Arquivos ROCK - Rede Sina https://redesina.com.br/tag/rock/ Comunicação fora do padrão Mon, 05 Sep 2022 00:18:38 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.4.4 https://redesina.com.br/wp-content/uploads/2016/02/cropped-LOGO-SINA-V4-01-32x32.jpg Arquivos ROCK - Rede Sina https://redesina.com.br/tag/rock/ 32 32 #41 GIRO DA MARIA CULT https://redesina.com.br/41-giro-da-maria-cult/ Fri, 25 Jun 2021 21:00:39 +0000 https://redesina.com.br/?p=15133 25/06 – Sexta-feira, 18h #41 Giro da Maria Cult Colaboradores: Deivid Pazatto e Paola Saldanha Nesta edição: Arteja, Bianca do Prado, Explosia, Festival Assimetria, Gabbo, Gabro Demais, MCs Leti, Clandestina e Justina Monteiro, Mileto feat. Cado e Caug, Nevoero, Okamale, Nothen e Adios, Raulzito, SRCLÃ, Tom Pessoa e Arianne TeLima, TV OVO   O Giro da …

O post #41 GIRO DA MARIA CULT apareceu primeiro em Rede Sina.

]]>

25/06 – Sexta-feira, 18h
#41 Giro da Maria Cult
Colaboradores: Deivid Pazatto e Paola Saldanha
Nesta edição: Arteja, Bianca do Prado, Explosia, Festival Assimetria, Gabbo, Gabro Demais, MCs Leti, Clandestina e Justina Monteiro, Mileto feat. Cado e Caug, Nevoero, Okamale, Nothen e Adios, Raulzito, SRCLÃ, Tom Pessoa e Arianne TeLima, TV OVO

 

O Giro da Maria Cult retorna à Rede Sina, em um formato um pouco diferente, mas com a mesma proposta, difundir e valorizar a produção local e independente da cidade. Por aqui, você acompanha os destaques do mês na cena cultural de Santa Maria, e para não perder nada, nos acompanhe também pelas redes sociais da Maria Cult.

Durante o mês de junho, o cenário audiovisual e musical do município foi movimentado por produções e atividades, que levaram ao público obras de diferentes segmentos e frutos de experimentações e parcerias.

MÚSICA | Novas sonoridades

Começamos com a banda Arteja, que divulgou, nas plataformas de streaming e YouTubeVendaval. Composta há, aproximadamente, três anos, por Christian Dias (voz/violão), a canção marca a entrada de novos elementos nas composições da banda, como o uso de sintetizadores, trazendo uma sonoridade mais moderna. Com a mixagem e masterização assinada por Kauê Flores, a música retrata o término de uma relação amorosa,  marcada por um forte amor e diversos momentos de aproximações e afastamentos.  A arte visual do single é de Uryel Marconatto e segue a mesma estética de Quero Ser Quem Eu Sou, lançada em abril, e que foi gravada no mesmo período de Vendaval.

 

Já a Nevoero, com a proposta de apresentar mensalmente músicas inéditas, trouxe para junho o som Guria. Também escrita há mais tempo, a música ganhou uma nova roupagem após o ingresso dos integrantes Christian Dias e João Fidler.  Foram acrescentados na melodia instrumentos como baixo acústico, xilofone e percussão, para alcançar mais leveza na composição. Conforme o grupo, a vibe acústica da canção, que aborda o desejo de reencontrar um amor distante, busca proporcionar um momento de tranquilidade a quem escutá-la.

 

MÚSICA |Além das fronteiras locais

Foto: Ricardo Ara

Dois artistas santamarienses tiveram seus trabalhos reconhecidos e exibidos em outras partes do estado e do mundo. Ainda na primeira semana do mês, Gabro Demais se apresentou no Pátio Sonoro, evento realizado pela Armazém Sonoro em parceria com Vila Flores, em Porto Alegre.

A performance especial foi composta por canções do EP SOZINHO [EM CASA], além de outras músicas conhecidas do  repertório de Gabro. O artista foi um dos selecionados para a apresentação, que fez parte projeto multicultural De Vila a Vila 2021, viabilizado com recursos da Lei Aldir Blanc, por meio da Secretaria de Estado da Cultura do RS (SEDAC/RS). O show completo está disponível no canal do Vila das Flores no YouTube.

 

Foto: Redes Sociais

A violoncelista Bianca d’Avila do Prado, egressa do curso de Música da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), teve sua composição para cordas, intitulada Brazilian Habanera, escolhida como uma das cinco obras que farão parte da antologia Celebrate Diversity in String Music: A Graded Anthology of Works for Solo and Ensemble by Underrepresented Composers. A ação, organizada pelo Comitê de Diversidade da Universidade do Tennessee-Knoxville, busca criar oportunidades para que alunos iniciantes de cordas possam tocar trabalhos de compositores pouco representados no mundo da música clássica.

A artista vive nos Estados Unidos desde 2018, onde atua também como professora.  Bianca iniciou seus estudos de violoncelo aos 15 anos, no Instituto de Educação Ivoti. Durante a graduação integrou a  Orquestra Sinfônica de Santa Maria. Ainda no Brasil, a violoncelista fez parte de outros grupos, ministrou aulas em escolas de música e participou  de obras de artistas locais, como do CD Lua de Santiago, do acordeonista Fernando Ávila.

 

MÚSICA |Criações colaborativas em voz e letra

Junhotambém foi marcado pelas parcerias no Rap. Mileto abriu a sequência com Punch Virou Conteúdo, que conta com a participação de Caug e Cado. Com produção de Vini Barcellos, a composição destaca como a arte pode resgatar as pessoas da criminalidade.

Okamale, Nothen e Adios concretizaram o encontro em estúdio com a criação e gravação de três canções. Una noche foi a faixa de estreia, inspirada no clima tropical e na música latina. O som tem beat, mix e master de Ishii Manara. O videoclipe é assinado por Picasso.

Com letra e voz de MC Leti, Justina Monteiro e MC Clandestina, Tropa das Bruxa aborda  a liberdade de expressão feminina e o empoderamento das mulheres na cena do rap e funk. A obra tem realização do Rima das Minas e da Parrhesia Rádio Web TV, produção musical de Vini Barcellos e clipe dirigido por Picasso.

 

MÚSICA |E os lançamentos não pararam por aí

A Explosia divulgou False Society. A canção retrata o contexto de informações contraditórias e a dificuldade de saber em quem acreditar, e integra o álbum Wake the Giants, o primeiro da banda.  O trabalho traz em sua identidade referências do heavy, o grunge e o mathcore.

O  selo musical santamariense SRCLÃ, formado por Gdmek, ZFlow, GTB e Nick og, divulgou TDA. Com beat de Dritah, a produção também foi apresentada com um videoclipe, assinado por Picasso. O audiovisual tem roteiro da SRCLÃ e foi gravado na Zona Oeste, com apoio de amigos.

Dirigido por Samuel Lemos e Mélaine Silveira , Gabbo apresentou Luz Azul, que já soma mais de 2,2 mil visualizações no YouTube. Com produção de Vini Barcellos, a canção é descrita como um love song, em uma pegada de boombap acústico

Um Novo Caminho é o recente single de Raulzito. Essa é a primeira faixa de seu novo álbum, DASH DEMOS, que será lançado no segundo semestre deste ano. O artista antecipa que será uma mescla de vários subgêneros do rap: o trap, o grime e o boombap. A produção do trabalho é assinada pelo próprio músico; as captações foram realizadas na gravadora All Green Records e no estúdio de Raulzito, La Casa Records. Os beats contaram com as participações de beatmakers locais e internacionais, do Canadá, EUA e Inglaterra.

 

MÚSICA | A Grande Chuva, de Tom Pessoa, ganha videoclipe

No último dia 18, Tom Pessoa apresentou o videoclipe de A Grande Chuva.  A música – divulgada em dezembro, pela Mantras Molotov e que integra o disco Marionete Quebrada – tem participação de Arianne TeLima e destaca a força dos Orixás Xangô e Iansã, deuses cultuados nas religiões de matriz africana.

Conforme Tom, o objetivo era que a estreia da música e do clipe ocorressem simultaneamente. Para a produção do audiovisual, uma campanha de financiamento coletivo foi lançada em agosto de 2020. Apesar de 90% da meta ter sido atingida, as gravações foram adiadas, devido a pandemia. A captação foi realizada, apenas, em abril, seguindo as medidas de prevenção da covid. “Estamos satisfeitos com o resultado. É simplesmente mágico quando a força da coletividade opera esse milagre de fazer algo grande acontecer com tão poucos recursos. Toda a equipe está de parabéns. Foram todes muito profissionais e comprometidos do início ao fim”, comemora.

O músico ainda contou à Maria Cult que o audiovisual buscou trabalhar a obra em um plano metafórico, “pensando em elementos que pudessem ajudar a criar essa atmosfera carregada da canção. Então, a proposta foi pensar um pouco fora da caixa”. “A Grande Chuva” está disponível no YouTube e nas plataformas digitais de música

 

AUDIOVISUAL | 4º Festival Assimetria segue até sábado

Foto: Divulgação

A Mostra Competitiva do 4º Assimetria – Festival Universitário de Cinema e Audiovisual teve início na terça-feira (15/06) e se estende até o próximo sábado (25/06). A equipe responsável pela curadoria, composta por professores e professoras, profissionais do mercado, estudantes de cinema e audiovisual, selecionou 29 títulos, entre as categorias ficção, documentário e vídeo experimental.

As produções seguem disponíveis no canal do festival no YouTube e o público poderá votar nas melhores por meio de curtidas no vídeo. A quarta edição do Assimetria é realizada por meio de uma parceria entre UFSM  e a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).  OA ação tem como objetivo valorizar as produções de estudantes, difundir o curta-metragem universitário e promover a reflexão sobre a produção audiovisual local, nacional e sul-americana.

 

AUDIOVISUAL | TV OVO recebe Medalha da 55ª Legislatura da Assembleia Legislativa do RS

Paulo Tavares. Foto: Redes sociais

A TV OVO  recebeu, na última terça-feira (22/06), a Medalha da 55ª Legislatura da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul. A homenagem foi proposta pelo deputado estadual Valdeci Oliveira (PT) e recebeu o aval de toda a Mesa Diretora do Parlamento gaúcho, a qual é integrada por deputados e deputadas de diferentes partidos. 

