Arquivos espanha - Rede Sina https://redesina.com.br/tag/espanha/ Comunicação fora do padrão Wed, 17 Aug 2022 22:18:55 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.4.4 https://redesina.com.br/wp-content/uploads/2016/02/cropped-LOGO-SINA-V4-01-32x32.jpg Arquivos espanha - Rede Sina https://redesina.com.br/tag/espanha/ 32 32 Curta: AHORA O NUNCA https://redesina.com.br/curta-ahora-o-nunca/ https://redesina.com.br/curta-ahora-o-nunca/#respond Tue, 19 Jun 2018 22:31:34 +0000 http://redesina.com.br/?p=4275 Uma escola na Espanha ((IES Diego de Siloé | Íllora em Albacete ) tem o hábito de organizar concursos de curta-metragens entre seu alunos. Através desta iniciativa nasceu o curta AHORA O NUNCA de Alicia Rodenas Sanchez (17 anos), onde a mesma interpreta 100 comentários machistas que as mulheres escutam desde crianças.  O texto é de Marilenha Ro de …

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Uma escola na Espanha ((IES Diego de Siloé | Íllora em Albacete ) tem o hábito de organizar concursos de curta-metragens entre seu alunos. Através desta iniciativa nasceu o curta AHORA O NUNCA de Alicia Rodenas Sanchez (17 anos), onde a mesma interpreta 100 comentários machistas que as mulheres escutam desde crianças.  O texto é de Marilenha Ro de La Torre que publicou em sua página no facebook  Locas Del Coño em 2015. Ambas viralizaram nas redes sociais.

Não encontramos o curta com legendas em português, mas a encontramos um com legenda em espanhol em: https://www.youtube.com/watch?v=N1HfL5qkcI4

Texto em espanhol:

“¡Qué niña más bonita! Eres una princesa. Dale un beso a la amiga de mamá, me da igual que no quieras. No te preocupes si los niños te tiran al suelo, es que les gustas. ¡Qué graciosos los niños, levantándoles las faldas! Son cosas de niños. No seas tan bruta jugando, pareces un niño. Las niñas mayores no lloran. Tienes que ser buena. Las señoritas no gritan. Calla. Mira qué guapa, con tu pelito arreglado. Si te ven jugar con los chicos te llamarán marimacho. Qué bonita eres. Las niñas son muy complejas. No te preocupes si te tratan mal, es que te tienen envidia. Las niñas sois más listas, ellos siempre juegan, mientras que vosotras estudiáis. Deja de quejarte. Los videojuegos son de chicos. Los coches son de chicos. Las cocinitas son de niñas. Judo no, mejor gimnasia rítmica. Las niñas siempre son más educadas, tan calladitas. ¿Informática? ¿No prefieres bailar? ¡Con lo guapa que estás con falda! No te vayas con nadie que no seamos nosotros. Ten cuidado. No cojas nada de nadie. Hay hombres muy malos. ¿Tienes novio? ¿Ya? ¿No tienes novio todavía? Estás siempre rodeada de chicos, calientapollas. Me he enterado de que se la chupas a tu novio, puta. Llama para que te recoja. Pide a tus amigos que te acompañen. Ten cuidado. No vuelvas sola. Así vestida pareces una mojigata. Así vestida pareces una puta. Si no querías que te mirase, ¿para qué llevas escote? Si no querías que te tocase, no haberme calentado. ¿Qué pasa, tienes la regla? Bailas así para ponerme, andas así para ponerme, me miras así para ponerme. ¿Vomitas para adelgazar? Qué superficial, la belleza está en el interior. Eh, tío, ve a por la amiga gorda, son más fáciles porque están desesperadas. Te los follas a todos, zorra. ¿Aún virgen, frígida? Estás buenísima. No te toco ni de coña. ¿Ser madre? ¿No eres demasiado joven? ¿No eres demasiado vieja? ¿Es que no tienes ambición? ¿No quieres ser madre? Eres demasiado joven para saberlo. Vas a perderte lo más importante en la vida de una mujer. Te maquillas demasiado para venir a clase. ¡Ay, si te arreglaras un poco! Vosotras lo tenéis más fácil, con enseñar teta está todo hecho. ¿Qué hay para cenar? ¿Qué hay para comer? ¿Dónde están las toallas? ¿Me has planchado la camisa? ¡No queda nada en la nevera! Ahora no puedo hablar, tengo cosas que hacer. Deberías agradecer que te mirasen. Lo que daría cualquier hombre por tener ese poder. Si te mira otra vez le doy. ¿Después de tanto tiempo, me dices que no quieres nada conmigo? Los hombres y las mujeres no pueden ser amigos, ellos siempre piensan en lo mismo. Ese tío te trata bien, ¿qué más quieres? Eres tan borde porque te falta un buen polvo. No te pongas histérica, era una broma. Qué rápido te ofendes, no aguantas un chiste. Deja de llorar ya, coño, que eres mayorcita. No me digas eso delante de mis amigos. No te pongas esa falda si no estoy yo, joder. No salgas hasta tan tarde. No discutas conmigo en público. ¿Te violó? ¿Y tú qué le dijiste? ¿Qué llevabas puesto? Algo harías. Joder, no te puedo decir nada. Calla, estoy hablando con mis amigos. ¿Otra vez no quieres sexo? Si no fuera por mí, tú no tendrías nada. Si no fuera por mí, tú no serías nada. Te quiero, nena, por eso te protejo. Te quiero nena, no me dejes. Eres una mala madre. Eres una mala esposa. Eres una mala amiga. Que no me dejes, o hago una locura. Estoy harto de tus movidas. Deja de ponerte histérica. Me tratas tan mal que me pongo nervioso. Que no me dejes, joder, o te mato” “

