Arquivos #Ditaduranuncamais - Rede Sina https://redesina.com.br/tag/ditaduranuncamais/ Comunicação fora do padrão Sat, 27 Aug 2022 02:28:55 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.4.4 https://redesina.com.br/wp-content/uploads/2016/02/cropped-LOGO-SINA-V4-01-32x32.jpg Arquivos #Ditaduranuncamais - Rede Sina https://redesina.com.br/tag/ditaduranuncamais/ 32 32 50 anos Construção | por Olímpio Cruz Neto https://redesina.com.br/50anosconstrucao-por-olimpio-cruz-neto/ https://redesina.com.br/50anosconstrucao-por-olimpio-cruz-neto/#respond Wed, 17 Aug 2022 15:15:07 +0000 https://redesina.com.br/?p=18986 Em dezembro de 1971, chegava às lojas de discos do país o álbum Construção, um dos mais bonitos e comoventes retratos dos anos de chumbo e um marco da Música Popular Brasileira. É, provavelmente, um dos discos mais importantes de todos os tempos. Chico tinha acabado de regressar do exílio, tinha 26 anos e trazia …

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Em dezembro de 1971, chegava às lojas de discos do país o álbum Construção, um dos mais bonitos e comoventes retratos dos anos de chumbo e um marco da Música Popular Brasileira.

É, provavelmente, um dos discos mais importantes de todos os tempos. Chico tinha acabado de regressar do exílio, tinha 26 anos e trazia um estado de espírito inquieto e cada vez mais preocupado com seu tempo e as dores do povo brasileiro.

Com pouco mais de meia hora de duração, a obra traz uma visão lírica e urgente daquele tempo, mas soa tão atual que parece ter sido feito nesses tempos de pandemia, dor e escuridão. Construção traz algumas das mais belas e importantes canções da música brasileira, como a própria faixa-título, “Cotidiano”, “Desalento”, “Acalanto” e “Samba de Orly”.

É um disco tão importante e vital que soa moderno mesmo depois de cinco décadas. Chico relata as dores das gentes, os abusos do capitalismo, a negatividade das nossas classes dirigentes, ao mesmo tempo que embala o amor, trata do exílio, do homem comum, Jesus e da vida dura. Tudo isso com uma visão lírica, poética e profundamente emocional.

“Chico já sabia o que fazer, o que dizer e esse álbum é prova disso. É genial e inesquecível, tanto que estamos aqui falando dele”, comentou Miltinho, do MPB4, em entrevista à BBC. É um álbum que é o testemunho daqueles tempos sombrios em que o país estava sob o comando do General Emílio Garrastazu Médici. O período mais barra-pesada da ditadura.

A obra é uma coleção de crônicas, com algumas das canções mais importantes de toda a carreira do cantor e compositor, com arranjos primorosos, divididos entre Magro, do MPB4, e Rogério Duprat, o mais importante maestro do século 20. Ainda conta direção de Roberto Menescal, o piano de Tom Jobim, a percussão do Trio Mocotó e o violão de Toquinho em “Samba de Orly”.

Ao tempo em que o disco abre com a doce e perigosa ironia ao falar dos militares no poder —

“Por esse pão pra comer, por esse chão pra dormir/ A certidão pra nascer e a concessão pra sorrir/ Por me deixar respirar, por me deixar existir/ Deus lhe pague” —, Chico vai pulando de maneira imaginativa entre metáforas e frases hipnóticas — “grito demente”,“rangido dos dentes”…

Em seguida, conduz o ouvinte por duas canções sublimes — “Cotidiano” e “Desalento” — até chegar a “Construção”.

É de Duprat o desconcertante arranjo da faixa, com poderosos metais e uma orquestra sinfônica que sublinha toda a melodia, passando das cordas suaves do início, dialogando com a voz delicada e frágil de Chico, entremeada pela percussão que vai enredando o ouvinte, com a letra forte carregada de imagens poderosas, até desembocar no ápice, com intervenções fortes e estridentes depois que o herói despenca do andaime e morre na contramão — “atrapalhando o tráfego”.

