Arquivos carnaval - Rede Sina https://redesina.com.br/tag/carnaval/ Comunicação fora do padrão Fri, 11 Aug 2023 06:33:31 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.4.4 https://redesina.com.br/wp-content/uploads/2016/02/cropped-LOGO-SINA-V4-01-32x32.jpg Arquivos carnaval - Rede Sina https://redesina.com.br/tag/carnaval/ 32 32 O clichê do Carnaval: um evento ou um lugar dentro de nós por GRAZIELA MIOLO https://redesina.com.br/o-cliche-do-carnaval-um-evento-ou-um-lugar-dentro-de-nos-por-graziela-miolo/ https://redesina.com.br/o-cliche-do-carnaval-um-evento-ou-um-lugar-dentro-de-nos-por-graziela-miolo/#respond Tue, 22 Feb 2022 14:13:51 +0000 https://redesina.com.br/?p=17636 Eu fujo dos clichês… talvez porque perceba neles um tanto de sedução. Um amor icônico, uma música romântica, um jantar a luz de velas e uma troca de olhares cheios de tesao, seduzem, é inegável! Talvez porque signifique o indício de um conto de fadas. E se eles existem a fantasia existe… a dureza da …

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Eu fujo dos clichês… talvez porque perceba neles um tanto de sedução. Um amor icônico, uma música romântica, um jantar a luz de velas e uma troca de olhares cheios de tesao, seduzem, é inegável! Talvez porque signifique o indício de um conto de fadas. E se eles existem a fantasia existe… a dureza da realidade encontra uma zona de escape. Aquela dificuldade em encontrar o tempo certo do amor, a química certa. A necessidade de construção pelo diálogo. O empenho em fazer acontecer, cai por terra quando na década de 90 Richard Ghere chega numa limosine branca(muito melhor que um cavalo branco, não é?!?) com uma rosa, “salvando” a bela Julia Roberts da sua sina de ser garota de programa. Para os mais jovens, eu estou retratando uma cena do filme: Uma linda mulher. Um conto de fadas moderno, assim foi descrito na época.
Os clichês têm esse apelo sedutor. Eles são como uma estrada asfaltada na madrugada. Sem sono…só vai…
Então… escrever sobre o Carnaval no “país do Carnaval” e nas vésperas dele, é um clichezão! Talvez porque o Carnaval seja a própria expressão do clichê! Ou seja, ele é! Não existem subterfúgios. Aquilo que se gostaria naqueles 4 dias se expressam. As fantasias (em todos os sentidos) são permitidas. Não existem interrupções. Existe um deslizar do desejo em prol do prazer. O corpo balança… se expressa… a música sustenta… o samba acalenta… e a vida suspira. É um hiato que se abre onde o dever e a preconcepção dos papéis podem ser “brincados”. O homem pode ser mulher, a mulher pode ser homem, a freira pode ser sensual, e o padre pode ser bissexual. Pode ser! Tem uma permissão serena onde os desejos possam ser…
Esse não seria o maior dos contos de fadas?!? Onde o clichê ganha espaço na dualidade, no paradoxo da expressão. Tem uma perfeição que se sustenta pela energia que se esvai ao som do funk. O corpo toma o ritmo da batida sexual, da letra é que é o próprio ato sexual, como se ele pudesse de fato servir ao que lhe cabe. Sentir! Desejar!

O samba sustenta o vai e vem das ancas das mulheres,  e o trejeito amoroso dos pés daqueles homens sedutores que sabem mostrar ao que veio o samba em seus corpos.
Não seria essa a expressão maior do que pode, do que quer e do que deseja o corpo humano? O movimento? O sexo? O desejo?

Naquelas melodias, naquele sorrisos, naquelas fantasias e maquiagens, todos os deveres vão embora. Eles escoam. O hiato do Carnaval permite que o desejo impere. Não existem porquês. Não existem senões. Para quem se permite brincar o Carnaval o que existe é desejo, é sorriso, é alegria, é vida pulsando.

É a intensidade da vida que absorve, e mantém viva a ideia de que somos humanos, e não robôs. Os cyborgs que passam a semana esperando o final de semana para viver, agora podem enfim viver, despreocupadamente. Nada precisa ser construído ou planejado, a não ser onde vai a lantejoula ou qual o gliter mais bonito para aquela maquiagem.
Não precisa investimento, a não ser da garantia da folia e do prazer.
Será por isso que o Carnaval incomoda, alguns?!? Será por isso que os clichês me incomodam?! Ambos são o óbvio. O dado. O que escoa sem conflito. Saberíamos viver sem o conflito entre o que se obriga e o que se deseja? Aquilo que escapa não  garantia que possamos lembrar da nossa humanidade? Somos freiras e passistas. Somos baianas e rainhas de bateria. O clichê pode nos salvar ou nos aprisionar. Mas afinal, o que teríamos de vida sem ele?

A reflexão que fica é que o Carnaval, vivido na prática ou não, pode ser capaz de libertar os clichês…aqueles que nos habitam, e que buscam conforto e por isso atestam o quanto viver é posição, e escolha… direção e sustentação… viver é assumir quem se é, o resto é sobreviver. Pode ser arlequim, pierrot, colombina ou a réplica da Anitta, mas pra qualquer uma dessas fantasias é preciso coragem…uma coragem que o Carnaval garante. Aquele Carnaval que acompanha quem mergulha na magia do lúdico e é capaz de se inventar por mais de 4 dias no ano. O Carnaval pode ser um evento de 4 dias anual… ou uma sensação libertaria que encontra uma dignidade ansiosa naqueles que enfrentam seus medos e mergulham em si. O Carnaval pode ser um evento dentro de cada um de nós… depende apenas de coragem e disposição pra isso!

Podemos viver brincando… ou brincar de viver… um hiato ou uma prisão, tudo é questão de escolha e consciência de si.

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Do luto, da pandemia e do carnaval por Rosana Zucolo https://redesina.com.br/do-luto-da-pandemia-e-do-carnaval-por-rosana-zucolo/ https://redesina.com.br/do-luto-da-pandemia-e-do-carnaval-por-rosana-zucolo/#respond Mon, 08 Nov 2021 03:08:28 +0000 https://redesina.com.br/?p=16550 Num cotidiano de estranhamentos confluem conversas e escutas sobre pandemia, luto e carnaval na véspera do dia de finados.  Busquei entender os nexos entre eles após ouvir no rádio, enquanto dirigia de volta para casa, uma vereadora local defender a realização do carnaval  em 2022 como acontecimento necessário à retomada das atividades econômicas, “tão vitais …

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Num cotidiano de estranhamentos confluem conversas e escutas sobre pandemia, luto e carnaval na véspera do dia de finados.  Busquei entender os nexos entre eles após ouvir no rádio, enquanto dirigia de volta para casa, uma vereadora local defender a realização do carnaval  em 2022 como acontecimento necessário à retomada das atividades econômicas, “tão vitais ao município e aos que dependem desse momento para ter ganhos”, ainda que os lucros tenham diferentes níveis de acordo com as classes sociais.

