Arquivos música brasileira - Rede Sina https://redesina.com.br/tag/musica-brasileira/ Comunicação fora do padrão Wed, 21 Sep 2022 19:51:51 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.4.4 https://redesina.com.br/wp-content/uploads/2016/02/cropped-LOGO-SINA-V4-01-32x32.jpg Arquivos música brasileira - Rede Sina https://redesina.com.br/tag/musica-brasileira/ 32 32 Show de João Bosco no Recanto do Maestro | 24/09 – SÁB – 19h30 https://redesina.com.br/show-de-joao-bosco-no-recanto-do-maestro-24-09-sab-19h30/ https://redesina.com.br/show-de-joao-bosco-no-recanto-do-maestro-24-09-sab-19h30/#respond Wed, 21 Sep 2022 19:16:24 +0000 https://redesina.com.br/?p=19263 João Bosco celebra 50 anos de carreira com show no Palco Bell’Anima “Há 50 anos, um ‘tal de João Bosco’ era apresentado ao Brasil. Seu violão barroco, mineiro andaluz, encontrara o bardo do Rio profundo, de nome Aldir. E esse encontro mudaria a história da música brasileira.” – Francisco Bosco – Filósofo e filho de …

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João Bosco celebra 50 anos de carreira com show no Palco Bell’Anima

“Há 50 anos, um ‘tal de João Bosco’ era apresentado ao Brasil. Seu violão barroco, mineiro andaluz, encontrara o bardo do Rio profundo, de nome Aldir. E esse encontro mudaria a história da música brasileira.”
– Francisco Bosco – Filósofo e filho de João

No dia 24 de setembro (sábado), às 19h30, João Bosco sobe ao Palco Bell’Anima, localizado no Centro Internacional de Arte e Cultura Humanista Recanto Maestro, em São João do Polêsine, para comemorar 50 anos de carreira. Com seu quarteto, formado por Ricardo Silveira (guitarra) e os gaúchos Guto Wirtti (contrabaixo) e Kiko Freitas (bateria), Bosco cantará seus grandes sucessos, como: O bêbado e a equilibrista, Papel machê, Quando o amor acontece, Incompatibilidade de gênios, Memória da Pele, Kid cavaquinho, Desenho de giz, De frente pro crime, Corsário, Coisa feita, Jade, O mestre sala dos mares e Rancho da goiabada. 

Cinco décadas no posto de grande compositor e violonista

Mineiro de Ponte Nova, João Bosco tem pré-história musical vivida em Ouro Preto (MG), cidade onde, enquanto cursava a faculdade de Engenharia, teve o caminho cruzado com o de Vinicius de Moraes, de quem se tornou parceiro em músicas nunca lançadas em disco.

Em que pese a precoce parceria com o poeta e o fato de ter tocado na noite de Ouro Preto, o marco zero da trajetória musical de Bosco é, no entender do próprio artista, o lançamento do primeiro disco em 1972. Uma das revelações da música brasileira naquele ano de 1972, ele debutou no mercado fonográfico ao lado de Antonio Carlos Jobim, com quem dividiu o primeiro título da série Disco de bolso, iniciativa do jornal O Pasquim, semanário carioca de grande influência na cultura do Brasil na época. O Disco de bolso era um single duplo de vinil que vinha encartado no jornal e que, no lado A, apresentava gravação inédita, primeiro registro fonográfico de Águas de março, de Jobim, e no lado B lançava o novo artista. 

O single duplo O tom de Antonio Carlos Jobim e o tal de João Bosco apresentou o artista mineiro com gravação de Agnus sei, composição com Aldir Blanc, com quem firmaria uma das mais belas parcerias da MPB nos anos 70.

Nesses 50 anos de trajetória, poucos artistas podem se orgulhar de tantos sucessos e de tantos discos clássicos, um artista que une muita qualidade e grande sucesso popular.

SERVIÇO

João Bosco – 50 anos de carreira
Quando: 24 de setembro | Sábado
Horário: 19h30
Onde: Palco Bell’Anima (Rua Oniotan, s/nº – Recanto Maestro – São João do Polêsine)

Ingressos: R$ 200,00 (inteiro) e R$ 100,00 (meia-entrada)
Ingressos antecipados: https://www.guicheweb.com.br/joao-bosco-quarteto_18125

Ingressos na Loja Dullius (Estrada Recanto Maestro, 1889)

A bilheteria do Palco Bell’Anima abre somente no dia do show, a partir das 18h

 

Escute 45 sucessos do artista:

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CLIPE | Todxs Putxs (Ekena) https://redesina.com.br/clipe-todxs-putxs-ekena/ https://redesina.com.br/clipe-todxs-putxs-ekena/#respond Sat, 09 Apr 2022 09:53:47 +0000 https://redesina.com.br/?p=18120 Quem cê tá pensando que é Pra falar que eu sou louca Que a minha paciência anda pouca pra você Pára de vir me encher Quem cê ta pensando que é? Pra falar da minha roupa Do jeito que eu corto o meu cabelo Se olha no espelho Você não anda valendo o esfolado do …

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Quem cê tá pensando que é
Pra falar que eu sou louca
Que a minha paciência anda pouca pra você
Pára de vir me encher

Quem cê ta pensando que é?
Pra falar da minha roupa
Do jeito que eu corto o meu cabelo
Se olha no espelho
Você não anda valendo o esfolado do meu joelho esquerdo

Eu tenho pressa eu quero ir pra rua, quero ganhar a luta que eu travei
Eu quero andar pelo mundo à fora vestida de brilho e flor
Mulher a culpa que tu carrega não é tua
Divide o fardo comigo dessa vez
Que eu quero fazer poesia pelo corpo e afrontar as leis
Que o homem criou pra dizer

Quem cê ta pensado que é pra falar pra eu não usar batom vermelho?
Quem cê ta pensando que é pra maldizer até os amigos que eu tenho?
Vá procurar tua turma e o que fazer
Que de gente como você o
mundo anda cheio
Quem cê ta pensando que é? (x2)

Que se usa decote, é PUTA
E se a saia tá curta, é PUTA
Se dá no primeiro encontro, é PUTA
Se raspa o cabelo, é SAPA
E se deixa crescer os pêlos, é ZUADA
Se tem pau entre as pernas, é TRAVA
mas se bota salto alto é SANTA
Se usa 44, é GORDA
Se usa 38, é muito MAGRA
E se sai depois das 23h, vai voltar ARROMBADA
“Porque ela pediu né? Tava na cara
Olha a roupa que ela saiu de casa”
E todo o discurso MACHISTA continua
MENINA, VOCÊ DEVIA USAR UMA ROUPA MENOS CURTA.