A entrega ocorreu durante uma  live e contou com a participação de pessoas que colaboraram para a trajetória da entidade, que comemora 25 anos de história na formação audiovisual de jovens, produção de vídeos comunitários e de curtas-metragens e no registro da memória santa-mariense.

 

Colaboradores:

Siga Maria Cult noInstagram eFacebook

O post #41 GIRO DA MARIA CULT apareceu primeiro em Rede Sina.

]]>
#18 GIRO DA MARIA CULT https://redesina.com.br/18-giro-da-maria-cult/ https://redesina.com.br/18-giro-da-maria-cult/#respond Fri, 27 Nov 2020 20:59:27 +0000 https://redesina.com.br/?p=12226 27/11 – Sexta-feira, 18h #18 Giro da Maria Cult Colaboradores: Deivid Pazatto e Paola Saldanha Nesta edição: Arianne TeLima, Bills, Casa Blanca Nite Club, Cia Retalhos de Teatro, Marcelo Demichelli, Marsoyus, Ninas X Grecca X Nandi e Poços  e Nuvens     A SEGUNDA-FEIRA COMEÇOU COM LANÇAMENTOS O produtor musical Bills apresentou, no início da semana, o …

O post #18 GIRO DA MARIA CULT apareceu primeiro em Rede Sina.

]]>

27/11 – Sexta-feira, 18h
#18 Giro da Maria Cult
Colaboradores: Deivid Pazatto e Paola Saldanha
Nesta edição: Arianne TeLima, Bills, Casa Blanca Nite Club, Cia Retalhos de Teatro, Marcelo Demichelli, Marsoyus, Ninas X Grecca X Nandi e Poços  e Nuvens  

 

A SEGUNDA-FEIRA COMEÇOU COM LANÇAMENTOS

O produtor musical Bills apresentou, no início da semana, o seu novo EP, Infinity Waves. O trabalho foi divulgado pela gravadora santamariense Thewav Records, que começou suas atividades durante a pandemia.

Infinity Waves e Folclore são os nomes das duas faixas que integram o novo trabalho de Bills, nome artístico do DJ Eduardo Basso. O EP mistura influências de melodic techno, breakbeat e progressive house.

Segundo Bills, o EP é um trabalho muito importante, pois simboliza uma nova fase da Thewav Records, sua própria gravadora, que agora segue um rumo crescente de lançamentos e novas parcerias. “Esse EP conta com duas músicas que representam bem a identidade sonora que estou buscando com o meu projeto e com a gravadora”, acrescenta.

Ouça agora:

No mesmo dia,  o artista independente Marsoyus lançou a música Saturno nas plataformas digitais. O single é o seu primeiro trabalho com a música eletrônica e, segundo ele, é inspirado nos timbres clássicos de sintetizadores e baterias eletrônicas dos anos 80. Saturno “pode ser classificado dentro do movimento estético conhecido como new retro wave”, conta o músico.

Marsoyus sempre cantou e tocou guitarra em bandas de rock, mas nos últimos dois anos resolveu se aventurar na música eletrônica. “Comecei a estudar composição e produção nesse estilo, descobri muitas possibilidades sonoras e resolvi experimentá-las”, revela.

Saturno foi produzido, mixado e masterizado pelo próprio Marsoyus, que usou apenas plugins gratuitos. “Esse trabalho é o primeiro a ser divulgado, mas, em breve, lançarei um álbum com seis músicas inéditas”, antecipa o produtor musical. A ilustração de capa tem assinatura do artista de Santa Maria, Rafael Heinen.

Confira Saturno:

 

CASA BLANCA NITE CLUB APRESENTA NOVA COMPOSIÇÃO: BLACK DAYS

Na última terça-feira (24/11), Casa Blanca Nite Club (CBNC)  lançou Black Days. A canção, que fará parte do primeiro álbum de estúdio da banda, foi divulgada dentro de um projeto alternativo. “Nesse período de pandemia, encontramos algumas dificuldades no processo da gravação em estúdio -reunir o pessoal e fazer o som no formato banda. Então, dada a circunstância, estamos lançando uma série intitulada DEMOS, tanto no IGTV quanto no Watch do Facebook. Curtimos muito o resultado de Black Days. Nisso, antecipamos a Live no YouTube”, explica Marcelo Augusto, integrante da CBNC.

Segundo o músico, a composição de Black Days foi uma epifania, após ouvir, dias antes, o desabafo de um amigo sobre idade e solidão. “É uma letra triste, mas otimista. Sinto que ela guia pra frente e, no fim, se torna aquele som que a gente bota tocar na estrada. Aquele som que dá a garantia de que o destino, o ponto de chegada, certamente vale a pena, seja qual for. Acho que a letra diz, enfim, que existem dias sombrios, mas, às vezes, se vive a vida. E é por esses ‘às vezes’ que seguimos”, reflete o compositor.

Para o final de semana, a banda reserva a apresentação de mais uma faixa inédita, I made this song just to say i need to say that i love you, produzida na pré-pandemia. Em dezembro, o grupo, formado por Marcelo e Giavan Santos, pretende retornar às gravações em estúdio, a fim de finalizar duas músicas que começaram a ser trabalhadas em 2019. Os artistas afirmam que o novo álbum sairá em 2021, porém, ainda sem data prevista.

Assista ao trabalho do CBNC:

 

ARIANNE TELIMA LANÇA MÚSICAS E PROJETO AUDIOVISUAL NA QUINTA-FEIRA

Ontem (28), Arianne TeLima lançou nas plataformas de streaming as músicas, logo cedo, Stalker e Ciclo dos Olhos e, à noite, disponibilizou o audiovisual Arianne TeLima – de volta aos palcos, no seu canal do YouTube. A movimentação nas redes é em comemoração aos três anos de carreira da artista e um ano do seu show, Via, por Arianne TeLima, no palco do Theatro Treze de Maio.⠀

Stalker e Ciclo dos Olhos
Já fazia algum tempo que o público fiel de Arianne pedia por mais canções. Em 2020, a artista resolveu entrar em estúdio para gravar as músicas Stalker e Ciclo dos olhos, que este ano recebeu um novo sentido para a cantora. “Tenho me impressionado com o quanto esta música se encaixa com o período de pandemia e isolamento em que nos encontramos. Por falar da saudade, das lembranças de quem não vemos mais, seja presencialmente ou por outro motivo”, conta.⠀

Em relação às artes visuais dos trabalhos, Arianne pontua que o atual contexto a fez pensar na relação e na comunicação através do olhar. Pensando nisso, a capa de Ciclo dos Olhos, com fotografia de Marcela Chiappa, propõe essa reflexão. Já a capa de Stalker continuou sendo a do EP Via, “porque acredito que ela pertença a esse trabalho”, acrescenta. As canções estão disponíveis no Spotify de Arianne.

Arianne TeLima – de volta aos palcos
Devido a pandemia, Arianne teve muitos shows cancelados. A partir disso, a cantora conta que se movimentou pouco. “Tudo isso me fez pensar em “quem eu sou como artista” e quais as minhas motivações. Se o que me motivava era abraçar o público após cantar uma música, essa motivação está comprometida”, desabafa. ⠀

No início de outubro, a cantora Paola Matos convidou Arianne para participar de um evento autoral que aconteceria em novembro, no Theatro Treze de Maio. A artista logo topou a proposta e convidou Lufe Duarte (violinista), Felipe Medeiros (piano) e Taci Nunes (percussão) e, juntos, começaram os ensaios. ⠀

O audiovisual traz imagens dos ensaios de seis músicas e também conta com relatos dos integrantes da banda, que falam sobre a experiência e o retorno ao trabalho. As imagens foram registradas por Leandra Cunha e Leandro Druzian, com edição de Lenon de Paula.⠀

Confira Arianne TeLima – de volta aos palcos:

 

GURIAS NO PODER: GRECCA, NANDI E NINAS LANÇAM FAIXA PRETA

A parceria entre Grecca, Nandi e Ninas resultou no lançamento do single Faixa Preta. A canção foi gravada na produtora All Green Records, com beat  de iniV Beats, produtor de Pelotas (RS) e mix master com assinatura de VINI.

Ninas conta que a parceria foi espontânea. “Eu tinha o beat guardado, lancei pra Grecca. Ela fez a primeira parte, depois a Nandi e eu fechei”, conta. A artista ainda acrescenta que “a música retrata as gurias no poder, né? Mulher fazendo girar e usufruindo da maneira que bem quiser”.

Ouça agora o som de Grecca, Nandi e Ninas:

 

MARCELO DEMICHELLI LANÇA VIDEOCLIPE DA MÚSICA FORGIVEN AND FORGOTTEN

No último dia 19, o guitarrista e compositor Marcelo Demichelli lançou o videoclipe da música Forgiven and Forgotten, produzido e captado por Erick Corrêa Castro e tendo como cenário o estúdio Caixa de Sons.

A canção é um tema instrumental que, segundo o artista, “pretende refletir os múltiplos – e, por vezes, antagônicos – sentimentos gerados pelo perdão e sua necessidade/negação”. A melodia, composta por Marcelo e produzida por Wolney Martins, tem influências de grandes nomes como Metallica, Angra e Pink Floyd.

Marcelo Demichelli iniciou a sua carreira dentro do Rock/ Metal aos 16 anos, passando pelas bandas Misericordhia, Laudem Gloriae e Sanctria. Em sua carreira solo dedica-se a música instrumental, com a qual já lançou dois discos, Totus Tuus, lançado em 2010, e o cd Instrumental Metal Meridional, de 2016.

Além de Forgiven and Forgotten, Marcelo também está divulgando outros três novos singles, To My Mother, Na Porta do Corredor e Time to Rise– em comemoração aos 20 anos dedicados à música autoral, completados em 2020.

