{"id":4157,"date":"2018-05-07T20:19:18","date_gmt":"2018-05-07T23:19:18","guid":{"rendered":"http:\/\/redesina.com.br\/?p=4157"},"modified":"2020-11-12T03:25:27","modified_gmt":"2020-11-12T06:25:27","slug":"entrevista-lucas-paraizo-roteirista","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/redesina.com.br\/entrevista-lucas-paraizo-roteirista\/","title":{"rendered":"ENTREVISTA: LUCAS PARAIZO (roteirista)"},"content":{"rendered":"

Eu costumo dizer para os meus alunos que todas as hist\u00f3rias j\u00e1 foram contadas. Isso \u00e9 muito do que eu ouvi. A\u00ed o aluno pergunta \u201co que eu estou fazendo aqui, se todas as hist\u00f3rias j\u00e1 foram contadas?\u201d Eu costumo responder que \u00e9 porque falta uma: a sua. Ent\u00e3o, de alguma maneira, esse ineditismo, essa criatividade, esse olhar diferente para coisas, nada mais \u00e9 do que um olhar particular. Que trate de um tema universal, mas que seja particular.<\/p><\/blockquote>\n

\u201cRubens \u00e9 um professor de nata\u00e7\u00e3o infantil acusado pelos pais de um aluno de beijar o filho deles na boca no vesti\u00e1rio do clube. Quando a acusa\u00e7\u00e3o viraliza nos grupos de mensagens e redes sociais da escola, come\u00e7a um julgamento precipitado de Rubens sobre suas a\u00e7\u00f5es e inten\u00e7\u00f5es.\u201d (sinopse do filme Aos Teus Olhos)<\/em><\/p>\n

Inspirado na pe\u00e7a teatral \u201cO princ\u00edpio de Arquimedes\u201d, o filme \u201cAos teus olhos\u201d, de Carolina Jabor, foi premiado recentemente no Festival de Cinema do Rio como melhor filme, segundo o p\u00fablico \u2013 levou tamb\u00e9m os pr\u00eamios de melhor ator, Daniel Oliveira, de ator coadjuvante, Marco Ricca e de melhor roteiro, Lucas Paraizo, e na Mostra de Internacional de Cinema de S\u00e3o Paulo por Melhor filme pelo j\u00fari.<\/p>\n

O roteirista Lucas Paraizo, indicado por George Moura, foi escolhido para fazer a adapta\u00e7\u00e3o do texto escolhido por Carolina Jabor. Lucas \u00e9 Roteirista de cinema e TV. Formado em jornalismo pela\u00a0PUC-Rio\u00a0e em roteiro pela EICTV (Escuela Internacional de Cine y Televisi\u00f3n, San Antonio de los Ba\u00f1os, Cuba).\u00a0P\u00f3s-graduado em roteiro pela ESCAC (Escola Superior de Cinema i Audiovisuals da Catalunya)\u00a0e Mestre em Artes C\u00eanicas pela Universidade Aut\u00f4noma de Barcelona. No cinema tamb\u00e9m assina Gabriel e a Montanha, Divinas Divas, Aula Vazia, Laura. Na TV as s\u00e9ries \u201cA Teia\u201d, \u201cO Ca\u00e7ador\u201d, \u201cO Rebu\u201d, \u201cJusti\u00e7a\u201d (pr\u00eamio ABRA de melhor s\u00e9rie Drama de 60 minutos) e\u00a0\u201cSob Press\u00e3o\u201d para Rede Globo. \u00c9 autor do livro \u201cPalavra de Roteirista\u201d. Atualmente pertence ao corpo docente dos cursos de cinema da PUC-Rio e da EICTV.\"\"<\/a><\/p>\n

Sobre o filme Aos Teus Olhos, Paraizo conta que \u201cA pe\u00e7a original s\u00f3 tinha quatro personagens e se passava num s\u00f3 espa\u00e7o. Eu precisei criar outros personagens, criar uma vida fora daquele vesti\u00e1rio. Apesar das pessoas dizerem que quando voc\u00ea adapta \u00e9 muito mais f\u00e1cil\u2026 Mais ou menos! Voc\u00ea tem uma densidade no conceito, isso sim! Mas quando voc\u00ea precisa se desgarrar um pouco do original, \u00e9 quando voc\u00ea consegue a liberdade para criar em cima dele.\u201d<\/p>\n

