Arquivos aventura - Rede Sina https://redesina.com.br/tag/aventura/ Comunicação fora do padrão Wed, 13 Oct 2021 11:59:42 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.4.4 https://redesina.com.br/wp-content/uploads/2016/02/cropped-LOGO-SINA-V4-01-32x32.jpg Arquivos aventura - Rede Sina https://redesina.com.br/tag/aventura/ 32 32 O Sábio e o Aventureiro, por Tadany https://redesina.com.br/o-sabio-e-o-aventureiro-por-tadany/ https://redesina.com.br/o-sabio-e-o-aventureiro-por-tadany/#respond Wed, 13 Oct 2021 11:59:42 +0000 https://redesina.com.br/?p=16300 Era uma viagem de turismo, uma das infindas alternativas existentes para escapar, pelo menos temporariamente, da intragável, fastidiosa e rotineira realidade. Ela havia partido curioso, entusiasmado e esperançoso…     Era uma viagem de turismo, uma das infindas alternativas existentes para escapar, pelo menos temporariamente, da intragável, fastidiosa e rotineira realidade. Ela havia partido curioso, …

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Era uma viagem de turismo, uma das infindas alternativas existentes para escapar, pelo menos temporariamente, da intragável, fastidiosa e rotineira realidade.

Ela havia partido curioso, entusiasmado e esperançoso…

 

 

Era uma viagem de turismo, uma das infindas alternativas existentes para escapar, pelo menos temporariamente, da intragável, fastidiosa e rotineira realidade.

Ela havia partido curioso, entusiasmado e esperançoso.

No caminho, ouviu histórias, lendas e observou fatos que, até então, lhe eram desconhecidos.

Até que, um certo dia, lhe contaram a história de um sábio que vivia tranquilo no meio da floresta e que, diariamente, compartilhava conhecimentos com as pessoas.

Assim, sem pestanejar, descobriu como chegar em tal paradeiro e para lá se foi. Quando chegou, tudo era silêncio, com exceção das copas das árvores que, embaladas pelo vento, bailavam freneticamente naquele inóspito lugar.

Um pouco adiante, ele observou a pequena tenda que lhe haviam falado, aproximou-se e, para não incomodar o silêncio, sentou-se e esperou.

Horas mais tarde, os ruídos de passos caminhando sobre folhas secas, irrompeu na taciturnidade da mata e, pouco a pouco, as pessoas iam chegando e sentando-se perto da palhoça até que, repentino como um raio, mas leve como uma brisa de primavera, o sábio apareceu, caminhou suavemente pelo meio das pessoas e sentou-se numa pedra que parecia um altar esculpido pela Mãe Natureza.

Sem introduções, começou a falar e, no âmago do seu discurso, encontravam-se ensinamentos para o dia-a-dia, para o pleno viver de cada ser humano e para a tranquilidade emocional que todos buscam.

Mas, no meio de todos aqueles ensinamentos, uma passagem acendeu uma intensa flama na percepção de nossa aventureiro quando o mestre falou

 “…Na busca do aprimoramento individual, antes de qualquer coisa, devemos sempre fazer o que deve ser feito e que tenhamos a coragem de colocar todo o nosso potencial e todas as nossas habilidades na tarefa atual, naquilo que estamos fazendo neste exato momento, independentemente de qual atividade seja, isto é, se ela é o que gostaríamos de estar fazendo ou é aquilo que, por obrigação ou responsabilidade, temos que fazer,

 pois quando assim agimos, estamos pavimentando a senda do amadurecimento emocional e do refinamento pessoal.

No entanto, também é importante saber o que é que realmente desejamos fazer com nossas vidas? Quais dons e talentos latentes estão sempre batendo à minha porta para serem manifestados?.

E mesmo que por um acaso ainda não saibamos o que desejamos fazer

ou ainda não estamos onde queríamos estar,

a atitude de dar o nosso melhor ao que a vida nos apresenta neste exato momento é a mais efetiva e prática jornada pessoal.

Enquanto isto, que sigamos labutando em direção àquilo que realmente desejamos fazer até que, eventualmente, com persistência e disciplina, lá nos encontraremos e, quando lá chegarmos, ao olharmos para trás teremos a oportunidade de perceber que o caminho percorrido era a melhor opção para chegar ao destino almejado.

E quando chegamos ao sonhado destino, uma fantástica mudança acontece na vida, pois aparentemente deixamos de trabalhar no que deve ser feito para fazer simplesmente aquilo que desejamos realizar e, neste ponto, não que as ações mudem, mas o que muda são as atitudes com relação as ações visto que as tarefas estão em concordância com sonhos e desejos e, portanto, deixam de ser uma obrigação para serem um diversão, ainda que a responsabilidade seja a mesma ou ainda maior e, a partir de tão venerável momento, teremos encontrado a fórmula da autossatisfação abundantemente se manifestando em nossos quotidianos.”

Depois destas palavras, o mestre seguiu compartilhando pérolas para adornar o quotidiano, no entanto, aquela passagem foi tão intensas, tão precisa e tão relevante para o aventureiro que, num elevado estado de contemplação, ele viajou pela senda de sua vida, pelos lugares onde esteve, pelas atividades que realizou, pelas chamas de sonhos que havia apagado, pela situação atual em que se encontrava e pelo desejo daquilo que ansiava por realizar durante o desconhecido tempo de vida que ainda lhe restava.

