  “As redes sociais deram o direito à palavra a legiões de imbecis que, antes, só falavam nos bares, após um copo de vinho e não causavam nenhum mal para a coletividade. Nós os fazíamos calar imediatamente, enquanto hoje eles têm o mesmo direito de palavra do que um prêmio Nobel. É a invasão dos imbecis”.

Os “imbecis” desse tempo crescem com a ajuda da Inteligência Artificial. A pós-verdade, (capacidade das emoções sobrepor-se à verdade), impera.

Mas ela também não é novidade. Na Alemanha nazista, as pessoas se deixaram influenciar e quase exterminaram o povo judeu.

Hanna Arendt, em sua obra Eichmann em Jerusalem, diz que o nazista Adolf Eichmann, um dos responsáveis pelo transporte dos prisioneiros judeus para os campos de concentração, que levaria milhões de pessoas aos mais diversos tipos de torturas e à morte, disse em seu julgamento que apenas cumpria ordens.  Hanna ainda diz: O problema com Eichmann era exatamente que muitos eram como ele, e muitos não eram nem pervertidos, nem sádicos, mas eram e ainda são terrível e assustadoramente normais. Do ponto de vista de nossas instituições e de nossos padrões morais de julgamento, essa normalidade era muito mais apavorante do que todas as atrocidades juntas, pois implicava que […] esse era um novo tipo de criminoso, efetivamente hostis generis humani, que comete seus crimes em circunstâncias que tornam praticamente impossível para ele saber ou sentir que está agindo de modo errado”.

Os filmes “Não olhe para Cima” e “O dilema das redes” disponíveis na Netflix, nas suas diferentes narrativas e críticas pautam muito bem a questão da pós-verdade e questionam sem dúvida o que é o modo certo e errado de agir nos dias de hoje.

Zygmunt Bauman, que faleceu um ano depois de Eco, e chamou os tempos atuais de Modernidade Líquida dizia “na sociedade de consumidores, ninguém pode se tornar sujeito sem primeiro virar mercadoria, e ninguém pode manter segura sua subjetividade sem reanimar, ressuscitar e recarregar de maneira perpétua as capacidades esperadas e exigidas de uma mercadoria vendável”.

Como Bauman, os profissionais que prestam depoimento no filme “Dilema das Redes”, dizem exatamente o mesmo. Todos são produtos. A “invasão dos imbecis” de Eco está desenhada nas cenas de “Não olhe para cima”. E infelizmente a banalidade do mal apontada por Hannah segue bem presente em todo o mundo.

A pergunta que faço é :

Enquanto a ignorância for moeda, que futuro teremos?

Fica a dica de dois filmes para assistir  e 3 autores para ler neste fim de ano e rever e reler nos anos seguintes.

 

SINOPSE: 

Dois astrônomos descobrem que em poucos meses um meteorito destruirá o planeta Terra. A partir desse momento, eles devem alertar a humanidade por meio da imprensa sobre o perigo que se aproxima.

P.S: Em Não Olhe para Cima tem duas cenas pós créditos, assistam!

SINOPSE: 

Especialistas em tecnologia do Vale do Silício soam o alarme do perigoso impacto das redes sociais na democracia e na humanidade como um todo.

AUTORES:

Hannah Arendt, na Universidade de Chicago em 1966. © ART RESOURCE / HANNAH ARENDT BLUECHER LITERARY TRUST

Hannah Arendt

Judia nascida na Alemanha, Arendt vivenciou os horrores da perseguição nazista, o que motivou a sua pesquisa sobre o fenômeno do totalitarismo. … Suas principais obras são “As Origens do Totalitarismo”, “Eichmann em Jerusalém”, “Entre o Passado e o futuro” e “A Condição Humana”.  Segundo Hannah Arendt, a banalidade do mal é o fenômeno da recusa do caráter humano do homem, alicerçado na negativa da reflexão e na tendência em não assumir a iniciativa própria de seus atos. O ser contemporâneo se relaciona com a imagem fabricada de si, distanciando-se cada vez mais de sua essência humana.