_________________________________

TODXS PUTXS foi produzida por Ekena.
Gravada em Janeiro de 2017 no estúdio Rancho Rockfeller, São Carlos/SP.
Mixada por Gustavo Koshikumo.
Masterizada por Vitor Paranhos

FICHA TÉCNICA:

Ekena é:

Ekena Monteiro
Vinícius Lima
Gabriel Planas

Músicos:

Rodrigo Bottari
Álvaro Malheiros
Israel Reinaldo
Luiz Octavio Rocha
William de Paula

Participações:

Ana Moraes, Daniele Adorna, Mayra Aveliz e Jorge Rufino

Produção: Ekena
Produção Executiva: Espiral
Direção de Cena e Fotografia, Captação e Edição: Ana Moraes
Direção de Arte: Daniele Adorna
Iluminação: Doy Timbres e Cores (Victor Hugo Avelino, Anderson Alexandre Neves, Antonio Claudio Junior e Julio Doy)
Maquiagem: Mirela Capobianco
Making of (Fotografia): Maria Emilia Dinat
Assistente de Produção: Gustavo Palma, Vinícius Lima e Álvaro Malheiros

Elenco:

Amine Nassif Magalhães Serretti
Amélia Carolina Alves da Cunha
Ana Eliza Turci
Ana Lúcia Rocha
Ana Beatriz Carneiro
Ana Kaori Dias Inoue
Ana Opilião
Anderson Neves
Andrea Dell Piagge Piva
Aura Fernandes Rosa
Bárbara Caetano
Bruna Capelletti de Moraes
Camila Fernanda Ferreira da Silva
Carla Regina Silva
Daniele Adorna
Dandara P. Sousa
Du Massari
Ekena Monteiro
Gislaine Helena Ribeiro da Motta
Indioepê Omin da Conceição Oliveira
Jane Fátima Ribeiro da Motta
Jaqueline Brotto Costa
Jessica da Silva
João Luiz Ambrósio
Julia Brotto de Almeida
Juliana Fernandes
Julião Henrique Caramuru
Leticia Ambrósio
Leticia Rodrigues Santos
Lilian Reina Peres
Luiza Motta
Luciana Az
Maria Emília Dinat
Maria Julia Cunha
Malu Fanti
Mariana Furlan Valentim
Marina Da Silva
Mirela Capobianco
Miguel Brotto
Pamela Dias Ambrósio
Rafael Luiz
Rafael Zanon
Renata Mazzini
Vanessa Lautenschlager
Verônica Tatiana da Lima
Vita Pereira
Victor Hugo Avelino
William de Paula

Apoio:

Acústico e Valvulados
Kibelanche
Doy Timbres e Cores

TODXS PUTXS é o single do disco ‘Nó’, primeiro disco de Ekena e banda.

FB: http://www.facebook.com/ekenaoficial Instagram: @ekenaoficial Twitter: @ekenaoficial

Leia também:

https://www.itaucultural.org.br/ekena-meu-maior-no-desatado-foi-me-aceitar-e-me-amar

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A MULHER DO FIM DO MUNDO DISSE ‘NÃO!’ https://redesina.com.br/a-mulher-do-fim-do-mundo-disse-nao/ https://redesina.com.br/a-mulher-do-fim-do-mundo-disse-nao/#respond Fri, 28 Jan 2022 01:07:37 +0000 https://redesina.com.br/?p=17430 POR MELINA GUTERRES / MEL INQUIETA Publicado originalmente em REVISTA ISTOÉ em 27/01/2022   Recentemente vimos uma série de abordagens românticas sobre o fato de Elza Soares ter falecido no mesmo dia (20 de janeiro) que seu ex-marido, o ex-jogador de futebol Mané Garrincha, exatamente 39 anos depois. “Ela foi encontrar seu grande amor”, muitos dizem, mas …

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POR MELINA GUTERRES / MEL INQUIETA

Publicado originalmente em REVISTA ISTOÉ em 27/01/2022

 

Recentemente vimos uma série de abordagens românticas sobre o fato de Elza Soares ter falecido no mesmo dia (20 de janeiro) que seu ex-marido, o ex-jogador de futebol Mané Garrincha, exatamente 39 anos depois.

“Ela foi encontrar seu grande amor”, muitos dizem, mas por que Elza Soares não pode viver um grande e saudável amor em vida? Aliás, por que tantas mulheres como ela, precisam escolher entre amar e sobreviver?

Por que a Elza vinda do Planeta Fome, a voz que calou a plateia que ria da pobreza no programa de rádio de Ari Barroso, que cantou para não perder mais filho por conta da desnutrição, que foi obrigada a casar com 12 anos, por que essa mulher, neta de escravos, que lidou com tantas perdas, ainda teve que lidar com a violência doméstica?

Garrincha, seu grande amor, seu grande agressor, faleceu de cirrose hepática pouco tempo após a separação do casal, depois de 16 anos juntos. Eles, no auge de suas carreiras, tiveram que sair do Brasil com os filhos após terem a casa metralhada no período da ditadura militar. No exterior, Garrincha não tinha o mesmo prestígio e oportunidades para jogar. Generosa e sensível, com uma carreira em ascensão, ela tentou cuidar e ser compreensiva com ex-marido que estava em declínio e não conseguia sair do alcoolismo.