Ouça Forgiven and Forgotten:

 

DISCO GRAVADO NO PLANETÁRIO MARCA NOVA FASE DA BANDA POÇOS E NUVENS 

Com mais de três décadas de história, Poços e Nuvens esteve presente em diferentes fases e cenários do rock. Foto: Pablito

 

O Sol de Cada Um – Ao Vivo no Planetário da UFSM, novo álbum da Poços e Nuvens, já está disponível para pré-venda – nos formatos físico e digital – e com lançamento previsto para dezembro. Com resgate de músicas já consagradas e canções inéditas, o trabalho é visto por Gérson Werlang, integrante do grupo, como a cristalização da formação atual e da nova roupagem sonora da banda, somada as temáticas presentes nas novas composições. “Então, resolvemos unir esses dois aspectos, ou seja, essa nova formação da banda, com essas temáticas planetárias, cósmicas, e tocar no planetário. É a união desses dois projetos e já pensando em trabalhos futuros da banda. Tem algumas músicas inéditas que apontam para um disco de estúdio futuro, embora, nesse momento, a gente esteja focado no lançamento deste disco”, pontua. ⠀

No final dos anos 80, a banda ganhou os palcos de Santa Maria e ao longo dos anos, gravou discos e recebeu reconhecimento dentro e fora do país, com shows e participações em festivais nacionais e internacionais“A banda tem uma estrada bacana já e eu acho que o motor condutor é a vontade de fazer música, de tocar. É uma chama que não estingue nunca. O mundo maluco do jeito que está, constantemente, nos alimenta com essa força e a vontade de continuar tocando e tematizando toda a complexidade que é estar vivo no planeta, nos nossos tempos”, reflete Gérson.⠀

Na formação atual, além de Gérson na guitarra, vocal, bandolim e efeitos, o grupo também conta com Vinicius Brum, no baixo e voz; Fernando Perusso, com teclado e flauta; Pablo Castro, na bateria e percussão e Vivian Reis, em violino e voz. A banda segue trabalhando com O Sol de Cada Um –Ao Vivo no Planetário da UFSM até 2021, com a divulgação de outros formatos da obra e prevê o retorno aos shows ao vivo e o desenvolvimento de um disco de estúdio, futuramente.


E NESTE FINAL DE SEMANA…


• Cia Retalhos de Teatro apresenta espetáculo solo Às Seis Horas da Tarde

O espetáculo se conecta com o curta-metragem homônimo produzido há 10 anos pela companhia. Foto: Divulgação

No encerramento das apresentações de novembro do Treze: O palco da cultura, a Cia Retalhos de Teatro Cia Retalhos de Teatro exibe o espetáculo Às seis horas da tarde, neste sábado (28/11), às 20h, com transmissão pela plataforma Viva o Palco. O solo teatral será interpretado pelo ator HelquerPaez, que também assina o roteiro e direção, juntamente, com Alexia Karla e propõe um mergulho no universo trans. ⠀

Conforme a sinopse, “a montagem é centrada em Lola, uma travesti. Do Cabaré da Madame Blue, nos anos 70, aos dias de hoje, em um banco de praça, a memória presentifica lembranças. O tempo esquece de si, quando José, a ex-travesti Lola, encontra-se, às seis horas da tarde”. A peça foi desenvolvida, especificamente, para as plataformas digitais.⠀

Com co-direção de Júlio Cesar Aranda, a criação ganhará vida no palco do Theatro Treze de Maio, por meio do projeto realizado pela ⠀
Associação dos Amigos do Theatro Treze de Maio, com financiamento da Lei de Incentivo à Cultura de Santa Maria (LIC/SM). Os ingressos já estão disponíveis no site do Viva o Palco.

 

Colaboradores:

Siga Maria Cult no Instagram e Facebook

 

O post #18 GIRO DA MARIA CULT apareceu primeiro em Rede Sina.

]]>
https://redesina.com.br/18-giro-da-maria-cult/feed/ 0
SINA EM PAUTA: BANDA FUGA (16/11 – SEG – 19h) https://redesina.com.br/banda-fuga/ https://redesina.com.br/banda-fuga/#respond Thu, 12 Nov 2020 14:56:20 +0000 https://redesina.com.br/?p=12029 (atualizado em 23/11 às 22:56) 16/10 – Segunda-feira – 19h SINA EM PAUTA: Banda Fuga Apresentação: Mel Inquieta / Melina Guterres Convidados: Pylla Kroth, Gonçalo Coelho, Rafael Ritzel, Zezinho Cacciari, Heron Domingues Live nessa publicação, fan page e youtube da Rede Sina Na próxima segunda, 16, no Sina em Pauta, a  Mel Inquieta (Melina Guterres) …

O post SINA EM PAUTA: BANDA FUGA (16/11 – SEG – 19h) apareceu primeiro em Rede Sina.

]]>

(atualizado em 23/11 às 22:56)

16/10 – Segunda-feira – 19h
SINA EM PAUTA: Banda Fuga
Apresentação: Mel Inquieta / Melina Guterres
Convidados: Pylla Kroth, Gonçalo Coelho, Rafael Ritzel, Zezinho Cacciari, Heron Domingues

Live nessa publicação, fan page e youtube da Rede Sina

Na próxima segunda, 16, no Sina em Pauta, a  Mel Inquieta (Melina Guterres) vai conversar com os integrantes da banda de rock “FUGA” de Santa Maria que foi sucesso nos 80, 90 e é referência até hoje.

A FUGA é uma banda gaúcha de Santa Maria que esteve ativa entre 1988 e 1996. Durante os mais de sete anos a banda fez aproximadamente 300 shows pelo interior do estado ( quase 80 cidades ) incluindo Porto Alegre, Florianópolis e oeste catarinense.

A banda lançou dois LPs, FUGA de 1989 gravado em POA e CRIME AO VIVO de 1992 gravado em SM. Também participou de duas coletâneas do Rock Gaúcho: CIRCUITO de ROCK ( LP 1989 ) e ELO UM ( CD 1993 ). Recentemente , em 2018, lançou em CD parte de sua obra nas comemorações do aniversário de 50 anos de Gonçalo Coelho ( compositor e baixista da banda ). Também relançou uma Edição Especial do 2o LP CRIME AO VIVO em tiragem limitada em 2020.

Em 2020 a FUGA lança o projeto de resgate da sua história através das redes sociais ( FACEBOOK e INSTAGRAM ), e principais plataformas digitais como YouTube, Spotify, Soudcloud.

Integrantes:

Pylla Kroth, cantor por natureza

Gonçalo Coelho, empresário

Rafael Ritzel, professor,, operador de vídeo da TV do TRF4, operador de som e supervisor de áudio.

Zezinho Cacciari, advogado, músico, Cineasta (Produtor e Realizador audiovisual) e Desenhista – tentando entrar no mercado 

Heron Domingues, empresário e produtor

 

RESULTADO SORTEIO:

1. George Azambuja – LP Fuga

2. Acyndino Gross Junior – CD Pylla

3. Juliano Martins e Souza – CD Pylla

4. Deco Domingues – DVD Pylla

5. Selma Souza – DVD Pylla

6. Mini Renato Bagestan – DVD Pylla

7. Ricardo Guirland Carvalho – CD Pylla

8. Eloiz Guimarães Cristino – DVD Pylla

9. Renata De Assis Brasil – – DVD Pylla

10. Haydee Hostin Lima – Camisa Fuga GG

11. Dartanhan Baldez Figueredo – Camisa Fuga GG

12. Paulo Vidal – CD 50 anos

13. Tiago Andrade Dos Santos – CD 50 anos

14. Agnaldo Serpent Arcanum – CD 50 anos

15. Edgar Sleifer – CD Pylla

16. João Padilha – CD Pylla

17. Tiago Assis Brasil – CD 50 anos

18. Matheus Bortoluzzi – CD 50 anos

19. Mariana Santos – Camisa Fuga G

20. Paty Fagundes Titi – Caneca Exclusiva

 

Os vencedores podem entrar em contato com a fan page da banda para receberem os prêmios.

https://facebook.com/bandafugaofc/

 

 

 

Confira alguns sons da Fuga:

CLIPE:

Assista a live também no facebook:

 

 

 

O post SINA EM PAUTA: BANDA FUGA (16/11 – SEG – 19h) apareceu primeiro em Rede Sina.

]]>
https://redesina.com.br/banda-fuga/feed/ 0
SEM MAQUIAGEM – Cartolas https://redesina.com.br/sem-maquiagem-cartolas/ https://redesina.com.br/sem-maquiagem-cartolas/#respond Mon, 10 Dec 2018 20:43:54 +0000 http://redesina.com.br/?p=5633 Rede de carinho foi força motriz para o novo clipe da banda gaúcha Cartolas “Sem Maquiagem” convida fãs e faz reflexão sobre novos relacionamentos humanos Foi um triste acaso que fez com que o clipe de “Sem Maquiagem”, novo single da banda Cartolas, se transformasse no que é hoje. A avó do vocalista Dé Silveira …

O post SEM MAQUIAGEM – Cartolas apareceu primeiro em Rede Sina.

]]>

Rede de carinho foi força motriz para o novo clipe da banda gaúcha Cartolas

“Sem Maquiagem” convida fãs e faz reflexão sobre novos relacionamentos humanos

Foi um triste acaso que fez com que o clipe de “Sem Maquiagem”, novo single da banda Cartolas, se transformasse no que é hoje. A avó do vocalista Dé Silveira faleceu e o clipe que já estava em processo de produção virou essa rede de carinho.

O grupo resolveu convidar pessoas que já tinham uma relação com eles, a ideia era convidar uma pessoa querida para que as filmasse ouvindo a música. No final, quem estava sendo filmado, faria uma declaração de carinho para quem a filmou dizendo “eu te amo”, sendo que poderiam também convidar mais três pessoas para também participar do mesmo processo.

“O resultado foi surpreendente! Recebemos vídeos com demonstrações de carinho das mais diversas. Alguns pais para seus filhos, e vice-versa; alguns filhos para seus pais, já velhinhos; alguns netos para os avós; alguns pais de pets para o seu bichinho de estimação; etc. Além dos vídeos, o retorno das pessoas também vinha através de depoimentos emocionantes. Houve um participante, por exemplo, que colocou os fones nos ouvidos com a música na cabeça de sua avó, já hospitalizada em estado delicado, e nos contou que foi a primeira vez que disse “eu te amo” pra ela… Foi, sem dúvida, o trabalho mais tocante que já fizemos como banda”, conta Dé Silveira.

Fica claro no refrão da canção, que o tema central é uma briga de um casal, o que por um lado mostra que é normal de desentender com o seu parceiro, mas ela vai além.  Logo no começo da canção, Dé Silveira entoa os versos: “E essa gente tão atormentada/que olhando tudo não se liga em nada/procura amor atrás do espelho”. Parte em que trata dessas relações autocentradas.