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Pamplona: Tradição e Fascínio por ALDEMA MENINI https://redesina.com.br/pamplona-tradicao-e-fascinio-por-aldema-menini/ https://redesina.com.br/pamplona-tradicao-e-fascinio-por-aldema-menini/#respond Mon, 25 Jul 2016 02:08:17 +0000 http://redesina.com.br/?p=1751 Meu filho – Paulo de Tarso – escreveu  ( http://correndomundo.blogspot.com.es/search/label/Cuba ) que nossos olhares sobre as cidades eram bem diferentes: eu via magia no mundo; ele  via “trânsito, pressa, gente tentando fazer o que pode para pagar as contas, criar os filhos, não morrer de câncer;  gente esperando  chegar a hora de ir para casa …” Lembrei-me da …

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Meu filho – Paulo de Tarso – escreveu  ( http://correndomundo.blogspot.com.es/search/label/Cuba )
que nossos olhares sobre as cidades eram bem diferentes: eu via magia no mundo; ele  via “trânsito, pressa, gente tentando fazer o que pode para pagar as contas, criar os filhos, não morrer de câncer;  gente esperando  chegar a hora de ir para casa …”

Lembrei-me da afirmação dele ao conviver com a cidade de Pamplona. Acredito que os muitos séculos  de encontro com peregrinos que fazem o Caminho de Santiago de Compostela, passando pelo meio da cidade, tenham influído sobre a cultura local, tornando as pessoas receptivas, gentis e agradáveis, ao menos com os estrangeiros.

Não somos tratados unicamente como turistas – alguém que deixa dinheiro na cidade e incentiva outros a conhecê-la – mas como Peregrinos do Caminho, que ” buscam ser gente melhor, para si mesma e para o mundo” , como me falou a senhora de uma cafeteria. Um amigo de Madrid também me havia informado de que a gente de Navarra era maravilhosamente gentil. Confirmo!

