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Existe um pendulo com um peso na ponta que se chama prumo e é usado em construção.
Certamente devem existir outros mecanismos para verticalizar as coisas, torná-las “aprumadas” sem perigo de cair. Que prumos mantêm as pessoas não sei bem. Talvez haja mecanismos físicos, internos, funções do labirinto e/ou terminações cerebrais que juntas nos deixam em pé e firmes… Eu sei que, quando estou fora de Santa Maria, na minha cidade natal Itaqui, abebero-me da fonte das minhas raízes, e parentes, conhecidos e amigos dão-me sustentação afetiva e de ancestralidade. Quando visito Santa Cruz, respiro fortalecida (principalmente por um certo sorriso mimoso do meu encantamoramento* chamado Arthur!). Na capital, irmãs, filha, neta, sinto-me apoiada do mesmo modo, com acréscimo das amizades que a filha agregou nesses longos anos que lá vive… Aceito o braço da filha para caminhar mais segura (que as ruas me são estranhas!) compartilho com ela os lugares que ama e onde criou raízes também. Constato que seus amigos fariam boa companhia com os meus amigos daqui, pois todos têm inteligência e vivencias de dar gosto! Já em Santa Maria, que virou minha cidade por escolha, meu chão, minha morada, existe um prumo invisível que me deixa firme, me sustenta e dá apoio que nem eu mesma entendo direito. Sinto-me forte, aceita, e apoiada. Nem nos dias de vento norte que eu amo tanto e sopra tão forte, não perco o prumo. Esse prumo deve se chamar amor! Amor por esta Santa Maria da Boca do Monte, da Mãe Medianeira que abrindo os braços me recebeu! Em agradecimento dei o melhor presente que eu pude lhe dar: meu filho nasceu aqui, no Hospital Casa de Saúde, no dia 17 de Maio!
*Encantamoramento Esse termo eu criei!
