{"id":1375,"date":"2016-04-21T18:18:35","date_gmt":"2016-04-21T21:18:35","guid":{"rendered":"http:\/\/redesina.com.br\/?p=1375"},"modified":"2016-06-01T02:03:24","modified_gmt":"2016-06-01T05:03:24","slug":"mais-de-7-decadas-por-luiz-alberto-barreto-leite-sanz","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/redesina.com.br\/mais-de-7-decadas-por-luiz-alberto-barreto-leite-sanz\/","title":{"rendered":"MAIS DE 7 D\u00c9CADAS por Luiz Alberto Barreto Leite Sanz"},"content":{"rendered":"

J\u00e1 vivi mais de sete d\u00e9cadas, com pelo menos cinco de milit\u00e2ncia ativa. Marchei por Liberdade, Igualdade, Fraternidade e uma Sociedade Sem Classes em pelo menos cinco pa\u00edses: Brasil, Chile, Su\u00e9cia, Portugal e Cuba. Lutei pela Democracia e contra o Fascismo das mais diferentes formas: agitando, propagando ideias, debatendo, dando aulas dentro e fora da pris\u00e3o, servindo na log\u00edstica da guerrilha urbana, organizando-me e organizando sindicatos, partidos, comit\u00eas, associa\u00e7\u00f5es e agrupamentos. Alguns revolucion\u00e1rios, outros reformistas. Assinei dezenas de manifestos, escrevi outros tantos documentos pol\u00edticos, centenas de artigos, dois livros e cap\u00edtulos de mais alguns, chefiei e fui chefiado, coordenei e fui coordenado.<\/strong> Dirigi dez document\u00e1rios de curta e longa metragem, (um inacabado), trabalhei em pesquisa e roteiros para cinema, v\u00eddeo e r\u00e1dio. Fiz teatro, participei da produ\u00e7\u00e3o de shows, fui estivador e atuei na seguran\u00e7a de espet\u00e1culos de massa. Editei livros, revistas e jornais. Tratei de arte, cultura, comunica\u00e7\u00e3o, pol\u00edtica e educa\u00e7\u00e3o. Pr\u00e1tica e teoricamente. Ouvi milhares de discursos e fiz uns poucos. Contribu\u00ed para a forma\u00e7\u00e3o intelectual de jovens que se tornaram profissionais maduros, como opini\u00f5es pr\u00f3prias. Homenageei e fui homenageado (sempre com a impress\u00e3o de que n\u00e3o merecia).<\/p>\n

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Luiz Alberto com 4 anos<\/figcaption><\/figure>\n

J\u00e1 esqueci mais do que lembro.<\/strong><\/p>\n

Vi alguns golpes de perto, vitoriosos ou n\u00e3o. S\u00f3 no Brasil foram oito:<\/strong>aquele contra Get\u00falio, em 1954;o contragolpe do Ex\u00e9rcito comandado pelo General Lott, em 1955,garantindo a posse do Presidente e do Vice eleitos (Juscelino e Jo\u00e3o Goulart); as intentonas da Aeron\u00e1utica e de parte do Ex\u00e9rcito em Tubiacanga (1956) e Aragar\u00e7as (1959), novamente contraJK e Jango; o de 1961 contra J\u00e2nio e, por extens\u00e3o, a tentativa de impedir a posse do Vice Jo\u00e3o Goulart, quase causando uma Guerra Civil; o de 1964; o de 1968 (golpe dentro do golpe) e, em 1985, o contragolpe parlamentar que encerrou o per\u00edodo ditatorial por meio de uma elei\u00e7\u00e3o indireta acordada entre partidos de oposi\u00e7\u00e3o e o do governo (que se dividiu)levando \u00e0 vit\u00f3ria de Tancredo Neves e \u00e0 posse de Sarney (at\u00e9 ali, fiel servidor da Ditadura), eleito Vice pelo Congresso sem receber um \u00fanico voto.<\/p>\n