 

UMBERTO ECO

 

Umberto Eco 

(1932-2016) foi um escritor, professor, filósofo e crítico literário italiano. Autor do best-seller “O Nome da Rosa”, exerceu grande influencia nos círculos intelectuais de todo o mundo, nas décadas de 60 e 70, por sua teoria da “obra aberta” e outras pesquisas na área da estética e da semiótica. Eco defendia que era impossível lidar com a interpretação sem analisar a percepção (que era a base de todo o processo), a cultura, a tradução etc.

 

Zygmunt Bauman

 

Zygmunt Bauman

Sociólogo polonês, utilizou o conceito de “Modernidade Líquida” (ou “Pós-Modernidade”) como forma de explicar como se processam as relações sociais na atualidade. Esses seriam, para ele, justamente, os traços essenciais das relações sociais na atualidade.  Assim, duas das características da modernidade líquida são a substituição da ideia de coletividade e de solidariedade pelo individualismo; e a transformação do cidadão em consumidor

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Ele, A Borboleta e A Vida, por TADANY https://redesina.com.br/ele-a-borboleta-e-a-vida-por-tadany-2/ https://redesina.com.br/ele-a-borboleta-e-a-vida-por-tadany-2/#respond Tue, 27 Apr 2021 12:09:05 +0000 https://redesina.com.br/?p=14121 O dia estava bonito. O sol brilhava suavemente e o campo parecia mais verde que o normal. Mas ele, sentado na frondosa sombra de um ipê roxo, estava alheio a tudo e a todos, imerso em moribundos pensamentos, remoendo dores e culpas que, de tão intensas, já nem lembrava mais de onde exatamente elas se …

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O dia estava bonito.

O sol brilhava suavemente e o campo parecia mais verde que o normal.

Mas ele, sentado na frondosa sombra de um ipê roxo, estava alheio a tudo e a todos, imerso em moribundos pensamentos, remoendo dores e culpas que, de tão intensas, já nem lembrava mais de onde exatamente elas se originaram, apenas aceitava que elas existiam e, naquele momento, somente elas eram reais e verdadeiras, enquanto tudo o resto, era apenas…

 

O dia estava bonito.

O sol brilhava suavemente e o campo parecia mais verde que o normal.

Mas ele, sentado na frondosa sombra de um ipê roxo, estava alheio a tudo e a todos, imerso em moribundos pensamentos, remoendo dores e culpas que, de tão intensas, já nem lembrava mais de onde exatamente elas se originaram, apenas aceitava que elas existiam e, naquele momento, somente elas eram reais e verdadeiras, enquanto tudo o resto, era apenas uma imagem borrada nos sentidos da vida.

Em, em seus devaneios, ele lembrou da canção que dizia “Alguns dias é mais fácil sorrir, mas este não é um daqueles dias” e, sentado soberano no pilar de tal ideia, entristeceu-se ainda mais, pois às vezes não basta estar triste, é preciso sentir-se miserável, destroçado, aniquilado.

Enquanto isto, uma borboleta que voava esbelta e colorida em seu desritmado movimento, pousou na mão do moribundo.

Algum tempo passou até que ele se deu conta daquela inusitada presença e, como se tivesse num mundo onírico, olhou para a borboleta e, num suspiro pesado, falou:

– “Feliz é você animalzinho, que não precisa viver as confusões, os sofrimentos, os conflitos e as decepções de uma existência humana. És livre para voar e, ao fazê-lo, sua alegria se torna natural”.

“Essa é apenas uma interpretação da vida, entre muitas outras” respondeu calmamente a borboleta.

Ao ouvir aquilo, o susto foi tão grande que, como um gato, em milésimos de segundos ele estava em pé e o corpo todo eriçado, enquanto fitava intimidado toda aquela cena.

Mas, imediatamente, a borboleta continuou “Não se assuste meu amigo, a conversa parece ser estranha, mas o assunto é necessário. Sente-se, por favor”.