“A música trata mais de uma visão geral sobre os relacionamentos amorosos atuais. Esse espelho representa não somente as relações amorosas excessivamente voltadas para si, mas também essas constantes buscas frágeis que muitos de nós fazemos em nossos espelhos de bolso que são nossos celulares. Outra imagem da música que creio ser bem representativa da intenção dela são os passos de perfume de uma pessoa, que aprisionada a pressa, não escuta os recados que a natureza transmite e que a maquiagem disfarça”, explica Dé.

O clipe de “Sem Maquiagem” tem direção e conceito de Dé Silveira, edição de Léo Stein (Mr. Tambourine) e as imagens de apoio foram captadas no estúdio Dita Filmes, com imagens de Adriano de Castro Silveira e redação de Márcio Blank. A canção, produzida por Marcelo Fruet, fará parte do quinto álbum da banda previsto para sair no primeiro semestre de 2019 e por consequência fará parte do DVD que será gravado em abril do ano que vem, em Porto Alegre.

O Cartolas é Deluce (voz), Dé Silveira (guitarra e voz), Lucas Giogetta (bateria), Christiano Todt (guitarra) e Dyego Gheller (baixo).

Mais sobre o Cartolas

Já são 14 anos de carreira e quatro discos lançados na bagagem do Cartolas. A banda de Porto Alegre lançou seu último e quarto álbum em 2016, “Cartolas IV” e contabilizou turnês, que passaram por São Paulo, Rio de Janeiro, Buenos Aires, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Participando inclusive de dois importantes festivais, a SIM SP e o Morrostock. O próximo disco está previsto para 2019.

Redes Sociais

Site Oficial: http://www.cartolas.com.br/

Facebook: https://www.facebook.com/CurtaCartolas

Instagram: https://www.instagram.com/curtacartolas/

Youtube: https://www.youtube.com/user/cartolas

O post SEM MAQUIAGEM – Cartolas apareceu primeiro em Rede Sina.

]]>
https://redesina.com.br/sem-maquiagem-cartolas/feed/ 0
ROGER WATERS NO BRASIL: EX-PINK FLOYD COLOCA JAIR BOLSONARO NA LISTA DE NEOFASCISTAS por Márcio Grings https://redesina.com.br/roger-waters-no-brasil-ex-pink-floyd-coloca-jair-bolsonaro-na-lista-de-neofascistas-por-marcio-grings/ https://redesina.com.br/roger-waters-no-brasil-ex-pink-floyd-coloca-jair-bolsonaro-na-lista-de-neofascistas-por-marcio-grings/#respond Wed, 10 Oct 2018 16:24:28 +0000 http://redesina.com.br/?p=5369 Em seu primeiro show no Brasil, nesta terça-feira (9), em São Paulo, Roger Waters levantou a bandeira e se posicionou sobre o momento político nacional. O ex-Pink Floyd incluiu o nome do candidato a Presidência Jair Bolsonaro no telão de sua primeira apresentação no Allianz Park. “NEO-FASCISM IS ON THE RISE” (neo-fascismo em ascensão). E …

O post ROGER WATERS NO BRASIL: EX-PINK FLOYD COLOCA JAIR BOLSONARO NA LISTA DE NEOFASCISTAS por Márcio Grings apareceu primeiro em Rede Sina.

]]>

Em seu primeiro show no Brasil, nesta terça-feira (9), em São Paulo, Roger Waters levantou a bandeira e se posicionou sobre o momento político nacional. O ex-Pink Floyd incluiu o nome do candidato a Presidência Jair Bolsonaro no telão de sua primeira apresentação no Allianz Park. “NEO-FASCISM IS ON THE RISE” (neo-fascismo em ascensão). E ainda teve a famosa hashtag #EleNão no telão do show no Allianz.

10 motivos para não perder o Us + Them Tour  

“Sou contra o ressurgimento do fascismo. E acredito nos direitos humanos. Prefiro estar num lugar em que o líder não credita que a ditadura é algo positivo. Lembro das ditaduras da América do sul e foi horrível”, disse o músico.

O público ficou dividido entre vaias e aplausos, apartado como o próprio país.

Foto reprodução

Esquerdista convicto (leia as biografias e confirme), durante sua última GIG pelos Estados Unidos, questionado pela imprensa sobre repercussões negativas por parte do público a respeito de seu posicionamento em estados norte-americanos com maioria Republicana (partido de Donald Trump):

 “Acho surpreendente que alguém possa ter ouvido minhas músicas por 50 anos sem entender [meu posicionamento]”, respondeu.

Inclusive, o músico dá uma alternativa aos fãs que não concordam com seu ponto de vista:

“Vejam o show da Katy Perry ou assistam o programa das Kardashians. Eu não me importo”.

Relembro aqui, um dos momentos mais marcantes de “Pink Floyd – The Wall”, o filme, um retrato de como Waters não é um oportunista pegando com atraso o bonde da história. O filme é de 1982, nunca soou tão atual.


O ex-Pink Floyd chega ao Brasil justamente no momento em que temos um país dividido pela polarização entre os dois candidatos à Presidência. Como de costume, Waters se posicionou. Nada assombroso para um artista que perdeu o avô e o pai para o fascismo, além de crescer numa casa onde a mãe era ligada a força sindical inglesa. Alguns brasileiros finalmente descobriram que o álbum “Pink Floyd – The Wall” não é uma peça publicitária em prol da construção civil.

Confira a repercussão na minha TL do Fb.

Sobre o show, sim, o maior espetáculo da terra está cruzando pelo Brasil. E já começou a fazer um barulho danado. É o assunto mais comentado desta quarta-feira (10) nas redes sociais. Ouça o setlist completo da primeira apresentação do Us + Them Tour em SP.

 

Márcio Grings

é jornalista musical (Mtb 18221), radialista (Mtb 5772), escritor e músico. Fala de rock no canal Memorabilia www.youtube.com/memorabilia, escreve sobre música e cultura pop no site www.gringsmemorabilia.com.br e trabalha com coberturas credenciadas de shows internacionais, confira seu Reviews em www.gringstours.com.br

O post ROGER WATERS NO BRASIL: EX-PINK FLOYD COLOCA JAIR BOLSONARO NA LISTA DE NEOFASCISTAS por Márcio Grings apareceu primeiro em Rede Sina.

]]>
https://redesina.com.br/roger-waters-no-brasil-ex-pink-floyd-coloca-jair-bolsonaro-na-lista-de-neofascistas-por-marcio-grings/feed/ 0
ENTREVISTA: ARTHUR DAPIEVE https://redesina.com.br/entrevista-arthur-dapieve/ https://redesina.com.br/entrevista-arthur-dapieve/#respond Mon, 17 Sep 2018 06:39:38 +0000 http://redesina.com.br/?p=5251 POR UGO MEDEIROS (COLUNA BLUES ROCK) “Discordo que o blues, o jazz e o folk tenham algum dia sido o centro do mercado musical. O blues, por exemplo, era race music nos EUA, aquela categoria racial-musical conhecida como rhythm’n’blues. O grosso do mercado musical americano dos anos 1930 aos 1950 ouvia canção popular americana (branca). Blues sempre foi …

O post ENTREVISTA: ARTHUR DAPIEVE apareceu primeiro em Rede Sina.

]]>

POR UGO MEDEIROS (COLUNA BLUES ROCK)

“Discordo que o blues, o jazz e o folk tenham algum dia sido o centro do mercado musical. O blues, por exemplo, era race music nos EUA, aquela categoria racial-musical conhecida como rhythm’n’blues. O grosso do mercado musical americano dos anos 1930 aos 1950 ouvia canção popular americana (branca). Blues sempre foi nicho.  O que o jazz e o folk foram é usinas de criatividade, não de mercado. ” – Arthur Dapieve –

Arthur Dapieve é um jornalista e crítico musical brasileiro, trabalha para o jornal O Globo. Já foi repórter, redator, subeditor e editor do Jornal do Brasil (Caderno de Idéias e B, da revista Veja Rio e do jornal O Globo (Rioshow, Opinião, etc) Também colunista do site NO e professor de jornalismo na PUC-Rio.No rádio, apresenta uma edição mensal com o programa CLÁSSICO, uma série da rádio Batuta, a rádio de internet do Instituto Moreira Salles (IMS). Os programas ficam armazenados, podendo acessar a qualquer momento: www.radiobatuta.com.br. Ele escreveu a biografia Renato Russo – O Trovador Solitário em 1999, baseado em fitas com entrevistas do compositor e cantor Renato Russo.Além deste, tem mais cinco livros publicados, sendo eles: BRock – O rock brasileiro dos anos 80, Miudos metafísicos, Guia de rock em CD, De cada amor tu herdarás só o cinismo (romance), Morreu na contramão.(NOTA REDE SINA)

Agora uma grande aula sobre história da música com um dos maiores críticos musicais brasileiros, Arthur Dapieve. Profundo conhecedor de jazz, música clássica e rock, foi uma pessoa que me ajudou demais quando, em 2008, escrevi minha monografia sobre Rock e Geografia. Com muita honra e alegria, estendo o tapete vermelho à essa enciclopédia da resenha musical!

Ugo Medeiros – Você se lembra como a música entrou em sua vida? O rock foi o começo de tudo?

Arthur Dapieve – Talvez tenha sido aprendendo a letra de Help na aula de inglês, ainda no primário, mas os primeiros discos que comprei no ginásio eram coletâneas de sucesso, que podiam misturar John Lennon, Minnie Riperton e nomes que despontaram para o anonimato. Só um pouco depois, no meio da adolescência, comecei a comprar discos mais “metodicamente”. Não coletâneas, mas LPs de linha. Aí, sim, comecei pelos Beatles, por Bob Dylan e pelo Genesis.

UM – Quais os deveres de um crítico musical? O juízo de valor faz-se necessário, o que chuta para escanteio o relativismo “tudo é música. Não existe música ruim, apenas diferente…”?

AD – O dever é ser honesto consigo mesmo e com o artista, ser bem-informado e escrever bem. Relativismo, realmente, é incompatível com qualquer tipo de juízo crítico. Acho que mesmo o clichê “há música boa e música ruim” é bastante acrítico.

UM – Aproveitando a última pergunta, o Miles Davis pagou um pouco por isso, não? Fez tanta mistura, tantas sonoridades… E a reta final da carreira foi bem fraca…

AD – Sim, mas é bem fraca, repare, em relação a seus momentos no bebop, no cool jazz e no jazz-rock, que estão entre as criações mais importantes da história da música. Fico me perguntando: se ele tivesse vivido um pouco mais, teria feito algo bom também na fusão com música eletrônica? Ou música é como matemática, os grandes avanços ocorrem na juventude?