No Chile foram dois:<\/strong> o bal\u00e3o de ensaio batizado de \u201ctancazo\u201d (29 de junho de 1973) e, logo depois, o nefasto e tr\u00e1gico 11 de setembro, que se transformou no maior genoc\u00eddio do povo daquele pa\u00eds desde a Conquista Espanhola. Passei pela Argentina durante o golpe<\/strong> interno do Partido Justicialista, que obrigou H\u00e9ctor C\u00e1mpora a renunciar para que fossem convocadas elei\u00e7\u00f5es com Juan Domingo Per\u00f3n como candidato. Estava pronto para transferir-me, com fam\u00edlia, roupas, discos e livros, da Su\u00e9cia para Portugal em novembro de 1975 quando, no dia 25, a ala socialdemocrata do Movimento das For\u00e7as Armadas golpeou seu lado esquerdo encarcerando alguns dos principais l\u00edderes da Revolu\u00e7\u00e3o dos Cravos e afastando meus contatos de suas fun\u00e7\u00f5es, entre eles, democratas, anarquistas e comunistas. Mais uma vez, meus planos tiveram que ser alterados. Fiquei na Su\u00e9cia, larguei a estiva e voltei a trabalhar com Cinema.<\/p>\n

Agora assisto a mais um golpe parlamentar. Pela televis\u00e3o pude ver performances grotescas que me fizeram lembrar o saudoso ator e sindicalista Jo\u00e3o \u00c2ngelo Labanca, meu pai putativo, que, ao ver pessoas discursarem afogueadas e sem estribeiras, dizia: \u201cEssa pessoa j\u00e1 entra como se estivesse no terceiro ato\u201d.<\/strong><\/p>\n

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Luiz Alberto em ex\u00edlio no Chile, 1971, ap\u00f3s ser libertado pela lista dos 70.<\/figcaption><\/figure>\n

Se o primeiro ato foi assim, como ser\u00e1 o \u00faltimo?<\/p>\n

Eu odeio golpes. Sejam os pequenos, t\u00e3o comuns, desfechados na luta mesquinha pelo poder em empresas, partidos, associa\u00e7\u00f5es de classe, comunidades, fam\u00edlias… Sejam os grandes, que afetam as vidas de milh\u00f5es de pessoas. Detesto tamb\u00e9m difama\u00e7\u00f5es, discuss\u00f5es in\u00fateis sobre quem \u00e9 o qu\u00ea e sobre a pureza de uns e a impureza de outros. Sobretudo quando se trata de pessoas que deveriam estar lado a lado. Gente que tem o mesmo objetivo estrat\u00e9gico. Ainda mais se nos propomos a construir um futuro em que sejam respeitadas as diferen\u00e7as e todos possam viver segundo suas necessidades.<\/strong><\/p>\n

Em 22 de junho de 1974, de Estocolmo, escrevi uma carta circular a meus amigos e companheiros em que dizia:<\/p>\n

\u201cHoje, parece que quase todos me consideram alguma coisa que os outros n\u00e3o consideram \u2014 uns me dizem perigoso subversivo, outros um desbundado filho da puta, para alguns sou um socialdemocrata, para outros sou um ultra esquerdista, uns me dizem pr\u00f3-sovi\u00e9tico, outros me chamam foquista, quase todos: oportunista.\u201d (Mem\u00f3rias do ex\u00edlio: Brasil, 1964-19?? \u2014 IDe muitos caminhos, p. 307. S\u00e3o Paulo: Editora Livramento, 1978<\/em><\/p>\n

Sinto-me num t\u00fanel do tempo, viajando na cabine telef\u00f4nica do Doctor Who. Repetem-se epis\u00f3dios, hist\u00f3rias, ofensas. N\u00e3o s\u00e3o os mesmos, embora semelhantes. Tampouco \u00e9 farsa ou s\u00e1tira o que j\u00e1 foi trag\u00e9dia. \u00c9 como um pesadelo em que Dostoievski toma a forma de Nelson Rodrigues. \u00c9 como estivessem repetindo em \u201cloop\u201d o epis\u00f3dio do restaurante em \u201cO Sentido da Vida\u201d dos Monty Python (quem n\u00e3o viu aproveite para ver) com o burgu\u00eas glut\u00e3o explodindo diante nos nossos olhos uma e outra vez. S\u00f3 que em 3D.<\/p>\n

