Arquivos * PORTAL - Rede Sina https://redesina.com.br/category/portal/ Comunicação fora do padrão Wed, 10 Apr 2024 05:58:24 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.4.4 https://redesina.com.br/wp-content/uploads/2016/02/cropped-LOGO-SINA-V4-01-32x32.jpg Arquivos * PORTAL - Rede Sina https://redesina.com.br/category/portal/ 32 32 Documentário sobre Boate do DCE será lançado nesta quinta-feira https://redesina.com.br/documentario-sobre-boate-do-dce-sera-lancado-nesta-quinta-feira/ https://redesina.com.br/documentario-sobre-boate-do-dce-sera-lancado-nesta-quinta-feira/#respond Wed, 10 Apr 2024 05:46:13 +0000 https://redesina.com.br/?p=121017 O lançamento de “Clube Universitário – A Boate do DCE”, seguido de debate, será no dia 11 de abril, às 19h, no Auditório da Cesma (Rua Professor Braga, 55). A entrada é gratuita. A Boate do DCE está no imaginário de milhares de pessoas que, sendo estudantes da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) ou …

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O lançamento de “Clube Universitário – A Boate do DCE”, seguido de debate, será no dia 11 de abril, às 19h, no Auditório da Cesma (Rua Professor Braga, 55). A entrada é gratuita.

A Boate do DCE está no imaginário de milhares de pessoas que, sendo estudantes da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) ou não, encontraram neste lugar uma amálgama de liberdade, convivência, paixões, contestação política e muita música boa. O documentário em curta-metragem “Clube Universitário – A Boate do DCE”, produzido e dirigido pelo designer gráfico Luciano Ribas, traz de volta a cor, o clima e o cheiro de um “lugar do caralho” com depoimentos e fotos de arquivo de pessoas que viveram e conviveram com este local histórico, em diferentes momentos, durante mais 30 anos.

“Esse documentário é sobre afetos, sobre um tempo e um lugar compartilhados por muita gente. E também é uma provocação, pois o resgate e a preservação dessa memória são urgentes. Mais de quarenta anos de histórias não podem ser apagados pela omissão de quem os viveu”, explica Luciano Ribas.

Com depoimentos reais, “Clube Universitário – A Boate do DCE” se concentra entre a conformação da Boate do DCE, na primeira metade dos anos 80, e os anos 90. Mas, também, faz referência aos anos anteriores, quando tinha um funcionamento esporádico, e ao fechamento da boate, em 2013.

Entre as vozes que remontam a história, estão o atual ministro da Secretaria de Comunicação Social, Paulo Pimenta; Magrão, que atuou como DJ da Boate do DCE; Mauren Pacheco, que foi coordenadora do DCE da UFSM; o professor historiador Diorge Konrad; Alex Monaiar, que era presidente do DCE em 2013, quando a boate foi fechada; entre outras pessoas que tiveram envolvimento com a boate durante o passar dos anos.

Luciano Ribas explica que o recorte histórico entre 1983 e 2013 se deu porque foram os anos durante os quais a arrecadação da Boate ajudou a fazer do DCE a entidade mais importante de Santa Maria. O fim da Boate teve um impacto evidente, ao lado de outros fatores, em um certo refluxo do movimento estudantil em Santa Maria.

“O documentário é “pessoal e intransferível”, pois quase tudo o que aconteceu de importante durante a minha adolescência e juventude está ligado à Boate do DCE, onde fui o que hoje se chama de DJ entre 1990 e 1991 e entre 1992 e 1994, e/ou à entidade, da qual fui coordenador e secretário geral, entre o final de 1992 e 1994”, conclui.

Para entrar no clima, ou mesmo relembrar aquela energia, Ribas criou uma playlist no Spotify com músicas que ele costumava tocar quando animava as noites de DCE nos anos 1990.

Para acessar a playlist: https://spoti.fi/4auMyf9

O documentário “Clube Universitário – A Boate do DCE” é um projeto realizado com recursos da Lei nº 14.017/2020”, com apoio da Secretaria de Cultura / Prefeitura de Santa Maria e do Ministério da Cultura / Governo Federal.