UM – E a imparcialidade nisso tudo? O gosto musical, o sentimento ou qualquer outra “interferência” afetam a crítica?

AD – Como eu disse, é preciso ser honesto. Mas não existe a menor possibilidade de se fazer uma crítica na qual o gosto pessoal – inclusive porque não existe gosto impessoal – não desempenhe papel importante. O que o crítico não pode fazer é achar que tudo do que ele gosta é importante ou bom. Ou que tudo do qual ele não gosta é irrelevante ou ruim. Enfim, honestidade intelectual. Gosto não pode ser picuinha.

UM – Ser crítico implica NECESSARIAMENTE em ser jornalista? Por muito tempo achei que eu deveria fazer jornalismo – ideia devidamente excluída – para escrever sobre música. Isso nos leva à atual (e eterna) discussão sobre a obrigatoriedade do diploma…

AD – De modo algum! Nem para ser jornalista é preciso fazer jornalismo… Acho que essa obrigatoriedade cria a ilusão de que a simples posse do diploma de jornalista gabarita alguém para exercer a profissão. Como professor de jornalismo, sei que isso é uma mentira. Como jornalista, meus melhores chefes nunca chegaram perto de uma faculdade de comunicação (eram mais velhos, ou seja, pré-regulamentação). Eu sei, sou minoria tanto entre os professores como entre os jornalistas. Mas acho, além do mais, que a obrigatoriedade do diploma gera uma espécie de “filtro” na liberdade de expressão, o que não é nem desejável nem constitucional.

UM – A crítica musical mudou bastante ao longo do tempo. Já foi algo bem romântico, algo bem Quase Famosos; depois vieram críticos mais ácidos, influenciados pela poesia maldita. Hoje em dia a escrita é mais caracterizada pela síntese e dinamismo.Você não acha que isso empobrece o texto em si? Digo, está muito técnico e politicamente correto…

AD – Politicamente correto, sim, muito técnico, não. A ênfase está na informação e não na opinião, quando o ideal é haver um equilíbrio entre ambas. O que empobrece o texto, e não só no jornalismo cultural, e não só na crítica, é o baixíssimo grau de leitura da maior parte dos jovens. Leitura relevante, quero dizer. Porque, com a internet, nunca se leu tanto, mas normalmente o que se lê é notícia rápida, abobrinha, e-mail, post, coisas que sozinhas não dão estilos ou conhecimento a ninguém. É preciso articular leitura, compreensão e formação.

UM – O blues já foi o centro do mercado musical, assim como o jazz e o folk. O rock é a galinha dos ovos de ouro desde o final dos anos 1950. Mas, atualmente, o hip-hop é fortíssimo nos EUA e a música eletrônica comanda a Europa. Podemos falar que o rock está em um processo de declínio?

AD – Discordo que o blues, o jazz e o folk tenham algum dia sido o centro do mercado musical. O blues, por exemplo, era race music nos EUA, aquela categoria racial-musical conhecida como rhythm’n’blues. O grosso do mercado musical americano dos anos 1930 aos 1950 ouvia canção popular americana (branca). Blues sempre foi nicho.  O que o jazz e o folk foram é usinas de criatividade, não de mercado. O blues ganhou mais visibilidade comercial – e mesmo assim não muito – foi com o interesse que as bandas de rock do outro lado do Atlântico tinham por ele. Foi este rock que era o centro do mercado musical de, digamos, 1954 a 1994. Acho que ele já declinou criativamente há tempos, embora ainda possa fazer algum “auê” comercial de vez em quando. Aconteceu com ele o que aconteceu com o blues, o samba, o jazz etc, as fórmulas se cristalizaram. Há coisas boa em todos esses gêneros, mas elas são ecos de outras eras.

UM – Quando os Stones, Metallica, Motorhead, Allman Bros, Lynyrd Skynyrd e outras mega bandas pararem, haverá uma grande banda que “carregue” o rock? Ou será um conjunto de bandas medianas?

AD – Bandas medianas, até por falta de comparação, se tornarão grandes bandas. Há bandas contemporâneas ou posteriores às que você menciona – e apenas as duas primeiras são imensamente populares, mega mesmo – que já ajudaram a carregar o rock. U2, Radiohead…

UM – O termo “rock progressivo” ganhou um significado ruim, chato. Me lembro do Sergio Dias dizendo “Tudo foi feito pelo Sol não é progressivo, é rock’n’roll”. A que se deve isso? Você não acha que o “Metal” vai por esse caminho?

AD – Gosto de progressivo, mas acho que os músicos do gênero (inclusive o Sérgio Dias) fizeram por onde, copiando os maneirismos elitistas de parte do pessoal da música clássica… Ficou parecendo chato, difícil, velho. Não acho que o metal vá seguir esse caminho, felizmente. Inclusive porque “o metal” são tantos… Já o progressivo basicamente sempre foi um só. Hoje em dia é um gênero muito menos atrativo que o metal.

UM – Na minha opinião, o último e mais interessante movimento do rock foi o do Do it Yourself (começo dos anos 1980, cena hardcore). E para você? Algo mais recente chama atenção?

AD – Uma ressalva, por favor. O DIY foi usado pelo hardcore (e pela música eletrônica), mas ele é anterior: é invenção do movimento punk, nos anos 1970. Seja como for, depois do hardcore, que não curti muito, houve o grunge e o pós-rock, que acho muito interessantes. Depois, porém, o rock perdeu momentum num matagal de bandas independentes inexpressivas e, pior, conformadas com a inexpressividade.

UM – Qual o maior compositor americano, Gershwin, Louis Armstrong, Glenn Miller ou Peter Seeger?

AD – Só dá para optar entre esses quatro? Nenhum deles. Duke Ellington.

UM – Indiscutivelmente, a música brasileira é muito rica, mas não há tanto intercâmbio entre os diferentes estilos regionais. Isso já é diferente nos EUA, onde há uma constante troca. Há na música nova iorquina influências claras da música apalachiana, assim como um swing de jazz no bluegrass. Você não acha o brasileiro mais provinciano? Por que isso ocorre no Brasil?

AD – Olha, Ugo, desculpe-me, mas discordo tão profundamente da premissa da pergunta que não tenho nem como responder direito. Não acho a música brasileira menos “intercambiada” ou mais provinciana, não. Como assim, com Noel, Tom, Villa-Lobos, Caetano, Paralamas, Chico Science, Gaby Amarantos? São todos misturados entre regiões, entre nações.

UM – As grandes orquestras filarmônicas são mantidas pelo Estado e doações privadas. Ainda há espaço para o erudito na mídia? Mais, será que o erudito persistirá sem esse approach? Como você vê a música erudita daqui a algumas décadas?

AD – Antes de mais nada, é preciso evitar o termo “música erudita”. Consta que a primeira menção a ele estava numa carta do imperador da Áustria a Mozart, reclamando da suposta dificuldade de uma peça. Dificuldade em Mozart?! “Erudito” aí tem, portanto, caráter pejorativo, embora alguns músicos e ouvintes elitistas alimentem o termo. Depois, é preciso ter em mente que a música clássica é mantida também pela venda de discos (é o nicho onde o digital fez menos estragos), pela projeção de óperas do Metropolitan e da Royal Opera House nos cinemas, nas assinaturas para se assistir à Filarmônica de Berlim via web, todo fim de semana… Além disso, ela é usada como fator de integração e progresso social em todo o mundo, como no formidável El Sistema, da Venezuela, de onde emergiu um dos melhores maestros em atividade, Gustavo Dudamel. A música clássica é quase onipresente na mídia desde, claro, que você não procure por músicos de fraque e cartola regidos por um alemão idoso. Ela está nas trilhas de filmes (o que é Ennio Morricone, afinal?), de TV e de games… Assim, daqui a quarenta anos, acho que ela ainda estará por aí, firme e forte.

UM – Por falar em música erudita, como ela entrou em sua vida?

AD – Entrou via bandas de rock progressivo, como Yes e Emerson, Lake & Palmer. A partir deles, fui ouvir as peças que eles tinham regravado a seu modo… Brahms, Mussorgsky… Então, um novo mundo se abriu para mim. Acho que a melhor indicação para um neófito em música clássica que posso dar é um livro: Música clássica em CD, um escrito pelo recém-falecido Luiz Paulo Horta. A partir dele, começa-se a montar uma boa discoteca clássica.

UM – Mudando um pouco de assunto, você consideraria o Kraftwerk o mais próximo de erudito dentro da música eletrônica?

AD – Do meu ponto de vista etário, o Kraftwerk nem é música eletrônica… Quando comecei a ouví-lo, em meados dos anos 1970, ele me parecia rock progressivo. Depois é que fui descobrir que era parte do tal “krautrock”, rock alemão com características experimentais, junto com, entre muitos outros, Tangerine Dream e Can (o meu favorito). Mantenho-o nessa prateleira. Na eletrônica propriamente dita, acho Massive Attack o mais clássico.

UM – Professor, valeu pela participação. Deixo esse espaço para as suas considerações finais.

AD – Parabéns pelos 100 mil acessos, Ugo. Bela marca.

Entrevista publicada originalmente em https://www.colunabluesrock.com/single-post/2013/08/31/Entrevista-Arthur-Dapieve

Ugo Pate Medeiros – Assistiu ao filme Quase Famosos (filme de Cameron Crowe) e concluiu que a vida seria mais divertida no mundo da música. Assim, Criou e tornou-se editor do Coluna Blues Rock, responsável pelos vídeos exclusivos, contatos comerciais, produtor das festas e confraternizações do site e o responsável pela cafeteira da redação de apenas um (silêncio é sempre a melhor companhia!).
Colaborou em diversos sites e revistas impressas; cobertura in loco de festivais como o Rio das Ostras Jazz & Blues Festival e o Psicodália; pesquisador musical com ênfase na estadunidense. Licenciatura e Bacharelado em Geografia pela PUC-Rio, quando escreveu a monografia Críticas à Sociedade Norte-americana: uma leitura a partir do rock. Excelente trocador de fraldas e, nas horas vagas, um ótimo saco de pancadas no judô e no jiu-jitsu. E de tanto apanhar no tatâme, talvez para anestesiar, segue firme (e dolorido) atrás das melhores cervejas artesanais. Tem o site https://www.colunabluesrock.com desde 2007. Em 2018 se torna colunista da Rede Sina.