O avan\u00e7o tecnol\u00f3gico possibilita maior circula\u00e7\u00e3o de ideias e informa\u00e7\u00f5es, contribuindo para a difus\u00e3o de ideais e pr\u00e1ticas libert\u00e1rios, antes propagados quase apenas presencialmente. Mas isso n\u00e3o \u00e9 privil\u00e9gio. Ideais e pr\u00e1ticas liberticidas tamb\u00e9m usufruem desses meios, muitas vezes com maior sucesso, apoiados por grandes meios de comunica\u00e7\u00e3o, dispondo de recursos oriundos do capital internacional e local. Gente melhor do que eu j\u00e1 escreveu sobre isso. N\u00f3s somos os marginais que come\u00e7amos a ocupar um espa\u00e7o que n\u00e3o foi criado para n\u00f3s.<\/strong> Parece que esquecemos que a Internet nasceu para coordenar pol\u00edcias e for\u00e7as armadas dos estados nacionais, sob a hegemonia do imperialismo norte-americano e posteriormente estendida \u00e0s organiza\u00e7\u00f5es cient\u00edficas. A\u00ed se deu a brecha para o longo processo de democratiza\u00e7\u00e3o ainda tateante,s\u00f3 poss\u00edvel ap\u00f3s o grande capital ver aqui um campo quase inesgot\u00e1vel para a globaliza\u00e7\u00e3o de sua gan\u00e2ncia. Agora, sob um imperialismo mundializado, etapa final do capitalismo, j\u00e1 sem fronteiras. Situa\u00e7\u00e3o j\u00e1 prevista com alguma precis\u00e3o na melhor literatura de fic\u00e7\u00e3o cient\u00edfica.<\/strong><\/p>\n

Uma das coisas que aprendi foi a duvidar, a n\u00e3o \u201cter aquela velha opini\u00e3o formada sobre tudo\u201d(j\u00e1 disse Ra\u00fal Seixas).Outra foi a entender que minha ignor\u00e2ncia \u00e9 maior que minha sabedoria e meus conhecimentos (ler Plat\u00e3o repetindo S\u00f3crates ajudou: \u201cS\u00f3 sei que nada sei\u201d). Compreendi tamb\u00e9m que o di\u00e1logo \u00e9 essencial e para que ele exista de fato os que dialogam precisam considerar-se iguais, respeitadas particularidades e diferen\u00e7as. Algu\u00e9m mais s\u00e1bio escreveu:<\/p>\n

… O di\u00e1logo n\u00e3o se imp\u00f5e a ningu\u00e9m. Responder n\u00e3o \u00e9 um dever, mas \u00e9 um poder (…). O dial\u00f3gico n\u00e3o \u00e9, como o dial\u00e9tico, um privil\u00e9gio da atividade intelectual. Ele n\u00e3o come\u00e7a no andar superior da humanidade, ele n\u00e3o come\u00e7a mais alto do que ela come\u00e7a. N\u00e3o h\u00e1 aqui dotados e n\u00e3o-dotados, somente h\u00e1 aqueles que se d\u00e3o e aqueles que se retraem. E aquele que se d\u00e1 amanh\u00e3, nele n\u00e3o se nota isso hoje, ele pr\u00f3prio n\u00e3o sabe ainda que tem este algo dentro de si, que n\u00f3s o temos dentro de n\u00f3s, ele vai simplesmente encontr\u00e1-lo, e encontrando-o, surpreender-se-\u00e1.(Martin Buber, Do Di\u00e1logo e do Dial\u00f3gico. S. Paulo, Perspectiva, 1982, p.71)<\/em><\/p>\n

Tenho especial predile\u00e7\u00e3o por esse trecho, cheio de magn\u00edficas ora\u00e7\u00f5es de esp\u00edrito libert\u00e1rio. Cada uma delas nos prop\u00f5e uma profunda reflex\u00e3o, em si e a respeito do momento em que vivemos e das situa\u00e7\u00f5es que vivenciamos.<\/p>\n