Ao que ele, meio que receoso, o fez. E, novamente, a borboleta aterrissou em sua mão.

E, sem pestanejar, ela incisivamente falou, “Você não está triste, você está distraído da vida que te cerca, alienado daquilo que é importante e esquecido do que é essencial”.

Ele, perplexo e desconfiado, meio que resignado, respondeu “É fácil falar assim pois você não está no meu lugar, não tem os meus problemas e não padece de minhas angústias”.

Ela, sem pestanejar, disse “Isso é verdade, pois somente você percebe seus pesares. Mas, por outro lado, também sei de outras coisas que você está esquecido”.

“A é” retrucou ele, com um tom de escárnio e provocador.

“Sim, é”, disse ela sorridente. E continuou “Por exemplo, diga-me qual o esforço você faz para que o teu coração bata ininterruptamente no teu corpo?”

“Nenhum”

“e para que teus olhos enxerguem, teus ouvidos ouçam, teu corpo sinta, teu nariz cheire e tua boca saboreie”

“Nenhum”- disse ele agora um pouco mais triste.

“e para que os teus sistemas circulatório, respiratório, nervoso, endócrino, muscular, digestivo funcionem, qual a tua participação nessa empreitada?

Desta vez, ele nem respondeu, apenas olhou para o horizonte, como que desejando fugir daquele lugar e daquela conversa.

Mas a borboleta não se deu por vencida e, aproveitando a ocasião, continuou “E o sol que abrilhanta estas paragens, o oxigênio que vitaliza teus pulmões, a água que hidrata o teu corpo e a gravidade que te mantém no solo, qual o teu empenho nestas atividades?

“A seguindo nesta reveladora viagem, o giro do planeta em seu próprio eixo e sua sincronizada órbita ao redor do astro-rei, os rios, as plantas que alimentam o teu corpo, as montanhas, os animais, as nuvens que trazem as chuvas, as noites que descansam a paisagem e milhares de outros irrefutáveis sistemas, processos e movimentos que permitem que você esteja aqui neste determinado momento, que esforço você faz para que eles existam?.

“O que você está querendo me dizer? O que você quer provar com tudo isso?” Retrucou ele, agora com mais ânimo em suas veias, pois era nítido o ímpeto de provocação.

Ela, sensível ao momento, apenas respondeu “Minha intenção não é provar nada, pois tudo isto que falei é evidente e independente de mim para se manifestar, apenas desejo compartilhar para que você possa refletir sobre estes pontos e, oxalá, despertar desta letárgica apatia que ora aflige teus pensamentos e corrói teus sentimentos”.

“e como você acha que isto pode me ajudar?” – Num tom menos desafiante e mais curioso, ele perguntou

“Ora, se tudo isto existe para que você possa viver, no mínimo, o sentimento de gratidão deveria ser uma sensação perene na tua vida, certo?”. E, sem deixá-lo contestar, ela continuou “E, ao estar alerta e consciente para os presentes da vida, inevitavelmente, você deveria se perguntar, se tudo isto me é dado, o que eu estou dando em retorno para a vida? Será que estou cumprindo com meu papel no esquema do universo? Será que estou manifestando todo o meu potencial? Será que estou vivendo a plenitude desta existência? Será que, como a natureza floresce em seu ciclo, estou também deixando florir as belezas de minha essência? Será que, como a luz do sol ilumina o planeta, estou com meus os sentidos abertos para não apenas perceber mas também para iluminar o caminho por onde ando?.”

E, apesar de estar repleta de outras interessantes questões existenciais, antes de fazer outra pergunta, ela resolver calar-se e, por um  longo tempo, ambos ficaram se olhando e, naquele silente e intenso intercâmbio, ela notou primeiro lágrimas correndo vorazmente pelo rosto dele, depois um brilho intenso emanou daqueles pequenos sóis e, finalmente, entre soluços de um choro que chegava ao seu fim, um amplo sorriso abriu-se em sua feição, seguido por uma honesta, vívidas e sedutora expressão “Obrigado” disse ele à borboleta que, quase no mesmo momento, já batia suas asas num voo que tinha a mesma leveza e o mesmo aparente descompasso de antes.