Peregrinos de todas as idades.
Centro histórico de Pamplona
Plaza del Castillo

Centro Histórico

tracei partes do Caminho de Santiago em ônibus, carro e trem. Ontem realizei meu sonho: traçá-lo caminhando ……ainda que tenha feito 1,5 km.- sim! um km e meio.   De Sant Jean Pied de Port a Santiago de Compostela – o caminho mais percorrido pelos peregrinos – a distância é em torno de 800 km….mas eu iniciei…
Não se diz, em alguns discursos no lançamento de projetos ou de pedras fundamentais, que“toda jornada se inicia com o primeiro passo ” ? Escutei isso algumas vezes – com um sorriso nos lábios para combinar com a assertiva – sempre me perguntando: Como iniciar com outro passo? Como pular diretamente para o segundo passo?

Pois fiz o primeiro passo e mais um mil e tantos passos….embora continue lamentando jamais ter encarado ao menos os 180 km finais do Caminho. Resta-me esperança de ter vida e tempo ainda para fazê-lo – esperança renascida depois de ver , em Burgos, León, Oviedo e Pamplona, dezenas de velhinhas e velhinhos caminhando… Alguém se dispõe a ir comigo?

Hemingway , em frente à Plaza de Toros…

Parece mesmo ter sido Ernest Hemingway que, ao publicar o livro O sol nasce sempre, em 1926, tornou Pamplona e sua Fiesta de San Fermin mundialmente conhecida. As homenagens, Hemingway  as recebe até hoje ; a Fiesta – Los Sanfermines – segue acontecendo durante oito dias, sempre de 6 a 14  de julho, para comemorar o aniversário do Santo. Não há touradas atualmente, mas acontece o encierro – a corrida de touros.

 

O encierro – tema de grandioso monumento do escultor bilbaíno Rafael Huerta, inaugurado em 2007 –  é nuclear na Fiesta de San Fermin. Todos os dias, às  23  horas  da  noite, 6 touros são soltos para correr 440 metros pela cidade, no silêncio e quase às escuras, a caminho da Plaza de Toros, onde antes aconteciam as touradas. Muitos homens correm à frente dos touros. Contaram-me que o magnetismo do ato é inesquecível para quem participa ou para quem comtempla.

Na Festa de San Fermin, portanto, muitos homens correm com esses touros…ou fogem deles, arriscando a vida. E chamam isso de divertimento – ou de grande emoção. Além doencierro, há fogos de artifício, rituais, desfiles, festas, músicas e danças. Esperei que a festa terminasse para ir a Pamplona – há muito turista e … emoção demais para minha idade…nos dias de Los Sanfermines…

Detalhe da Plaza de Toros

Pamplona, cidade do norte da Espanha, capital de Navarra desde o século IX, tem, no entanto, bem mais a oferecer aos visitantes, além de ser parte do Caminho e de ter a tradicional corridas de touros. Encantei-me com o traçado da ciudadela no formato de uma estrela; encantei-me com suas muralhas,  parques, praças e passeios; suas muitas – mas muitas mesmo – igrejas e conventos; seus palácios, museus e universidades. E tem, ainda, o rio Arga, suas pontes e seu belíssimo verde ao redor.

Rio Arga

Nas muralhas, construídas por Felipe II com o objetivo de defender a cidade das invasões francesas, estive um tempo olhando o rio Arga, com suas pontes e suas margens belamente ajardinadas e bem cuidadas. Após, fui caminhar no Parque de la Taconera, o mais antigo e bonito de Pamplona, onde se podem ver cervos, gansos e pavões reais quemoram nos fossos das muralhas. Há também o Parque de la Media Luna, situado num dos extremos das muralhas , com miradores para o rio Arga.

Plaza del Castillo
A Praça do Castelo é o coração da cidade – lugar de encontro de pamploneses e visitantes. Neste espaço grande, com 14 mil metros quadrados, muitos eventos já se realizaram: mercados, torneios, concentrações políticas, desfiles militares e corridas de touros até 1844, ano da construção de uma praça de touros permanente. Muito bonita a Praça do Castelo … porém  sem nada de castelo por perto. O nome provém de um castelo erguido pelo rei Luis El Hutin, no século XIV, e desaparecido no século XVI.