Nesse t\u00fanel do tempo, vem \u00e0 minha mem\u00f3ria uma reuni\u00e3o em que foi discutida a dissolu\u00e7\u00e3o de uma organiza\u00e7\u00e3o revolucion\u00e1ria. J\u00e1 n\u00e3o lembro quantos estavam presentes. Uns trinta, talvez, na sala de uma casa de periferia em alguma cidade estrangeira. O grande problema n\u00e3o era a dissolu\u00e7\u00e3o, mas a divis\u00e3o do patrim\u00f4nio.Sim, ele existia. Eu me senti estranho ali. N\u00e3o pertencia a qualquer dos grupos que julgavam ter direito a uma parte. Mas, assim mesmo, entrei na discuss\u00e3o. Como a situa\u00e7\u00e3o era tensa, estabeleceu-se um regimento. O ponto que me interessa \u00e9: quando algu\u00e9m dissesse que uma quest\u00e3o era de princ\u00edpio, ela ficava bloqueada. Ent\u00e3o, era quest\u00e3o de princ\u00edpio<\/strong> pra c\u00e1 e pra l\u00e1 a toda hora. Acabei me enchendo e quis ir embora. Pensei, c\u00e1 comigo, n\u00e3o se trata de princ\u00edpios, mas de dogmas, o qu\u00ea estou fazendo aqui? Mas a seguran\u00e7a era a principal quest\u00e3o de princ\u00edpio. Tive que esperar o fim da reuni\u00e3o, que remeteu a outra, \u00e0 qual j\u00e1 n\u00e3o fui. Felizmente, pois n\u00e3o fiquei sabendo que fim o patrim\u00f4nio levou.<\/p>\n

Mas, pensando bem, a lembran\u00e7a est\u00e1 difusa. Pode n\u00e3o ter sido assim. Pode ser apenas uma sequ\u00eancia que imaginei para um roteiro que nunca escrevi. Fic\u00e7\u00e3o. Ent\u00e3o, ningu\u00e9m se sinta ofendido, por favor. Sou apenas um velho louco.<\/p>\n

Pois \u00e9, estou me sentindo novamente confinado naquela sala lotada da minha imagina\u00e7\u00e3o. Companheiros bradam \u201cquest\u00e3o de princ\u00edpios\u201d e procuram, exasperadamente, provar que s\u00e3o mais revolucion\u00e1rios que outros. H\u00e1 improp\u00e9rios, jarg\u00f5es (cujo significado desconhe\u00e7o) e nenhum di\u00e1logo. Cada um s\u00f3 ouve a si mesmo e o faz com uma certeza absoluta da grandeza de suas palavras.<\/p>\n

Continuo tentando ouvir, aprender e convencer o m\u00e1ximo de pessoas a fazer o mesmo. No pensamento libert\u00e1rio, entendo, a Educa\u00e7\u00e3o ocupa uma posi\u00e7\u00e3o central, eu diria, de princ\u00edpio, n\u00e3o de dogma.<\/strong> E como eu entendo isso? Escrevi um livro para o Senac no qual dizia:<\/p>\n

… possuidores de talento para o ensino e conduzidos por nossa voca\u00e7\u00e3o de educadores, seremos capazes de viver nos ambientes multiculturais que s\u00e3o hoje os espa\u00e7os educacionais e experienciar a gera\u00e7\u00e3o de projetos transculturais \u2014 em que todos aprendem e ensinam, sintetizando tradi\u00e7\u00f5es, experi\u00eancias, ideias e inova\u00e7\u00f5es \u2014 dominando a t\u00e9cnica e, com esse dom\u00ednio, expandindo a criatividade, o que resultar\u00e1 no enriquecimento da t\u00e9cnica, transformando projetos em obras antes apenas imaginadas. Dialeticamente, a criatividade desenvolve a t\u00e9cnica, que impulsiona a criatividade, que enriquece a t\u00e9cnica, que…<\/em><\/p>\n

(…)<\/em><\/p>\n

Mas isso \u00e9 imposs\u00edvel sem di\u00e1logo. Todos pensamos saber exatamente o que a palavra quer dizer: conversa\u00e7\u00e3o entre duas ou mais pessoas, instrumentos musicais, p\u00e1ssaros, r\u00e3s etc. S\u00f3 que existem alguns fortes conte\u00fados na palavra que o senso comum tem esquecido. O primeiro \u00e9 que \u00e9 uma conversa\u00e7\u00e3o entre iguais, sejam animais, instrumentos musicais ou, principalmente, pessoas.<\/em><\/p>\n