Enquanto isto, agora inundado por uma sensação imensurável e indescritível de agradecimento, seus olhos viam outra paisagem, seu corpo sentia outra existência e seus pensamentos, aahh seus pensamentos, levantaram voo e, lá de cima, como numa tela de cinema ele viu pessoas, sorrisos, beijos, carícias, música, danças, movimentos, celebrações, abraços, cuidados e tantas outras visões de um mundo mais alegre, mais humano, mais amoroso e mais doce.

E, imerso na nova imagem da vida, ainda sentado sob a sombra do mesmo ipê roxo, ele também se lembrou daquela curiosa borboleta que havia destruído seu horrendo pesadelo e o havia despertado para a magia do viver, com toda a sua complexidade, com toda a sua imensidade, mas principalmente com toda a sua formosura. 

 

PS: Para citar este Pensamento:

Cargnin dos Santos, Tadany. Ele, a Borboleta e a Vida.

 

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Photo by Hugo L. Casanova on Unsplash

 

 

 

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Tijolos de frieza, por TADANY https://redesina.com.br/tijolos-de-frieza-por-tadany/ https://redesina.com.br/tijolos-de-frieza-por-tadany/#respond Wed, 04 Oct 2017 06:59:45 +0000 http://redesina.com.br/?p=3332 Caminhando na selva de concreto Notei que esta prisão faz meu coração doer Como a Mãe que acidentalmente perde o feto Pergunto-me porque nestes lugares todos querem viver? Talvez o nascer seja a maior dor humana Porque muitos não sabem o que fazer Passam anos martirizando na lama Com medo de buscar o que desejam …

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Caminhando na selva de concreto

Notei que esta prisão faz meu coração doer

Como a Mãe que acidentalmente perde o feto

Pergunto-me porque nestes lugares todos querem viver?

Talvez o nascer seja a maior dor humana

Porque muitos não sabem o que fazer

Passam anos martirizando na lama

Com medo de buscar o que desejam ser

Correm nas esquinas como vilões do dia

Choram nos cantos íntimos do coração

Ignoram as respostas da filosofia

E cegamente tornam-se escravos da religião

Espalham suas lamúrias pela atmosfera

E suas almas são comercializadas como qualquer comida

Jamais se inspiram pela Deusa Quimera

E por isso buscam fuga num copo de bebida

Pensam que a fama é o novo nirvana

E por isso se destroem para ter mais possessões

Perdem o contato com a pureza humana

E seus valores são mais supérfluos que mexilhões

Choram, gritam, reclamam e esquecem

Para seguir adiante com o círculo vicioso

Agrupam-se em bandos que se merecem

Não importando o quanto isto seja doloroso

Mas para quebrar este ciclo maldito

Basta escutar o que o coração nos diz

E ver que estamos de passagem ao infinito

E que viver deve significar ser feliz.

(Tadany Cargnin dos Santos – 28 03 04)

 

 

TADANY CARGNIN DOS SANTOS

Executivo Internacional. Cidadão Global. Palestrante. Poeta. Escritor. Pensador. Counsellor. Espiritualizado. Alegre. Curioso. Dinâmico. Profundo. Agradecido. Aventureiro. Tadany é formado em Administração de Empresas pela UFSM. Já trabalhou em muitos países ao redor do mundo e, atualmente, é Gerente de Globalização na IBM Índia. Ademais, por 3 anos, ele também estudou Advaita Vedanta num monastério nos Himalayas (Índia) com o Swamy Dayananda Sarasvati (www.dayananda.org). 