Ouvir estes argumentos entre outros, tais como: ” a solução para pensar a sustentabilidade, trabalho para a população de baixa renda, já é possível e necessário retomar a vida normal”,  situando o carnaval como saída num contexto de muito achismo e poucas evidências é algo que revolta.  Explico: primeiro porque paira sobre grande parcela de brasileiros um luto que remete às mais de 600 mil mortes no país. Se hoje os óbitos reduziram, não pararam. Nas redes de trabalho e pesquisa não cessam os comunicados de colegas que se foram em decorrência da Covid. Vivemos perdas cotidianas que não serão neutralizadas/minimizadas com a festa. É preciso sensibilidade histórica.

Segundo, porque a pandemia ainda não acabou e a previsão dos cientistas é a de que ela encerre somente em 2024. A probabilidade é de que entre o natal e o ano novo possamos ter aqui outra onda, uma vez que a Europa e a Ásia estão com novos surtos. Sessenta dias é o tempo previsto para que chegue ao Brasil, ainda que salvaguardado pela vacinação. Quiçá continuemos assim.

Terceiro, porque perceber que a “normalidade” continua centrada nas clássicas estratégias econômicas e que nem mesmo o poder público é capaz de visualizar outras alternativas criativas e solidárias é, no mínimo, desalentador. Derruba por terra a esperança de uma real mudança de protocolos entre humanos e seu modus operandis.

Quarto, porque a administração pública e o legislativo tem a obrigação de se pautar pela ciência em defesa da vida e do interesse público. Cabe procurar assessoramento competente porque isto envolve a saúde e a vida das pessoas.

Quinto, porque a função do jornalismo (no caso a do jornalista que conduzia o programa) é questionar, explorar, expor todas as facetas de uma questão tão relevante. É necessário gerar um debate plural e com informações profícuas, e não alinhar com a opinião da entrevistada. Há um limite entre  a cordialidade e a bajulação, e a falta dele se evidencia com muita força no rádio.

Talvez minha reação seja parte do cansaço gerado pelo luto prolongado desse momento histórico.  A morte reina em todas as suas formas e paira sobre as gentes, como se a pandemia tivesse aberto as portas do mundo para todas as mazelas da humanidade. Todos os dias morre-se de Covid, de tristezas, de indiferenças, de negligências, de negacionismos, de omissões, de violências, de ganâncias, de fome.

Quando Jaider Esbell, artista plástico originário da etnia Macuxi, foi encontrado morto na última terça, 2, justamente no dia de finados, imaginei que ele se fora por excesso de cidade, asfalto, cimento e cinza.

Pata- Jaider Esbell

Representante dos povos originários, defendia o “artivismo” como ação política capaz de impregnar o mundo branco com a cosmologia indígena. E foi assim que coloriu os museus com sua arte e a de outros indígenas que se fazem presentes na Bienal de SP.  Só consigo imaginar que Esbell cansou de segurar o céu para esse antropoceno que não deu certo e do qual  somos os representantes.

Em meio à tristeza, no mesmo dia, chegou o manifesto poético-musical em vídeo  Canção pra Amazônia, do compositor Carlos Rennó  musicada por Nando Reis. 

Amazônia, “razão de tanta insânia e tanta insônia”, reúne 31 artistas em defesa da maior floresta tropical do mundo. O vídeo impacta e emociona. E não só pela sensibilidade e apelo, mas pela dura realidade que mostra e nos expõe enquanto uma sociedade irracional.

Ao menos parte de nós parece ter acordado, ainda que tarde, diante da talvez irreversível devastação  que assola não só a floresta, mas o planeta. É quando se percebe estar vivendo uma urgência histórica que salta à consciência e diz que não dá para fingir que está tudo bem.

Não está tudo bem. E mesmo que o fim das pandemias costume ser celebrado com grandes festas coletivas capazes de exorcizar o terror vivido, é bom lembrar que estamos apenas no início do fim de uma delas.

Há registros históricos  sobre o que se sucedeu após a gripe espanhola,  maior pandemia do século passado e que ceifou 50 milhões de vidas. Em 1931, no Rio de Janeiro, o carnaval foi o maior de todos os tempos e durou aproximadamente três meses. 

Agora, a cidade foi a primeira a se manifestar favorável à realização da festa internacionalmente famosa pelos desfiles das escolas e pelos blocos de rua. Na sequência vieram São Paulo, Recife e Salvador, cidades onde o carnaval costumam reunir aproximadamente um milhão de pessoas entre nativos e turistas.  Como é de praxe, passada a festa, as viroses chegam à população. Na Bahia até ganham nomes, só que até então, elas  não eram tão letais quanto a Covid. Prefeituras e governos dos estados estão em divergência quanto à questão. Resta saber o que prevalecerá.

ROSANA ZUCOLO

Jornalista, professora universitária (UFN), mestre em Educação(UFSM) e doutora em Comunicação(Unisinos). Nascida gaúcha, mora em Santa Maria, tem alma cigana, a Bahia como segunda terra e o mundo como casa. Se diz  ” parideira de jornalistas” e renasce com eles todos os anos. Descobriu ter uma certa predileção por pares: dois filhos, dois gatos, dois prêmios Tim Lopes de Jornalismo Investigativo, dois empregos por muito tempo, dois projetos de cursos de comunicação, dois blogs,  duas casas, dois irmãos, dois cachorros, duas cachorras…

 

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“Samba no Quintal da Arco Íris” no Theatro Treze de Maio (27/08, sex, 19h30) https://redesina.com.br/samba-no-quintal-da-arcoiris-no-theatro-treze-de-maio-27-08-sex-19h30/ https://redesina.com.br/samba-no-quintal-da-arcoiris-no-theatro-treze-de-maio-27-08-sex-19h30/#respond Fri, 27 Aug 2021 04:24:11 +0000 https://redesina.com.br/?p=15827 Nesta sexta-feira, 27, às 19h30min, ocorre o “Samba no Quintal da Arco Íris”, no Theatro Treze de Maio. A apresentação irá resgatar os sambas tradicionais que marcaram história. A bateria e os músicos irão interpretar músicas com a presença de casais de mestre-sala e porta-bandeiras, baianas, rainhas e passistas. O show carnavalesco terá a presença …

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Nesta sexta-feira, 27, às 19h30min, ocorre o “Samba no Quintal da Arco Íris”, no Theatro Treze de Maio. A apresentação irá resgatar os sambas tradicionais que marcaram história. A bateria e os músicos irão interpretar músicas com a presença de casais de mestre-sala e porta-bandeiras, baianas, rainhas e passistas.
O show carnavalesco terá a presença das escolas de samba Arco Íris, Mocidade e Vila Brasil. A entrada franca, os ingressos podem ser retirados na bilheteria do Theatro Treze de Maio. A transmissão virtual será nas redes sociais da Prefeitura Municipal de Santa Maria.
A Escola de Samba Arco Íris é parceira da Rede Sina, esteve presente na Sina Carnavalesca, evento de carnaval de rua da Rede Sina e parceiros em 2020. O evento desta sexta, 27, será apresentado pela Mel Inquieta (Melina Guterres) fundadora da Rede Sina.
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Samba no Quintal da Arco Íris;
Sexta-feira (28/08), às 19h30min
No Theatro Treze de Maio e nas redes sociais da Prefeitura de Santa Maria (Facebook e YouTube) e nesta publicação. 
Entrada Gratuita (retirar ingresso na bilheteria)
Sexta também tem…
Lançamento do livro com os textos premiados em conto, crônica e poesia no concurso
Felippe D´Oliveira, edições de 2020 e 2021
17h30, no Hall do Theatro Treze de Maio
Mais informações no site da prefeitura
Fonte: Maria Cult e Prefeitura de Santa Maria