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Luiz Alberto em 1970 no DOPPS de S\u00e3o Paulo<\/figcaption><\/figure>\n

A Educa\u00e7\u00e3o \u2014 que significa essencialmente o desenvolvimento das capacidades intelectuais e \u00e9ticas de uma pessoa \u2014 n\u00e3o acontecer\u00e1 sem di\u00e1logo. Na sua falta, poderemos proporcionar adestramento, instru\u00e7\u00e3o, treinamento ou forma\u00e7\u00e3o \u2014 aspectos t\u00e1ticos da educa\u00e7\u00e3o \u2014 que, encarados apenas tecnicamente e ministrados de um ponto de vista hier\u00e1rquico, distanciam-se da miss\u00e3o de desenvolver o intelecto e a \u00e9tica das pessoas. Ora, o di\u00e1logo \u00e9 essencial para que isso aconte\u00e7a e o sentimento de igualdade \u00e9 primordial para que haja di\u00e1logo, para que possa haver troca \u2014 de informa\u00e7\u00f5es, conhecimentos, sentimentos. (Luiz Alberto Sanz, Procedimentos metodol\u00f3gicos: fazendo caminhos. Rio de Janeiro: Senac Nacional 2\u00aa reimpress\u00e3o, 2006, p. 28)<\/em><\/p>\n

A Acracia, sociedade sem classes, igualit\u00e1ria, fraterna, livre, comunal, federativa e internacionalista \u00e9 um projeto que se desenvolve \u00e0 medida que seus criadores-integrantes se desenvolvem. E como qualquer projeto, s\u00f3 pode acontecer e crescer com a exist\u00eancia de di\u00e1logo entre os que a desejam e tamb\u00e9m com os que ainda n\u00e3o sabem que a desejam. Voltando a Buber, citado no in\u00edcio: aqueles que n\u00e3o sabem ainda que t\u00eam este algo dentro de si e que h\u00e3o de surpreender-se ao descobri-lo.<\/p>\n

Ah, como gostaria de ser surpreendido por nossa capacidade de dialogar, libert\u00e1rios que vivemos no presente abrindo caminho para o futuro, para que eu possa me educar, apesar da minha velhice, e assim contribuir com os mais jovens nessa longa jornada\u00a0da qual n\u00e3o verei o fim.<\/strong><\/p>\n


\n

LUIZ ALBERTO SANZ (LUIZ ALBERTO BARRETO LEITE SANZ)<\/strong><\/p>\n

Pesquisador independente em Educa\u00e7\u00e3o, Comunica\u00e7\u00e3o Social e Artes do Espet\u00e1culo. Professor \"13045540_10202122227494484_233987780_n\"Titular aposentado da Universidade Federal Fluminense. Foi coordenador editorial da revista libert\u00e1ria “letra livre”, \u00e9 colaborador da “Revista da Educa\u00e7\u00e3o P\u00fablica” (eletr\u00f4nica) da Secretaria Estadual de Ci\u00eancia e Tecnologia do Estado do Rio de Janeiro e membro fundador da Associa\u00e7\u00e3o Brasileira de Pesquisa e P\u00f3s-Gradua\u00e7\u00e3o em Artes C\u00eanicas (ABRACE). Foi, em sua vida profissional, jornalista, cineasta, educador, diretor de espet\u00e1culos, t\u00e9cnico cinematogr\u00e1fico e estivador. Exerceu suas fun\u00e7\u00f5es em Brasil, Chile, Su\u00e9cia e Rep\u00fablica da Guin\u00e9 (nesta, como consultor da UNESCO na \u00e1rea de Comunica\u00e7\u00e3o em Mat\u00e9ria de Educa\u00e7\u00e3o). No Jornalismo, passou por quase todas as fun\u00e7\u00f5es, mas destacou-se sobretudo como critico teatral (Jornal do Commercio – RJ e \u00daltima Hora) e cinematogr\u00e1fico (\u00daltima Hora e R\u00e1dio MEC), rep\u00f3rter e comentarista cultural e pol\u00edtico (Letra Livre, Revista da Educa\u00e7\u00e3o P\u00fablica, Jorna1 de Bras\u00edlia e R\u00e1dio MEC). Na vida sindical, foi Secret\u00e1rio- geral e Presidente do Sindicato de Artistas e T\u00e9cnicos em Espet\u00e1culos de Diver\u00e3o do Estado do Rio de Janeiro, na gest\u00e3o 1981\/1984 e, como representante do SATEDERJ, membro da Executiva lntersindical do Rio de Janeiro (1981\/1984) e da Executiva do Conselho Nacional das Classes Trabalhadoras – CONCLAT (1983-1984). Como administrador cultural, foi Diretor do Centro Nacional de R\u00e1dio Educativo Roquette- Pinto\/R\u00e1dios MEC (1994); Superintendente Cultural da Embrafilme (1983\/1984); membro do Conselho Diretor (1977-1978) e Secret\u00e1rio de Informa\u00e7\u00e3o (1978-1979) de FilmCentrum (cooperativa de cineastas independentes e animadores cinematogr\u00e1ficos), Su\u00e9cia.<\/p>\n