O post ENTREVISTA: ARTHUR DAPIEVE apareceu primeiro em Rede Sina.

]]>
https://redesina.com.br/entrevista-arthur-dapieve/feed/ 0
ENTREVISTA: CARLOS MALTA (flautista e compositor) https://redesina.com.br/entrevista-carlos-malta-flautista-e-compositor/ https://redesina.com.br/entrevista-carlos-malta-flautista-e-compositor/#respond Mon, 16 Jul 2018 15:47:56 +0000 http://redesina.com.br/?p=4417 por Ugo Medeiros (Coluna Blues Rock) “Isso que nós chamamos de música é um presente do universo para esse planeta”. Um depoimento desse me consola quando percebo que estou nessa atividade de crítica/pesquisa musical há quase dez anos sem receber um tostão. apesar do trabalho ser voluntário, quase filantrópico, ele me proporciona momentos mágicos, como …

O post ENTREVISTA: CARLOS MALTA (flautista e compositor) apareceu primeiro em Rede Sina.

]]>

por Ugo Medeiros (Coluna Blues Rock)

“Isso que nós chamamos de música é um presente do universo para esse planeta”. Um depoimento desse me consola quando percebo que estou nessa atividade de crítica/pesquisa musical há quase dez anos sem receber um tostão. apesar do trabalho ser voluntário, quase filantrópico, ele me proporciona momentos mágicos, como entrevistar o fantástico Carlos Malta. E por duas vezes.

 Simpático, atencioso, humilde, todas características que lhe são inerentes, sempre fazendo o possível para atender um profissional de imprensa  renomado ou desconhecido. Nesse caso, conversando com uma pessoa que sequer faz parte da mídia jornalística. Grande conhecedor da Música, sim, com maiúscula, Carlos Malta é um estudioso, sempre preocupado com a investigação das origens e desdobramentos musicais. Por isso mesmo é crítico quando tem que ser, “Esse é um grande erro da nossa civilização ocidental, considerar que compositores mortos há mais de cem anos como eruditos. Digo, é um grande erro da civilização dita culturalmente desenvolvida cultuar o antigo e rebaixar o que é popular. Veja só, a música clássica indiana é algo muito recente e sequer é escrita, é toda ela improvisada”.

   O samba, o choro, o jazz e o blues. Estilos. Mas, por isso, tornam-se dogmas fechados incapazes de adaptações? Negativo! Para o escultor dos ventos da música brasileira tudo é possível. Explicações sobre a gênese do samba, comparações com a pobreza e o racismo aos quais os negros eram submetidos. Informações históricas e sonoridades didáticas para melhor ilustrar, sempre traduzindo a dúvida através do idioma universal da Música.

  Uma entrevista especial, com doses extras de carinho. Ou seria Carinhoso? Aquela de Pixinguinha? Sim, também!, “Pixinguinha nunca pensou que seria um dos maiores representantes do não-racismo, do que é ser universal”. Carlos Malta é puro amor, Carlos Malta é a Música em estado primário e suave.

Nenhum texto alternativo automático disponível.

Ugo Medeiros – Sr. Malta, primeiramente, muito obrigado por arrumar um tempo e realizarmos essa entrevista! Na última vez que conversamos, lá no Festival de Rio das Ostras, o papo foi sobre o equilíbrio, a proximidade ou não, entre o popular e o erudito. Hoje ficarei mais na música popular, ou dita popular. Estou pesquisando e escrevendo um projeto sobre as semelhanças, uma comparação, entre a música brasileira e a americana. Ontem escutei durante quase uma hora Tico-tico no fubá, um choro. Investigando, vi que o choro teve sua origem na polca. E no mesmo dia, conversando com um bluesman americano, percebi que o ragtime também teve a sua formação a partir da polca. Afinal, o que é a polca?

Carlos Malta – A polca é uma dança europeia, veio com os colonizadores. Não é apenas um estilo, é uma forma de dança. Por exemplo, existe samba-canção, samba, pagode, partido alto… e no final é tudo samba. A polca também tem várias variações, teve maior influência da música europeia, dita erudita, mas na época era popular. Esse é um grande erro da nossa civilização ocidental, considerar que compositores mortos há mais de cem anos como eruditos. Digo, é um grande erro da civilização dita culturalmente desenvolvida cultuar o antigo e rebaixar o que é popular. Veja só, a música clássica indiana é algo muito recente e sequer é escrita, é toda ela improvisada. Teatros com maior tradição apresentam uma programação toda voltada para a música centenária. Ano passado consegui tocar no Theatro Municipal, Rio de Janeiro, e o fiz com música popular, que é a de hoje. A música popular também exige uma erudição, todo tipo de música passa pela erudição, que é o estudo. É erudita pela dificuldade técnica, traduz uma época, um batuque. Se você colocar um tambor junto com esse piano que você ouviu em Tico-tico no fubá, verá que existe uma relação entre os graves, médios e agudos:

Tá entendendo? O batuque se traduz na melodia através de notas médias, graves e agudas. O que houve com o choro, o ragtime, o jazz e outros estilos foi uma tradução, na verdade, uma tentativa de traduzir o batuque. Nessas culturas que têm o batuque como o centro da sua musicalidade, ele é o responsável por levar o sujeito ao transe, receber a divindade. A força desse batuque se espalhou para os outros instrumentos. Os escravos negros nos EUA eram proibidos de batucar, pois os senhores, os chefes das fazendas, tinham medo que eles ficassem possuídos, ficassem mais fortes. Colocavam os negros para tocar outros instrumentos ou para cantar. E o que os escravos faziam era colocar, adaptar, o batuque aos novos instrumentos:

Isso foi uma forma dos negros driblarem a proibição através do que lhes era permitido. Ao mesmo tempo que isso acontecia nos EUA, também no Brasil. A grande diferença é a percepção e a forma de escrever:

O sapateado também veio da África. Há vídeos de tribos com crianças que são espetaculares, fazem todo o movimento dos pés que depois estaria no sapateado. O Sapateado não é uma arte de dança americana. Ele tem origem na África e foi aperfeiçoada nos EUA, desenvolvida pela coisa do Fred Astaire. Quando falamos em berço da cultura musical é a Africa, fato. A gente tem uma certa mania de achar que aqui no continente americano não existia música, mas tem um sério problema: boa parte da música deles foi morta junto com aqueles nativos. Eles foram exterminados, dizimados. Foi uma tentativa de extinção dos povos indígenas pelos colonizadores, talvez até maior do que durante a Segunda Guerra. Em Nova Iorque, naquela ilha que está a Estátua da Liberdade, tem um museu que contabiliza a quantidade de índios (de cada uma das tribos) dizimados, passa dos milhões! Se juntar com os do Brasil, então… Tenho certeza que existia uma cultura musical, na real, ainda existe, como pude documentar no meu filme Xingu, Cariri, Caruaru, Carioca. Filmando com os Cuicuros (Xingu, Mato Grosso do Sul) vi que eles têm passos de dança usando os pés, batendo na terra como se fosse sapateado. Além de uma cultura flautista espetacular que está longe de ser selvagem ou primitiva. Aprendemos errado no colégio, infelizmente. Temos que estudar, como você faz, para esclarecer, termos ideia de onde veio o baião, por exemplo. Essas relação entre as músicas populares da América do Norte  e as daqui é a prova de que todas passam por muita influência da música branca europeia, da negra, assim como a dos ciganos, povos nômades que vinham nos navios (provavelmente trabalhando na segunda e na terceira classes).

UM – Seguindo essa linha do batuque, havia um estilo pré-blues que o influenciou demais, chamado fife & drum. É impressionante, como ele é parecido com a Banda de Pífano de Caruaru! Já mostrei coisas da banda de Caruaru para alguns bluesmen negros dos EUA e eles piraram!

CM – É isso aí! É o que estou te falando, o instrumental é parecido, ele tá marcando com caixa de guerra, pratos e bumbo. Isso aí não são instrumentos indígenas. E o pessoal que está lá no Mississippi é todo miscigenado, meio negro, meio índio. Os índios têm essa forma de se expressar musicalmente, essa tradição de expressar pela flauta e pelo tambor está presente em várias culturas, tanto na América espanhola como na América inglesa. Isso também é fruto de uma influência, de uma raiz da música celta na música cigana, portuguesa e até na espanhola. Você mostra vídeos da Banda de Caruaru aos bluesmen americanos, eu mostro os do Otha Turner aos músicos daqui e eles ficam impressionados com a similaridade dos estilos. Prova a mesma raiz  de influência, todos foram submetidos à mesma. Ao mesmo tempo que havia essas influências umas nas outras, a cultura europeia não entendia as tradições “selvagens”, não sabiam o que eles falavam, para eles era tudo música pagã. Claro, a proibiam. Era a hora que eles faziam para baixar o santo. Quando vemos um conjunto tocando demais é normal dizermos “os caras estão possuídos”. E é isso mesmo, ficamos possuídos, mas não por algo ruim, mas com a alma do universo. A música é um presente que esse planeta recebeu do universo. Até que se prove o contrário, não sabemos se há em outro planeta uma atmosfera com essa composição química que nos possibilita escutar dessa forma. Se tivesse mais hélio ou outro tipo de gás a música seria de outro jeito.  Isso que nós chamamos de música é um presente do universo para esse planeta. Quando celebramos a música dentro desses parâmetros de devoção, de entrega, de compartilhar em grupo, estamos produzindo uma energia  universal tão forte como essa que estamos fazendo aqui ao falar de MÚSICA. Uma onda magnética, louca, uma vibração invisível que transforma, não tem cheiro, cor, forma, mas encanta mais do que uma pessoa lindíssima que passa na rua. Você até olha pra ela, mas aí volta para a música (rs). É muito forte, a música é uma coisa muito louca. É bonito como ela se desenvolveu pelo lado do virtuosismo, tanto nos EUA como aqui também. Quando um grupo de lá escuta a nossa música, ou ao contrário, todos ficam impressionados. Tenho amigos que são fodas, tocam para caramba, que são admiradíssimos na música. Eles escutam o Pife Muderno e dizem “porra, que coisa boa pra caralho!”.