 

SERVIÇO

O QUÊ? Lançamento do documentário “Clube Universitário – A Boate do DCE”

QUANDO? Quinta-feira, 11 de abril de 2024, às 19h

ONDE? Auditório da Cesma (Rua Prof. Braga, 55)

QUANTO? De graça

 

Sinopse

Por mais de 30 anos, existiu, no subsolo da casa do Estudante Universitário I, da Universidade Federal de Santa Maria, um espaço de lazer, música, contestação, convivência e efervescência cultural e política conhecido como Boate do DCE. Único, sem igual, diferente de tudo, mágico. Um lugar do caralho, como ficou conhecido pela última geração que o frequentou.

Ficha técnica

Argumento, roteiro, direção e montagem: Luciano do Monte Ribas

Produção: Luciano do Monte Ribas e Wilson Machado Júnior

Imagens e fotografia: Marcos Borba e Rafael Rigon

Drone: Alexandre Pergher

Imagens enviadas e adicionais: Cacá Martins, Diorge Konrad, Elis Morais, Fernando Pigatto, Luciano do Monte Ribas, Mauren Pacheco, Sérgio Kapron

Som direto: Luciano do Monte Ribas, Marcos Borba, Rafael Rigon

Finalização: Finish / Evandro Rigon

Consultoria de roteiro e de direção: Luiz Alberto Cassol

Design gráfico: Luciano do Monte Ribas

Trilha sonora composta: Duca Duarte

Trilha sonora punk rock: You Can’t Fail – Density & Time

Fotografias: Arquivo da UFSM; arquivos pessoais: Cristina Strohschoen do Santos, Luciano do Monte Ribas; fotografias obtidas nas páginas do Facebook “Fotos da antiga Boate do DCE” e “Resistência”

Trechos de clipes musicais reproduzidos do YouTube

Agradecimentos: Cassio Corbelini, Clayton Hillig, Cristina Strohschoen do Santos, DCE-UFSM, Finish, PRAE-UFSM, Quati Gelato & Baguete, Raquel Correa, Rose Carneiro, TV OVO.

Texto e assessoria de comunicação: Rodrigo Ricordi

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“Cartas de Felippe” documentário sobre poeta Felippe D’Oliveira é lançado nesta quarta-feira https://redesina.com.br/cartas-de-felippe-documentario-sobre-poeta-felippe-doliveira-e-lancado-nesta-quarta-feira/ https://redesina.com.br/cartas-de-felippe-documentario-sobre-poeta-felippe-doliveira-e-lancado-nesta-quarta-feira/#respond Wed, 10 Apr 2024 05:38:54 +0000 https://redesina.com.br/?p=121014 A arte e a política na vida do poeta santa-mariense Felippe D’Oliveira são abordadas no novo documentário da TV OVO. O filme ‘Cartas de Felippe’ será lançado na próxima quarta-feira (10/04), às 19h, no retorno das atividades de 2024 do Cineclube da Boca, que ocorre no auditório do prédio 67 da Universidade Federal de Santa Maria. Com direção …

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A arte e a política na vida do poeta santa-mariense Felippe D’Oliveira são abordadas no novo documentário da TV OVO. O filme ‘Cartas de Felippe’ será lançado na próxima quarta-feira (10/04), às 19h, no retorno das atividades de 2024 do Cineclube da Boca, que ocorre no auditório do prédio 67 da Universidade Federal de Santa Maria.

Com direção de Marcos Borba, o documentário recupera parte da trajetória do santa-mariense que participou ativamente da articulação da revolução de 1930.

“Durante as entrevistas, foi muito interessante descobrir que um poeta nascido aqui, em Santa Maria, participou de um momento decisivo para a história do país. Além de ter uma obra literária importante, a atuação dele também foi política, por isso que essa história nos pegou tão forte. Felippe não foi um grande revolucionário, mas ele esteve ao lado daqueles que fizeram a mudança do país em uma determinada época, saindo de um país agrário, com uma herança colonial, para um país mais moderno,  com todas as contradições do período, mas diferente daquele Brasil escravocrata”, analisa Borba.

