“Quando uma empresa compreende a razão pela qual ela existe no mundo, e vive esse propósito maior de maneira autêntica e legítima, a sociedade naturalmente responde a seu favor”
Você sabe o que é uma empresa humanizada? Já ouviu falar em capitalismo consciente?
A frase acima é de Pedro Paro, engenheiro de ecossistemas humanos, pesquisador da Universidade de São Paulo (EESC-USP), co-fundador e sócio da Trustin, conselheiro do Enactus, idealizador e responsável pela Pesquisa Empresas Humanizadas do Brasil.
No dia 10 de setembro, terça-feira, às 20h, a Rede Sina convida todos para interagirem nesse bate-papo. A transmissão vai acontecer aqui neste post e link. Para interagir é preciso estar conectado no facebook. Não deixe de compartilhar!
Empresas Humanizadas tem rentabilidade duas vezes maior
Apresentada em São Paulo durante a primeira Conferência Latino-Americana sobre Capitalismo Consciente, estudo inédito no País, conduzido por estudiosos da USP de São Carlos, listou 22 companhias que se destacam em maior rentabilidade, satisfação dos clientes e engajamento dos colaboradores, ao adotar os pilares do Capitalismo Consciente.
A pesquisa mostra que empresas que adotam os pilares do Capitalismo Consciente – conjunto de práticas que gera valor financeiro, sustentabilidade e bem-estar social para todas as partes envolvidas em um negócio, de acionistas, colaboradores e até consumidores – apresentam resultados superiores, quando comparadas à média das 500 maiores companhias do País. Ao fazer negócios de maneira que siga tais preceitos, essas organizações superam as concorrentes em quesitos como rentabilidade, fidelidade dos clientes e engajamento dos funcionários.
O estudo brasileiro mapeou dados e informações de 1.115 empresas brasileiras, que representam mais de 50% do PIB, até chegar nas 22 corporações que se destacam pelas melhores práticas e resultados alinhados ao conceito Capitalismo Consciente. São elas: Hospital Israelita Albert Einstein, Bancoob, O Boticário, Braile Biomédica, Cacau Show, Cielo, ClearSale, Elo7, Fazenda da Toca Orgânicos, Johnson & Johnson, Jacto, Klabin, Malwee, Mercos, Multiplus, Natura, Raccoon, Reserva, Tetra Pak, Unidas, Unilever e Venturus.
O objetivo do estudo no território nacional é mostrar que, mesmo diante dos casos de corrupção que assolaram o Brasil nos últimos anos, há um grupo de empresários comprometidos com a ética e a sustentabilidade que deve servir de modelo para todas as corporações. A pesquisa, realizada pelo departamento de Engenharia de Produção da USP de São Carlos, é baseada na metodologia do professor Raj Sisodia, da Babson College (EUA), co-fundador do movimento global Capitalismo Consciente.
Em períodos longos, de 4 a 16 anos de análise, as Empresas Humanizadas chegam a ter rentabilidade duas ou mais vezes superior à média das 500 maiores empresas do país. Essas empresas também alcançam junto aos clientes uma satisfação 240% superior, e os índices de satisfação e bem-estar dos colaboradores chega a ser 225% maior, quando se compara as Empresas Humanizadas do Brasil (EHBRs) com empresas comuns.
Pedro Paro tem como propósito apresentar um novo rumo para o futuro dos negócios no país e vem desenvolvendo estratégias de mudança e inovação para empresas de diferentes segmentos – tecnologia, indústria, saúde e serviços. Ele também é multi-especialista de formação, abrangendo temas como Cultura, Propósito, Estratégia, Finanças, Gestão de Stakeholders, Teoria U, PNL e Abordagem Integral.
“Mesmo passando por mudanças de governo, redução de investimentos estrangeiros, crise econômica, crise política e social, as Empresas Humanizadas do Brasil tiveram um desempenho muito superior à média das 500 maiores empresas do país. Isso comprova a tese de que empresas que são movidas por um propósito maior, e são legitimamente reconhecidas por todos os seus stakeholders por fazerem negócios da maneira correta – com ética, cultura corporativa que preza pelo bem-estar dos colaboradores, responsabilidade social e ambiental -, são naturalmente mais admiradas, amadas, confiáveis, valorizadas e lucrativas. (…) Essas empresas tornam o mundo melhor pela maneira como fazem negócios, e o mundo responde. Quando uma empresa compreende a razão pela qual ela existe no mundo, e vive esse propósito maior de maneira autêntica e legítima, a sociedade naturalmente responde a seu favor.”, afirma Paro.
Alguns números que revelam a dimensão da pesquisa:
- 115 empresas mapeadas;
- 900 mil avaliações de consumidores coletadas;
- 136 mil avaliações de colaboradores coletadas;
- 394 stakeholders ouvidos;
- 152 indicadores avaliados;
- 65 horas de entrevistas, sendo 12 horas de gravação;
- 400 páginas de estudo de caso.
Mais detalhes sobre a pesquisa estão disponíveis no site www.humanizadas.com