Neste momento, a canção ganha um tom catártico no arranjo de Duprat e explode, em um caos sonoro e labiríntico. Na visão deste escriba, é uma canção revolucionária e absolutamente grandiosa, uma gema que mostra toda a maestria do compositor, escritor e cronista. Chico é um gênio e é esta faixa que mostra tudo isso. O arranjo retoma “Deus lhe pague” e deixa o ouvinte atordoado.

O próprio Duprat conta, em entrevista a Fernando Rosa e a Alexandre Matias, para a revista Bizz, em 1999, como se deu o desenho do arranjo: “Eu já tinha ouvido ‘Construção’, não sei se em show. Interessante, é uma brincadeira com proparoxítonas. Então, na hora que me mandaram avisar, eu fui direto lá, ouvir, estavam ensaiando no Canecão – aí, tudo bem. Eu ouvi e pedi, ‘então me arrumem uma fita, eu vou trabalhar’. Tinham pressa. Tinha o negócio de pressa, já estavam começando a gravação. Aí, eu fui para a casa do meu irmão que morava no Rio e escrevi a coisa, porque eu não podia ficar no Rio, tinha que voltar para São Paulo”.

Chico disse, em entrevista à hoje extinta revista Status, em 1973, sobre o processo de criação.

“Em ‘Construção’, a emoção estava no jogo de palavras. Agora, se você coloca um ser humano dentro de um jogo de palavras, como se fosse um tijolo, acaba mexendo com a emoção das pessoas. Mas há diferença entre fazer a coisa com intenção ou — no meu caso — fazer sem a preocupação do significado”, disse.

O álbum catapultou a carreira de Chico e o levou ao estrelato, sendo um disco com vendas inacreditáveis para a época — 140 mil cópias.

O regime também passou a ver o compositor como perigoso e subversivo. Seus problemas com a censura já existiam, mas passaram a outro patamar, até porque os militares parecem não ter percebido a força da faixa-título ou de “Deus lhe pague”, implicando mais com “Condão”, que teve sua letra alterada para ser liberada — Chico substituiu o verso “Nas grades do coração” por “As portas do coração”.

“Samba de Orly” também foi mutilada. Composta em parceria com Toquinho e Vinícius, os versos de Vinícius, adicionados quando a letra já estava praticamente pronta, foram censurados — “Pela omissão” deu lugar a “Pela duração” e “Um tanto forçada” foi substituída por “Dessa temporada”.

O dossiê sobre Chico Buarque no Arquivo Nacional — um arsenal de 2.075 registros distribuídos em dezenas de milhares de páginas em arquivos digitais — mostra que o cantor e compositor já vinha sendo monitorado e tendo “problemas” por conta das letras já em 1968. Mas ele caiu no radar do regime e permaneceu lá até o fim da ditadura, já em meados dos anos 80.

Qualquer entrevista a veículos, principalmente estrangeiros ou “alternativos” merecia resenhas e relatórios. Shows de Chico pelo Brasil ou em países vizinhos, como a Argentina, rendiam relatórios e inúmeros comentários de arapongas e funcionários da “comunidade” do famigerado Serviço Nacional de Informações (SNI). Toda viagem dele era acompanhada de perto, principalmente quando incluía visita às universidades.

O Informe 638/19/ABS/SNI/1972, produzido pela Agência Brasília do SNI, disponível no Arquivo Nacional, mostra o show de Chico no Ceub, faculdade privada de Brasília, em 23 de setembro de 1972. Classificado como confidencial, e contendo nove páginas, o relatório produzido em 10 de outubro de 1972, trata do show de Chico produzido pelo Diretório Acadêmico da Faculdade de Filosofia do Ceub, no Clube dos Funcionários de Brasília.