O documentário conta com depoimentos dos professores e pesquisadores Pedro Brum dos Santos e Lucas da Cunha Zamberlan, que têm se dedicado a estudar o poeta nascido em Santa Maria. Também traz uma entrevista com o escritor e jornalista Juremir Machado, profundo conhecedor da história de Getúlio Vargas, e autor do livro “1930: Águas da revolução”, que trata sobre esse fragmento da história retratado na narrativa do documentário.

“Cartas de Felippe” agrega às celebrações da memória, biografia e obra literária do poeta ao compor o calendário cultural da cidade em 2024. Ainda no primeiro semestre, durante a Feira do Livro de Santa Maria, serão lançadas as obras completas de Felippe em uma nova edição completamente revisitada, organizada por Lígia Militz da Costa, Maria Eunice Moreira e Pedro Brum dos Santos. O calendário também será marcado pela publicação inédita da biografia ‘Felippe D’Oliveira: o poeta da Lanterna Verde’, escrita por Brum e Zamberlan.

“As expectativas são as melhores para o lançamento do curta-metragem. O lançamento soma-se ao próprio Centenário do Lanterna Verde que vai acontecer em 2026, além de toda a discussão que existe sobre o centenário da semana da arte moderna, que foi celebrado em 2022”, comenta Zamberlan ao citar o segundo livro de poesia lançado pelo poeta em 1926.

Além dos depoimentos, o filme conta com cenas ficcionais. Quem dá vida à Felippe é o ator santa-mariense Guilherme Senna dá vida. Morando em São Paulo, Guilherme comemorou a oportunidade de voltar a Santa Maria para desenvolver o projeto que resgata a trajetória de um dos principais expoentes culturais da cidade.

“Eu acho que esse projeto tem uma relevância muito grande para fazer com que as pessoas conheçam, entendam e vejam a importância dessa figura, que poderia ter sido muito mais valorizada durante todos esses anos. Acho que esse projeto é um primeiro passo, é a ponta do iceberg do que a gente pode fazer para mostrar para a sociedade de Santa Maria e para a sociedade brasileira quem era o Felippe D’Oliveira. Trazer a potência artística que ele tem e a potência política que ele influenciou num momento de tanta importância no nosso país. Por isso, é uma honra poder ter dado vida a ele”, salienta o ator.

Finalizado no primeiro trimestre de 2024, a trilha sonora do filme ficou a cargo do músico bajeense Márcio Echeverria Gomes. Nascido na fronteira, Márcio também retoma o seu trabalho em Santa Maria, em mais uma parceria com a TV OVO, que já se estende por mais de cinco produções. Ele morou na Espanha por dois anos, onde fez mestrado em composição para meios audiovisuais, e teve seu trabalho reconhecido por diversas premiações. O compositor classifica a experiência de desenvolver a trilha sonora de ‘Cartas de Felippe’ como enriquecedora para o atual momento da sua carreira.

“Escrever a música para esse documentário representa não apenas uma oportunidade de homenagear uma personalidade importante da nossa cidade, mas também de conectar meu trabalho internacional e os estudos que realizei fora do país. Na Espanha, aprofundei meu conhecimento em orquestração e gravação de música para cinema. Aprendi a compor para a história antes da imagem. Em todas as etapas, desde a composição de um sketch no piano até a mixagem de uma gravação orquestral. Isso foi essencial para a realização desse projeto”, explica.

O processo de composição partiu de alguns pontos apresentados na narrativa e de uma conversa de Echeverria com Borba. O fator principal para a composição é o momento de tensão política que permeia a vida de Felippe desde o seu nascimento até o seu exílio em Paris.  Dessa forma, para o tema principal do Felippe, Echeverria optou por usar intervalos dissonantes. Outra vertente foi o interesse do poeta e de outros intelectuais da sua geração pela modernidade, pelo crescimento econômico do país e pelo progresso.

Essa é mais uma peça que o coletivo audiovisual acrescenta na preservação e difusão da memória santa-mariense. Há quase um ano, em 8 de maio de 2023, Santa Maria passou a se perguntar onde estaria o busto do escritor Felippe D’Oliveira. No mesmo período, o curta-metragem estava na fase de gravação, que previa registros na Praça Saldanha Marinho, junto à peça esculpida pelo escultor ítalo-brasileiro Victor Brecheret. Apesar do fatídico sumiço – que se estende até hoje, a TV OVO reafirma o seu compromisso constante com a valorização do legado cultural da cidade.