 


Reveja:

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29/02 – SINA CARNAVALESCA – Enterro dos Ossos https://redesina.com.br/sinaenterro2020/ https://redesina.com.br/sinaenterro2020/#respond Fri, 28 Feb 2020 17:36:30 +0000 https://redesina.com.br/?p=8666 Nesta sábado, 29, 18h, inicia o enterro dos ossos da Sina Carnavalesca na Praça Saldanha Marinho. Ás 19h serão lidos manifestos culturais e às 19h30 começa o cortejo com a bateria da escola de samba Arco-Íris pela Avenida Rio Branco até o Mercado da Vila Belga na Gare, onde no deck, acontece a Arena Artística …

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Nesta sábado, 29, 18h, inicia o enterro dos ossos da Sina Carnavalesca na Praça Saldanha Marinho. Ás 19h serão lidos manifestos culturais e às 19h30 começa o cortejo com a bateria da escola de samba Arco-Íris pela Avenida Rio Branco até o Mercado da Vila Belga na Gare, onde no deck, acontece a Arena Artística para livres manifestações culturais e de protesto. Para participações na Arena basta procurar a organização no local.

A Sina Carnavalesca agrega blocos, coletivos, empresas e pessoas que acreditam na cultura de Santa Maria. Não é apenas em um evento de Carnaval, mas também um marco de resistência cultural em defesa das manifestações populares, do caráter alegre e espontâneo do povo brasileiro, contra as formas de discriminação e a favor da volta do Carnaval de rua de Santa Maria. Iniciou na sexta, 21 na Praça dos Bombeiros, também teve domingo, dia 23, para crianças e encerra neste sábado com o enterro dos Ossos.

Realizam este evento: Rede Sina, Ong Igualdade, Sarau dxs Atrevidxs, Casa Gabbi, com o apoio de Bar do Garça, Mercado Japones,, Mercado da Vila Belga, Coletivo Memória Ativa. Estarão presentes Coletivo Despertas, Bloco Censuratos, Bloco Tenha a Bondade, Força Tarefa em Combate ao Feminicídio da Assembleia Legislativa, Coletivo HTA SM homens trans em ação em Santa Maria RS.

Evento no face: https://www.facebook.com/events/2508073772760429

ENTERRO DOS OSSOS

18h – Concentração na Praça Saldanha Marinho
19h – Leitura dos Manifestos Culturais
19h30 – Partida para Vila Belga, descendo a Av. Rio Branco.
20h – Arena Artística no Mercado na Vila Belga na Gare.
(aberto para manifestações e protestos)
Arrume a sua fantasia, adereços e vem brincar com a gente!

Realização:
Rede Sina, Ong Igualdade, Sarau dxs Atrevidxs, Casa Gabbi.

Apoio:
Bar do Garça, Mercado Japones, Mercado da Vila Belga, Coletivo Memória Ativa

Participação:
Coletivo Despertas,
Bloco Censuratos,
Bloco Tenha a Bondade,
Força Tarefa em Combate ao Feminicídio da Assembléia Legislativa
Coletivo HTA SM homens trans em ação. Santa Maria RS

MANIFESTO CULTURAL CARNAVALESCO

– Pelo direito ao grito. Pelo direito à folia. Pelo direito de ser brasileiro, ergamos nossa voz e nosso estandarte.
– Neste país tornado independente no grito, tornado república no grito, estamos nesta praça a dizer que o grito do carnaval é o mais legítimo e democrático traço do caráter nacional.
– Salve Macunaíma, nosso herói-emblema nesta busca por uma identidade!
– Neste país de desordens sociais e políticas tantas, as folias de Momo são a nossa folia, pois ganharam as cores e o calor dos Trópicos.
– Evoé, Baco, a folia é a celebração da nossa unidade!
– Nossa bandeira neste ato vem do coração, e as suas cores se mostram ainda vivas, embora tenham vencido barreiras de preconceito, corrido da polícia e dado muitas explicações.
– Nosso estandarte tem o tecido da resistência.
– Somos brasileiros por uma vocação centenária, procurando nossa identidade, especialmente nas ruas e praças, onde a alegria preside nossos atos.
– No entanto, precisamos parênteses na festa para manifestar nossa preocupação, com o que vem acontecendo em nossa cidade.
– Santa Maria já contou com desfiles memoráveis de suas escolas; já contou com bailes históricos nos Clubes.
– Num momento em que, no cenário nacional, o que se percebe é um desmonte do sistema nacional de cultura.
– A condenação das manifestações culturais populares, em nome da moral e dos bons costumes.
– Privilégio de uma visão estreita sobre o caráter carnavalesco da cultura brasileira.
– Este ato precisa começar com um manifesto para tornar pública nossa lamentação: há 5 anos não temos carnaval de rua em Santa Maria.
– Neste ano, observamos que vários blocos deixaram de realizar suas atividades ou foram erguer o seu estandarte em outras praças fora do Município.
– Já não se ouvem mais as folias na Associação dos Ferroviários, no Treze de Maio, no 21 de Abril, no União Familiar no Esportivo, clubes que também desapareceram do cenário cultural da cidade.
– Para que a festa volte às ruas e aos clubes, é preciso que se resgate o espírito do Carnaval que vem se perdendo em nossa cidade.
– É preciso que a Liga das Escolas supere as suas divergências e deixe as disputas apenas para os concursos.
– É preciso que os Clubes promovam o resgate da festa em sua dimensão histórica.
– Que os coletivos ocupem as ruas e os espaços públicos com sua alegria.
– Que o Poder Público tenha ação efetiva, para além de entraves burocráticos e dos questionamentos.
– Que o Conselho Municipal de Políticas Culturais promova um debate consequente, no sentido de reunir os agentes ligados ao tema, para elaborar um Política efetiva para o Carnaval na cidade.
– Estamos neste ato mostrando nossa preocupação, mas principalmente, tornando manifesta a nossa disposição em cooperar com o que se fizer em nome da festa em nossa cidade.
– E agora, é hora de alegria e de libertação, de pular, cantar e celebrar as folias de Momo. Todos à festa, que esta é a Sina Carnavalesca.