Elza era criticada e até mesmo chamada de bruxa ciumenta por parte dos amigos de Garrincha. Nem ela, nem Garrincha tiveram um Estado que os amparasse. Tiveram  sim, um Estado que tentou assassiná-los. Ela nunca perdoou a ditadura pelo que fizeram com suas vidas. Em 2014, em seu artigo “A Copa que não comemorei”, conta sobre a frustração de Garrincha não ter jogado a Copa de 70. “Passados 50 anos do golpe, ninguém jamais tomou nenhuma atitude sobre o que nos aconteceu naquele 1970, e eu continuo brigando pelo Mané, até hoje. Quando eu canto “Meu Guri”, canto com muita força, e essa é uma maneira que eu tenho de cantar uma música do Chico, mas homenageando o Mané. Eles são os dois guris de “my life”.”Inclusive, a última publicação do canal de Youtube de Elza antes do seu falecimento é um vídeo dela com Agnes Nunes cantando a canção.

A ditadura não justifica a violência cometida por ele contra Elza. Se assim fosse, todos os exilados e vítimas de torturas atentariam contra suas companheiras.

Elza, além de enfrentar a ditadura, poderia ter sido mais uma vítima fatal de violência doméstica. É preciso lembrar, mais do que o amor entre os dois famosos, que Elza sobreviveu ao conturbado relacionamento cheio de traições e violência porque há exatos 39 anos, apesar de amar muito, ela disse: Não! Recordar e reforçar que foi justamente a separação que a fez viver até os 91 anos.

As marcas da violência de Garrincha contra Elza estão registradas em entrevistas, em documentários e mesmo na arte de Elza, que nos seus últimos álbuns fez da arte um grande serviço à população.

O álbum “A Mulher do Fim do Mundo”, seu primeiro disco só com canções inéditas, lançado em 2015, traz diversas canções sobre o universo das mulheres, entre estas a canção “Maria da Vila Matilde”, composição de Douglas Germano, e que reflete o retrato do problema da violência doméstica contra as mulheres no Brasil.

A canção que tem como refrão principal  “Cê vai se arrepender de levantar a mão prá  mim”, também possui um toque pessoal de Elza

“Mão, cheia de dedo
Dedo, cheio de unha suja
E prá cima de mim? Prá cima de moi? Jamais, Mané!

E nestas quase quatro décadas, o que evoluiu para mudar situações como esta? Por que os índices de violência contra mulher ainda são tão grandes a ponto de o Brasil ser considerado o quinto país no mundo onde mais se mata mulheres? Por que o país segue cheio de Garrinchas? Por que a violência segue banalizada e até mesmo romantizada? Que sociedade é essa que ensina as mulheres a tolerarem tanto? Que desconhece e ainda demoniza o feminismo?

Felizmente, ainda que timidamente, vemos por parte da justiça e de alguns grupos, a reeducação dos homens agressores e de outros que buscam debates por uma masculinidade mais saudável. O documentário “Silêncio dos Homens”, traz importantes relatos sobre estas questões.

Há muitas cobranças e julgamentos também às mulheres que permanecem em situação de violência. Condená-las não é solução. É preciso um Estado e um amparo social para tratar o casal e toda uma família que vive em situação de violência.

A promotora Gabriela Manssur, em entrevista/live a Istoé, relata que as vítimas começaram a pedir para ela conversar com seus maridos agressores. O apelo das mulheres fez com que a promotora criasse um projeto de atendimento a eles, o que posteriormente virou lei. Os números de reincidentes diminuíram mais do que a prisão. Uma prova que reeducar é possível.

Hoje, é necessário discutir políticas públicas que tratem não apenas a violência, mas também a consciência do machismo estrutural e suas sequelas, seja em instituições públicas, privadas, campanhas publicitárias, novelas, filmes, fóruns, salas de aula e desmistificar a ideia errônea do feminismo.  Talvez, ir além, institucionalizar o feminismo, tornando-o disciplina obrigatória em escolas e até mesmo em concursos públicos.

A reeducação precisa ser coletiva, social. Não basta combater a violência, é preciso ensinar a viver de forma igualitária.

Quem sabe assim, no futuro, com uma sociedade mais consciente, um Estado preparado para dar amparo, Elzas e Garrinchas possam viver relação mais saudável, menos tóxica, juntos até o final.

Enquanto isso, vale reforçar que o 180 é um serviço de utilidade pública essencial para o enfrentamento à violência contra a mulher. Além de receber denúncias de violações contra as mulheres, a central encaminha o conteúdo dos relatos aos órgãos competentes e monitora o andamento dos processos.

Em caso de violência, denuncie! E se você é um vizinho, amigo, estranho que esteja presenciando uma situação de violência, meta a colher, denuncie!

Assista Elza cantando “Maria da Vila Matilde”

Escute o álbum “A mulher do Fim do Mundo”

https://www.youtube.com/playlist?list=OLAK5uy_ljuTdv2L0hDvvE28v5LPbwI80H9LlbiH0

 

 

 

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NOVO CLIPE DO CAETANO VELOSO: ANJOS TRONCHOS https://redesina.com.br/novo-clipe-do-caetano-veloso-anjos-tronchos/ https://redesina.com.br/novo-clipe-do-caetano-veloso-anjos-tronchos/#respond Mon, 20 Sep 2021 20:39:39 +0000 https://redesina.com.br/?p=16080 Aos 79 anos Caetano Veloso lança música crítica onde onde aborda sobre globalização, tecnologia e algoritmos. Também cita Billie Eilish e alfineta Bolsonaro (sem citá-lo nominalmente). Em suas redes sociais, o cantor falou sobre a música: “Anjos Tronchos é uma canção que terminou ficando extremamente densa. Vivemos hoje mergulhados num mar de algoritmos, possibilidades diversas …

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Aos 79 anos Caetano Veloso lança música crítica onde onde aborda sobre globalização, tecnologia e algoritmos. Também cita Billie Eilish e alfineta Bolsonaro (sem citá-lo nominalmente).