UM – Eu sou especializado na música norte-americana, meu DNA tem muito de blues. Agora, como faço essa pesquisa, corro atrás da música popular brasileira. O samba veio do recôncavo baiano e das chamadas umbigadas, certo?

CM – Imagine uma panela, o samba é essa panela com ingredientes que vieram desde essa coisa da Bahia. E essa Bahia que veio paro o Rio Janeiro tinha, digamos, um ponto de encontro em uma comunidade no centro da cidade. Essa Bahia se concentrava na casa de uma tia baiana, Tia Ciata. Provavelmente uma dessas baianas que cozinhava uma comida bem saborosa, com aquele tempero da Bahia. E como na Bahia todos são artistas, ela devia ser a artista do encontro. Na casa dela encontravam gente de todo tipo, figuras que transitavam na música. O que lá rolava de som batizaram de samba. Mas o samba era mais como um evento, era a comida, a dança, a pegação, uma possibilidade de arrumar um emprego para a segunda-feira, uma nova vida, conhecer novas pessoas. Gente que chegava na capital e ia lá na Tia Ciata para encontrar pares do meio. Pixinguinha e Donga, frequentavam a casa. Devia ser um “buraco quente”, como eram os lugares de blues. O blues era um negócio de gueto, foi perseguido, foi proibido. Os precursores do blues eram como cronistas da desigualdade social, do preconceito social, da pobreza. Eles cantavam no blues o que não era permitido falar no cotidiano. E é mais ou menos o que acontecia no samba, os caras tiravam sarro com a situação de ser negro. O sujeito que tem apenas uma função: servir. Pixinguinha nunca pensou que seria um dos maiores representantes do não-racismo, do que é ser universal. O samba também virou um estilo musical, mas esse samba que nos referimos como origem não poderia ser um estilo musical justamente porque vem de uma mistura de estilos. Se escutarmos música barroca, ela tem vários elementos que fazem alguém dançar. A música de câmara era usada pela elite e pela realeza como remédio, para ser tocado em uma câmara, quarto, por conjuntos pequenos, não era sinfônica. Então, por essa lógica, esse conjunto pequeno poderia ser uma banda de choro com violão, bandolim, cavaquinho e pandeiro. Assim como uma banda de pífano. Por que música câmara só pode ser um quarteto de cordas ou quinteto de sopro? Por que uma banda de pífano não pode tocar em uma câmara para alegrar uma festa? Essa é a questão do conceito e do preconceito, quando inventamos palavras e assuntos para colocar nos livros. Temos que ser cuidadosos para não deslocar algo do seu mundo. A música é um universo e dentro existem microuniversos. E esse microuniverso do samba teve origem no Rio de Janeiro, o lugar onde se gravou o primeiro “samba”. Veja só, o que é axé music? Não é um estilo, é um EVENTO com uma vocalista alucinada, trios elétricos, um grupo enorme de metais e percussão, aquele samba-reggae, samba isso, samba aquilo. É um evento. Esse sertanejo não é um estilo, é um evento. Sertanejo é esse aí que você conhece, o cara que vai lá cortar o talo do bambu para construir o pífano, que senta ali para tirar o leite da vaca e depois vai com o compadre dele cantar a moda de viola. Esses mega shows bancados pela AGROMUSIC é um evento. O samba music já teve seu momento áureo com as cervejarias patrocinando; o axé até hoje é patrocinado pelo Governo baiano; a música pernambucana é patrocinada pelo Governo estadual. A música no Rio de Janeiro não é patrocinada, mas também o Estado está com pires na mão, não paga nem os servidores e o ex-governador está preso e rico com o nosso dinheiro. Isso tudo se fala no samba. Como dizia Billy Blanco na canção Banca do destino, “Não fala com pobre, não dá mão a preto”. Branco esculhambando os brancos. As letras do blues eram doloridas de racismo, também de um amor traído, decepção de amor. Mas a maioria usava metáforas, metalinguística, falavam do coração partido mas, na real, se referiam à sociedade racista que a machucava. Todos amam a vida e a música serve para dizer tudo aquilo. A música suaviza toda a carga sentimental.

UM – Você tocará no Blue Note Rio nesta sexta-feira, 26 de janeiro, ao lado do Fernando Moura. O projeto Besouros é uma releitura dos clássicos dos The Beatles. Sei que o Sr. me achará um pagão, mas sou uma pessoa mais Rolling Stones e Beach Boys (rs)! Brincadeira à parte, o Sr. poderia falar sobre o show?

CM – Tenho essa influência Beatles por conta dos meus irmãos que ouviam em casa. Adorava aqueles caras cabeludos, brincávamos de Beatles! Depois que comecei a tocar, prestei mais atenção nas coisas mais rebuscadas em termos de arranjo, como Eleanor rigby e Blackbird. O Besouros é uma visita na obra deles que fizemos com a minha bagagem musical  e com a do Fernando moura. A ideia surgiu quando fui gravar com ele, o Fernando é um grande compositor de trilhas. Ao final ele pediu para eu gravar uma canção dos Beatles para a filha dele, Blackbird. Nessa, dei a ideia de gravarmos um disco de Beatles e ele adorou. Cada um escreveu dez músicas que gostaria de gravar, tivemos várias em comum. Fomos devagar, gravando de forma bem tranquila. Quando ficou pronto bateu aquele “E agora, como fazemos? Direito autoral, tudo muito complicado”. Mostrei para o Rafael Ramos da Deck, ele é muito amigo e gosta de tudo o que faço. Ele ouviu, pirou e nos ajudou. Logo assinamos com a Deck e lançamos em formato digital em 2017. Fizemos vários shows. E, claro, o Blue Note é um espaço muito legal na Lagoa. Já tocamos no centro e mais para o lado de lá, mas na Zona Sul será a primeira vez. Estamos ansiosos por encontrar um público formado em maior parte por moradores da Zona Sul. Lá tem um piano espetacular, o som da casa é muito bom e será de responsabilidade do João Damasceno. Tudo muito nobre. O repertório está muito bonito, Blackbird, Day Tripper e “otras cositas mas” que serão surpresas. É um desfile de timbre, eu toco sax tenor, soprano, flauta-baixo, clarinete-baixo. Apesar de ser um duo soamos como uma orquestra no palco. Estão todos convidados para essa sexta-feira (26/1) às 22:30h. Todos lá!

UM – Você falou sobre o som da casa, fui a dois show lá. Primeiro para assistir ao Toquinho solo e depois ao Tributo a Eric Clapton do Big Gilson. Dois shows completamente diferentes e com uma acústica perfeita!

CM – Tenho frequentado bastante a casa, acho que o meu show foi na inauguração do Blue Note, fomos o da segunda sessão daquela noite. Um show lindo, ao lado do Robertinho Silva e Marcos Suzano. Os donos do Blue Note falam que foi um dos melhores shows da temporada de estreia, injeção de Brasil. Voltei algumas vezes, canja com Hermeto Pascoal e com o Marcelo D2. Cara, o D2 é incrível, uma figuraça. Não tinha ideia da relação dele com a música, tão legal e respeitosa. Mais até do que muita gente que tira onda de “cabeça” e menospreza o trabalho dos rappers. Gostei demais, o Marcelo é foda! E o Blue Note é um presente para o Rio de Janeiro, como público temos que prestigiar, não deixar fechar como tantas outras casas. Padecemos desse problema, temos que fazer um workshop com São Paulo (rs). Basta frequentarmos e prestigiarmos. Músico brasileiro é bom, acredite no produto nacional. Músicos estrangeiros vêm aqui para aprender, pois já dizia a canção “chegou a hora dessa gente bronzeada mostrar o seu valor, o Tio Sam tá querendo conhecer a nossa batucada”. Toquei agora em cancun com Dave Mathews e Tim Reynolds, levei um som com Bela Fleck e Antonio Sanchez. Os caras dão cabeçadas na parede! Eles piram! Toquei muito tempo com o Hermeto, com o Gil, tocando em festivais de jazz, os caras se amarram! É o nosso jazz, o nosso jeito de fazer a parada, saindo daquele batida mais tradicional, abrindo muito mais para o sentimento. Faz bem para alma, para o sentimento. Musica é isso e estou dentro!

Mais sobre o artista em:

http://www.carlosmalta.com.br/

Entrevista originalmente publicada em 24/01/2018 em https://www.colunabluesrock.com

 

Ugo Pate Medeiros – Assistiu ao filme Quase Famosos (filme de Cameron Crowe) e concluiu que a vida seria mais divertida no mundo da música. Assim, Criou e tornou-se editor do Coluna Blues Rock, responsável pelos vídeos exclusivos, contatos comerciais, produtor das festas e confraternizações do site e o responsável pela cafeteira da redação de apenas um (silêncio é sempre a melhor companhia!).
Colaborou em diversos sites e revistas impressas; cobertura in loco de festivais como o Rio das Ostras Jazz & Blues Festival e o Psicodália; pesquisador musical com ênfase na estadunidense. Licenciatura e Bacharelado em Geografia pela PUC-Rio, quando escreveu a monografia Críticas à Sociedade Norte-americana: uma leitura a partir do rock. Excelente trocador de fraldas e, nas horas vagas, um ótimo saco de pancadas no judô e no jiu-jitsu. E de tanto apanhar no tatâme, talvez para anestesiar, segue firme (e dolorido) atrás das melhores cervejas artesanais. Tem o site https://www.colunabluesrock.com desde 2007. Em 2018 se torna colunista da Rede Sina.

O post ENTREVISTA: CARLOS MALTA (flautista e compositor) apareceu primeiro em Rede Sina.

]]>
https://redesina.com.br/entrevista-carlos-malta-flautista-e-compositor/feed/ 0
Piloto Automático / Supercombo https://redesina.com.br/piloto-automatico-supercombo/ https://redesina.com.br/piloto-automatico-supercombo/#respond Thu, 15 Mar 2018 00:11:49 +0000 http://redesina.com.br/?p=3949 Eu devia sorrir mais Abraçar meus pais Viajar o mundo e socializar Nunca reclamar Só agradecer Tudo o que vier eu fiz por merecer Essa semana escolhemos o  som “Piloto Automático” da banda Supercombo que lembra a importância de agradecer em tom de rock e brasilidade. Supercombo é uma banda de rock que nasceu em …

O post Piloto Automático / Supercombo apareceu primeiro em Rede Sina.