MANIFESTO POÉTICO

Nossa rua, nossa palco
Nossa arena encantada
Nessa democracia em vertigem
Santa Maria luta cheia de graça

Rede Sina vem chegando,
ONG igualdade militando,
Sarau das Atrevidas poetizando,
Casa Gabbi animando
Bar do Garça, Mercado Japonês, Mercado da Vila Belga, Coletivo Memória Ativa colaborando
As Despertas, Força Tarefa em Combate ao Feminicídio informando
Censuratos performando, Coletivo de Homens Trans participando, Batucada vem chegando
Nessa Sina Carnavalesca
Somos todos resistência

Nesse tempo de opressão
Em que a cultura anda às traças,
Nós viemos a praça,
Gritar com nossa arte:
Liberdade de expressão!

“Vamos escurecer as coisas”
Já dizia Nei de Ogum
Nesse Brasil racista
Escurecer é um desafio

Nessa folia,
Não é não!
Toda Maria é bem vinda
E também pode querer ser João
Homofobia, transfobia,
É crime e para isso também
Dizemos não!

Nós respeitamos as diferenças
A diversidade é nosso lema,
Nessa Sina Carnavalesca
Somos todos resistência

Povo do teatro,
Povo do cinema,
Da arte, das letras,
Povo da terreira,
Da comunidade guerreira
Nessa rua festeira,
Somos todos resistência

 

Confira como foi:

Fotos: Dartanhan Baldez Figueiredo

DIA 21 – SEXTA


DIA 23 – DOMINGO

 

ASSISTA LIVES NA SINA CARNAVALESCA AQUI

 

 

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SINA CARNAVALESCA COMEÇA NESTA SEXTA https://redesina.com.br/sina-carnavalesca-comeca-nesta-sexta/ https://redesina.com.br/sina-carnavalesca-comeca-nesta-sexta/#respond Wed, 19 Feb 2020 20:42:38 +0000 https://redesina.com.br/?p=8633 Nesta sexta-feira, 21, das 18h às 22h, inicia na Praça dos Bombeiros acontece a Sina Carnavalesca, evento que agrega blocos, manifestações artístico-culturais e concurso de fantasia mais original. No domingo, dia 23, o carnaval é das crianças a partir das 16h no mesmo local e no sábado, dia 29, a partir das 18h acontece o …

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Nesta sexta-feira, 21, das 18h às 22h, inicia na Praça dos Bombeiros acontece a Sina Carnavalesca, evento que agrega blocos, manifestações artístico-culturais e concurso de fantasia mais original. No domingo, dia 23, o carnaval é das crianças a partir das 16h no mesmo local e no sábado, dia 29, a partir das 18h acontece o Enterro dos Ossos com cortejo que sairá da Praça Saldanha Marinho até o Mercado da Vila Belga na Gare.
A Sina Carnavalesca pretende se constituir não apenas em um evento de Carnaval, mas também um marco de resistência cultural em defesa das manifestações populares, do caráter alegre e espontâneo do povo brasileiro, contra as formas de discriminação e a favor da volta do Carnaval de rua de Santa Maria.
O evento é aberto e, para participações na Arena Artística, basta procurar a organização no local.
Realizam este evento: Rede Sina, Ong Igualdade, Sarau dxs Atrevidxs, Casa Gabbi, com o apoio de Bar do Garça, Mercado Japones,, Mercado da Vila Belga, Coletivo Memória Ativa. Estarão presentes Coletivo Despertas, Bloco Censuratos, Bloco Tenha a Bondade, Força Tarefa em Combate ao Feminicídio da Assembleia Legislativa, Coletivo HTA SM homens trans em ação em Santa Maria RS.

Programação:

21/02 – SEXTA DE CARNAVAL
18h – Concentração na Praça dos Bombeiros
20h – Arena Artística (aberto para manifestações e protestos)
Concurso da “fantasia protesto” mais original.

ENTERRO DOS OSSOS
23/02 – CARNAVAL DAS CRIANÇAS
16H – Concentração na Praça dos Bombeiros
18h – Arena Artística da Criançada (crianças e adultos com cenas infantis podem se apresentar)

29/02 – SÁBADO
18h – Concentração na Praça Saldanha Marinho
19h – Partida para Vila Belga, descendo a Av. Rio Branco.
20h30 – Vila Belga. Arena Artística (aberto para manifestações e protestos)
Arrume a sua fantasia, adereços e vem brincar com a gente!

Realização:
Rede Sina, Ong Igualdade, Sarau dxs Atrevidxs, Casa Gabbi.

Apoio:
Bar do Garça, Mercado Japones, Mercado da Vila Belga, Coletivo Memória Ativa

Participação:
Coletivo Despertas,
Bloco Censuratos,
Bloco Tenha a Bondade,
Força Tarefa em Combate ao Feminicídio da Assembléia Legislativa
Coletivo HTA SM homens trans em ação. Santa Maria RS

 

Evento no face: https://www.facebook.com/events/2504846619749811/

 

ASSISTA LIVES NA SINA CARNAVALESCA AQUI

 

 

MANIFESTO POÉTICO

Nossa rua, nossa palco
Nossa arena encantada
Nessa democracia em vertigem
Santa Maria luta cheia de graça

Rede Sina vem chegando,
ONG igualdade militando,
Sarau das Atrevidas poetizando,
Casa Gabbi animando
Bar do Garça, Mercado Japonês, Mercado da Vila Belga, Coletivo Memória Ativa colaborando
As Despertas, Força Tarefa em Combate ao Feminicídio informando
Censuratos performando, Coletivo de Homens Trans participando, Batucada vem chegando
Nessa Sina Carnavalesca
Somos todos resistência

Nesse tempo de opressão
Em que a cultura anda às traças,
Nós viemos a praça,
Gritar com nossa arte:
Liberdade de expressão!

“Vamos escurecer as coisas”
Já dizia Nei de Ogum
Nesse Brasil racista
Escurecer é um desafio

Nessa folia,
Não é não!
Toda Maria é bem vinda
E também pode querer ser João
Homofobia, transfobia,
É crime e para isso também
Dizemos não!

Nós respeitamos as diferenças
A diversidade é nosso lema,
Nessa Sina Carnavalesca
Somos todos resistência

Povo do teatro,
Povo do cinema,
Da arte, das letras,
Povo da terreira,
Da comunidade guerreira
Nessa rua festeira,
Somos todos resistência

 