J\u00e1 sobre processo seu criativo como roteirista, diz que \u201cO que me motiva a escrever \u00e9 tentar entender um pouco o que acontece dentro de mim e ao meu redor, tentar traduzir em emo\u00e7\u00e3o e a\u00e7\u00e3o as coisas que talvez eu n\u00e3o consiga traduzir em palavras e criar os personagens para que eles sejam confusos para que eles sejam conflituosos para que eles sejam duvidosos e para que nas suas jornadas de alguma maneira eles consigam se revelar, se conhecer, se descobrir, se transformar e fazer isso com o p\u00fablico.\u201d<\/p>\n

\u201cAos Teus olhos\u201d estreou nos cinemas em abril e logo deve chegar \u00e0 televis\u00e3o.<\/p>\n

Confira a entrevista:<\/p>\n

Como surgiu a ideia deste roteiro? O que veio primeiro? Sinopse, argumento ou roteiro? Quantos tratamentos o filme teve?<\/span><\/strong><\/p>\n

A Carolina Jabor, diretora do filme, leu uma pe\u00e7a de teatro chamada \u201cO Princ\u00edpio de Arquimedes\u201d, publicada no Brasil pela editora Cobog\u00f3, e ficou com vontade de adaptar o texto para o cinema. Ela foi convidada pela Globo filmes para fazer o que eles est\u00e3o chamando, hoje, de \u201cjanela curta\u201d. Ou seja, filmes com or\u00e7amento baixo, que tem uma vida r\u00e1pida no cinema e logo v\u00e3o para televis\u00e3o, e para todos os \u201cotts\u201d, os \u201con demands\u201d.<\/p>\n

O supervisor desse projeto na Globo \u00e9 o George Moura, com quem eu j\u00e1 tinha trabalhado. Eu escrevi o Rebu junto com ele. Foi ele que me recomendou para este trabalho, eu conheci a Carolina e comecei a desenvolver o roteiro desse filme com a supervis\u00e3o do George, que acompanhou todo o processo.<\/p>\n

O roteiro foi escrito muito r\u00e1pido, tinha uma base muito s\u00f3lida, a Carolina sabia muito bem o que queria: um filme com um final contundente, aberto, um final que com menos respostas e que provocasse mais o p\u00fablico, fizesse mais perguntas, indagasse, colocasse este p\u00fablico numa certa posi\u00e7\u00e3o de juiz dentro da hist\u00f3ria. Escrevi o roteiro de mar\u00e7o a setembro de 2016. E logo depois, ainda em setembro, a gente come\u00e7ou a filmar. Foram quatro semanas de filmagem e cinco tratamentos \u2013 quatro mais um final, cinco tratamentos.<\/p>\n

Comparado com os outros filmes que escreveu, houve muitas diferen\u00e7as no seu processo de cria\u00e7\u00e3o? Algum desafio que sentiu no processo?<\/strong><\/span><\/p>\n

Olha, na verdade, cada filme \u00e9 um filme. Eu sou um roteirista e exclusivamente roteirista. Ou seja, n\u00e3o tenho nenhuma inten\u00e7\u00e3o de dirigir. Para mim, no cinema, a onda \u00e9 embarcar um pouco na loucura do autor, na loucura do diretor e ser um pouco parceiro dele. Eu j\u00e1 fiz filmes que escrevi sozinho, outros que escrevi com mais duas pessoas, e tamb\u00e9m j\u00e1 fiz filmes em que eu entrei numa etapa do processo, posterior ou anterior a uma vers\u00e3o espec\u00edfica. No caso do \u201cAos teus olhos\u201d acho que o desafio, de alguma maneira, era fazer com que um texto muito bom de teatro, que era concentrado todo dentro de um vesti\u00e1rio de um clube de nata\u00e7\u00e3o, se transformasse num filme de uma hora e meia com densidade, profundidade, personagens com camadas. Ent\u00e3o, ampliar aquela hist\u00f3ria foi um grande desafio. A pe\u00e7a original s\u00f3 tinha quatro personagens e se passava num s\u00f3 espa\u00e7o, como eu falei. Eu precisei criar outros personagens, criar uma vida fora daquele vesti\u00e1rio.<\/p>\n