“Cartas de Felippe” faz parte do projeto ‘Por Onde Passa a Memória da Cidade’, aprovado na Lei de Incentivo à Cultura de Santa Maria (Lic/SM).

 

SERVIÇO

O quê: Lançamento de Cartas de Felippe

Onde: Cineclube da Boca – auditório do prédio 67 da UFSM

Quando: 10 de abril (quarta-feira), às 19h

Quanto: gratuito

Texto: Nathália Arantes (TV OVO)

Fotos: Alan Orlando (TV OVO)

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Sangue e Pudins por Cátia Castilho Simon https://redesina.com.br/sangue-e-pudins-por-catia-castilho-simon/ https://redesina.com.br/sangue-e-pudins-por-catia-castilho-simon/#respond Wed, 10 Apr 2024 05:28:46 +0000 https://redesina.com.br/?p=121011 Sangue e Pudins – Apresentações no Teatro Renascença até 28 de abril “Não quero saber quem sou, morro de medo” Sangue e Pudins – Fagner e Fausto Nilo Assisti na noite de 05 de abril a aguardada peça Sangue e Pudins do Luciano Alabarse. Explico. Havia comprado ingressos em janeiro, por ocasião do Porto Verão …

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Sangue e Pudins – Apresentações no Teatro Renascença até 28 de abril

“Não quero saber quem sou, morro de medo”

Sangue e Pudins – Fagner e Fausto Nilo

Assisti na noite de 05 de abril a aguardada peça Sangue e Pudins do Luciano Alabarse. Explico. Havia comprado ingressos em janeiro, por ocasião do Porto Verão Alegre. Na semana da estreia fomos surpreendidos por um temporal que alagou ruas e o teatro Renascença, inviabilizando o espetáculo nos dias seguintes. Em seguida viajei para o Canadá e, durante minha estada por lá, soube que a peça estaria em cartaz em fevereiro, lamentei porque só retornaria em meados de março. No entanto, recebo na minha chegada o folder de divulgação do Luciano. E mais, que ao final da apresentação haveria uma conversa sobre a peça com os experts Liana Tim, Francisco Marshall e Júlio Conte. Imediatamente fui comprar os ingressos, torcendo para que o tempo ajudasse dessa vez. Sim, de tanto ignorarmos as forças da natureza, ela mostra estar farta de nossa arrogância, vem e nos mostra quem é que manda.

A Matinal entrevistou o Alabarse na semana da estréia e já anunciava o conjunto de violências que permeavam o espetáculo, bem como a referência a adaptação de textos Mark Ravenhill (Shopping and Fucking) e Brontez Purnell (Johnny, você me amaria se o meu fosse maior?). No elenco estão Ângela Spiazzi (Lulu), Pingo Alabarce (Brian) e Elison Couto (Gary), Jaques Machado (Robbie) e Li Pereira (Mark), Alexei Goldenberg e Vítor Stifft (Os Querubins).

Em janeiro saiu uma bonita crônica do Túlio Milman sobre o espetáculo e a experiência de assisti-la enquanto o teatro era inundado pela torrencial chuva.

Alabarse deu uma entrevista para o Correio do Povo, em fevereiro, pois houve a retomada da exibição do espetáculo interrompido pelos estragos do temporal. Nela, revela que o título da peça surgiu enquanto ouvia a gravação de Simone da música Sangue e Pudins, do Fagner e Fausto Nilo e que há tempos não escutava. E aí quero me deter na seleção musical impecável e que equilibra com o desmantelamento da sociedade do espetáculo, linha de apoio determinante para a sociedade de consumo que nos consome.

“Não quero saber quem sou, morro de medo (…)” ouvimos pela voz aveludada da Simone como um afago que nos leva justamente na contracorrente do que entoa. Há muita coragem no desvelamento das inquietações e tormentos das personagens. A perversidade de uma sociedade sustentada por autoflagelos e massacres indiscriminados de outros, dos que são considerados abaixo do humano.

O cenário em um misto de luxo, pobreza e ostentação dão conta dos artifícios humanos e materiais que nos paralisam. Muito dinheiro, muitas mercadorias, muitos traumas e submissão ao status quo.