MANIFESTO CULTURAL CARNAVALESCO

– Pelo direito ao grito. Pelo direito à folia. Pelo direito de ser brasileiro, ergamos nossa voz e nosso estandarte.
– Neste país tornado independente no grito, tornado república no grito, estamos nesta praça a dizer que o grito do carnaval é o mais legítimo e democrático traço do caráter nacional.
– Salve Macunaíma, nosso herói-emblema nesta busca por uma identidade!
– Neste país de desordens sociais e políticas tantas, as folias de Momo são a nossa folia, pois ganharam as cores e o calor dos Trópicos.
– Evoé, Baco, a folia é a celebração da nossa unidade!
– Nossa bandeira neste ato vem do coração, e as suas cores se mostram ainda vivas, embora tenham vencido barreiras de preconceito, corrido da polícia e dado muitas explicações.
– Nosso estandarte tem o tecido da resistência.
– Somos brasileiros por uma vocação centenária, procurando nossa identidade, especialmente nas ruas e praças, onde a alegria preside nossos atos.
– No entanto, precisamos parênteses na festa para manifestar nossa preocupação, com o que vem acontecendo em nossa cidade.
– Santa Maria já contou com desfiles memoráveis de suas escolas; já contou com bailes históricos nos Clubes.
– Num momento em que, no cenário nacional, o que se percebe é um desmonte do sistema nacional de cultura.
– A condenação das manifestações culturais populares, em nome da moral e dos bons costumes.
– Privilégio de uma visão estreita sobre o caráter carnavalesco da cultura brasileira.
– Este ato precisa começar com um manifesto para tornar pública nossa lamentação: há 5 anos não temos carnaval de rua em Santa Maria.
– Neste ano, observamos que vários blocos deixaram de realizar suas atividades ou foram erguer o seu estandarte em outras praças fora do Município.
– Já não se ouvem mais as folias na Associação dos Ferroviários, no Treze de Maio, no 21 de Abril, no União Familiar no Esportivo, clubes que também desapareceram do cenário cultural da cidade.
– Para que a festa volte às ruas e aos clubes, é preciso que se resgate o espírito do Carnaval que vem se perdendo em nossa cidade.
– É preciso que a Liga das Escolas supere as suas divergências e deixe as disputas apenas para os concursos.
– É preciso que os Clubes promovam o resgate da festa em sua dimensão histórica.
– Que os coletivos ocupem as ruas e os espaços públicos com sua alegria.
– Que o Poder Público tenha ação efetiva, para além de entraves burocráticos e dos questionamentos.
– Que o Conselho Municipal de Políticas Culturais promova um debate consequente, no sentido de reunir os agentes ligados ao tema, para elaborar um Política efetiva para o Carnaval na cidade.
– Estamos neste ato mostrando nossa preocupação, mas principalmente, tornando manifesta a nossa disposição em cooperar com o que se fizer em nome da festa em nossa cidade.
– E agora, é hora de alegria e de libertação, de pular, cantar e celebrar as folias de Momo. Todos à festa, que esta é a Sina Carnavalesca.

Já estamos entrando no clima da Sina Carnavalesca! Carnaval pra lá de democrático e divertido. Confira a programação e participe:21/2 – Sexta das 18h às 22h na Praça dos BombeirosArena Artistica aberta para apresentações e protestos. Concurso: As 3 "fantasias protesto" mais originais levam litrão de chope. 23/2 – Carnaval das Crianças Domingo das 16h às 21h na Praça dos Bombeiros 29/2 – E ainda vai ter enterro dos ossos dia 29, sáb, 18h com concentração na Praça Saldanha Marinho e cortejo pela Av. Rio Branco até o Mercado da Vila Belga na Gare. Arrume a sua fantasia e vem brincar com a gente! Realização: Rede Sina, Ong Igualdade, Sarau dxs Atrevidxs, Casa Gabbi. Apoio: Bar do Garça, Mercado Japones, Coletico Memória Ativa, Mercado da Vila BelgaParticipação: Coletivo Despertas, Bloco Censuratos,Força Tarefa em Combate ao Feminicídio da Assembléia Legislativa

Posted by REDE SINA on Monday, February 17, 2020

 

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E as escolas de samba voltaram ao palco principal – BERNARDO PILOTTO https://redesina.com.br/easescolasde-samba-voltaram-ao-palco-principal-por-bernardo-pilotto/ https://redesina.com.br/easescolasde-samba-voltaram-ao-palco-principal-por-bernardo-pilotto/#respond Thu, 01 Mar 2018 19:00:21 +0000 http://redesina.com.br/?p=3872 Ao entrarem na avenida com enredos politizados e críticos, as escolas de samba chamaram novamente a atenção como há muito não acontecia. Paraíso do Tuiuti como segundo assunto mais comentado do twitter no mundo. Notas oficiais da Riotur e de Rodrigo Maia, presidente da Câmara dos Deputados, respondendo ao conteúdo dos desfiles da Mangueira e …

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Ao entrarem na avenida com enredos politizados e críticos, as escolas de samba chamaram novamente a atenção como há muito não acontecia.

Paraíso do Tuiuti como segundo assunto mais comentado do twitter no mundo. Notas oficiais da Riotur e de Rodrigo Maia, presidente da Câmara dos Deputados, respondendo ao conteúdo dos desfiles da Mangueira e da Tuiuti, respectivamente. Comentários sobre os desfiles para muito além das colunas e segmentos especializados. Enfim, fica difícil escolher qual é a melhor forma de mostrar que o desfile das escolas de samba do Rio de Janeiro voltou a pautar a sociedade brasileira.

Quando falava-se, há cerca de 1 mês atrás, que poderíamos viver um “carnaval dos carnavais”,ninguém imaginava que pudéssemos chegar a tanto. Ao entrarem na avenida com enredos politizados e críticos, as escolas de samba chamaram novamente a atenção como há muito não acontecia.
Nas redes sociais, os desfiles e a apuração foram comentados para muito além da bolha do samba-enredo e muita gente se engajou na torcida por uma escola, especialmente pela Paraíso do Tuiuti.
Se, em 2017, o que marcou o desfile foram os acidentes e uma virada de mesa, o carnaval 2018 será lembrado pela politização explícita e também pela sua repercussão (escrevo isso no momento que ainda estamos sob o risco de uma nova virada de mesa que, a meu ver, não mudará o signo geral do que foi o carnaval de 2018). Poderá ser um marco na retomada do desfile das escolas de samba como algo marcante para o país, como aconteceu especialmente nos anos 1970 e 80.
É justamente aproveitando essa repercussão que é importante colocarmos algumas questões (algumas mais históricas e outras mais específicas sobre 2018) sobre as escolas de samba, os desfiles e o carnaval:

1) Não é só quando fazem críticas sociais explícitas que as escolas de samba estão fazendo política. Como bem apontou Luise Campos, da Rádio Arquibancada, “são política os fazeres da folia, a dimensão comunitária, a perpetuação de saberes ancestrais, a expressão da identidade cultural de um negro. É política a expressão de corpos que se negam a servir somente ao trabalho e à exploração do capital e se libertam no sambar, no cantar e no batucar”. As escolas nasceram por isso e para isso. Foram desde sempre espaços de confluência comunitária, de recriação de laços perdidos após a experiência da diáspora;

2) As escolas de samba se pronunciam em diversas gramáticas. Além da gramática normativa oficial (essa que todos nós lemos e falamos) elas também se utilizam, por exemplo, de uma gramática dos tambores. Isso acontece quando as batidas de caixa das baterias das escolas de samba homenageiam orixás. É o caso da maior parte das baterias das escolas de samba mais antigas, como Portela e Mangueira. No caso da azul e branco de Oswaldo Cruz, sua batida é inspirada no agueré de Oxóssi. Portanto, mesmo quando a Portela desfilou com enredos baseados em fatos da história oficial (“Seis Datas Magnas”, “Motivos Patrióticos”, “Riquezas do Brasil”, “Legados de D. João VI”, entre outros), ela apresentou durante seu cortejo também a afirmação da cultura negra. É possível ir mais além: podemos dizer que a Portela só apresentou enredos oficiais para também poder bater tambor para seu orixá sem repressão da polícia;