Detalhe da Catedral de Santa Maria la Real

A Catedral de Santa Maria foi construída, nos séculos XIV e XV, onde antes havia um templo românico, destruído em 1276. Mostra fachada neoclássica e interior gótico, cuja nave central mede cerca de 27 metros de altura. É uma construção muito sóbria e austera. Dentro dela, na nave central, está o túmulo do rei Carlos III e de sua esposa Leonor. Diz-se que tanto a Catedral quanto esses túmulos,  constituem-se em joias arquitetônicas de Pamplona.

Fachada da Prefeitura

A Prefeitura  está construída no lugar da junção dos três burgos – Navarreria, San Saturnino e San Nicolás – que foram unificados por Carlos III o Nobre, com a promulgação , em 1423, do Privilégio da União, que visava a acabar com as tensões existentes entre os burgos. A fachada deste Ayuntamento é do século XVIII, nela estão as esculturas da justiça, da prudência, da força e da fama. À noite, fui tomar um café nesse lugar – muita gente e muita festa. Depois do café, tracei toda a Calle Mayor, principal via de passagem de peregrinos. Belo passeio!
 

Todas as indicações estão em Espanhol e em Euskara, idioma basco.
Ao redor do ano 70 a.C. o general romano Pompeo estabeleceu um acampamento militar estratégico, num povoado basco, chamado Uruna – foi o início da cidade que teria o nome de Pamplona. A partir daí, a pequena cidade romana seguiu a mesma sorte dos impérios, com alto e baixos, dores e alegrias.

Foi conquistada pelos godos, invadida pelos árabes, teve suas muralhas destruídas por Carlos Magno, tornou-se protegida de Sancho III o Maior, conhecido, nas crônicas árabes como O Senhor dos Bascos. vieram  franceses e, depois deles outros estrangeiros, surgiram novos burgos, os burgos foram unificados, foi governada por Foros, sofreu invasão das tropas de Napoleão, precisou destruir um pedaço das muralhas ao sul, para que a cidade crescesse e incluísse os que viviam do lado de fora delas. Tem hoje mais de 200 mil habitantes, uma Universidade Pública, um Centro de Pesquisas Médicas Aplicadas e…é uma cidade bonita, tranquila, com alto padrão de vida e muito bem organizada.

Se você pensa visitar Pamplona – o que aconselho vivamente – reserve um tempo para ir com calma e caminhar muito, olhando para todos os lados, o tempo todo, surpreendendo-se certamente com que vê. Estude-a bem antes de ir, assim terá mais condições de apreciá-la. Procure hospedar-se dentro das muralhas, mas passeie também fora delas. Desfrute do convívio com as gentes de Navarra. De Madrid a Pamplona, vai-se, num trem Alvia,  em 3h10 min – procure viajar em poltrona de janela, assim terá o bônus de ver o Aqueduto de Olite e alguns castelos espalhados pelo percurso.

” O meu olhar azul como o céu
É calmo como a água ao sol.
É assim, azul e calmo,
Porque não interroga nem se espanta…

Se eu interrogasse e me espantasse
Não nasciam flores novas nos prados
Nem mudaria qualquer coisa no sol de modo a ele ficar mais belo…”

Fernando Pessoa

Campos de Navarra, perto de Pamplona.

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MADRID por Aldema Menini https://redesina.com.br/madrid-por-aldema-menini/ https://redesina.com.br/madrid-por-aldema-menini/#respond Fri, 22 Apr 2016 19:39:49 +0000 http://redesina.com.br/?p=1402 Retornar é preciso….Espanha! Pedro e eu estivemos duas semanas em Madrid, incluindo a passagem de ano em 2014/2015. Decoração linda. Ambiente festivo e seguro. Realmente, um bom lugar para festas. Voltei na primavera e estive lá durante três meses  – mas não ficava só em Madrid. Frequentemente, eu viajava, levando apenas minha mochila. Dediquei-me à …

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Retornar é preciso….Espanha!