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Marco Ricca (pr\u00eamio de melhor coadjuvante) e Malu Galli em cena do filme Aos teus olhos.<\/figcaption><\/figure>\n

Apesar das pessoas dizerem que quando voc\u00ea adapta \u00e9 muito mais f\u00e1cil\u2026mais ou menos! Voc\u00ea tem uma densidade no conceito, isso sim! Mas quando voc\u00ea precisa se desgarrar um pouco do original, \u00e9 quando voc\u00ea consegue a liberdade para criar em cima dele. Ent\u00e3o, acho que o desafio maior foi conseguir entender o que a Carolina queria dentro da obra original. Tentar criar uma coisa que eu gostasse de alguma maneira, e tentar criar uma coisa que nesse meio do caminho comunicasse com as pessoas e tivesse um diferencial. Eu acho que a gente, de certa maneira, conseguiu n\u00e9? E eu estou muito feliz com o resultado do filme.<\/p>\n

Voc\u00eas tocam em temas pol\u00eamicos como pedofilia, pr\u00e9-julgamentos, \u00f3dio nas redes sociais. Voc\u00ea j\u00e1 sente algum retorno do p\u00fablico em rela\u00e7\u00e3o ao filme?<\/strong><\/span><\/p>\n

Eu confesso que a rea\u00e7\u00e3o do p\u00fablico tem me surpreendido bastante. N\u00e3o que n\u00e3o acreditasse no alcance do filme, mas eu tinha certo medo que o final t\u00e3o aberto pudesse frustrar de alguma maneira o p\u00fablico. Na verdade, percebi que as pessoas levam o filme para casa, para mesa do bar, para um jantar. Ele repercute sim! Isso que eu achei muito interessante. Ao mesmo tempo, acho que existe uma contemporaneidade desse tema que juntou com o lan\u00e7amento do filme, e que s\u00e3o todos esses pr\u00e9-julgamentos nas redes sociais. Muitas vezes, o deslocamento de uma imagem do seu contexto altera a percep\u00e7\u00e3o dela e h\u00e1 toda essa histeria ao redor de alguma coisa que voc\u00ea n\u00e3o sabe nem exatamente o qu\u00ea \u00e9, e que, infelizmente, est\u00e1 acontecendo no Brasil e no mundo.<\/p>\n

Eu acho que um filme como esse quando ele entra em circuito, quando ele vai para um festival, ele desperta um interesse muito grande.\u00a0 Tem um falat\u00f3rio ao redor do filme. \u00c9 um filme que precisa do p\u00fablico para se completar, e o que eu tenho notado \u00e9 que o p\u00fablico est\u00e1 finalizando esta hist\u00f3ria. \u00c9 muito legal, n\u00e9?<\/p>\n

A gente ganhou o pr\u00eamio do p\u00fablico no Festival do Rio, ganhou a mostra de S\u00e3o Paulo como melhor filme de fic\u00e7\u00e3o e, agora, a gente para a competi\u00e7\u00e3o do Festival de Havana. Estivemos no festival de Chicago e vamos para o Mix Brasil. O filme est\u00e1 sendo requisitado para ser visto, ou seja, isso \u00e9 a melhor coisa que pode acontecer, n\u00e9?<\/p>\n

O que lhe motiva a escrever? O que \u00e9 ser roteirista? Quando percebeu que era isso que queria fazer?<\/strong><\/span><\/p>\n