3) As escolas de samba funcionam numa lógica própria. Segundo o compositor e jornalista Luiz Carlos Máximo, “as escolas de samba não foram criadas, não se organizam, não se manifestam e não são dirigidas da mesma forma que partidos, sindicatos, movimentos e correntes políticas. Analisá-las dentro dessa caixa vai dar ruim. Porque elas não estão nessa caixa. Sem mérito ou demérito. Só não estão.”;

4) Umas dessas lógicas de funcionamento é a negociação. As escolas sempre buscaram a negociação com os poderes de diversos âmbitos, como o poder público, o tráfico, as igrejas, o jogo do bicho. A negociação é a forma que as escolas encontraram para resistir e existir. Foram raros os momentos em que elas bateram de frente. Partiu das escolas, por exemplo, a ideia de exaltar temas nacionais nos desfiles. Foi o mecanismo que as escolas encontraram para buscarem legitimidade e para serem aceitas;

5) Em sua maioria, as escolas de samba não bateram de frente com o poder público nem na época da ditadura civil-militar. Escolas como a Unidos do Cabuçu, Santa Cruz e Mangueira (em 1971), a Paraíso do Tuiuti, a Imperatriz Leopoldinense e a Unidos de Lucas (em 1972), o Império da Tijuca (em 1973), a Tupy de Brás de Pina (em 1975) e a Mocidade Independente (em 1979) apresentaram enredos que, além do teor nacionalista já costumeiramente usado nos desfiles, exaltaram “glórias” dos governos militares.
Mas quem acabou se notabilizando por este tipo de enredo no período e ganhando a fama foi a Beija-Flor de Nilópolis, que chegou a ser apelidada de Unidos da Arena. Isso porque ela apresentou enredos elogiosos aos militares em três carnavais seguidos (1973, 74 e 75) e também porque vários diretores e presidentes da escola ocuparam cargos públicos (vereadores, prefeitos, deputados) pela ARENA, partido que sustentava o regime.
Ainda assim, as escolas de samba foram alvo de espionagem por parte dos aparatos de repressão, como tem sido recentemente revelado;

6) Mas, como quase tudo que envolve as escolas de samba, há contradições na história da Beija-Flor. Em 2003, por exemplo, a escola apresentou o enredo “O povo conta a sua história: Saco vazio não para em pé. A mão que faz a guerra faz a paz” em que falava sobre o combate a fome, principal pauta daqueles primeiros meses do governo de Lula da Silva.
A Beija-Flor também é uma escala com muita presença comunitária e popular. É, certamente, a escola que tem mais moradores do seu entorno entre seus desfilantes. É também uma escola muito profissional na elaboração de seu carnaval, com ensaios longos e que fazem com que dificilmente a escola perca pontos nos chamados quesitos de chão (mestre-sala & porta-bandeira, bateria, harmonia e evolução). Vale ainda registro que a escola mantém praticamente a mesma equipe de carnaval desde 1976;

7) Ainda que se insista em dizer o contrário e que elas ainda sejam vistas como uma arte de segundo escalão, escola de samba é coisa muito séria. Enquanto estamos avaliando e debatendo o carnaval de 2018, a maior parte delas já está trabalhando no desfile de 2019. Um exemplo deste trabalho é a elaboração dos enredos: em meados de abril as escolas começarão a anunciar seus enredos e logo na sequência serão divulgadas as sinopses deles, mostrando qual é o norte que a agremiação procura para aquele tema. A partir daí, os compositores poderão escrever os sambas, que passarão ainda por disputas nas quadras para ver qual será o hino que a escola vai levar para a avenida. Em algumas escolas, chegam a ser apresentados mais de 20 sambas concorrentes para um carnaval. O trabalho de composição acontece ao mesmo tempo que a parte estética vai sendo feita; neste trabalho, estão envolvidos centenas de trabalhadores, como os carnavalescos, figurinistas, desenhistas, artesãos, costureiras, etc.

8) Em muitos casos, as sinopses são construídas com base em referências bibliográficas, em inspiração em livros, etc. Mas é sempre bom lembrar que um desfile de escola de samba não é uma tese acadêmica. Não há, portanto, necessidade de que todos os itens citados nas referências de uma escola apareçam no carnaval;

9) O enredo é definido conjuntamente entre o carnavalesco e a direção da escola. Além das ideias do carnavalesco em si, entram em avaliação algumas características das escolas. O Salgueiro, por exemplo, tem tradição em enredos com a temática afro; a Imperatriz se notabilizou em enredos históricos; a União da Ilha trouxe temas leves e divertidos em muitas ocasiões para a avenida e assim sucessivamente;

10) Ao longo dos anos, as escolas de samba cariocas cumpriram papel fundamental para contar aspectos e personagens de nossa história que são pouco explorados em nosso ensino formal. Foi assim com os desfiles sobre Zumbi (que apareceu pela primeira vez na exibição do Salgueiro em 1960), o Xingu (enredo da Mocidade em 1983), Teresa de Benguela (enredo da Viradouro em 1994), as candaces (enredo do Salgueiro em 2007), Carolina de Jesus e João Candido (enredo da Renascer de Jacarepaguá em 2017), Luisa Mahin (enredo da Alegria da Zona Sul em 2018), entre tantos outros;

11) O carnaval de 2018 não foi o primeiro a ter críticas políticas explícitas. Em 1961 a Tupy de Brás de Pina denunciou a seca no nordeste. Em 1969, com o Império Serrano e em 1972, com a Vila Isabel, a liberdade foi cantada na avenida, em plena ditadura. Tal tipo de enredo marcou também os anos 1980, especialmente a partir da Caprichosos de Pilares e da São Clemente, mas não só delas; em 1986, por exemplo, a União da Ilha incluiu o FMI nas assombrações de que falava seu enredo;

12) A atual crise econômica tem feito bem ao desfile das escolas de samba, pelo menos no quesito enredo (e, por consequência, também no quesito samba-enredo). Isso porque secaram os patrocínios de empresas e de cidades/estados, fazendo com que as escolas saíssem de uma zona de conforto e buscassem outros temas para seus enredos. De 2016 para cá, tivemos mais enredos sobre lendas indígenas, religiosidades afro-brasileiras, personalidades de fora do mainstream, etc;

13) A vitória da Beija-Flor em 2018 é bastante contestável. Mas não porque ela é uma escola que apoiou os militares, é da Globo, compra os jurados ou algo do tipo. O primeiro lugar da escola de Nilópolis merece contestação porque a escola apresentou um conjunto frágil de alegorias e fantasias e porque trazia um enredo bastante confuso. A escola até chegou a perder pontos nesses quesitos, mas de forma muito tímida;

14) Mas esse não é o primeiro título a ser questionado. Em muitas vezes, a própria Beija-Flor reclamou da perda injusta de pontos. Um dos motivos para isso é a falta de critérios para a escolha dos jurados. Muitas vezes, esses jurados têm pouquíssima ligação com o mundo das escolas de samba. Em 2017, a União da Ilha foi penalizada no quesito samba-enredo pois seu samba possuía muitas palavras africanas. Acontece que o enredo da escola naquele ano era sobre uma… lenda do povo banto;

15) Há ainda outros 2 pontos importante para pensarmos o carnaval de 2018, que tem a ver com a conjuntura de polarização política que vivemos no Brasil.