Pedro e eu estivemos duas semanas em Madrid, incluindo a passagem de ano em 2014/2015. Decoração linda. Ambiente festivo e seguro. Realmente, um bom lugar para festas. Voltei na primavera e estive lá durante três meses  – mas não ficava só em Madrid. Frequentemente, eu viajava, levando apenas minha mochila. Dediquei-me à Andaluzia, para onde fui muitas vezes. Voltei agora com minha irmã – mais dez dias para ver e rever o país. Gosto tanto da Espanha, que tenho planos de retornar logo, logo.
Para estar bem, preciso de pouco (será pouco mesmo?).  Bastam – me  os museus do Prado, o Thyssen-Bornemisza e o Reina Sofia, acrescentem-se a Praça Mayor e a Praça do Sol, o Parque do Retiro, alguns palácios, as ruas para caminhar, as estações de Atocha e Chanmartin – e a Tarjeta Dorada, que me permite pagar 25% durante a semana e 40% , no sábado e domingo, em qualquer trem – desconto para todos os que já completaram 65 anos. Perfeito. Pode ser feita a Tarjeta em Atocha mesmo.

Exposição no Museu do Prado

Gosto da comida, da movida das pessoas até tarde da noite, das livrarias e da música – aqui posso ver e ouvir flamengo, jazz e ópera. Como gosto muito de cinema, fico lembrando que estou na terra de Pedro Almodóvar, Carlos Saura e Luis Buñuel. Visito muitas vez as mesmas cidades, como o faço com Barcelona, Toledo, Córdoba, Granada, Segóvia, Sevilha, Ronda, Bilbao, Burgos, Málaga, Cadiz, Jerez e outras tantas. Enfim, gosto do país com todas suas atrações e diferenças regionais.

Arquitetura madrileña
Aprendi, na Espanha, mais do que em qualquer outro país com monarquia, a reconhecer e até a fofoquear do rei, da rainha e de seus descendentes e parentes. Quando o rei Juan Carlos I abdicou em favor do filho, houve um up nos meus comentários. O novo rei Felipe VI,  casado com uma plebeia, divorciada e jornalista ( e comunista diziam alguns à boca pequena) incrementaram  as conversas – como se portaria a nova rainha? Como se vestiriam as filhas – Leonor e Sofia ? Como o rei se portaria face os escândalos familiares anterios? Senti-me realmente integrada ao país quando me escutei falando sobre o vestido e as joías usados por Letizia Ortiz, a rainha, numa recepção. Nesse dia, eu tive a certeza de  que me havia tornado uma fofoqueira real, real nos dois sentidos.
Decoração luxuosa nas igrejas
É muito fácil mover-se em Madrid porque o Metrô – forma mais rápida – tem muitas estações e elas estão próximas dos lugares usualmente visitados. A Praça Maior, que já foi cenário de festas, touradas e de terríveis julgamentos da Inquisição, pode, por exemplo, ser alcançada através das estações Sol e Ópera. Aos domingos, costumo dar uma olhada nas missas, na Igreja de San Isidro ou na Catedral de Almudena. Nesse dia, as tradições católicas da Espanha mostram-se muito na formalidade do vestir, em homens e mulheres – mais velhos. Eles costumam levar crianças – penso que são netos ou bisnetos – lindamente vestidas. Olhando o público , lembro do que  meu irmão costuma dizer:  depois dos 70, é difícil ser ateu….
La Movida
Símbolo de Madrid
Sou bem integrada à Espanha. Já acompanhei procissões; participei de concentrações e passeatas, em favor de ampliação e melhoria na saúde pública; fui a desfile de cães pequenos com premiação e com donos enlouquecidos; fiz programas tipicamente madrileños, como ir ao Mercado do Rastro e a Festa de San Isidro, Patrono de Madrid. Além disso, tomo  café quase sempre no mesmo lugar, onde  o idoso proprietário conhece Livramento, Rosário, Alegrete, São Borja. Ele trabalhava com João Goulart e fica emocionado ao falar sobre essa parte de sua vida.
Muita gente nas ruas
“Se você pode lembrar, então é porque realmente não esteve lá.” Esse dito madrilenho só pode se referir a um evento: à revolução cultural que irrompeu depois da morte do General Francisco Franco. Depois de quase quatro décadas de uma ditadura implacável, a Espanha finalmente se libertou. A capital da Espanha celebrou sua liberdade com festas de rua espontâneas que se transformaram em um movimento cultural. Madri foi mudada para sempre pela “Movida Madrileña” https://www.klm.com/destinations/br/br/article/cultural-revolution-la-movida-madrilena
Paella de verduras, um dos meus pratos preferidos
Imprescindível fazer um comentário sobre as comidinhas espanholas, tão variadas e tão deliciosas. A Paella pode ter muitas variações. A mais popular talvez seja a de marisco. Minha preferida é a Paella de Verduras, com abobrinha, cogumelos, ervilhas …Gosto também do Cozido Madrileño –  algo semelhante a ele, no Rio Grande do Sul, chama-se puchero. Também gosto de Tortilla de Patatas e de Fritada Espanhola. Como, ao menos uma vez por semana,  Fabada –  feijão branco bem graúdo com linguiça e carnes diversas.
Morcilha de Burgos – deliciosa!

