Rede Sina Comunicação fora do padrão
Divagações noturnas…
O Brasil parece viver um sucessão de perdas, ora pelas vidas do Covid 19, ora pela falta de dignidade de seu presidente que além de ir contra todas as recomendações de saúde, ataca a imprensa. Recentemente, em uma coletiva mandou jornalistas calarem a boca, o que gerou um protesto nas redes por diversos profissionais do jornalismo com a hastag #eunaomecalo.
Hoje, 08/05, Santa Maria-RS, minha cidade natal e onde atualmente vivo (com aproximadamente 280 mil habitantes), tem 40 confirmados com coronavírus e, felizmente, nenhuma morte. O comércio está aberto com uma série de recomendações, entre elas, o uso de máscara é obrigatório. As universidades, escolas seguem sem aulas. Ontem, em uma entrevista que fiz, uma pessoa perguntou ao meu convidado quando ele achava que a vida voltaria ao normal. Fico pensando se não é essa a pergunta que todo mundo tem se feito ultimamente. Se formos acompanhar os dados, a curva de contágio é crescente, e a tendência é a de que a vida como ela era, se torne cada dia mais distante. Difícil pensar a vida sobre essa perspectiva, mas é mais do que necessário buscar a criatividade nessas horas e se reinventar dentro da atual realidade. Parece algo como pisar em um novo chão pela primeira vez.
Aqui na Rede Sina, a poesia salva as terças, nas sextas tem rolado um bate-papo mais descontraído, às quintas ou segundas entrevistas, e novos autores chegam toda semana.
Hoje estava editando o site, inserindo novas fotos e, por um instante, voltei à minha infância. Eu tinha ganhado um bloco de notas que era do tamanho de um caderno pequeno, e tinha páginas mais duras do que o papel comum. Eu gostava muito daquele bloco e por instinto, talvez, não sei dizer, fui às revistas. Recortava a imagem de várias pessoas e colava no bloco ao qual chamei de “rostos”. Ali eu tinha o primeiro contato com a percepção de diversidade. Diversos tons de peles, cabelos, olhos, sorrisos. Eu percebia que éramos muitos e diferentes. Recortava aqueles “rostos” de uma página publicitária ou de uma reportagem e me perguntava algo do tipo: “Como essa pessoa sente o mundo?”, muito mais que um nome ou o quê exatamente ela fazia em sua vida, minha curiosidade primeira, era o seu sentir.
Hoje, quando vi o rosto de diversos poetas nos arquivos de mídia do site da Rede Sina, eu voltei a esta memória e vibrei “eu consegui, eu estou conseguindo”, como se tal curiosidade fosse um sonho adormecido e acontecendo a cada dia sem que eu percebesse. Aqueles rostos das revistas colados num bloco da infância, agora têm nome, breve biografias e diversas formas de exprimir “como sentem o mundo”, seja na poesia, nos curtas, clipes, fotografias, etc.
Eu gostava tanto daquele bloco, não sabia que ele tinha crescido tanto assim em mim.
E nesse clima de poesia, compartilho o programa Tá na Mesa, que participei como convidada da querida Erenice de Oliveira na Rádio Armazém
TÁ NA MESA!
Participação no programa da Erenice de Oliveira na Rádio Armazém
Os bons se vão…
No dia 4 de maio, perdemos para o Covid 19, um grande compositor e escritor, Aldir Blanc. No mesmo dia, nosso atual presidente recebeu o Major Curió, 81 anos, oficial do Exército que comandou a repressão à Guerrilha do Araguaia (PA).
A família de Aldir dias atrás fazia vaquinha online para conseguir internação num hospital particular, certamente o que a família do torturador não precisará passar. Enquanto isso, a Regina Duarte, atual Secretária de Cultura que estava sumida até, ressurge em entrevista a CNN dizendo que segue no governo e para piorar, quando questionada sobre as homenagens que a secretaria deveria prestar aos artistas que faleceram, ela disse: “se eu estiver sendo cobrada significativamente por uma população que quer ser informada de cada óbito, eu abro um obituário”.
E de um “mundo estranho”, o ator Flavio Migliaccio se despediu aos 85 anos dizendo em carta “A humanidade não deu certo”. O corpo foi encontrado na manhã do dia 4 em seu sítio. Lima Duarte fez um vídeo tocante ao amigo.
NA REDE SINA, JORNALISMO EM TEMPOS DE PANDEMIA
Vivemos com uma sociedade que elegeu o atual presidente acreditando em muitas fake news, lendo qualquer tipo de fonte. Agora em tempos de pandemia, vemos manifestações, carreatas, pessoas acreditando no que diz tal presidente e duvidando do que dizem os veículos de comunicação.
Resolvi conversar com alguns profissionais da imprensa sobre como tem sido trabalhar nesse tempo, lembrando também que estas pessoas estão na linha de frente, se arriscando, expondo-se para trazer informação séria. Elas também merecem respeito e aplausos.
BATE-PAPO:
GERMANO OLIVEIRA / REVISTA ISTOÉ 30/04
PAULO CABRAL / TV CGTN AMÉRICA 07/05
UM CLIPE PARA VER:
Confesso que não conhecia a banda. Fiquei sabendo desse clipe por conta de gente querida que está na cena e produção como Guga Rocha, Luciano Gabbi, Gostei muito da letra, da música e do resultado do clipe. Música trazendo a política para o debate. Como adoro isso! Arte engajada.
POESIA:
Nova autora chegando na Rede Sina e lembrando que domingo é dia das Mães. Ela trouxe dois poemas dedicados às mães. Vale a pena conferir.
MADRUGADA INQUIETA /LIVE
E agora toda sexta, da 0h à 1h, vamos estar ao vivo na Rede Sina com um sala aberta no zoom para quem quiser chegar, trocando ideia num bate-papo livre e descontraído. Para participar é preciso baixar o zoom e acessar no horário o link. Depois da 1h a turma pode seguir a reunião no offline.
Reunião no Zoom:
https://us04web.zoom.us/j/72982991556?pwd=RVhJSDZhYU5SaTFlZE5CdG5VV25Ydz09
ID da reunião: 729 8299 1556
Senha: inquieta
Quem quiser só assistir, pode conferir na page da Rede Sina: www.facebook.com/redesina
CORUJÃO TODA TERÇA 23h!
https://redesina.com.br/corujao-da-poesia-toda-terca-23h/
IMPOSTO SOLIDÁRIO
MAIS:
VEJA O QUE ROLOU NAS OUTRAS MADRUGADAS INQUIETAS AQUI
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