“Durante o show, com a duração de 2 horas e 30 minutos, Chico Buarque dirigiu-se várias vezes à assistência, cerca de mil espectadores, sendo registrado os seguintes principais tópicos: (…) b) referindo-se a determinada canção, disse: ‘

Não vou cantar, porque eu não quero ser preso’ (vaias da platéia). ‘Em segundo lugar, eu estou proibido de cantar esta música, não posso cantar. Eu acho que ninguém deve me confundir, eu gostaria imensamente de cantar, gostaria imensamente de alguém como vocês me ouvissem, mas não posso. Não quero ser preso. Por isso eu estou me guardando, estou me guardando para um lugar próprio’.

Logo em seguida, cantou ‘Quando o carnaval chegar’”.

Ainda de acordo com o Informe 638, Chico fez troça com o ambiente político brasileiro em um determinado momento do show:

“Agora a gente queria fazer um comercialzinho de um produto novo” — o conjunto MPB-4 entoava o estribilho ‘lá-lá-lá-lá lá-lá-lá-lá’, da propaganda do governo feita pela televisão, da qual crianças dizem que estão trabalhando e estudando pelo Brasil. ‘E agora o mais recente lançamento da indústria nacional: DEDOL, o endurecedor instantâneo de dedo. DEDOL DEDOL, é só tomar e apontar. DEDOL mantém o seu dedo duro por mais horas. DEDOL, duas gotas, dois minutos, dois dedos duros e eficientes. DEDOL pode ser encontrado nas boas lojas do ramo, entrega-se também a domicílio’“.

Por fim, o relatório lembra que “o presidente do Diretório Acadêmico da Faculdade de Filosofia do Ceub, responsável pela exibição de Chico Buarque, é o estudante Miquixara Cunha, elemento de tendências esquerdistas, ligado a Honestino Monteiro Guimarães, e conhecido na panfletagem subversiva (Infão 1012/ ABS/SNI/72)”.

A referência é clara e direta ao líder estudantil Honestino Guimarães, estudante de Geologia da UnB, presidente da Federação dos Estudantes da Universidade de Brasília, preso por quatro vezes pelo regime militar. Depois de sua quarta prisão, em 1973, nunca mais foi visto. Seu atestado de óbito só foi entregue à família em 1996, e ainda assim incompleto. No documento, não consta a causa da morte. Foi anistiado em 20 de setembro de 2013 pelo governo Dilma.

O episódio mostra bem os riscos que Chico Buarque corria em suas apresentações pelo Brasil. Eram riscos sobretudo físicos. Mas há dezenas de outros, como o ocorrido em 14 de setembro de 1974. O cantor e compositor se apresentou no Teatro Glauce Rocha, em Campo Grande (MS). No documento Informação 2075/S-102-A4-CIE, classificado como “Confidencial” e encaminhado ao gabinete do ministro do Exército em 29 de novembro de 1974, o araponga reporta: “Chico Buarque de Holanda, acompanhado pelo conjunto MPB/4, interpretou inúmeras composições musicais, já gravadas e bastante conhecidas do público, tais como: ‘Construção’, ‘Jorge Maravilha’, ‘Minha história’, ‘Bom conselho’, ‘Deus lhe pague’, ‘Caçada’, à exceção de ‘Milagre’, ainda não gravada. Todas foram aplaudidas pelo público presente”.

E continua: “A respeito da composição musical ‘Milagre’, Chico Buarque fez os seguintes comentários, antes de cantá-la:

‘O compositor desta música já fez mais de 200 composições, todas as as 200 censuradas (também desta vez houve risadas por parte da platéia), mas parece que agora ela vai sair em meu próximo LP, em outubro’. A música ‘Milagre’ tem um estribilho que diz: ‘É o milagre brasileiro/ quanto mais trabalho/ menos vejo o meu dinheiro’”.

A canção foi gravada em 1975 e é de autoria de Julinho da Adelaide, um dos codinomes de Chico para driblar a Censura Federal. Mas aí é outra história. •

Escute o Álbum:

 

Olímpio Cruz Neto,
55 anos, trabalhou em veículos da imprensa brasileira como Jornal do Brasil, Folha de S.Paulo, Zero Hora, Correio Braziliense e O Globo. Ex-secretário de imprensa do governo Dilma Rousseff, foi um dos coordenadores da campanha de reeleição em 2014. Como repórter, ganhou o Grande Prêmio Folha de Jornalismo, pelo caderno Eleições S/A, publicado em 1995 pela Folha, revelando quem-foi-quem no financiamento das campanhas eleitorais de 1994. Em 2001, ganhou o Grande Prêmio CNT de Jornalismo, pela série de reportagens publicadas no Correio Braziliense sobre as fraudes com os precatórios do DNER.