]]>

Eu devia sorrir mais
Abraçar meus pais
Viajar o mundo e socializar
Nunca reclamar
Só agradecer
Tudo o que vier eu fiz por merecer

Essa semana escolhemos o  som “Piloto Automático” da banda Supercombo que lembra a importância de agradecer em tom de rock e brasilidade.

Supercombo é uma banda de rock que nasceu em Vitória-ES e se consolidou em São Paulo. hoje é formada por Léo Ramos (Voz e guitarra), Pedro Ramos (Guitarra e voz), Carol Navarro (Baixo e voz), Paulo Vaz (Teclado e efeitos).  Como o nome sugere, é uma combinação de músicos e seus mais diversos estilos, histórias, lugares e influências musicais. como o nome sugere, é uma combinação de músicos e seus mais diversos estilos, histórias, lugares e influências musicais. Seu nome atual, assim como o original, possui influências de videogames. Sendo o original vindo do personagem Alex Kidd, e o atual Supercombo de “Combo”, palavra comumente usada em jogos como uma sequência de ataques ou acertos. Sendo até as palavras “Super combo” ditas no jogo Killer Instinct e escritas na série Street Fighter, com a finalização “Super combo finish”. Saiba mais em: https://www.supercomborock.com/

Letra:

“Eu nunca fiz questão de estar aqui
Muito menos participar
E ainda acho que o meu cotidiano
Vai me largar

Um dia eu vou morrer
Um dia eu chego lá
E eu sei que o piloto automático
Vai me levar

Eu devia sorrir mais
Abraçar meus pais
Viajar o mundo e socializar
Nunca reclamar
Só agradecer
Tudo o que vier eu fiz por merecer

Eu devia sorrir mais
Abraçar meus pais
Viajar o mundo e socializar
Nunca reclamar
Só agradecer
Fácil de falar, difícil fazer

Quase toda vez que eu vou dormir
Não consigo relaxar
Até parece que meus travesseiros pesam
Uma tonelada

Eu devia sorrir mais
Abraçar meus pais
Viajar o mundo e socializar
Nunca reclamar
Só agradecer
Tudo o que vier eu fiz por merecer

Eu devia sorrir mais
Abraçar meus pais
Viajar o mundo e socializar
Nunca reclamar
Só agradecer
Fácil de falar, difícil fazer

Eu nunca fiz questão de existir
Não queria incomodar
Um dia eu acho um jeito de aparecer
E você notar

(Piloto automático)
Você notar
(Piloto automático)
Você notar”

Arte: Wallace De Oliveira Soares

E Essa arte é do Wallace ( https://www.facebook.com/UmCaraMuitoLegal)

O post Piloto Automático / Supercombo apareceu primeiro em Rede Sina.

]]>
https://redesina.com.br/piloto-automatico-supercombo/feed/ 0
PERDA DE TEMPO de Camaleão e os Bichos do Mato https://redesina.com.br/perda-de-tempo-de-camaleao-e-os-bichos-do-mato/ https://redesina.com.br/perda-de-tempo-de-camaleao-e-os-bichos-do-mato/#respond Wed, 27 Dec 2017 19:56:49 +0000 http://redesina.com.br/?p=3608 Camaleão e os Bichos do Mato é um banda de rock de Santa Maria-RS com fortes influências do hard rock clássico e do stoner contemporâneo. No repertório, canções autorais e cover, que circulam por Audioslave, Black Crowes e Led Zeppelin, se integram numa linguagem apreciada pelo público roqueiro de qualquer geração. No show, o power …

O post PERDA DE TEMPO de Camaleão e os Bichos do Mato apareceu primeiro em Rede Sina.

]]>

Camaleão e os Bichos do Mato é um banda de rock de Santa Maria-RS com fortes influências do hard rock clássico e do stoner contemporâneo. No repertório, canções autorais e cover, que circulam por Audioslave, Black Crowes e Led Zeppelin, se integram numa linguagem apreciada pelo público roqueiro de qualquer geração. No show, o power trio traz ao palco a atmosfera setentista, com uma sonoridade vibrante e espontânea.

O power trio é formado por músicos experientes, todos com mais de 15 anos de carreira musical, com história em bandas autorais e covers consagradas na região. Vitor também tocou/toca nas bandas Vintage Monkeys e Maloca Blue. Vinicius, na Rinoceronte, Quarto Ácido, Harvest Moon, , entre outras. Cezar é professor de bateria e tocou/toca com Pylla C14, 220 Volts, Relicário, entre outras.

Perda de Tempo

Libertar
onde o vendo sopra a cabeleira
Diga pra sua mente:

não mente, tente, aconteça!

Porque você fica só perdendo tempo
E não dá chance
Tem sempre um momento
pra você apostar na vida

dar o seu lance

Cuide pra não ser lambido
Por aquela língua venenosa
Cheia de intenção

E interpretação nebulosa

Porque você fica só perdendo tempo
E não dá chance
Tem sempre um momento
pra você apostar na vida
dar o seu lance

Camaleão e os Bichos do Mato é:

Vitor Calegaro – guitarra e vocal

Vinicius Brum – baixo e vocal

Cezar Nogueira – bateria e percussão

Produção do clipe: Toca Audiovisual

 

Veja também o bate-papo com o vocalista da banda:

 

fan pagehttps://www.facebook.com/camaleaoeosbichosdomato

O post PERDA DE TEMPO de Camaleão e os Bichos do Mato apareceu primeiro em Rede Sina.

]]>
https://redesina.com.br/perda-de-tempo-de-camaleao-e-os-bichos-do-mato/feed/ 0
ZeroaZero da banda Cartolas https://redesina.com.br/zeroazero-da-banda-cartolas/ https://redesina.com.br/zeroazero-da-banda-cartolas/#respond Sun, 12 Nov 2017 07:25:24 +0000 http://redesina.com.br/?p=3449 Banda gaúcha Cartolas faz turnê em São Paulo e interior a partir do dia 17. “ZeroaZero”, novo single e videoclipe da banda Cartolas, parece apenas uma música de amor, mas esconde uma crítica aos novos tempos de intolerância e abertura para discursos de ódio disfarçados de política. “Estamos vivendo num tempo diferente de outros. Sociedade do …

O post ZeroaZero da banda Cartolas apareceu primeiro em Rede Sina.

]]>

Banda gaúcha Cartolas faz turnê em São Paulo e interior a partir do dia 17.

ZeroaZero”, novo single e videoclipe da banda Cartolas, parece apenas uma música de amor, mas esconde uma crítica aos novos tempos de intolerância e abertura para discursos de ódio disfarçados de política.

“Estamos vivendo num tempo diferente de outros. Sociedade do espetáculo, desencontros institucionais graves, negação das diferenças sexuais..” explica Dé Silveira. O grupo grava o clipe em diferentes locações em Porto Alegre e relatam que foi divertido e cansativo:

“Tínhamos que tentar fazer os mesmos movimentos ao longo de todos os takes. Considerando que tínhamos que fazer pelo menos 4 takes pra cada locação, esse acabou sendo o nosso clipe mais trabalhoso. Também fizemos uma cena com as calças abaixadas na beira do Guaíba e foi um tanto constrangedor pois havia um grande movimento de carros. Os caminhoneiros gostam de buzinar mais que os que dirigem automóveis. Não sei se a distância de casa é que justifica essa manifestação diante de 5 homens feios e pelados”, diverte-se Dé.

“ZeroaZero”, o clipe, foi produzido e fotografo pela dupla de amigos Fabio Alt e Leo Stein. A canção faz parte de uma série de singles que serão lançados pelo grupo no decorrer de 2018 e pode virar um disco.

Mais sobre o show

A banda porto-alegrense fará uma pequena turnê por São Paulo e interior da capital, tocando em Campinas (14/11), São José dos Campos (15/11) e na Trackers (17/11), dentro da festa XXXbórnia. Na mesma noite já estão confirmadas as bandas Mel Azul, goldenloki e Mabombe (PE). Confira o serviço abaixo:

Serviço

Evento: XXXbórnia na Trackers
Atrações: Mel Azul, Cartolas (RS), Mabombe (PE) e goldenloki
Sexta-feira, 17 de novembro, 22:30h
Local: Trackers (Rua Dom José de Barros, 337, metrô Anhagabaú)
Entrada: 100 primeiros vips, depois disso R$30 (na porta)
Pagamento entrada somente dinheiro, para drinks e bar aceita todos os cartões

 

Letra:

ZeroAZero
Segunda-feira é igual à terça-feira que é igual
Ao outro dia, a azia, o costume, o capital
De um lado a pose de um vampiro reaça 
Do outro a ira de um Barbudo gratidão
Mais um incêndio, um presidente, a desgraça
E ninguém sabe por que
Uh, e essa noite
Uh, uh
Uh, e essa noite
Uh, uh
Ah, ah, ah, ah e essa noite
Ah, ah, ah, ah e essa noite
E essa noite tá provisória de mais
Um riso fácil, o frio em março, a neve no verão
Amor em baixa, a dor em caixa alta, a confusão 
Quem sabe fica um pouco mais 
Fim de semana é zero a zero e sem graça
A vida é gasta de estaçao em estaçao
Engole a seco, e ganha um tiro na lata
E ninguém sabe por que
Uh, e essa noite
Uh, uh
Uh, e essa noite
Uh, uh
Ah, ah, ah, ah e essa noite
Ah, ah, ah, ah e essa noite
E essa noite tá provisória de mais
Composição:
C. Todt / Dé Silveira / Deluce / Pedro Petracco

 

 

Reveja também o clipe Preto e Branco, gravado em 2014 e já trazendo questões de gênero para debate.

Mais sobre o Cartolas

Já são 14 anos de carreira e quatro discos lançados na bagagem do Cartolas. A banda de Porto Alegre lançou seu último e quarto álbum em 2016, “Cartolas IV” e contabilizou turnês, que passaram por São Paulo, Rio de Janeiro, Buenos Aires, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Participando inclusive de dois importantes festivais, a SIM SP e o Morrostock. O próximo disco está previsto para 2018.

Redes Socias

Site Oficial: http://www.cartolas.com.br/

Facebook: https://www.facebook.com/CurtaCartolas

Instagram: https://www.instagram.com/curtacartolas/

Youtube: https://www.youtube.com/user/cartolas

O post ZeroaZero da banda Cartolas apareceu primeiro em Rede Sina.

]]>
https://redesina.com.br/zeroazero-da-banda-cartolas/feed/ 0