Primeiramente, é preciso explicitar que não existe o quesito “qualidade da crítica política”. Logo, a Beija-Flor não foi avaliada por ter sido mais à direita ou mais à esquerda. Em minha visão, ela apresentou um combinado de críticas de tudo que é forma. Foi, neste sentido, parecido com o que vimos nas ruas do Brasil em junho de 2013. Mas esse ponto exatamente não estava em análise.
O segundo ponto é que não nos serve para a análise do desfile desse ano o encaixe dele na narrativa coxinhas x petralhas (ou golpe x impeachment). Ainda que esta polarização explique muita coisa em nosso país, ela não serve para tudo. Mas, infelizmente, vimos muita gente tentando contrapor a Paraíso do Tuiuti com a Beija-Flor nesta perspectiva. Já que a Tuiuti representaria os petralhas, por ter trazido uma crítica explícita à reforma trabalhista de Temer, haveria de ter alguém representando os coxinhas no desfile. E para este papel foi escolhida a Beija-Flor. Essa polarização é errada e não tem repercussão para além das nossas bolhas virtuais. No Desfile das Campeãs, no sábado após o carnaval, por exemplo, muita gente gritou é campeã para a Tuiuti e aplaudiu o desfile da Beija-Flor.
Feitos esses apontamentos, creio que o leitor já percebeu que o mundo das escolas de samba guarda muitas surpresas, lógicas próprias, contradições, histórias e que, por isso mesmo, é fascinante. Que o interesse de 2018 venha pra ficar e que tenhamos novamente uma ocupação das escolas de samba e dos desfiles, como vimos nas décadas de 1970 e 80.

Bernardo Pilotto nasceu em fevereiro de 1984, poucos dias antes do Sambódromo carioca ser inaugurado, numa maternidade a 2km da Praça da Apoteose. É sociólogo, amante do carnaval e folião. Assistiu o desfile na Marques de Sapucaí em 18 dos seus 34 anos de vida. Na infância, via com curiosidade seus pais irem assistir aos desfiles, acompanhados de amigos e parentes. Quando tinha 9 anos, foi ao seu primeiro desfile, justamente no ano que o Salgueiro sacudiu e contagiou toda cidade com seu refrão inesquecível. Aos 10 anos, foi morar em São Paulo e depois em Curitiba. Sua paixão pelo carnaval permaneceu e, desde 2006, vai ao Rio de Janeiro para assistir o desfile e acompanhar os blocos de rua. Atualmente está retornando ao Rio de Janeiro. Participou recentemente do Especial de Carnaval do Portal Esquerda Online e tem também outros textos escritos sobre o carnaval em blogs e sites. 

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CARNAVAL SEM ASSÉDIO por Renata Asato https://redesina.com.br/carnavalsemassediorenataasato/ https://redesina.com.br/carnavalsemassediorenataasato/#respond Tue, 27 Feb 2018 16:14:24 +0000 http://redesina.com.br/?p=3853 “A intimidade constrange” Bruna Trindade Tentei postar uma foto dessas outro dia e o instagram me censurou, disseram-me que alguém deve ter denunciado. Foram três dias de #mamiloslivres e gostaria de relatar essa experiência do meu primeiro carnaval. No primeiro dia, fui inspirada pelas manas do Cordão do Boi Tolo. ♡ Estava tudo bem, até …

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“A intimidade constrange”
Bruna Trindade

Tentei postar uma foto dessas outro dia e o instagram me censurou, disseram-me que alguém deve ter denunciado. Foram três dias de #mamiloslivres e gostaria de relatar essa experiência do meu primeiro carnaval. No primeiro dia, fui inspirada pelas manas do Cordão do Boi Tolo. ♡ Estava tudo bem, até eu encontrar alguns homens conhecidos que pareceram intimidados. Depois disso escureceu, me senti constrangida e me vesti. Comentei com uma amiga, que disse: “A intimidade constrange”. Fiquei com essa frase na cabeça, da Bruna Trindade. No segundo dia, eu já fui mais preparada e glitterizada. Chegando no primeiro bloco, outra amiga liberou os peitos também. Impressionante como uma mulher empodera a outra! Nós duas juntas nos sentimos totalmente livres e recebemos a maior energia da galera, especialmente das mulheres!
Em outro bloco, eu estava de casal. Recebi muitos elogios e ele recebia também. Foi curioso perceber que, ao lado de um homem, muitas pessoas se sentiram mais à vontade para falar comigo e algumas até me pediram uma foto. Por que não me pediram quando eu estava sozinha? Será que ao lado de um homem eu fiquei mais acessível ou objetificada? Reclamei do preço da cerveja e o vendedor ambulante me ofereceu o desconto de 1 real se eu o deixasse tirar uma foto minha. “Não, obrigada, pode cobrar o valor normal.” Depois ele disse: “vou te dar o desconto pela atitude, parabéns”. Mas o mais lindo foram as mulheres. Outras duas liberaram os peitos quando me viram também, em momentos distintos. Uma delas falou: “Se você pode, eu também posso. Obrigada!”. Emprestei o meu glitter e ela saiu radiante. Não teve assédio direto, mas teve gente que tentou filmar/fotografar sem permissão.
Conclusão:

#mamiloslivres intimidam muitos homens, empoderam muitas mulheres e revelam o machismo nosso de cada dia dessa galera que tenta/pede pra tirar fotinho. A mesma coisa sobre quem se excita com fotinho de instagram. O meu post não é um convite. Mostrar os meus peitos não te dá o direito de me pedir um nude, muito menos de me mandar uma foto de pau duro. Hello! Por que tanto alvoroço com apenas peitos? Evoluam e, no mínimo, peçam desculpas (até agora nenhum pedido de desculpa, infelizmente).

Obrigada, manas. Gratidão às que me inspiraram, às que me deram um “salve” peitos, às que se encorajaram e às que apenas agradeceram. Juntas somos muito mais fortes.

P.S: Se for testar os #mamiloslivres pela primeira vez, recomendo às manas que levem um top para os momentos de trânsito entre os blocos, pois quando muda a energia, muda tudo.

