{"id":1870,"date":"2016-08-20T08:42:58","date_gmt":"2016-08-20T11:42:58","guid":{"rendered":"http:\/\/redesina.com.br\/?p=1870"},"modified":"2021-06-11T01:26:53","modified_gmt":"2021-06-11T04:26:53","slug":"historia-da-musica-poema","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/redesina.com.br\/historia-da-musica-poema\/","title":{"rendered":"HIST\u00d3RIA DA M\u00daSICA: POEMA"},"content":{"rendered":"

Sempre gostei de prestar aten\u00e7\u00e3o nas letras de m\u00fasicas, o que elas dizem, seja um rock ou MPB… Fico me perguntando como, por qu\u00ea, quando elas foram criadas. Quanto mais gosto da m\u00fasica, mais curiosa fico sobre sua hist\u00f3ria.<\/p><\/blockquote>\n

“Poema” ficou arranhando o disco dos meus pensamentos. Lembra dos vinis? Quando acabam de tocar e d\u00e1 aquele barulho da agulha tocando o papel do disco.. O que incomoda um bocado, n\u00e3o? \u00c9 assim a curiosidade. A m\u00fasica se repete, arranha o disco, acaba de um lado, acaba de outro. Vai para o imagin\u00e1rio, identifica\u00e7\u00f5es, reflex\u00f5es, suposi\u00e7\u00f5es, gerando inquietudes…<\/p>\n

At\u00e9 que ent\u00e3o uma hora a gente vai para o Google!!! hehehe.<\/p>\n

Poema foi escrita por Cazuza para sua av\u00f3. Curiosidade matada, alma aliviada e j\u00e1 que a sina \u00e9 comunicar… Compartilho a descoberta:<\/p>\n

No\u00a0livro O Tempo n\u00e3o Para<\/a>, Lucinha Ara\u00fajo, relata que “Cazuza em uma tarde presenteou sua av\u00f3 com um lindo poema, dos versos mais simples e tocantes. Quando Cazuza veio a falecer, sua m\u00e3e come\u00e7ou a juntar todas as coisas que pertenciam ao filho, para mais tarde montar um acervo. Ela sabia que a av\u00f3 de Cazuza guardava com muito carinho o poema que seu filho tinha a presenteado. Pedindo-a o poema, a av\u00f3 recusou, dizendo que era um presente e que n\u00e3o poderia simplesmente dar pra ela. Lucinha ficou muito chateada.\u00a0Quando a av\u00f3 de Cazuza tamb\u00e9m veio a falecer, Lucinha recebeu uma caixinha, onde nela estava presente este poema. Gostando muito do texto, ligou pro Frejat e perguntou-lhe se gostaria de uma parceria para idealizar a m\u00fasica. Lendo-a, Frejat passou uma noite em claro e conseguiu \u00a0finalmente transformar o poema em m\u00fasica. No entanto disse que ficaria perfeita na voz de Ney Matogrosso. O Ney l\u00f3gico aceitou e assim surgia a m\u00fasica “Poema”.”<\/em><\/p>\n

\"Cazuza
Cazuza e sua m\u00e3e Lucinha<\/figcaption><\/figure>\n

POEMA<\/em><\/p>\n

Eu hoje tive um pesadelo e levantei atento, a tempo<\/em>
\n Eu acordei com medo e procurei no escuro<\/em>
\n Algu\u00e9m com seu carinho e lembrei de um tempo<\/em>
\n Porque o passado me traz uma lembran\u00e7a<\/em>
\n Do tempo que eu era crian\u00e7a<\/em>
\n E o medo era motivo de choro<\/em>
\n Desculpa pra um abra\u00e7o ou um consolo<\/em><\/p>\n

Hoje eu acordei com medo mas n\u00e3o chorei<\/em>
\n Nem reclamei abrigo<\/em>
\n Do escuro eu via um infinito sem presente<\/em>
\n Passado ou futuro<\/em>
\n Senti um abra\u00e7o forte, j\u00e1 n\u00e3o era medo<\/em>
\n Era uma coisa sua que ficou em mim<\/em><\/p>\n

De repente a gente v\u00ea que perdeu<\/em>
\n Ou est\u00e1 perdendo alguma coisa<\/em>
\n Morna e ing\u00eanua<\/em>
\n Que vai ficando no caminho<\/em>
\n Que \u00e9 escuro e frio mas tamb\u00e9m bonito<\/em>
\n Porque \u00e9 iluminado<\/em>
\n Pela beleza do que aconteceu<\/em>
\n H\u00e1 minutos atr\u00e1s<\/em><\/p>\n

Eu hoje tive um pesadelo e levantei atento, a tempo<\/em>
\n Eu acordei com medo e procurei no escuro<\/em>
\n Algu\u00e9m com seu carinho e lembrei de um tempo<\/em>
\n Porque o passado me traz uma lembran\u00e7a<\/em>
\n Do tempo que eu era crian\u00e7a<\/em>
\n E o medo era motivo de choro<\/em>
\n Desculpa pra um abra\u00e7o ou um consolo<\/em><\/p>\n

Hoje eu acordei com medo mas n\u00e3o chorei<\/em>
\n Nem reclamei abrigo<\/em>
\n Do escuro eu via um infinito sem presente<\/em>
\n Passado ou futuro<\/em>
\n Senti um abra\u00e7o forte, j\u00e1 n\u00e3o era medo<\/em>
\n Era uma coisa sua que ficou em mim, que n\u00e3o tem fim<\/em><\/p>\n

De repente a gente v\u00ea que perdeu<\/em>
\n Ou est\u00e1 perdendo alguma coisa<\/em>
\n Morna e ing\u00eanua<\/em>
\n Que vai ficando no caminho<\/em>
\n Que \u00e9 escuro e frio mas tamb\u00e9m bonito<\/em>
\n Porque \u00e9 iluminado<\/em>
\n Pela beleza do que aconteceu<\/em>
\n H\u00e1 minutos atr\u00e1s<\/em><\/p>\n

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