Em suas redes sociais, o cantor falou sobre a música: “Anjos Tronchos é uma canção que terminou ficando extremamente densa. Vivemos hoje mergulhados num mar de algoritmos, possibilidades diversas redes sociais e aparatos tecnológicos que avançam muito depressa. Eu não tenho tanto domínio sobre o assunto, mas acredito que canções são capazes de obter reflexões na mente de quem as ouve”.

Anjos Tronchos, o primeiro single de seu novo álbum, intitulado Meu Coco, previsto para outubro. O novo disco, com algumas faixas compostas durante a quarentena, sairá quase dez anos após o último de inéditas, Abraçaço.

 

Confira a letra:

ANJOS TRONCHOS

Uns anjos tronchos do Vale do Silício
Desses que vivem no escuro em plena luz
Disseram: vai ser virtuoso no vício
Das telas dos azuis mais do que azuis

Agora a minha história é um denso algoritmo
Que vende venda a vendedores reais
Neurônios meus ganharam novo outro ritmo
E mais e mais e mais e mais e mais

Primavera Árabe – e logo o horror
Querer que o mundo acabe-se
Sombras do amor

Palhaços líderes brotaram macabros
No império e nos seus vastos quintais
Ao que revêm impérios já milenares
Munidos de controles totais

Anjos já mi ou bi ou trilionários
Comandam só seus mi, bi, trilhões
E nós, quando não somos otários
Ouvimos Shoenberg, Webern, Cage, canções…

Ah, morena bela Estás aqui
Sem pele, tela a tela
Estamos aí

Um post vil poderá matar
Que é que pode ser salvação?
Que nuvem, se nem espaço há
Nem tempo, nem sim nem não
Sim: nem não

Mas há poemas como jamais
Ou como algum poeta sonhou
Nos tempos em que havia tempos atrás
E eu vou, por que não?
Eu vou, por que não? Eu vou

Uns anjos tronchos do Vale do Silício
Tocaram fundo o minimíssimo grão
E enquanto nós nos perguntamos do início
Miss Eilish faz tudo o quarto com o irmão

 

Ficha Técnica:

Direção: Fernando Young e Del
Direção de Fotografia: Fernando Young
Edição: Henrique Alqualo
Produção: Diego China
Assistente de produção: Joana Rodrigues
Diretor de Arte: Magno Alvez
Figurino: Felipe Veloso
Projeto Gráfico: Cubiculo
Composição de Imagens: Claudio Peralta
Correção de Cor: Bleach Colorgrading

Primeiro assistente de câmera: Felipe Ovelha
Segundo assistente de câmera: Carlos Nascimento – Carlinhos
Terceiro assistente de câmera: Elber Xavier
Aderecista: Alex Grilli
Gaffer: Marcilio do Nascimento
Maquinista: Flavio Bala
Assistente de Maquinaria: Eduardo Martins Santana
Contra Regra: Alex Sandro
Assistente de Contra Regra: Jeffe Jandre
Assistente de Elétrica: Jorge Sena
Assistente de Elétrica: Marcel Farias
Pintor: Alexandre Faustino
Assistente de Set: André Ferreira

Estúdio: Polo Rio Cine & Vídeo
Brigadista: Chacal17 (Bruno Ilo)
Sanitização: Chacal17 (Egnaldo Nunes)
Exames de Covid: LabCare Medicina Diagnóstica
Catering: Noz Moscada
Camareira: Naiana Silveira
Caminhão de Arte: Guimba Transportes
Carro de Arte: Marcos José e Beto Batata
Carro de Câmera: Fausto Junior
Equipamentos de Câmera: Araguaia Filmes

Direção de Produção: Paula Lavigne
Produção Executiva: Brisa Torres
Comunicação: Danilo Rodrigues Dutra

Ficha Técnica da Música:

Voz: Caetano Veloso
Produção musical: Caetano Veloso e Lucas Nunes
Guitarra: Pedro Sá
Baixo: Pedro Sá
Sintetizador: Lucas Nunes
Zabumba: Pretinho Da Serrinha
Triangulo: Pretinho Da Serrinha

Técnico de Gravação: Lucas Nunes
Mixagem: Daniel Carvalho e Lucas Nunes
Masterização: Alexandre Rabaço

UMA REALIZAÇÃO UNS PRODUÇÕES
PRODUZIDO POR PAULA LAVIGNE

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Twitter: https://twitter.com/caetanoveloso

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Álbum “Um Mundo em Nós” nas plataformas digitais https://redesina.com.br/album-um-mundo-em-nos-nas-plataformas-digitais/ https://redesina.com.br/album-um-mundo-em-nos-nas-plataformas-digitais/#respond Tue, 14 Sep 2021 00:28:15 +0000 https://redesina.com.br/?p=15999 O álbum Um Mundo em Nós, com lançamento em 14 de setembro de 2021,  começou a ser gerado há dois anos por iniciativa dos músicos produtores Augusto Teixeira e Leo Costa, que vislumbraram um mote único para unir diferentes gerações de compositores, intérpretes e musicistas: a obra poético-musical do compositor/letrista Léo Nogueira. Ambos já haviam …

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O álbum Um Mundo em Nós, com lançamento em 14 de setembro de 2021,  começou a ser gerado há dois anos por iniciativa dos músicos produtores Augusto Teixeira e Leo Costa, que vislumbraram um mote único para unir diferentes gerações de compositores, intérpretes e musicistas: a obra poético-musical do compositor/letrista Léo Nogueira. Ambos já haviam trabalhado juntos no primeiro álbum de Augusto intitulado Estação Felicidade, que contava também com algumas parcerias deste com o letrista e foi eleito entre os melhores álbuns de 2018 pelo site Embrulhador, além de ter tido uma boa circulação de shows de lançamento por várias cidades, principalmente no interior paulista.