Após terminar seu loquaz discurso, da mesma repentina e gentil maneira que havia chegado, o sábio levantou-se e regressou ao isolamento de sua cabana.

No entanto, o aventureiro ainda em estado de intensa reflexão, permaneceu no mesmo lugar até muito tempo depois que as outras pessoas tivessem partido e que os sussurros dos presentes fossem substituídos pelo estimulante silêncio da floresta.

Então, impetuoso e intenso como uma estrela cadente, o aventureiro levantou-se e partiu. Mas seus passos agora possuíam um novo vigor, uma indelével certeza, uma poderosa tenacidade, pois durante suas reflexões havia decidido voltar para casa e realizar todas as atividades que, até então, estavam pendentes para que sua senda fosse em direção aos sonhos que sempre palpitaram do âmago de sua essência.

Ele havia viajado para esquecer-se. O que na verdade aconteceu, pois ao olvidar-se de tudo aquilo que não lhe era desejável, ele acabou lembrando daquilo que lhe era importante e inspirador e, ao reorientar sua senda, deixou de ser um aventureiro vagando ao léu de qualquer vento e tornou-se um peregrino impelido pela clareza e pela certeza da direção a ser trilhada e do destino a ser alcançado.

PS: Para citar este Pensamento:
Cargnin dos Santos, Tadany. O Sábio e o Aventureiro.

 

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Viajando pelo deserto, por TADANY https://redesina.com.br/viajando-pelo-deserto-por-tadany/ https://redesina.com.br/viajando-pelo-deserto-por-tadany/#respond Wed, 27 Dec 2017 07:31:11 +0000 http://redesina.com.br/?p=3604   Após a tão discutida e controversa virada do Milênio, viajei para a Jordânia. Um país que me conquistou à primeira vista, primeiro porque quebrou muitos dos pré-formatados conceitos que havia escutado sobre o Oriente Médio, pois as pessoas nas ruas caminhavam alegremente, as mulheres trabalhavam, usavam calças jeans e frequentavam os bares e restaurantes …

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Após a tão discutida e controversa virada do Milênio, viajei para a Jordânia. Um país que me conquistou à primeira vista, primeiro porque quebrou muitos dos pré-formatados conceitos que havia escutado sobre o Oriente Médio, pois as pessoas nas ruas caminhavam alegremente, as mulheres trabalhavam, usavam calças jeans e frequentavam os bares e restaurantes somente com outras amigas, mas acima de tudo, as pessoas eram genuinamente gentis.

Após alguns dias na capital, Amman, desfrutando da magia de antigas ruínas, deliciando nos cafés com seus excêntricos doces e ter visto os magníficos pilares do templo romano de Hércules, filho de Júpiter, embarquei numa viagem até Aqaba, que fica às margens do Rio Vermelho.

Todo o trajeto de largas e ótimas estradas cruza o deserto cuja paisagem é em parte fascinante pela beleza dos morros de pedras basálticas ou pedras de calcário, admiráveis obras maestras naturais e, a outra parte que é o deserto de areia, um presságio de um aparente vazio e uma inconsolável mesmice que abrem as portas da imaginação.

No caminho, avistei pela primeira vez na vida um grupo de Beduínos que, caminhando, pastoreavam algumas cabras.

Parei para conversar com aquele exótico grupo que, em segundos mostrou-se ser contagiantemente receptivo. Caminhei por um longo tempo com eles, apenas observando e, vez que outra, ouvindo algumas histórias que um deles me contava sobre sua vida até que, notando que era chegado a hora de seguir viagem, disse-lhes que havia escutado que os casamentos deles eram arranjados pelos pais ou pelo chefe da tribo e, consequentemente, perguntei se era verdade e qual era a opinião deles sobre este assunto. Um jovem que estava no grupo, me olhou com um sorriso gentil, confirmou que sim num simples movimento de cabeça e, depois, respondeu num tom interrogativo: Quem melhor que os mais velhos e experientes para saber o que, e quem, é melhor para nós?.

Naquele instante, revelou-se o poder das tradições, dos costumes e das distintas regras sociais que povoam o nosso fantástico planeta. Uma distinta visão de algo incomum para a minha realidade.

Finalmente, antes de partir, sentamos entre as rochas e tomamos um café com gengibre e umas folhas verdes que nunca as tinha visto, mas que no conjunto daquele hospitaleiro encontro, tinham sabor de fraternidade, de inusitadas experiências e de distinguíveis visões de mundo. (Tadany – 19 12 06)

Versão Áudio – Clique no Link para Escutar

 

TADANY CARGNIN DOS SANTOS

Executivo Internacional. Cidadão Global. Palestrante. Poeta. Escritor. Pensador. Counsellor. Espiritualizado. Alegre. Curioso. Dinâmico. Profundo. Agradecido. Aventureiro. Tadany é formado em Administração de Empresas pela UFSM. Já trabalhou em muitos países ao redor do mundo e, atualmente, é Gerente de Globalização na IBM Índia. Ademais, por 3 anos, ele também estudou Advaita Vedanta num monastério nos Himalayas (Índia) com o Swamy Dayananda Sarasvati (www.dayananda.org). 

 

 

PS: Para citar este texto:

Cargnin dos Santos, Tadany. Viajando pelo Deserto. www.tadany.org®

 

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