 

 

PS: Para citar este Poema:

Cargnin dos Santos, Tadany. Tijolos de frieza . www.tadany.org®

 

 

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UMA CONVERSA FILOSÓFICA COM O ATOR ANSELMO VASCONCELLOS. https://redesina.com.br/uma-conversa-filosofica-com-o-ator-anselmo-vasconcellos/ https://redesina.com.br/uma-conversa-filosofica-com-o-ator-anselmo-vasconcellos/#respond Thu, 06 Oct 2016 20:17:34 +0000 http://redesina.com.br/?p=2249 por Melina Guterres da Rede Sina O que concluímos, provisoriamente, é que vivemos num mundo formador. Cópias e mais cópias. Precisamos de sujeitos singulares, originais e com produção de novas formas de viver e existir. Deveríamos estar mais próximos do que fortalece a vida e não do que a enfraquece. Ele é ator de cinema, …

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por Melina Guterres da Rede Sina

O que concluímos, provisoriamente, é que vivemos num mundo formador. Cópias e mais cópias. Precisamos de sujeitos singulares, originais e com produção de novas formas de viver e existir. Deveríamos estar mais próximos do que fortalece a vida e não do que a enfraquece.

Ele é ator de cinema, televisão, teatro. É professor na escola de teatro Martins Pena, escritor e prefere um papo filosófico que uma conversa mais formal e foi assim que nasceu esse bate-bato com o Anselmo Vasconcellos que recentemente está mergulhado no final da década de 60, nos idos revolucionários da contracultura, na literatura marginal escrevendo seu próximo livro MIA, A HOLANDESA DOS PÉS DESCALÇOS pela editora de livros artesanais Scenarium de São Paulo.
“Um exercício de muitas linguagens de escrita, entre elas o romance”, afirma.
Vasconcellos encerrou recentemente uma temporada com o teatro e segue na televisão (Zorra Total) e no cinema onde em breve deve lançar 3 longas e 2 curtas em festivais de cinema.
Nesse “chat” filosófico passamos sobre diversos significados sobre liberdade, prisão, educação, arte e tantos outros. Vasconcellos também é colaborador da Rede Sina, confira suas contribuições aqui

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REDE SINA – O que é prisão?

ANSELMO VASCONCELLOS: O que perdeu o espaço para a movimentação. A esterilidade, a seca, a fome. O besouro de barriga pra cima na poça d’agua mexendo as patas inutilmente.

REDE SINA – De que maneira a consciência se limita?
A consciência é por si uma organização limitadora. Me parece ser esta a sua função. A vigília.

REDE SINA – Como compreende o inconsciente?
Incompreensível. O que está inconsciente ao ser decifrado é uma interpretação, uma organização da consciência como falamos antes. Sua falta de sentido lógico, linear e racional é a substância da vida. Os cantos dos pássaros, a língua das estrelas.

selREDE SINA – Qual o papel da arte?
Não ter papel algum. “A utilidade do inútil”

REDE SINA – Arte transforma?
Deveria sim transformar, mas não é o que acontece em muitas circunstâncias. Vejo mais acomodação, estagnação e conservadorismo do que a utopia da transformação, meta da contracultura e não da cultura. Ainda gosto de pensar que “cultura é regra”. Não deve ser metodologia e sim perspectiva. Dar menos atenção a subjetividade dominante. Porque as pessoas não toleram a diferença e a maioria reproduz modelos prontos e inibe a criação de novos.

REDE SINA – A educação educa ou limita?
A educação padronizada limita e mata o verdadeiro sentido do aprender. A experimentação está ausente na educação padronizada, desestimula o livre pensar, a descoberta ou invenção do conhecimento, não emancipa o conhecedor.

anselREDE SINA – De que maneira arte e educação convergem?
Não convergem, embora não exista diferença nenhuma entre elas ao pretender o desenvolvimento humano. Mas os vetores não convergem, ainda.