Instagram: @olimpiocruz

Conteúdo publicado originalmente em: 
https://fpabramo.org.br/focusbrasil/2021/12/13/50-anos-construcao/?repeat=w3tc

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#ELENÃO – CONFIRA COMO FOI https://redesina.com.br/elenao-confira-como-foi/ https://redesina.com.br/elenao-confira-como-foi/#respond Sat, 06 Oct 2018 23:31:13 +0000 http://redesina.com.br/?p=5349 Você fez alguma produção sobre o protesto #EleNÃO na sua cidade?  Mande pra gente sinarede@gmail.com Vamos tentar reunir todos aqui.   Confira alguns: RIO DE JANEIRO-RJ Ato na Cinelândia registrado por Melina Guterres, Michelle Maia e Ismael Machado. Saiba mais aqui.   FLORIANÓPOLIS-SC A poesia do #EleNão O registro poético de Sandra Alves sobre o …

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Você fez alguma produção sobre o protesto #EleNÃO na sua cidade?  Mande pra gente sinarede@gmail.com Vamos tentar reunir todos aqui.

 

Confira alguns:

RIO DE JANEIRO-RJ

Ato na Cinelândia registrado por Melina Guterres, Michelle Maia e Ismael Machado. Saiba mais aqui.

 

FLORIANÓPOLIS-SC

A poesia do #EleNão

O registro poético de Sandra Alves sobre o ato #EleNão na capital catarinense, em 29 de setembro. O ato reuniu cerca de 40 mil pessoas que marcharam por aproximadamente dez quilômetros nas ruas centrais de Florianópolis.A obra traz a constatação de uma triste realidade: Santa Catarina, o estado mais conservador do país, é também o mais violento para as mulheres, o primeiro em violência doméstica, o primeiro em tentativa de estupro e o segundo em estupro. Não por acaso, um dos estados com maior adesão ao candidato à presidência que utiliza como ativo político o discurso machista, misógino, racista, LGBtfóbico, militarista, autoritário e fascista. #NãoPassarão #OcupareResistir #EleNão(Fonte: http://catarinas.info/eleicoes-2018-as-demandas-das-mulheres-no-estado-mais-conservador-do-pais/)

Posted by Catarinas on Thursday, October 4, 2018

O registro poético de Sandra Alves sobre o ato #EleNão na capital catarinense, em 29 de setembro.

 

MADRI- ESPANHA

Vídeo coletivo sobre o ato EleNao – Brasil sem Fascismo, realizado no domingo 30/09/2018 pelo Coletivo Pelos Direitos No Brasil / Madrid  e Brasileiras Feministas no Exterior.

 

Envie sua produção para sinarede@gmail.com

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“29” O Filme (curta/registro da manifestação #EleNão no Rio de Janeiro) https://redesina.com.br/29ofilme/ https://redesina.com.br/29ofilme/#respond Thu, 04 Oct 2018 20:30:59 +0000 http://redesina.com.br/?p=5323 Em tempos de luta pela democracia, a celebre frase de Glauber Rocha “Uma câmera na mão e uma ideia na cabeça”, foi levada a sério por um grupo de amigos com se reunia na manifestação #ELENÃO do dia 29 na Cinelândia no Rio de Janeiro. Os registros feitos com tablets e celulares se transformaram em poucos …

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Em tempos de luta pela democracia, a celebre frase de Glauber Rocha “Uma câmera na mão e uma ideia na cabeça”, foi levada a sério por um grupo de amigos com se reunia na manifestação #ELENÃO do dia 29 na Cinelândia no Rio de Janeiro. Os registros feitos com tablets e celulares se transformaram em poucos dias no curta “”29″ o filme”, que em apenas 8’34 mostra a indignação de um sociedade diante da possibilidade de um retrocesso.