Dono de extensa obra e parceiro de muitos compositores — alguns bem conhecidos, como Zeca Baleiro e Vicente Barreto — o letrista Léo Nogueira ainda não possuía um álbum que fosse dedicado exclusivamente a suas composições.

Augusto Teixeira, Leo Costa e Léo Nogueira chegaram à seleção das treze faixas do álbum dentre as mais de duas mil músicas do autor, de uma maneira que o trabalho unisse camadas poético-musicais que abrangessem a pluralidade da música brasileira.

E o resultado é um disco que reúne diferentes estéticas musicais realçadas por letras reflexivas — e algumas vezes irônicas — que se mesclam a estilos rítmicos variados como samba, bossa nova, baião, choro, pop moderno e balada. 

Léo Nogueira é um cearense do mundo, parceiro de uma gama de autores de vários idiomas e nacionalidades. Como foram escolhidas apenas canções em português, o disco buscou abranger também nos vocais essa riqueza de sotaques, com convidados de Norte a Sul do país, formando uma colcha de retalhos sonora das mais ricas.

O álbum abre com a faixa Anjo Avulso, que tem uma pegada pop e letra ácida e um tanto quixotesca, tem as participações da paraibana Camilla Farias e do paulistano Sander Mecca. Em seguida vem Cantar Você, a balada romântica do disco, que tem as participações de Renata Pizi e Chico Salem. Bem me Quer é uma bela representante da MPB sofisticada e de rica harmonia que tem a interpretação da catarinense Carla Casarim.

Inspirada em fatos reais e contando uma saga sertaneja vivida pelos avós de Léo Nogueira, Oito Franciscos tem as participações de Lilian Estela e do alagoano Ibys Maceioh. A canção Né? é um chistoso choro que trata sobre a falta do que dizer de certas relações e tem as participações de Rafael Alterio (o Garga) e da paraense Clarice Sena. O Samba do Amor Eterno trata sobre as inconstâncias — e a eternidade — do amor e tem a participação de Virgínia Rosa

A Balada do Amor Clichê é um soneto que ridiculariza alguns tipos de  amores; nela, participam a carioca Clarisse Grova e o paulista Juca Novaes. Já No Mundo da Lua fala de um amor quando não está — ou de sua ausência — e tem a participação de Mau Sant’Anna. Os Porquês é um tratado sobre a solidão; participa na faixa, Kleber Albuquerque.

Hiroshima teve sua letra composta num avião, quando da primeira viagem de Léo ao Japão (onde mora atualmente), daí as várias referências nipônicas; nessa faixa, coube a Augusto Teixeira o único solo vocal do disco. Toró, que trata da sensação de deslocamento de um nordestino nas grandes capitais, é mais um tratado sobre a solidão, ou o desamor — como prefiram —, tema recorrente na obra do letrista; na canção, participam a carioca Ilessi e o mineiro-cearense Érico Baymma. Sem-Fim trata sobre a finitude da vida humana e a inadequação a ela com participação do maranhense Zeca Baleiro.

O disco fecha com a bossa solar e um tanto surreal Um Mundo em Nós, a faixa-título, feita em coautoria com o saudoso Marito Corrêa. É uma canção ingenuamente esperançosa, como, aliás, é a arte, e tem as participações de quase todos os supracitados participantes.

A voz de Augusto Teixeira e o violão de Leo Costa são a base dos arranjos juntamente com convidados musicistas: a flautista Maiara Moraes; o pianista Pedro Assad; no violão sete cordas, Alexandre Cueva; no contrabaixo, Beatriz Lima e Gustavo Sato; na sanfona e no rhodes, Lucas Coimbra; no cavaquinho, Marcel Martins; o tcheco Martin Pridal na guitarra; e, na percuteria, Roberta Kelly, Vitor Coimbra, Alfredo Castro (o Alfredão) e o  paraibano Guegué Medeiros. Além do coro de Marina Santana e Álvaro Cueva.

A maior parte do disco foi captada no Estúdio Arsis, por Adonias Souza Jr., referência na área e que teve importância vital no processo embrionário do projeto. Isso contribuiu para que houvesse organicidade para abarcar canções que vão do pop à bossa. Esses aspectos combinados reforçam as dinâmicas e texturas dos arranjos, criando contrapontos estilísticos que valorizam ainda mais as canções. 

Com o advento da pandemia, alterou-se o curso originalmente planejado para o trabalho, mas, graças à tecnologia, muitos artistas puderam participar de suas próprias residências a partir de estúdios caseiros. 

A arte da capa é assinada por Elifas Andreato, autor de muitas das capas históricas de discos brasileiros e também da do primeiro disco de Augusto Teixeira.

Links: https://linktr.ee/UmMundoEmNos 

Plataformas digitais Augusto Teixeira

 

 

Release UM MUNDO EM NÓS

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“Cabo Polônio | Sessão na Pedra Redonda” , primeiro single de Artesã, álbum instrumental de estreia de Gustavo Kraemer https://redesina.com.br/cabo-polonio-sessao-na-pedra-redonda-primeiro-single-de-artesa-album-instrumental-de-estreia-de-gustavo-kraemer/ https://redesina.com.br/cabo-polonio-sessao-na-pedra-redonda-primeiro-single-de-artesa-album-instrumental-de-estreia-de-gustavo-kraemer/#respond Thu, 09 Sep 2021 18:48:19 +0000 https://redesina.com.br/?p=15964 Está no ar a música “Cabo Polônio | Sessão na Pedra Redonda”, disponível em todas as plataformas digitais a partir de hoje, 09/09. Cabo Polônio é o primeiro single do disco Artesã, álbum instrumental de estreia do artista Gustavo Kraemer. Gustavo Kraemer é compositor e educador musical, pós-graduando em Música Popular Brasileira pelo Conservatório Brasileiro …

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Está no ar a música “Cabo Polônio | Sessão na Pedra Redonda”, disponível em todas as plataformas digitais a partir de hoje, 09/09. Cabo Polônio é o primeiro single do disco Artesã, álbum instrumental de estreia do artista Gustavo Kraemer.