Ao final, Luciano na conversa com seus convidados nos diz das molduras que compõem o cenário, que por serem artificiais, revelam verdades. Tal afirmação, na forma de raio, me remete ao que Walter Benjamin escreveu sobre Baudelaire inquirindo-nos quanto ao valor da ‘ilusão útil’, citando-o: “Prefiro olhar alguns cenários de teatro, nos quais encontro tratados habilmente em trágica concisão, os meus mais caros sonhos. Estas coisas porquanto absolutamente falsas, estão por isso mesmo infinitamente mais próximas da verdade; nossos pintores paisagistas, ao contrário, são em sua grande parte mentirosos porque descuidam de mentir”(1991: W Benjamin, vol 3, pag 143). Enfim, a peça não se esgota no palco, é corajosa, instigante, nos moldes do irreverente dramaturgo e diretor de teatro, Luciano Alabarse.

Não percam, às sextas-feiras com convidados e um ótimo bate-papo após o espetáculo. Elenco afinadíssimo com o texto, um espetáculo que nos desacomoda como deve ser a melhor arte.

 

Cátia Castilho Simon

Doutora em estudos da literatura brasileira, portuguesa e luso-africanas/UFRGS

e escritora.

 

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15ª SINA POÉTICA | FLORIPA https://redesina.com.br/15a-sina-poetica-floripa/ https://redesina.com.br/15a-sina-poetica-floripa/#respond Fri, 15 Mar 2024 04:19:33 +0000 https://redesina.com.br/?p=120965 TRADICIONAL SARAU DE POESIA ACONTECE NA PRÓXIMA TERÇA EM FLORIANÓPOLIS COM LANÇAMENTO DE LIVROS Na próxima terça, 19, a partir das 19h30, no Ponto Bar & Piadina, acontece a 15ª edição do tradicional sarau de poesia, Sina Poética, que desde 2018 reúne diversos escritores e artistas em livres manifestações literárias e artísticas.  O sarau que …

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TRADICIONAL SARAU DE POESIA ACONTECE NA PRÓXIMA TERÇA EM FLORIANÓPOLIS COM LANÇAMENTO DE LIVROS

Na próxima terça, 19, a partir das 19h30, no Ponto Bar & Piadina, acontece a 15ª edição do tradicional sarau de poesia, Sina Poética, que desde 2018 reúne diversos escritores e artistas em livres manifestações literárias e artísticas.  O sarau que nasceu em Santa Maria-RS, já teve edições em Porto Alegre-RS, Rio de Janeiro-RJ e terá sua primeira edição em Florianópolis.

O evento e o microfone são abertos para o público. As inscrições para leituras de poemas e apresentações artísticas são realizadas no local. Cada um tem média de 5 min para sua apresentação. Conforme o número de inscritos, são realizadas duas rodadas com intervalo de 15 min entre estas.

O evento também conta com o lançamento dos livros de poemas “Engasgos” de Mel Inquieta, idealizadora do sarau, e de “A Triste Balada dos Herculóides contra as Leis Terrenas” de Odemir Tex. Jr. Ambos da região de Santa Maria-RS.

Saiba mais sobre as obras e autores:

 

LIVRO: ENGASGOS

Engasgos é dividido em três partes onde os temas sociais se transformam em versos/manifestos. A primeira parte traz temas e referências a determinadas pessoas ou situação política do país. Na segunda parte, a abordagem é a arte, artistas suas esperanças, ruínas e resistência. Na terceira parte, a autora reflete sobre o universo feminino, suas dores e lutas. Engasgos é um livro de poemas, “manifestos longe do oco”.