O Movimento #EleNão surgiu há poucos dias com ações de grupos nas redes sociais como Mulheres Contra Bolsonaro (candidato a presidência pelo PSL, conhecido também  pelo seu discurso de ódio contra mulheres, negros e gays) e se espalhou pelo Brasil. No dia 29 de setembro milhares de pessoas foram às ruas gritar #EleNão.

O registro das imagens “29” o filme do ato no Rio de Janeiro foi realizado pela Rede Sina e produtora Montagem Paralela, que também ficou responsável pela sua edição.

Assista ao filme no vídeo acima.

Conheça os produtores/Diretores:

Ismael Machado 

Roteirista integrante de três núcleos criativos, com TV Norte (PA) 2013; Giros Projetos Audiovisuais (RJ) em 2015 e Mekaron (PA), em andamento. Nesses núcleos criou uma série de ficção (A Agência, pela TV Norte, licenciada à TV Cultura do Pará), e escreveu série de ficção, longa de ficção (Fronteira de Sangue) e séries documentais. Roteirista da produtora Castanha Filmes e Inventários Culturais (AP), no biênio 2015/2016, sendo consultor de roteiro do longa documentário Mazagão (2015). Roteirista e codiretor da série documental ‘Mad Scientists, cientistas que ninguém quis ouvir’, vencedora do Prodav 8, edição 2016, exibição em 2018 via EBC, coprodução Castanha Filmes e Amora Filmes. Sócio da Montagem Paralela, produtora paraense de conteúdo audiovisual. Roteirista do longa documentário ‘Soldados do Araguaia’, seleção oficial da 41ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo (2017) e 3º lugar no Prêmio Nacional de Direitos Humanos em Jornalismo, categoria Documentário (2017). Produção Giros Projetos Audiovisuais em parceria com CineBrasilTV. Criador e roteirista da série documental ‘Marcadas para Morrer’, vencedora do edital 2015 Cinebrasil TV, em fase de edição. A série fez parte dos projetos de Núcleo Criativo da Giros Projetos Audiovisuais. Roteirista da série documental ‘Itinerâncias, uma jornada pelo Cineamazônia’, cinco episódios exibidos pelo Canal Amazonsat em 2018. Roteirista do curta documentário ‘Uma Só América’ (2012) premiado no Festival Pachamama Cinema de Fronteira e selecionado para o Festival Cineamazônia de Cinema Itinerante em 2013. Roteirista do curta-metragem documentário ‘O circo do Cinema’ (2012) (Espaço Vídeo), melhor direção no festival de cinema de Ji-Paraná (RO), no mesmo ano. Roteirista do longa de ficção ‘Perdidos’, edital Prodecine 1-2016, em pré-produção pela produtora Espaço Vídeo (RO), com filmagens previstas para 2019. Criador e diretor da web-série documental ‘Museus Vivos’ (disponível no Youtube). Criador e roteirista da série documental ‘Ubuntu, a Partilha Quilombola’, vencedora do edital do Canal Futura 2017, com filmagens previstas para o primeiro semestre de 2019. Produção TV Norte. Autor de cinco livros, um deles vencedor como livro-reportagem no Prêmio IAP de Literatura, no Pará em 2014. Vencedor de 12 prêmios jornalísticos. Mestre em Literatura, com especialização em Semiótica (RJ) e Comunicação e Jornalismo (SP).

Michelle Maia

Produtora executiva do longa-documentário ‘Soldados do Araguaia’, (Giros Projetos Audiovisuais), selecionado na 41ª Mostra Internacional de São Paulo. Diretora de Produção da série documental ‘Mad Scientists: cientistas que ninguém quis ouvir’, seleção Prodav 8, TVs Públicas (exibição 2018). Produtora no documentário “Coisa Maravilha – Mestre Vieira 50 anos de Guitarrada” e na gravação do CD e DVD “Mestre Vieira 50 anos de Guitarrada” gravado ao vivo no Theatro da Paz – lançamento em outubro de  2013.  Produtora no Projeto: “30 Anos de Arte de P.P. Condurú”. Produtora na 2ª e 3ª edições da Mostra de Cinema e Direitos Humanos na América do Sul / Belém do Pará – 2007 e 2008. Produtora e Assessora de Imprensa na Mostra FESTCINEAMAZÔNIA ITINERANTE nos anos de 2008 e 2012 em Belém. 