Esta \u00e9 uma pergunta dif\u00edcil, que eu me fa\u00e7o bastante. O que me motiva a escrever? Por que eu sou roteirista? O que \u00e9 ser roteirista? Inclusive de tanto me fazer essa pergunta, acabei escrevendo um livro chamado \u201dPalavra de Roteirista\u201d em que fazia essa mesma pergunta que voc\u00ea me fez, a 21 roteiristas brasileiros. Eu fiz esse livro e lancei em 2013. Pensando genuinamente, o que me motiva a escrever \u00e9 tentar entender um pouco o que acontece dentro de mim e ao meu redor. \u00c9 tentar traduzir em emo\u00e7\u00e3o e a\u00e7\u00e3o as coisas que, talvez, eu n\u00e3o consiga traduzir em palavras. \u00c9 criar os personagens para que eles sejam confusos, para que eles sejam conflituosos, para que eles sejam duvidosos e para que nas suas jornadas, de alguma maneira, eles consigam se revelar, se conhecer, se descobrir, se transformar e fazer isso com o p\u00fablico.<\/p>\n

Na verdade, ser roteirista foi um resultado, a escolha. Quando eu percebi que eu queria fazer isso, foi uma escolha. Eu fiz jornalismo primeiro \u2013 me formei em jornalismo na PUC no Rio de Janeiro-, comecei a trabalhar como jornalista na televis\u00e3o e vi que a celeridade, a rapidez com que a gente entrava e sa\u00eda das hist\u00f3rias na televis\u00e3o, o fato desse factual ser muito r\u00e1pido muito veloz, eu n\u00e3o conseguia me aprofundar nas hist\u00f3rias. A\u00ed o jornalismo me frustrou um pouco, por conta disso. Surgiu a oportunidade de migrar um pouco para parte de roteiro, e eu comecei a trabalhar num programa de televis\u00e3o em que eu lia cartas, e essas cartas foram levadas atrav\u00e9s de personagens para escrever hist\u00f3rias. Foi quando eu descobri a Escola de Cinema de Cuba. Fui para l\u00e1 em 2001, tinha 22 anos e fui fazer o curso na especialidade de roteiro.\u00a0 Passei tr\u00eas anos l\u00e1 e, ali, entendi que o roteiro era o meu lugar. Eu n\u00e3o conseguia me ver como um diretor, tendo que responder tanta pergunta para tanta gente. N\u00e3o conseguia me ver como um fot\u00f3grafo mexendo em equipamento que n\u00e3o sei dominar, n\u00e3o consegui me ver com o produtor que est\u00e1 sempre atarefado.\u00a0 Eu me via num lugar um pouco mais solit\u00e1rio, um pouco mais tranquilo, de certa maneira. Os problemas n\u00e3o poderiam estar fora de mim. Acho que os problemas do meu trabalho tinham que estar dentro da minha cabe\u00e7a, eles que tento resolver todos os dias.<\/p>\n

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com Manuela Dias e Roberto Vitorino, indicados ao Emmy com a s\u00e9ria Justi\u00e7a<\/figcaption><\/figure>\n

Como espectador, o que lhe instiga numa narrativa? Poderia falar um pouco sobre as suas influ\u00eancias?<\/strong><\/span><\/p>\n

Para eu sair de casa, ir ao cinema pagar R$ 30,00 para assistir um filme, esse filme tem que valer, n\u00e9? Eu penso isso tanto como espectador, como quando eu escrevo um filme. Gosto de filmes que tem um olhar novo, pelo menos uma perspectiva nova sobre algum tema que eu j\u00e1 conhe\u00e7o. Eu costumo dizer para os meus alunos que todas as hist\u00f3rias j\u00e1 foram contadas. Isso \u00e9 muito do que eu ouvi. A\u00ed o aluno pergunta \u201co que eu estou fazendo aqui, se todas as hist\u00f3rias j\u00e1 foram contadas?\u201d Eu costumo responder que \u00e9 porque falta uma: a sua. Ent\u00e3o, de alguma maneira, esse ineditismo, essa criatividade, esse olhar diferente para coisas, nada mais \u00e9 do que um olhar particular. Que trate de um tema universal, mas que seja particular. Eu venho de forma\u00e7\u00e3o da escola de cinema de Cuba, onde eu passei tr\u00eas anos estudando roteiro, assistindo cinema, entendendo que era o cinema e as minhas influ\u00eancias s\u00e3o muito diversas. A gente est\u00e1 fazendo agora, o filme aqui em Pelotas, no Rio Grande do Sul. \u00c9 mais uma dire\u00e7\u00e3o com Filipe Barbosa. Eu fico, \u00e0s vezes, percebendo o quanto essas influ\u00eancias est\u00e3o no trabalho atual que eu estou fazendo. Tem muito do \u201cAnjo Exterminador\u201d, do Luis Bu\u00f1uel, tem muito de \u201cLa Ci\u00e9naga\u201d, de Lucr\u00e9cia Martel, tem muito do \u201cGritos e sussurros\u201d, do Bergman.<\/p>\n