Copiei uma receita da Fabada, embora eu tenha dificuldade em encontrar, na minha cidade, aquele feijão branco bem graúdo. Repasso:

200 gramas de linguiça de porco
200 gramas de chouriço de sangue de porco (morcilha)
125 gramas de toucinho
1/2 quilo de feijao branco
3 batatas
2 alhos socados
1 cebola picada
Modo de Preparo:
Deixe o feijão de molho.
Numa panela junte a linguiça, o chouriço e o toucinho e deixe ferver de 25 a 30 minutos.
Refogue o alho e a cebola e junte ao feijao.
Acrescente as batatas e deixe cozinhar até ficarem macias.
After day, teste seu colesterol…
Grupo executando Vivaldi…na rua
Sou grata à Espanha pelo muito que me oferece há tantos anos, em tantas vezes que a visito. Sou grata especialmente por nunca ter sentido, nesse país, preconceito de nacionalidade – como senti em outros. Aqui um brasileiro é …simplesmente um brasileiro, sem outros adjetivos. Uma pessoa que viaja sozinha, sem pacote, livre e independente, mulher evelhinha, precisa, sim, ter atitudes e demonstrar segurança. Fica, então, tudo fácil,fácil.
” Sou um evadido,
Logo que nasci
Fecharam-me em mim
Ah, mas eu fugi.
 
Se a gente se cansa
Do mesmo lugar
Do mesmo ser
Por que não se cansar?
 
Minha alma procura-me
Mas eu ando a monte.
Oxalá que ela
Nunca me encontre.
 
Ser um é cadeia
Ser eu é não ser.
Eu vivo fugindo
Mas vivo a valer.”
Fernando Pessoa

Post em: http://correndomundo.blogspot.com.br/search/label/Madrid

 

ALDEMA MENINI MCKINNEY

 Aldema Menine Mackinney escreve sobre suas viagens ao redor do mundo
Aldema Menine Mackinney escreve
sobre suas viagens ao redor do mundo
 
Nasceu em propriedade rural no interior do Rio Grande do Sul. Saiu do campo com 15 anos. Foi professora por mais de quarenta anos. É aposentada da UFSM – Universidade Federal de Santa Maria, onde desenvolveu atividades em pesquisa, ensino, extensão e administração. Trabalhou durante sete anos em Salvador/BA. Elaborou o projeto global da FSBA – Faculdade Social da Bahia. Aldema diz que sempre gostou de viajar  “com o tempo, tornei-meandarilha. Escrevo para que meus netos saibam das aventuras, ideias e ideais de sua avó”. Seu blog teve seu início em 2006, que para ela não tem outra pretensão além de estimular familiares e amigos a percorrer “este mundo, redondo, bonito e fácil de andar.”.  Entre seu motivos de orgulho, ela afirma “meus filhos, meu trabalho e as árvores que plantei”. Conheça o blog: http://www.correndomundo.blogspot.com.br/

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