Melina Guterres

Jornalista, poetisa, ativista, fundadora da Rede Sina (www.redesina.com.br), trabalha com produção de conteúdo, consultoria em comunicação. Tem curtas e vídeo clipe realizados como roteirista e diretora realizou extenso trabalho sobre ditadura militar no Brasil e América e produziu de seu primeiro roteiro de ficção de longa-metragem  “Clandestinos”  selecionado no Programa Ibermedia em 2009. Escreveu a série infantil “Despertos” para Panda Fillmes. Foi Jurada do Rota Festival de Roteiros do Rio de Janeiro e I Festival de Cinema Estudantil – CINEST. Como repórter trabalhou para Folha de São Paulo, Estadão, Uol na cobertura da tragédia da boate Kiss.  Estudou questões de gênero em disciplinas na pós-graduação da comunicação e teatro da USP. Além disso, fez cursos de interpretação com Fátima Toledo, Estrela Straus, Olga Reverbel entre outros. Foi presidente da Liga Jovem de Combate ao Câncer. Idealizadora de campanhas sociais. Criou e gerencia as fan pages e Salve Índios e As Mulheres que Dizem Não.  É roteirista associada a ABRA – Associação Brasileira de Autores Roteirista.
Mais em: www.melinaguterres.com

 

Ficha Técnica:

Produção e direção: Melina Guterres, Michelle Maia e Ismael Machado Roteiro: Ismael Machado e Viviane Porto Vídeos: Melina Guterres, Michelle Maia, Ismael Machado, Lui Machado e Mariana Carvalho Edição: Viviane Porto e Ismael Machado Fotos: Francisco Proner (drone) e Marcelo Lelis

Realização: Montagem Paralela e Rede Sina

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TEMPOS DIFÍCEIS por Giulia Pegna https://redesina.com.br/tempos-dificeis-por-giulia-pegna/ https://redesina.com.br/tempos-dificeis-por-giulia-pegna/#respond Sun, 24 Apr 2016 12:51:07 +0000 http://redesina.com.br/?p=1384 …Na década de 70 éramos uma juventude rebelde. Era tempo de mudar conceitos, de mudar o mundo. Minha mãe (que tinha até menos da idade que tenho hoje), não entendia. Porque mudar se temos uma família, trabalho pro teu pai, escola para você e teus irmãos? Minha mãe não entendia. Ela pensava no seu próprio …

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13046347_1095599147129821_1402237286_n…Na década de 70 éramos uma juventude rebelde. Era tempo de mudar conceitos, de mudar o mundo. Minha mãe (que tinha até menos da idade que tenho hoje), não entendia. Porque mudar se temos uma família, trabalho pro teu pai, escola para você e teus irmãos? Minha mãe não entendia. Ela pensava no seu próprio umbigo. Não tinha noção do tamanho do problema que estávamos enfrentando.

Me pôs de castigo quando voltei pra casa toda arrebentada depois de ter sido torturada no DOI COD. Porque ela pensava que eu tinha me metido numa briga. Nunca entenderia o que estávamos fazendo…. Acho que até hoje ela não sabe…

Hoje tenho mais do que a idade que ela tinha e admito que as pessoas da geração dela pensem assim, uma avó velhinha, uma tia idosa.

Mas ver jovens e adultos da minha geração soltando fogos depois daquela ópera bufa de domingo passado no Congresso Nacional!

Não dá pra aceitar.

Não dá pra aceitar quererem derrubar a nossa Presidenta sem argumentos!  Em nome de Deus! “Senhor Deus dos desgraçados! Dizei-me vós, Senhor Deus! Se é loucura… se é verdade
Tanto horror perante os céus?!”