Mel Inquieta (Melina Guterres). Foto: Dartanhan Baldez Figueiredo

SOBRE A AUTORA: MELINA GUTERRES (MEL INQUIETA)

É formada em jornalismo pela Universidade Franciscana-UFN. Já morou na Bahia, Pará. Rio de Janeiro, Sâo Paulo. Trabalhou para Uol, Folha de São Paulo, Estadão, Revista Istoé.  É fundadora e CEO da Rede Sina.  Engasgos é seu primeiro livro individual. Mais sobre ela em: https://redesina.com.br/melinaguterres/ Mais sobre o livro: https://redesina.com.br/livro-engasgos-de-mel-inquieta/

 

LIVRO: A TRISTE BALADA DOS HERCULÓIDES CONTRA AS LEIS TERRENAS

Anos 80, a proliferação dos televisores coloridos impondo a ascensão da idade da informação. A geração de baixinhos da Xuxa. O fim do Estado comunista da União Soviética. O renascimento da democracia por aqui. Imagem de um país à margem, mas atento às mudanças do mundo. Esse livro busca encontros, onde a reflexão sobre o tempo resgata o leitor de suas dívidas com os idos.  Há acolhimento afetivo e incômodo nessa poemática. O leitor mergulha em seu próprio passado mítico com um tom provocativo e desafiador de quem afia suas facas.

Odemir Tex Jr. no sarau Sina Poética. Foto: Dartanhan Baldez Figueiredo.

SOBRE O AUTOR: ODEMIR TEX JR.

O último da turma a aprender a andar de bicicleta.  Em 2013, lançou a obra poética Para Uma Nova Didática do Olhar (Estrela Cartonera), além de textos esparsos e dispersos em revistas, jornais etc. Formado em Letras pela UFSM, também estudou Geografia na mesma instituição. Ajunta vários prêmios literários, espalhados por vários estados brasileiros. Escreve para não cair. Mais sobre: https://redesina.com.br/livrotex/

 

 

15ª SINA POÉTICA

19/03/2024 – TERÇA-FEIRA – A PARTIR DAS 19H30

SARAU DE POESIA EM FLORIPA COM LANÇAMENTOS DOS LIVROS DE POEMAS “ENGASGOS” DE MEL INQUIETA E “A TRISTE BALADA DOS HERCULÓIDES CONTRA AS LEIS TERRENAS” DE ODEMIR TEX JR.

Ponto Bar & Piadina | R. VICTOR MEIRELLES, 138. FLORIANÓPOLIS.

ENTRADA GRATUITA

MICROFONE ABERTO | INSCRIÇÕES NO LOCAL

RESERVAS DE MESA: 48 9-9615-6859

REALIZAÇÃO: REDE SINA | www.redesina.com.br

 

 

MAIS SOBRE SARAU SINA POÉTICA:

https://redesina.com.br/sinapoetica

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DOCUMENTÁRIO RESGATA HISTÓRIA DE WALTER ILHA E A PALEONTOLOGIA NA REGIÃO DE SÃO PEDRO DO SUL https://redesina.com.br/documentario-resgata-historia-de-walter-ilha-e-a-paleontologia-na-regiao-de-sao-pedro-do-sul/ https://redesina.com.br/documentario-resgata-historia-de-walter-ilha-e-a-paleontologia-na-regiao-de-sao-pedro-do-sul/#respond Fri, 15 Mar 2024 01:34:47 +0000 https://redesina.com.br/?p=120955 Documentário aprovado em Lei Paulo Gustavo conta história de vida de pesquisador As gravações do documentário “Walter Ilha – Vestígios de uma vida” de Silnei Scharten Soares iniciaram nesta segunda, 11, em São Pedro do Sul. O documentário que narra a vida de Walter Ilha (professor, tipógrafo, paleontólogo e paleobotânico autodidata), nome do Museu Paleontológico …

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Documentário aprovado em Lei Paulo Gustavo conta história de vida de pesquisador

As gravações do documentário “Walter Ilha – Vestígios de uma vida” de Silnei Scharten Soares iniciaram nesta segunda, 11, em São Pedro do Sul. O documentário que narra a vida de Walter Ilha (professor, tipógrafo, paleontólogo e paleobotânico autodidata), nome do Museu Paleontológico e Arqueológico de São Pedro do Sul, destaca o período em que ele se empenhou pela preservação do patrimônio paleontológico da cidade.
Walter Ilha foi membro honorário da Sociedade Brasileira de Paleontologia e da Sociedade Brasileira de Paleontologia Botânica, com trabalhos prestados para o escritório regional da Unesco para a América Latina e Caribe, autor de artigos publicados em periódicos científicos, jornais e revistas do país e do exterior, palestrante em congressos nacionais e internacionais e incansável defensor da preservação dos fósseis paleontológicos do município. Também colaborou com a UFSM por meio de pesquisas e convênios. Suas ações incentivaram a criação de uma lei que tornou obrigatório o ensino introdutório de paleontologia nas escolas municipais.
O documentário deve contar com depoimentos de 14 pessoas. De acordo com o diretor, a lembrança dos fósseis é uma memória de infância. “É uma grande satisfação poder contar essa história hoje. Valorizar e não deixar ser esquecida”, afirma.
As gravações também devem ocorrer em Porto Alegre, Santa Maria e Pelotas. O projeto é financiado pela Lei Paulo Gustavo. A previsão de lançamento é julho.

