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HISTÓRIA DA MÚSICA: POEMA

Sempre gostei de prestar atenção nas letras de músicas, o que elas dizem, seja um rock ou MPB… Fico me perguntando como, por quê, quando elas foram criadas. Quanto mais gosto da música, mais curiosa fico sobre sua história.

“Poema” ficou arranhando o disco dos meus pensamentos. Lembra dos vinis? Quando acabam de tocar e dá aquele barulho da agulha tocando o papel do disco.. O que incomoda um bocado, não? É assim a curiosidade. A música se repete, arranha o disco, acaba de um lado, acaba de outro. Vai para o imaginário, identificações, reflexões, suposições, gerando inquietudes…

Até que então uma hora a gente vai para o Google!!! hehehe.

Poema foi escrita por Cazuza para sua avó. Curiosidade matada, alma aliviada e já que a sina é comunicar… Compartilho a descoberta:

No livro O Tempo não Para, Lucinha Araújo, relata que “Cazuza em uma tarde presenteou sua avó com um lindo poema, dos versos mais simples e tocantes. Quando Cazuza veio a falecer, sua mãe começou a juntar todas as coisas que pertenciam ao filho, para mais tarde montar um acervo. Ela sabia que a avó de Cazuza guardava com muito carinho o poema que seu filho tinha a presenteado. Pedindo-a o poema, a avó recusou, dizendo que era um presente e que não poderia simplesmente dar pra ela. Lucinha ficou muito chateada. Quando a avó de Cazuza também veio a falecer, Lucinha recebeu uma caixinha, onde nela estava presente este poema. Gostando muito do texto, ligou pro Frejat e perguntou-lhe se gostaria de uma parceria para idealizar a música. Lendo-a, Frejat passou uma noite em claro e conseguiu  finalmente transformar o poema em música. No entanto disse que ficaria perfeita na voz de Ney Matogrosso. O Ney lógico aceitou e assim surgia a música “Poema”.”

Cazuza e sua mãe Lucinha
Cazuza e sua mãe Lucinha

POEMA

Eu hoje tive um pesadelo e levantei atento, a tempo
Eu acordei com medo e procurei no escuro
Alguém com seu carinho e lembrei de um tempo
Porque o passado me traz uma lembrança
Do tempo que eu era criança
E o medo era motivo de choro
Desculpa pra um abraço ou um consolo

Hoje eu acordei com medo mas não chorei
Nem reclamei abrigo
Do escuro eu via um infinito sem presente
Passado ou futuro
Senti um abraço forte, já não era medo
Era uma coisa sua que ficou em mim

De repente a gente vê que perdeu
Ou está perdendo alguma coisa
Morna e ingênua
Que vai ficando no caminho
Que é escuro e frio mas também bonito
Porque é iluminado
Pela beleza do que aconteceu
Há minutos atrás

Eu hoje tive um pesadelo e levantei atento, a tempo
Eu acordei com medo e procurei no escuro
Alguém com seu carinho e lembrei de um tempo
Porque o passado me traz uma lembrança
Do tempo que eu era criança
E o medo era motivo de choro
Desculpa pra um abraço ou um consolo

Hoje eu acordei com medo mas não chorei
Nem reclamei abrigo
Do escuro eu via um infinito sem presente
Passado ou futuro
Senti um abraço forte, já não era medo
Era uma coisa sua que ficou em mim, que não tem fim

De repente a gente vê que perdeu
Ou está perdendo alguma coisa
Morna e ingênua
Que vai ficando no caminho
Que é escuro e frio mas também bonito
Porque é iluminado
Pela beleza do que aconteceu
Há minutos atrás

 

E nessas minhas buscas acabei encontrando também essa entrevista de 1988 do Cazuza com o Jô Soares falando sobre política em que ele se diz socialista numa época em que ainda podia se fumar em lugares fechados. “Vamos fazer um movimento para tirar a ordem e progresso da bandeira do Brasil?”, brinca Cazuza na entrevista. “O barato da vida é tá sempre aprendendo” conta. Sobre a sua relação com o álcool “O que eu mais odiava era acordar e não lembrar o que tinha acontecido”, a partir disso ele começou a inserir a água mineral sem dispensar o whisky. Sobre ser chamado de poeta “Eu acho lindo a palavra poeta, mas eu já escrevo pensando em música” comenta lembrando que os amigos poetas diziam que o talento dele mesmo era ser letrista.

O que será que dizem eles sobre “Poema”?

Quanto mais se conhece mais curiosidades surgem… Mas o que não é possível responder.. Que tal imaginar?

O que você acha que Cazuza e sua avó iam achar da versão de Poema?

Dica de leitura:

(…) Lucinha conta a sua descoberta em relação ao uso de drogas por parte do filho. E de quando lhe perguntou, de forma direta, se ele era homossexual. Ao que ele respondeu: “Eu não sou nem uma coisa (heterossexual) nem outra (homossexual). Nada é definitivo na vida” (1997:108).

in: http://www.portaldoenvelhecimento.org.br/acervo/artieop/Geral/artigo11.htm

 

 

 

Melina Guterres – Jornalista e editora da Rede Sina

#ComunicaçãoForadoPadrão

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