O cinema é um business, além de ser arte. As gestões tem que ser mais profissionais e menos burocráticas.
Ele é carioca, diretor, produtor, ator, roteirista morou em Los Angeles, onde atuou em musicais da Broadway, trabalhou na Major League Productions, Universal Studios. Voltou para o Brasil e abriu a própria produtora, onde escreve e dirige seus próprios filmes e séries. O seu longa Jogo de Xadrez com Priscila Fantin e Antônio Calloni ganhou prêmio de Melhor Filme no Festival de Los Angeles (LABRFF), Houston e Hollywood, único brasileiro selecionado no 5º Festival Internacional de Cinema de Ottawa, no Canadá. Priscila Fantin ganhou os prêmios de Melhor Atriz nos festivais de Houston e Lisboa. No festival Internacional de Nova Iorque, foi nomeado nas categorias de “Melhor Filme” e “Melhor Atriz (Priscila Fantin)”, os curtas “Amélio, O Homem de Verdade” com Lucio Mauro Filho; “Goals for Life” campanha mundial beneficente com Pelé e; “MÃE” com Carla Marins e “O Segredo” com Murilo Rosa; que foram exibidos em 23 países e mais de 50 festivais.
Luis Antônio Pereira vai ministrar o Workshop de Interpretação para Cinema nos dias 19, 20, 21 de março em São Paulo-SP, promovido pela Rede Sina. (saiba mais aqui).
Confira entrevista:
REDE SINA: QUANDO COMEÇOU O SEU INTERESSE PELO CINEMA?
Luis Antônio Pereira: Desde criança. Meu pai é amante dos grandes clássicos.
REDE SINA: POR QUE LOS ANGELES?
Luis Antônio Pereira: Porque é onde está o cinema. Infelizmente, no Brasil, não há uma boa escola de cinema. E todo diretor deveria passar um tempo ou em Los Angeles, ou até mesmo em Buenos Aires, já que o cinema Argentino está anos luz na nossa frente.
REDE SINA: COMO FOI ATUAR NUM MUSICAL DA BROADWAY?
Luis Antônio Pereira: Maravilhoso. Fiz isso em 2 oportunidades: Big River e Sound of Music (Noviça Rebelde), sempre fazendo o vilão da peça. O Americono é mestre em organização e execução.
REDE SINA: QUANDO COMEÇOU A SE PERCEBER ROTEIRISTA E DIRETOR?
Luis Antônio Pereira: Desde o começo. Escrevi o meu primeiro livro aos 15 anos (não ficou bom, mas foi um bom treino). Recentemente, rodei a série ALA LESTE, que escrevi aos 19. Aos 23, Maria Clara Machado me incentivou a começar a dirigir. Comecei no teatro, depois cinema e agora TV.
REDE SINA: AINDA PENSA EM ATUAR?
Luis Antônio Pereira: Sinceramente não. Quando voltei ao Brasil, vi como é difícil, pois aqui não há oportunidades. Comecei a criá-las. Mas não vejo beneficio algum em me dirigir, o legal é ser dirigido e aprender. Dai, tive um total desapego, e resolvi só contar histórias.
REDE SINA: QUAL FOI SEU MAIOR DESAFIO COMO ATOR?
Luis Antônio Pereira: Ter pego o vilão de Much Ado About Nothing (Muito Barulho por Nada) de Shakespeare, em Los Angeles. Fiquei na disputa com outro ator durante três horas com o rapaz que fez o papel principal na peça; em inglês. A diretora estava muito confusa entre os dois, e nos fazia ler diversas cenas. Comecei a cansar por não ser minha língua mãe, mas eu tinha uma grande compreensão do texto por haver lido a obra toda do “tio William”. Fui também percebendo que o vilão era mais interessante e me dava mais liberdade de criação. E fui relaxando nas leituras do outro papel. Ele pegou o papel principal, e acabei sendo indicado, como consequência para o prêmio de melhor ator coadjuvante, no Bobby Awards.
REDE SINA: QUAL FOI SEU MAIOR DESAFIO COMO DIRETOR?
Luis Antônio Pereira: O meu primeiro longa JOGO DE XADREZ. Depois disso, tudo se torna mais fácil. Mas a ANCINE prejudica e atrapalha muito a vida da produção Brasileira. Não foi fácil…
REDE SINA: COMO É TRABALHAR COM CINEMA NO BRASIL? O QUE PRECISA MELHORAR?
Luis Antônio Pereira: Tudo. Primeiro o fato de ser dependente de um órgão (ANCINE) que é totalmente gerida por diretorias com apontamento político e que são sabatinados no Senado. O cinema é um business, além de ser arte. As gestões tem que ser mais profissionais e menos burocráticas.
REDE SINA: COMO ESCOLHE SUAS HISTÓRIAS? COMO É SEU PROCESSO CRIATIVO? Luis Antônio Pereira: Elas surgem do nada. Dai, começo um intenso processo de pesquisa. Escrever é mais fácil. Não demoro mais do que uma semana pra escrever um longa por exemplo. E para escrever um capitulo de serie, umas duas horas no máximo.