OBRAS PRINCIPAIS \/ LIVROS: “Procedimentos metodol\u00f3gicos: Fazendo caminhos”. Rio de Janeiro: Senac Nacional, 2003; “Dramaturgia da Informa\u00e7\u00e3o Radiof\u00f4nica”. Rio de Janeiro: Editora Gama Filho, 1999; FILMES: “Soldado de Deus”, de Sergio Sanz. (Pesquisador e co-roteirista). Rio de Janeiro: J. Sanz, 2004. “Carnaval: Tradi\u00e7\u00e3o, beleza e trabalho\u201d (criador e co-roteirista, em parceria com Val\u00e9ria Campelo, da s\u00e9rie de cinco document\u00e1rios). Rio de Janeiro: Senac Nacional, 1999. “No es hora de llorar\/N\u00e3o \u00e9 hora de chorar” (parceria com Pedro Chaskel). Santiago do Chile: Universidade do Chile, 1971. [Premiado com a Pomba de Ouro no Festival de Leipzig de 1971; \u201cKommunicerande karl\/Vasos comunicantes” (parceria com Lars S\u00e4fstr\u00f6m). Estocolmo: Instituto de Cinema da Su\u00e9cia, 1981. [Premiado com a Men\u00e7\u00e3o Honrosa no Festival de Leipzig de 1983] ESPET\u00c1CULOS: “O Amor e seus duplos” (orientador e roteirista). Rio: Cia. Helenita S\u00e1 Earp\/UFRJ, 2001; “Aline, Luli e Lucinha” (Diretor). Rio de Janeiro: Funarte, l981; “Filo porque qui-lo”, de Aldir Blanc, Gugu Olimecha, Maur\u00edcio Tapaj\u00f3s e F\u00e1tima Valen\u00e7a (Diretor). Rio de Janeiro: Saci Produ\u00e7\u00f5es, 1971. RADIO: “Ti\u00e3o Parada, o Rei da estrada” (co-cria\u00e7\u00e3o do projeto, em parceria com Luciana Medeiros e Rosa Amanda Strausz da s\u00e9rie dram\u00e1tica infantil e roteiriza\u00e7\u00e3o de alguns). Rio de Janeiro: IBASE\/R\u00e1dio MEC, 1996. “Verso e Reverso – 2\u00aa fase” (Produ\u00e7\u00e3o e Cria\u00e7\u00e3o da S\u00e9rie de 12 programas, e roteiriza\u00e7\u00e3o de dez). Rio de Janeiro: R\u00e1dio MEC\/Educar, 1990.<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

J\u00e1 vivi mais de sete d\u00e9cadas, com pelo menos cinco de milit\u00e2ncia ativa. Marchei por Liberdade, Igualdade, Fraternidade e uma Sociedade Sem Classes em pelo menos cinco pa\u00edses: Brasil, Chile, Su\u00e9cia, Portugal e Cuba. 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