Gustavo Kraemer é compositor e educador musical, pós-graduando em Música Popular Brasileira pelo Conservatório Brasileiro de Música/RJ e pianista da Big Band profissional do Conservatório de Tatuí. Atua como produtor cultural e professor na Casa de Cultura Instituto Casa Nobre, na Guarda do Embaú/SC, onde leciona piano, violão, guitarra, harmonia e canto Coral.

Artesã tem como ponto de partida a reflexão sobre a transformação que a arte é capaz de realizar nas pessoas que se entregam ao seu estudo e criação. E assim, atendendo pessoas de diversas idades e origens – principalmente durante a pandemia – eu via enquanto educador o quanto a música, nesse caso, poderia nos ensinar sobre o combate à ansiedade, ao imediatismo e ao utilitarismo que utilizamos como ferramentas de defesa diante da vida”, relata Gustavo.

Como abre-alas do disco, a faixa conta com a participação do talentoso músico Diego Garbin, que foi professor de Gustavo no Conservatório de Tatuí, onde ele leciona sobre improvisação, harmonia, ritmos brasileiros e é coordenador da Big Band profissional da instituição. Diego é tratado como um dos grandes nomes do trompete brasileiro, tendo acompanhado artistas como Toninho Horta e Hermeto Pascoal, com quem ganhou o Grammy Latino pelo disco “Hermeto Pascoal e Big Band – Natureza Universal”, de 2017. 

O lançamento desse álbum, dividido em 5 faixas de piano trio (baixo acústico, bateria e piano) e 5 faixas de violão (solo ou acompanhado por flugelhorn, tabla, flauta transversal) consolida a entrada do jovem compositor como parceiro da International Brazilian Opera Company (IBOC), do compositor João Macdowell, brasiliense radicado em Nova York. 

Confira aqui o lançamento do single Cabo Polônio e fiquem ligados nos próximos lançamentos do disco Artesã, em breve, em todas as plataformas digitais. 

Gustavo no instagram: @gustavokraemer_

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“RODA VIVA”, na versão da banda “Francisco, el hombre” https://redesina.com.br/historia-da-musica-roda-viva/ https://redesina.com.br/historia-da-musica-roda-viva/#respond Wed, 23 Jun 2021 07:46:05 +0000 https://redesina.com.br/?p=14955 A banda Francisco, el hombre, regravou a música “Roda Viva” de Chico Buarque. uma versão para a trilha sonora do documentário “A Fantástica Fábrica de Golpes” que trata da ruptura da democracia brasileira a partir do golpe que resultou no impeachment de Dilma Rousseff, em agosto de 2016. A releitura de “Roda Viva” também cita outra …

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A banda Francisco, el hombre, regravou a música “Roda Viva” de Chico Buarque. uma versão para a trilha sonora do documentário “A Fantástica Fábrica de Golpes” que trata da ruptura da democracia brasileira a partir do golpe que resultou no impeachment de Dilma Rousseff, em agosto de 2016.

A releitura de “Roda Viva” também cita outra obra de Chico, “Apesar de Você”. Ambas, sinônimos de resistência à ditadura. O vídeo foi dirigido por Gabi Jacob e a faixa traz inspirações sonoras latino-americanas. 

Mateo Piracés-Ugarte , que faz voz e violão na banda, explica um pouco mais sobre a faixa.

‘Roda Viva’ é uma música cíclica, que vai acontecendo de novo e de novo, sempre levemente diferente, porém em ciclos. Acho que essa característica tem uma analogia forte com as fases da história. O contexto em que essa música surgiu, após o golpe militar de 64, traz muitas semelhanças com o período que vivemos atualmente, com crises políticas, questionamento sobre os direitos básicos humanos, manipulação midiática… Tudo isso parece se repetir na história, que é cíclica como a canção”, diz o artista.

Na banda também estão Juliana Strassacapa (voz e percussão), Sebastián Piracés-Ugarte (voz e bateria), Andrei Martinez Kozyreff (guitarra). Eles criaram composições como BolsoNada e Triste, Louca ou má.

Confira a letra da nova versão:
RODA VIVA

Tem días que a gente se sente
Como quem partiu ou morreu
A gente estancou de repente
Ou foi o mundo então que cresceu
A gente quer ter voz ativa
No nosso destino mandar
Más eis que chega a roda-viva
E carrega o destino pra lá

A gente vai contra a corrente
Até não poder resistir
Na volta do barco é que sente
O quanto deixou de cumprir
Faz tempo que a gente cultiva
A mais linda roseira que há
Más eis que chega a roda-viva
E carrega a roseira pra lá

Roda mundo, roda-gigante
Rodamoinho, roda pião
O tempo rodou num instante
Nas voltas do meu coração

A roda girará, outro día vai nascer
Apesar de você, apesar de você

O samba, a viola, a roseira
Um día a fogueira queimou
Foi tudo ilusão passageira
Que a brisa primeira levou
No peito a saudade cativa
Faz força pro tempo parar
Más eis que chega a roda-viva
E carrega a saudade pra lá

Roda mundo, roda-gigante
Rodamoinho, roda pião
O tempo rodou num instante
Nas voltas do meu coração

A roda da saia, a garota
Não quer mais rodar, não senhor
Não posso fazer serenata
A roda de samba acabou
A gente toma a iniciativa
Viola na rua, a cantar
Más eis que chega a roda-viva
E carrega a viola pra lá

Roda mundo, roda-gigante
Rodamoinho, roda pião
O tempo rodou num instante
Nas voltas do meu coração

Roda mundo, roda-gigante
Rodamoinho, roda pião
O tempo rodou num instante
Nas voltas do meu coração

A roda girará, outro día vai nascer
Apesar de você, apesar de você

HISTÓRIA DA MÚSICA “RODA VIVA” 

Diferente do que muitos imaginam, apesar da música Roda Viva de ter sido escrita durante a ditadura por Chico Buarque de Hollanda em 1967, ela foi pensada para uma peça de teatro de mesmo nome que não tinha a ver com política, mas com a trajetória de um cantor cansado da fama e showbusiness da televisão. A música conquistou o terceiro lugar no III Festival de Música Popular Brasileira, ocorrido entre setembro e outubro do ano de 1967.