REDE SINA: SUAS PERSONAGENS FEMININAS SÃO MUITOS FORTES, DE ONDE VEM ESSA INFLUÊNCIA? EXISTE UMA PREOCUPAÇÃO DA SUA PARTE COM QUESTÕES DE GÊNERO? COMO VÊ O EMPODERAMENTO FEMININO? Luis Antônio Pereira: A mulher é mais forte do que o homem e ponto. Elas suportam a maior dor que o ser humano pode ter; o parto. E nos carregam durante nove meses. Mas os exemplos femininos na minha vida, só mostraram que não é mesmo um sexo frágil. Sinceramente, eu cansei de ver filmes em que a mulher é a tadinha e que tem que ficar chorando pelos cantos. Talvez, por isso, a maior turma de treinamento de atores no Rio, de 10 atores, 9 são atrizes.
REDE SINA: QUAL O DESAFIO DE UM ATOR INICIANTE?
Luis Antônio Pereira: Entender que tudo na vida tem um inicio, que todo mundo começou de algum ponto. E aprender que as coisas tem um tempo de maturação e latência. Não ter nada no currículo não é motivo de vergonha, e a ansiedade é o pior inimigo.
REDE SINA: QUAL SEU SONHO? E PLANOS? Luis Antônio Pereira: Eu não tenho sonhos; tenho objetivos, e estou realizando todos agora.
REDE SINA: QUAL SUA SINA?
Luis Antônio Pereira: Sei lá, nunca pensei nisso rsss
Filmografia:
Longas:
ANTÔNIO (pré-produção)
JOGO DE XADREZ (disponível nos canais Telecine)
Séries de TV:
DEPOIS DE LILITH (Pré-produção)
AMÉLIO, O HOMEM DE VERDADE (canal Prime BOX; pré-produção)
ALA LESTE (veiculação em TV a cabo, estreias segundo semestre de 2017)
VIÚVA ALEGRE
MÃE
GOALS FOR LIFE
O SEGREDO
BIOGRAFIA:
Luis Antonio Pereira começou no palco como ator na “Ópera do Malandro”, de Chico Buarque. Atuou em diversas peças no Rio de Janeiro e Los Angeles. Em Los Angeles, atuou nos musicais da Broadway “Big River” e “The Sound of Music”. Dirigiu a companhia de dança negra WADE, em “David and Goalith”. Foi nomeado para o “Bobby Awards” como ator coadjuvante na comédia “Much Ado About Nothing”, de William Shakespeare. Depois disso, ainda em Los Angeles, foi para o cinema e trabalhou na Major League Productions produzindo longas metragens independentes, desenvolveu projetos, orçamentos, gerência de produção, assistência de direção e seleção de roteiros para as futuras produções da empresa. Participou das produções da Universal Studios: “Family Man” com Nicholas Cage, e “Little Nikki” com Adam Sandler. E nas produções de vídeo clipes, como: Backstreet Boys, Smash Mouth, Bootsie Collins…Luis Antonio voltou ao Brasil, e abriu a produtora ECLECTIC ENTERTAINMENT. Dirigiu filmes, como: “O Segredo” com Murilo Rosa, que foi exibido e premiado em 22 países e mais de 50 festivais; “Amélio, O Homem de Verdade” com Lucio Mauro Filho; “Goals for Life” campanha mundial beneficente com Pelé e; “MÃE” com Carla Marins que foi exibido e premiado em 23 países e mais de 50 festivais. No teatro, a última peça que dirigiu foi em 2006, com a comédia “Vale Tudo”, no Teatro Candido Mendes. E em março de 2014, Luis Antonio lançou nos cinemas o longa metragem “Jogo de Xadrez”, com Priscila Fantin, Antonio Calloni, Carla Marins e Tuca Andrada. O filme ganhou os prêmios de Melhor filme em Los Angeles, Houston e Hollywood. Priscila Fantin ganhou os prêmios de Melhor Atriz nos festivais de Houston, Hollywood e Lisboa. Melhor direção para Luis Antonio no festival de Hollywood. No festival Internacional de Nova Iorque, foi nomeado nas categorias de Melhor Filme e Melhor Atriz (Priscila Fantin). O filme participou ainda dos festivais de: Londres, Miami, Shanghai, Varsóvia, Ottawa, Monaco, Bagdá, Hong Kong, Itália, India…Em 2016, Luis Antonio lançou o curta Viuva Alegre, que teve estreia em Nova Iorque, depois, Toronto, Londres, Miami, Lisboa…Luis Antonio terminou a série para TV “Ala Leste”, que tem estréia prevista 2018, com Carla Marins, Marcos Breda, Ernesto Piccolo, Gabriela Durlo, Sandra Pêra…No momento, está preparando “Depois de Lilith” , e na pré-produção de outra série para TV, para o canal BOX BRAZIL, “Amélio, O Homem de Verdade, como Marcio Kieling, Louise D’Tuani, Thais Melchior, Sandra Pêra, Nanda Ziegler, Yana Sardenberg, Daniel Erthal, Andre Ramiro. Para 2018, o diretor rodará o longa internacional “Overtown”, que será inteiramente filmado, em Inglês e Espanhol, em Los Angeles e Miami. E a co-produção Brasil/ Portugal, “António”.
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WORKSHOP COM DIRETOR EM SÃO PAULO / 19. 20, 21 DE MARÇO / PRODUÇÃO REDE SINA (vagas limitadas)
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