Ou melhor, quererem derrubar eu até entendo os motivos, medo de serem descobertos, vergonha de serem comandados por uma mulher que não é bela, nem recatada nem do lar!!!!

O que não entendo é parte da população vibrar com isso!

Quem conhece um pouco da história do Brasil e está aplaudindo o impedimento da Presidenta, devia envergonhar-se. Quem não conhece um pouco da história do seu país também devia envergonhar-se.

Eu, que participei das manifestações em prol do voto direto, eu que fui torturada e jogada numa vala escura junto com Bete Mendes, Denis Carvalho, Raul Cortez, Ruth Escobar, dentre tantos outros, eu que fui colega e amiga pessoal de Wladimir Herzog, que foi assassinado porque queria liberdade para o país, repudio e me enojo dessa gente que sequer sabe o que está pedindo.

Não sou PT, não concordo com muitas coisas do governo Dilma, embora ela tivesse sido cerceada na sua gestão, mas mesmo assim, discordo de muita coisa.

Ela não tem carisma, ela não sabe se pronunciar em público, mas ela foi eleita com a maioria dos votos pela população. Ela lutou como uma fera pela democracia e está vendo diante de seus olhos a democracia desmoronar.

Curvo-me perante sua força e sua coragem. Duvido que algum homem aguentaria o que ela está enfrentando. Sim, viva às mulheres de grelo duro! Viva a democracia! Abaixo os golpistas!


Giulia Pegna

Nasceu em13081822_1095597657129970_1476646448_n Alexandria, no Egito. Chegou no Brasil com seus pais, em São Paulo, aos 3 anos de idade. Formada em jornalismo pela Casper Líbero, trabalhou no “O Estado de São Paulo” em SP e no “O Globo” no Rio. Escreveu textos para a revista Visão juntamente com Wlado Herzog. Especializada como professora de francês em Sèvres, França e Auditora da Qualidade. Trabalhou durante 10 anos na Floresta Amazônica, como Coordenadora da Qualidade e em 2014 até maio de 2015, no México. Atualmente reside em Salvador-BA e administra o próprio café ConVerso.

Um cordel de Giulia…

Nos últimos quinze anos
Trabalhei com engenharia
Houveram desenganos
Meu coração sofria

No meio da floresta
Longe de quem amamos
A gente ama e detesta
Não sabemos mais quem somos

Uma longa caminhada
Com suor com sangue e dor
Mais velha mais cansada
Eu voltei pra Salvador

Trabalhar com engenharia
Não daria certo não
Meus contatos a maioria
Já estavam na prisão

Trabalhar pra ser feliz
E recontar minha história
Chamei minha amiga Thaís
Que veio lá de Vitória

Passeando pelas ruas
Como sempre andando em vão
Fomos parar as duas
Na rua Marques de Leão

Como se algo empurrasse
Com muita garra e muita fé
Decidimos num impasse
Vender brigadeiro e café

Bingha e Eliana rapidinho
Negociaram o aluguel
Junto com Ark Vizinho
O sonho saiu do papel

Alex e Bruna se assustaram
Pensaram até em me interditar
Mas acho que agora aprovaram

E passaram a acreditar
As pessoas foram vindo
E fazendo parceria

Irineu, amigo lindo!

Sem ele o que seria?

Jailton, grande parceiro
É um faz tudo, um cobra!
Dedicou-se por inteiro
Ele é pau pra toda obra.
E nós duas nos matamos
De tanto trabalhar
As vezes nos estranhamos
Mas não paramos de tentar
E as pessoas foram vindo
E com boa energia
Tudo foi ficando lindo
Como se fosse magia.
Tudo feito com carinho,
Vários dedos, várias mãos
Gleice, Gabi, Renatinha,
Julio, Elder, Caio, Alemão
Rosa foi sensacional
Krishna com a boa energia
Gio, Juli, Dinha, Chaparral
Sempre na maior alegria
E hoje, 4 de agosto
Estamos em paz com o universo
Recebemos vocês com gosto.
BEM VINDOS AO CAFÉ ConVerso!!!!!

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