No entanto, em julho de 1968, após Ato Institucional nº 5 AI-5, que tornou o regime militar mais rígido e violento, o Comando de Caça aos Comunistas (CCC) invadiu um teatro onde acontecia a encenação da peça, depredaram o cenário e agrediram os atores.

A peça era dirigida por Zé Celso. Chico Buarque acredita que o CCC possa ter se confundido pois no mesmo dia ocorria a encenação de uma peça política em outro espaço. Mais informações sobre a música em: Roda Viva 50 anos

HISTÓRIA DA MÚSICA “APESAR DE VOCÊ”

Já a canção Apesar de Você nasce após Chico retornar ao Brasil depois de um ano de auto exílio na Itália. O país vivia intenso regime de repressão, no governo do presidente Médici, e foi nesse contexto que Chico compôs. A primeira vista era só mais um samba de Chico, que logo fez sucesso. Mas, na verdade, o compositor satirizava o regime, ao declarar que aqueles que instituíram este estado iriam pagar dobrado. A canção composta em 1970 inicialmente não foi reconhecida como subversiva e ficou muito popular na época.

Tanto que em fevereiro de 1971, o jornalista Sebastião Nery, do Tribuna da Imprensa, publicou uma nota em sua coluna dizendo que seu filho e os colegas dele cantavam “Apesar de Você” como se estivessem cantando o Hino Nacional.

Nery acabou sendo chamado para depor, a canção censurada e Chico quando indagado pelos oficiais do governo sobre quem era o “você” da letra da canção, respondeu: “É uma mulher muito mandona, muito autoritária”.

Desde então a relação com os censores foi uma perseguição. Sua canções eram censuradas. Chico até publicou com outros nomes, mas quando descobriam a farsa, censuravam.

Somente em 1978, a canção foi liberada para compor um álbum do cantor.

APESAR DE VOCÊ

Hoje você é quem manda
Falou, tá falado
Não tem discussão
A minha gente hoje anda
Falando de lado
E olhando pro chão, viu
Você que inventou esse estado
E inventou de inventar
Toda a escuridão
Você que inventou o pecado
Esqueceu-se de inventar
O perdão

Apesar de você
Amanhã há de ser
Outro dia
Eu pergunto a você
Onde vai se esconder
Da enorme euforia
Como vai proibir
Quando o galo insistir
Em cantar
Água nova brotando
E a gente se amando
Sem parar

Quando chegar o momento
Esse meu sofrimento
Vou cobrar com juros, juro
Todo esse amor reprimido
Esse grito contido
Este samba no escuro
Você que inventou a tristeza
Ora, tenha a fineza
De desinventar
Você vai pagar e é dobrado
Cada lágrima rolada
Nesse meu penar

Apesar de você
Amanhã há de ser
Outro dia
Inda pago pra ver
O jardim florescer
Qual você não queria
Você vai se amargar
Vendo o dia raiar
Sem lhe pedir licença
E eu vou morrer de rir
Que esse dia há de vir
Antes do que você pensa

Apesar de você
Amanhã há de ser
Outro dia
Você vai ter que ver
A manhã renascer
E esbanjar poesia
Como vai se explicar
Vendo o céu clarear
De repente, impunemente
Como vai abafar
Nosso coro a cantar
Na sua frente

Apesar de você
Amanhã há de ser
Outro dia
Você vai se dar mal
Etc. e tal
La, laiá, la laiá, la laiá

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Perdeu a live do Caetano Veloso? Assista aqui! https://redesina.com.br/perdeu-a-live-do-caetano-veloso-assista-aqui/ https://redesina.com.br/perdeu-a-live-do-caetano-veloso-assista-aqui/#respond Sun, 20 Dec 2020 05:52:52 +0000 https://redesina.com.br/?p=12622 A live do Caetano Veloso que aconteceu no dia 19 de dezembro já ultrapassou mais de 1 milhão de visualizações. Você assistiu? Quer rever? Ainda não viu? Aqui acima está a live inteira para você! Saiba mais sobre o artista em: http://www.caetanoveloso.com.br/

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A live do Caetano Veloso que aconteceu no dia 19 de dezembro já ultrapassou mais de 1 milhão de visualizações. Você assistiu? Quer rever? Ainda não viu? Aqui acima está a live inteira para você!

Saiba mais sobre o artista em: http://www.caetanoveloso.com.br/

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Mamãe Preta – Canção de Evelíny Pedroso https://redesina.com.br/mamae-preta-cancao-de-eveliny-pedroso/ https://redesina.com.br/mamae-preta-cancao-de-eveliny-pedroso/#respond Wed, 29 Jul 2020 05:14:30 +0000 https://redesina.com.br/?p=9937 Letra: Mamãe Preta Pra nascer Pra sentir Todo bicho homem passa por aqui Pra descer Pra sair Lá do ventre busca força pra sorrir Agora lute como uma semente A do coqueiro dança a água e traz o coco Viaja longe doutro continente A cravar raiz na terra atravessa oceano Agora lute como mamãe preta …

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Letra:

Mamãe Preta

Pra nascer
Pra sentir
Todo bicho homem passa por aqui
Pra descer
Pra sair
Lá do ventre busca força pra sorrir

Agora lute como uma semente
A do coqueiro dança a água e traz o coco
Viaja longe doutro continente
A cravar raiz na terra atravessa oceano

Agora lute como mamãe preta
Tire caroço do corpo vagabundo
Força do osso lá da bisavó
E com coragem de criança reinventa o mundo

 

Canção:(Evelíny Pedroso)
Violão: Ricardo Borges
Áudio: Estúdio Caixa de Sons
Vídeo: Erick Corrêa

 

No dia 10/08, às 19h, o programa EM PAUTA, apresentado pela Mel Inquieta vai bater um papo ao vivo com a Evelíny Pedroso, mas nós já andamos trocando uma ideia com ela sobre como nasceu essa composição.