Esse \u00e9 um filme meio uma colcha de retalhos. Se eu pudesse escolher diretores para trabalhar, para escrever um roteiro para diretores, sem d\u00favida escolheria os irm\u00e3os Dardenne,\u00a0 que para mim s\u00e3o os cineastas que mais me tocam.<\/p>\n

\u00c9 poss\u00edvel escolher o roteiro que mais gostou de escrever? Quais s\u00e3os seus pr\u00f3ximos projetos?<\/strong><\/span><\/p>\n

Dif\u00edcil. Acho que n\u00e3o sou capaz de fazer isso n\u00e3o, porque s\u00e3o trabalhos diferentes.\u00a0 Costumo dizer que, na televis\u00e3o, eu j\u00e1 cumpro uma cota, nas s\u00e9ries que eu escrevo, de ter que falar com um p\u00fablico maior, de ter que estar preocupado com essa dimens\u00e3o social tamb\u00e9m do trabalho. Eu escrevo uma s\u00e9rie, sou redator final de uma s\u00e9rie chamada \u201cSob Press\u00e3o\u201d, na Globo, e que eu adoro fazer, e que tem sim uma preocupa\u00e7\u00e3o muito grande n\u00e3o s\u00f3 em entreter, mas em como educar, como mostrar as coisas, como construir um pouco olhar do p\u00fablico sobre alguns temas, pensamentos voltados aos dramas humanos e \u00e0s doen\u00e7as.\u00a0 Ent\u00e3o no cinema, eu tento fazer propostas como uma necessidade menor de ter que ter essa aprecia\u00e7\u00e3o coletiva em massa.<\/p>\n

Falando um pouco sobre meus pr\u00f3ximos projetos na televis\u00e3o eu continuo na reda\u00e7\u00e3o final do Sob Press\u00e3o, agora na segunda temporada que estreia no meio do ano. No cinema, eu estou filmando um filme chamado \u201cDomingo\u201d, dire\u00e7\u00e3o do Felipe Barbosa e da Clara Linhart, aqui em Pelotas no Rio Grande do Sul. Estou filmando paralelamente, ao mesmo tempo, Overgod do Gabriel Mascaro, do Boi Neon e, no in\u00edcio do ano pr\u00f3ximo, come\u00e7o a filmar mais um longa chamado Macabro, do Marcos Prado, baseado numa hist\u00f3ria real. Ent\u00e3o, estes s\u00e3o os meus tr\u00eas pr\u00f3ximos projetos em execu\u00e7\u00e3o.<\/p>\n

Voc\u00ea vai a todos os set dos filmes que escreve? Acompanha as filmagens ou est\u00e1 fazendo alguma pesquisa, dirigindo?<\/strong><\/span><\/p>\n

Eu n\u00e3o costumava ir no set. Mas um pouco pela boa troca que eu tenho com os diretores, eu tenho ido pelo menos para o come\u00e7o das filmagens, alguns dias antes para leitura com elenco, adapta\u00e7\u00e3o na loca\u00e7\u00e3o. Fui para o Recife algumas vezes com o Gabriel, vou para o set do Andrucha, fui para o set da Carolina, mas n\u00e3o \u00e9 estar sempre no set. Eu acho que o roteirista deve ir ao set, quando ele \u00e9 solicitado. E como eu fui solicitado algumas vezes, eu vou com maior prazer, at\u00e9 porque eu acho que a gente consegue melhorar uma boa cena at\u00e9 o final e, esse final \u00e9 no set.<\/p>\n

Mais sobre o filme em:\u00a0http:\/\/globofilmes.globo.com\/filme\/aos-teus-olhos\/<\/a><\/p>\n

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