REDE SINA – Existe sujeito formado? O que seria um na sua opinião? ou o sentido é se “desformar”?
Sim, por tudo que estamos pensando aqui neste momento. O que concluímos, provisoriamente, é que vivemos num mundo formador. Cópias e mais cópias. Precisamos de sujeitos singulares, originais e com produção de novas formas de viver e existir. Deveríamos estar mais próximos do que fortalece a vida e não do que a enfraquece.

REDE SINA – O que é ser?
Hamlet diz “Ser ou não ser eis a questão”, mas eu penso que ele me induz a pensar que ser é não ser. Se ele for (ser) o príncipe da Dinamarca não pode denunciar a mãe como cúmplice do assassinato do rei, seu pai. Está impedido pelas leis da realeza. Se ele não for (não ser) o príncipe ele pode denunciar, mas ele não quer deixar de ser o príncipe da Dinamarca. Então ele chama os atores para representar o assassinato do rei e denunciar toda a trama. Ele usa o teatro porque o ator é o próprio ser é não ser.

ansREDE SINA – Ser livre é…
Liberdade em minha vida vem como conhecimento. Aquilo que conheço me altera e liberta se esta alteração é pretendida como transformação constante na individuação. Tenho a sensação que os antigos falam da liberdade como o Nirvana, a iluminação, o desprendimento da ignorância e da ilusão.

REDE SINA – Qual a sua sina?
“O luar, estrela do mar
O sol e o dom
Quiça, um dia a fúria desse front
Virá lapidar o sonho…”

 

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ALTER Mano Melo NATIVAS https://redesina.com.br/alter-mano-melo-nativas-2/ https://redesina.com.br/alter-mano-melo-nativas-2/#respond Mon, 05 Sep 2016 03:07:40 +0000 http://redesina.com.br/?p=1929 A gente tem de vez em quando de apagar todas as certezas e questionar de novo. Nenhuma resposta é definitiva. Quer dizer, pode existir algumas que serão, mas nenhuma certeza, em verdade, resiste à marcha da História. Daí a falência das ideologias. *** Na verdade, não falamos mais português, falamos o brasileiro, derivado do português. …

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A gente tem de vez em quando de apagar todas as certezas e questionar de novo. Nenhuma resposta é definitiva. Quer dizer, pode existir algumas que serão, mas nenhuma certeza, em verdade, resiste à marcha da História. Daí a falência das ideologias.

***

Na verdade, não falamos mais português, falamos o brasileiro, derivado do português. Onde dizemos pão, eles dizem carcaça, bife com pão é prego, camisa pra eles é camisola, nós dizemos mouse, eles dizem rato, baseado eles chamam de pica, seda eles chamam de mortalha, maconha eles chamam de boi, fumar eles chamam de chupar. Cada expressão que siga seu destino. O idioma é vivo, e como tudo que é vivo, se transforma. Vocês queriam que o italiano inda falasse latim? Na verdade, essa tal de reforma ortográfica é invenção de meia dúzia de filólogos esclerosados e pedantes, que descolaram uma verba dos governos para fazerem turismo, se reunir pra discutir abobrinhas e chover no molhado. Tudo pago pelos nossos lusófonos impostos.

***

Na Biblioteca de Alexandria, achei a Pedra Filosofal, que os alquimistas procuram e nunca acharão. Com ela, desvendei o segredo da juventude eterna e a fonte da sabedoria. Testemunha viva da história da humanidade, de vez em quando mudo de personagem. Fui Marco Antonio, Shakespeare, Dante e Lima Barreto, por amar a literatura. Quando me cansa a vida eterna, me escondo, hiberno por séculos. Ou me transformo em àgua e fico fluindo. Já fui o Rio Nilo e o Amazonas. Hoje brinco de ser Mano Melo.

   
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MANO MELO

Poeta e ator, roteirista para cinema e vídeo. Desde 1979, quando retornou ao Brasil após viajar por dez anos através do mundo (América Latina, Europa, Ásia e África), tem interpretado seus poemas em teatros, bares, centros culturais, universidades, escolas, eventos e congressos literários, até mesmo praças e praias, no Rio de Janeiro e muitas outras cidades.

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