REDE SINA – Como nasceu a música Mamãe Preta?

Evelíny Pedroso – A música nasceu naturalmente assim como nasceu meus dois filhos, os dois de parto natural sem cortes, sem hormônio artificial e com respeito ao tempo de amadurecimento de cada um pra vir a luz. O meu processo de composição musical não acontece no papel, a minha música se constrói toda primeiramente na cabeça, pensamento e emoção abraçados normalmente em momentos pós acordar de sono profundo ou durante o banho. Após eu já ter memorizado quase toda a música e melodia que se constroem ao mesmo tempo dentro de mim, é que eu me permito a abrir o canal pra decodificar a mensagem no papel. Sobre o tema da canção, sempre vem algo que foi vivenciado ou que se quer viver, como o respeito a matriz geradora da onde nasce todos os homens e mulheres convidando ambos para dissipar o machista homem e a machista mulher que sabotam a própria liberdade e a dos outros, pois onde não habita a liberdade, não há felicidade. E o nome Mamãe Preta é para que os brancos se recordem que muito das suas oportunidades e confortos foram conquistados em cima das costas do trabalho da mãe negra e que os privilegiados não devem chorar de barriga cheia. A luta frente a desigualdade racial será forte quando os brancos lutarem com amor verdadeiro frente ao racismo estrutural dando frutos em ações práticas antirracistas que profundamente redistribua as oportunidades entre todos com verdadeiro equilíbrio, pois existe uma dívida.

Saiba mais sobre a artista:

Evelíny Pedroso é cantora, compositora, mãe, professora e mulher negra que neste ano completa 10 anos de carreira. Sua formação em Artes Visuais-Licenciatura Plena na UFSM (2010) reverberou integrando a Banda Geringonça como vocalista e percussionista, misturando performances musicais com visualidade, gestando junto ao talentoso grupo uma trajetória de participações em grandes palcos dos festivais brasileiros como: Psicodália, Morrostock, Morrodália, Pira Rural e o Webfestvalda no Circo Voador RJ. Em 2015 a compositora foi classificada dentre as 20 canções finalistas no 28º Festival Nacional do GAMA- Brasília com a Música Cinco Minutinhos, com a qual também recebeu em 2018 uma premiação no 53º FEMUP, na categoria Música Nacional- PR. Assinou como musicista do grupo Geringonça gravando o primeiro EP do grupo no Midas Studio-SP e em Santa Maria, o EP Bico- Pharmacê e o EP Vexame-Phósforo, além do Single Baile de 2053. Em 2019 gravou música Semear para a 1ª Coletânea do coletivo EntreAutores e atualmente está em fase de gravação do seu 1º disco solo, do qual divulgou um gostinho ao público com a música Mamãe Preta.

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NÃO RECOMENDADO – Caio Prado https://redesina.com.br/nao-recomendado-caio-prado/ https://redesina.com.br/nao-recomendado-caio-prado/#respond Thu, 28 Nov 2019 08:26:21 +0000 https://redesina.com.br/?p=8225 Caio Prado lançou seu primeiro disco, “Variável Eloquente” em 2015, e recebeu muitos elogios da crítica especializada. Paralelamente aos shows que fazia, começou a rodar o Brasil com seu outro projeto, o trio queer “Não Recomendados”, onde recebeu diversos convidados nas apresentações como Ney Matogrosso, Johnny Hooker, Lineker, Mariana Aydar, Maria Gadú, Simone Mazzer, Duda …

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Caio Prado lançou seu primeiro disco, “Variável Eloquente” em 2015, e recebeu muitos elogios da crítica especializada. Paralelamente aos shows que fazia, começou a rodar o Brasil com seu outro projeto, o trio queer “Não Recomendados”, onde recebeu diversos convidados nas apresentações como Ney Matogrosso, Johnny Hooker, Lineker, Mariana Aydar, Maria Gadú, Simone Mazzer, Duda Brack, entre outros. Recentemente, ele teve uma das maiores alegrias da sua carreira ao ouvir Elza Soares, uma das suas principais referências gravar a canção “Não recomendado”, do seu grupo. Com seu último disco, “Incendeia”, produzido por Alê Siqueira, Caio vem aumentando seu público e prestígio. Enquanto se apresenta com “Incendeia”, o artista inquieto tem feito novas parcerias e já planeja dois novos discos com a visceralidade e emoção que são a marca do seu trabalho.

Letra: 

Não recomendado

Uma foto, uma foto
Estampada numa grande avenida
Uma foto, uma foto
Publicada no jornal pela manhã
Uma foto, uma foto
Na denúncia de perigo na televisão

A placa de censura no meu rosto diz:
Não recomendado à sociedade
A tarja de conforto no meu corpo diz:
Não recomendado à sociedade

Pervertido, mal amado, menino malvado, muito cuidado!
Má influência, péssima aparência, menino indecente, viado!

A placa de censura no meu rosto diz:
Não recomendado à sociedade
A tarja de conforto no meu corpo diz:
Não recomendado à sociedade

Não olhe nos seus olhos
Não creia no seu coração
Não beba do seu copo
Não tenha compaixão
Diga não à aberração

A placa de censura no meu rosto diz:
Não recomendado à sociedade
A tarja de conforto no meu corpo diz:
Não recomendado à sociedade

Fan page: https://www.facebook.com/ocaioprado

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