Confira mais informações sobre o filme:

SINOPSE:
Walter Ilha, tipógrafo, paleontólogo e paleobotânico autodidata, era uma pessoa obstinada. A certa altura da vida, tomou para si a missão de preservar o patrimônio paleontológico e arqueológico de São Pedro do Sul, no interior do Rio Grande do Sul. Dedicou tempo e energia vital para um combate incansável à extração e transporte ilegal de fósseis paleobotânicos (madeira petrificada) do município. Nessa empreitada, fez amigos, criou uma rede de proteção aos fósseis, tornou-se internacionalmente reconhecido como pesquisador e, também, gerou resistências. Após anos de esquecimento, “Walter Ilha – Vestígios de uma vida” esfossiliza sua memória e resgata sua jornada.

ARGUMENTO:
Documentário sobre a vida de Walter Ilha, destacando o período em que se empenhou pela preservação do patrimônio paleontológico de São Pedro do Sul. Fundador do Museu Paleontológico Municipal de São Pedro do Sul – que se chama hoje, em sua homenagem, Museu Paleontológico e Arqueológico Professor Walter Ilha –, paleontólogo autodidata e membro honorário da Sociedade Brasileira de Paleontologia e da Sociedade Brasileira de Paleontologia Botânica, com trabalhos prestados para o escritório regional da Unesco para a América Latina e Caribe, autor de artigos publicados em periódicos científicos, jornais e revistas do país e do exterior, palestrante em congressos nacionais e internacionais e incansável defensor da preservação dos fósseis paleontológicos do município, Walter Ilha é um ilustre cidadão são-pedrense. A defesa veemente da preservação das jazidas e fósseis de São Pedro do Sul e da região lhe rendeu a admiração de conterrâneos, que se tornaram seus colaboradores na batalha contra o transporte e comércio ilegais da “madeira petrificada”, denunciando os crimes. As peças eram levadas clandestinamente para fora do município em caminhões lotados, com a intenção de abastecer o mercado local e internacional de objetos de decoração, que usavam os fósseis como matéria-prima. Suas constantes denúncias da depredação do patrimônio arqueológico levaram o então Departamento Nacional de Produção Mineral – atualmente, Ministério das Minas e Energia – a desistir de liberar a exportação desse material.
Walter Ilha também colaborou com a UFSM por meio de pesquisas e convênios. Suas ações incentivaram a criação de uma lei que tornou obrigatório o ensino introdutório de paleontologia nas escolas municipais. Não bastasse tudo isso, Walter Ilha ainda se dedicava a ações de filantropia, tendo colaborado com o Lar de Joaquina, em Santa Maria, e com o Lions Clube de São Pedro do Sul. Mas a luta pela preservação do patrimônio paleontológico também gerou reações contrárias e ressentimentos. A esfossilização de sua história vai resgatar a complexidade e as contradições desse importante personagem, revitalizando sua memória e seu legado.