Renata Asato é artista-pesquisadora do Programa de Pós-graduação em Artes Cênicas da UNIRIO e especialista em Corpo: Dança, Teatro e Performance pela pós-graduação lato-sensu da Escola Superior de Artes Célia Helena. Atualmente se dedica à pesquisa das Artes do Corpo, com interesse especial por Filosofia e Artes Orientais. Estuda Teatro Nô desde 2014, além de ter realizado diversos cursos de dança butô e de teatro-dança no eixo Rio-SP-Campinas. É graduada em Teatro pela Escola Superior de Artes Célia Helena (2012) e também possui bacharelado em Comunicação Social pela Escola Superior de Propaganda e Marketing – ESPM (2009). Trabalha como atriz, produtora e professora teatral em projetos diversos. É apaixonada por Astrologia e ama o forró pé-de-serra.

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Dolorido relato de uma mãe agredida junto com a filha no carnaval de Salvador https://redesina.com.br/dolorido-relato-de-uma-mae-agredida-junto-com-a-filha-no-carnaval-de-salvador/ https://redesina.com.br/dolorido-relato-de-uma-mae-agredida-junto-com-a-filha-no-carnaval-de-salvador/#respond Wed, 14 Feb 2018 19:10:54 +0000 http://redesina.com.br/?p=3754 Por uma mulher que prefere não se identificar em Salvador-BA Nunca vi bloco mais odiado do que os Muquiranas. Odiado por LGBT e até por homens conscientes. Mas, principalmente, por nós, mulheres, que sofremos com os machismo deles todos os dias. Inclusive quando eles não estão fantasiados e não os conseguimos identificar. Eles são asquerosos. …

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Por uma mulher que prefere não se identificar em Salvador-BA

Nunca vi bloco mais odiado do que os Muquiranas. Odiado por LGBT e até por homens conscientes. Mas, principalmente, por nós, mulheres, que sofremos com os machismo deles todos os dias. Inclusive quando eles não estão fantasiados e não os conseguimos identificar.

Eles são asquerosos. Se vestem de mulher para assediar, agredir e ofender mulheres.

Segunda 12/02, aniversário de minha filha, que completou 20 anos. Nós fizemos um almoço e descemos para ver o Attooxxa na praça Castro Alves. Eu não sou de pular carnaval (podemos falar depois sobre isso), mas politicamente eu vejo muitas incoerências. Inclusive minha.

Quando quis ver o Attoxxa, eu queria ver , conhecer esse fenômeno de quem tanto falam. E eles são lindos. É uma resistência, uma força e super queridos.

Saímos às 17:oo e tivemos medo de passar pelo meio da pipoca de canário que estava atrasada. Mas, apesar de muito cheia, as pessoas apenas brincavam. Pulavam muito e cantavam as músicas que eu não gosto. Não gosto de muitas coisas naquela relação, mas admiro a beleza nos olhos de quem se sente, naquela canção, representado. Sem agressão física, sem assédio. Tudo certo.

Passamos Canário e fomos livre até a casa de Itália. Encontramos alguns malditos muquiranas no caminho,  que tinham o prazer em jogar água na nossa cara. Eu não entendo esse prazer em ver pessoas irritadas ou chateadas. Eles sabem que atirar água no olho com aquela arma dói muito, mas o fazem com prazer. Não entendo porque a segurança não impede que eles andem com aquilo na mão.

Fugimos até o final da Carlos Gomes, mas uma vez lá, encontramos o bloco inteiro vindo. Eles saíram às 13:00 do Campo Grande (segundo um amigo). Não fazíamos ideia de que o bloco poderia, ainda, estar passando às 18:00.

Assim mesmo, não é culpa nossa de o agressor estar na rua. Não é culpa nossa, nem da roupa que usamos, nem da nossa atitude. As pessoas precisam parar de culpar a vítima pelos assédios e agressões.

No fim da Carlos Gomes já estávamos as seis amigas, chateadas e cansadas de tanto pedir, implorar, mandar eles pararem de jogar água isoladamente.

Então, juntos, mais de 40 começaram a bater. Dar tapas muito fortes. Na bunda, no rosto, no peito, na genital. Tenho muita vergonha de falar sobre isso. Foi uma violência muito grande passar por isso. Só consigo chorar.

Nem dava para ver quem fazia. Eles batiam e corriam. Sempre vinham por detrás. Tentávamos sair dali mas estávamos cercadas por todos os lados. A prima de minha filha, de 16 anos, estava conosco e, na tentativa de defendê-la, fui agredida brutalmente por esses lixos que se dizem homens.  Mais de 20 homens que se juntaram para agredir física e moralmente seis mulheres que não aceitaram que pegassem em nossas partes íntimas.

Um deles ia bater em minha filha pelas costas, porque ela jogou o brinquedo dele no chão. Ele levantou a mão com tanta força para bater nela, quando ela virou de costas, que eu nem sei o que poderia acontecer. Eu o segurei. Ele e outros me bateram na barriga, nas costas. Ainda dói. Física e moralmente.

Eles batiam e diziam: “não sabe brincar, não desce pro play”.

Xingavam a gente. Um deles cuspiu no meu rosto, dizendo que ia tirar o meu batom, mas que eu estava muito feia. Passaram a mão entre as minhas pernas. E eu não estava parada. Gritava. Pedia socorro. Os outros, em volta, riam.

Eles separaram a gente. Minha filha e outra amiga do resto do grupo.

Quando as encontrei, minha filha estava com o braço roxo e sem poder mexer a mão. Ela luxou a mão lutando contra machistas que covardemente nos agrediam cantando a canção “mulheres no comando, mulheres no poder”.

O que ganhamos foi um discurso moral da sociedade dizendo que não deveríamos ter reagido.  Na minha opinião isso é apologia ao estupro. Não temos que aceitar isso.

Ensinem aos seus filhos desde pequenos para que não brinquem com quem não quer brincar, não beijem quem não quer ser beijado.

Conseguimos chegar na praça. Eu não me mexi. Vi o show parada. Chorando.

Mais tarde, os muquilixos só não mexeram conosco de novo porque estávamos com quatro homens que encontramos lá na praça. Esses lixos só “respeitam” a gente quando há homens por perto. Por que eles só respeitam homens? Medo? Não sei.

Mas assim como eles se unem para fazer o mal,  nós precisamos nos unir também. Deter esse o machismo que nos oprime e nos cega.

 

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Ligue 180
A Central de Atendimento à Mulher em Situação de Violência – Ligue 180 é um serviço de utilidade pública gratuito e confidencial (preserva o anonimato), oferecido pela Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres, do Ministério das Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos, desde 2005.
O Ligue 180 funciona 24 horas, todos os dias da semana, inclusive finais de semana e feriados, e pode ser acionada de qualquer lugar do Brasil e de mais 16 países (Argentina, Bélgica, Espanha, EUA (São Francisco), França, Guiana Francesa, Holanda, Inglaterra, Itália, Luxemburgo, Noruega, Paraguai, Portugal, Suíça, Uruguai e Venezuela). Desde março de 2014, o Ligue 180 atua como disque-denúncia, com capacidade de envio de denúncias para a segurança pública com cópia para o Ministério Público de cada estado. O Ligue 180 é a porta principal de acesso aos serviços que integram a Rede nacional de enfrentamento à violência contra a mulher, sob amparo da Lei Maria da Penha.

 

 

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