Alguns o chamavam de cego

Pois seus sentidos não eram receptivos a estímulos externos

E ele parecia estar indiferente ao mundo exterior…

 

Alguns o chamavam de cego

Pois seus sentidos não eram receptivos a estímulos externos

E ele parecia estar indiferente ao mundo exterior

Mas internamente

No âmago de sua essência

Ele podia sentir o brilho do sol

Ele percebia o explosivo nascimento de novas estrelas

Ele sentia as caudas de cometas em chamas

Ele se regozijava com a sensual feminilidade da lua

E ele identificava a minguante luz de distantes galáxias

Para ele

O amor tinha cores que só seu coração poderia expressar

A harmonia tinha sons que inebriavam sua cognição

O carinho tinha formas que acariciavam sua alma

A amizade tinha fragrâncias que deliciavam sua essência

A compaixão tinha energias criadas por sua indelével humanidade

E o entendimento tinha sabores que deleitavam seu cotidiano

E a vida,

oohh, a vida

A vida para ele era uma tela que sua cegueira estava constantemente repintando e remodelando.

E assim ele era

Externamente, abstraído por natureza

Mas internamente

Ele era infinitamente conectado

Em visões

Em sentimentos

Em expressões

E em essência

Mesmo assim, algumas pessoas o chamavam de cego.

Como citar este Poema:

Cargnin dos Santos, Tadany. O Cego.

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Meditar é preciso, tão sincronizado como a órbita planetária.

É necessário, tão relevante quanto o respirar.

É interessante, tão revelador como a primeira visita ao oceano.

É estruturado, tão organizado como a arquitetura da natureza.

É progressivo, tão recompensador quanto o esforço alocado ao seu aprendizado.

É expansivo, tão iluminante quanto sábias palavras em momentos de necessidade

É apaziguador, tão relaxante quanto finais de tardes na casa dos avós

É saudável, tão revigorante quanto águas de cascatas nos dias de verão

É amável, tão carinhoso quanto o abraço da pessoa amada na porta do lar

Sim, meditar é preciso

Tão importante quanto a própria existência

Numa direcionada contemplação

Da vida uma inteligente ciência,

Entendendo-se aquilo que se é

Uma indissolúvel essência

Então pare, para a sua própria benevolência

E inspire

Expire

Inspire

Expire

Inspire

Expire

E, por si só, a qualquer momento

Continue nessa transcendência

Pois meditar é preciso,

Uma natural eloquência

Que brinda à vida significado, gratidão e sapiência

Assim como disciplina, tranquilidade, clareza e onisciência. (Tadany – 24 04 11)

PS: Para citar este texto:

Cargnin dos Santos, Tadany. Meditar é  preciso. www.tadany.org^®

TADANY CARGNIN DOS SANTOS

Executivo Internacional. Cidadão Global. Palestrante. Poeta. Escritor. Pensador. Counsellor. Espiritualizado. Alegre. Curioso. Dinâmico. Profundo. Agradecido. Aventureiro. Tadany é formado em Administração de Empresas pela UFSM. Já trabalhou em muitos países ao redor do mundo e, atualmente, é Gerente de Globalização na IBM Índia. Ademais, por 3 anos, ele também estudou Advaita Vedanta num monastério nos Himalayas (Índia) com o Swamy Dayananda Sarasvati (www.dayananda.org). 

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