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GRAVAÇÕES: MARÇO/2024

SÃO PEDRO DO SUL: 11,12,13, 14, 21, 22

PORTO ALEGRE: 18, 19

SANTA MARIA: 20, 21

PELOTAS: 25 

 

PERSONAGENS/ENTREVISTADOS:

Ary Otavio Canabarro dos Santos – servidor público aposentado
Luiz Francisco Flores – Chicão – proprietário do Paradouro Pôr do sol
Rubi Claro – pecuarista
Luiza Gutheil – jornalista, ex-diretora do Museu Fernando Ferrari e do Museu Paleontológico e Arqueológico Professor Walter Ilha
Editi Piussi – aposentada
Otaviano Francisco de Santana – aposentado, ex-gerente da Construtora Continental, empresa que construiu a rodovia BR 287
Almerindo Pereira Machado – Seu Almerindo – aposentado
Gilberto Porto Filho – cuidador de idosos e acompanhante de enfermos
Otávio José Binatto – médico
Adi Henrique Gaussman – contador e proprietário da Padaria Gaussman
Margot Guerra Sommer – paleontóloga e paleobotânica, professora aposentada da UFRGS
Átila Augusto Stock da Rosa – geólogo, professor da UFSM
Luiz Fernando Bresolin – aposentado, ex-sócio da empresa Madepedras
Luiz Fernando Minello – biólogo, professor da UFPEL

 

SOBRE O DIRETOR:


Silnei Scharten Soares, graduado em Comunicação Social, especialista em Produção Cinematográfica, mestre e doutor em Comunicação. Corroteirista e codiretor do curta metragem “A vida do outro” (1998), premiado nos festivais de cinema de Gramado e Brasília. Foi professor universitário de 1998 a 2017 em cursos de Comunicação e Design no Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e no Distrito Federal, ministrando disciplinas de Roteiro, Linguagem cinematográfica e História do cinema, e orientando trabalhos de produção audiovisual. Coordenou a área de vídeo do NEAD/UAB (Núcleo de Educação a Distância/Universidade Aberta do Brasil) da UNICENTRO (Universidade Estadual do Centro Oeste) no Paraná. Atualmente, atua como redator e roteirista, e desenvolve trabalho voluntário em São Pedro do Sul coordenando o Clube de leitura e o ciclo de vídeos Cine no cofre.

 

FICHA TÉCNICA:

Diretor: Silnei Scharten Soares
Assistente de direção: Laédio José Martins
Diretor de fotografia: Fabiano Foggiato
Diretor de produção: Larissa Essi
Técnico de som direto: Ronaldo Palma
Edição: Fabiano Foggiato
Making Off: Lucas Barbara
Desing: Diego de Grandi

Assessoria de Imprensa: Rede Sina |Melina Guterres

FINANCIAMENTO:

LEI PAULO GUSTAVO 2024 | MUNICÍPIO DE SÃO PEDRO DO SUL-RS

SOBRE O MUSEU WALTER ILHA
Desde sua criação, o Museu Walter Ilha é um dos pontos turísticos mais visitados de São Pedro do Sul, guardando em seus acervos alguns dos mais valiosos bens que o município possui, entre eles uma rica coleção de fósseis, réplicas e esculturas de fósseis animais são-pedrenses, além de um abundante número de fósseis vegetais (madeiras petrificadas), que datam entre 245 e 205 milhões de anos. Além de acervos Mineralógicos, onde se encontram amostras de minerais de São Pedro do Sul, do Rio Grande do Sul e de outras partes do país e Arqueológicos, com artefatos de indígenas antigos que contam muito dos costumes e da vida em sociedade ao longo da história de São Pedro do Sul.

Atualmente, o Museu Walter Ilha está localizado às margens da rodovia BR 287, na localidade da Carpintaria, a 11 km da sede de São Pedro do Sul. Mesmo com diversas mudanças o museu sempre manteve a busca por seu ideal inicial, a preservação, estudo e divulgação do patrimônio paleontológico e arqueológico são-pedrense. Para isso, além das exposições, várias atividades de cunho educativo e sociocultural são realizadas e apoiadas pelo museu.

Facebook: Museus Fernando Ferrari e Walter Ilha
Instagram: @museussps
Telefone e Whatsapp: (55) 32766145
E-mail: museusaopedrodosul@gmail.com
Site: www.dpculturasps.wixsite.com/saopedrodosul

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Línguas de Fogo – Ensaio sobre Clarice Lispector (Nova edição/ 2023) | por Cátia Castilho Simon   https://redesina.com.br/linguas-de-fogo-ensaio-sobre-clarice-lispector-nova-edicao-2023-por-catia-castilho-simon/ https://redesina.com.br/linguas-de-fogo-ensaio-sobre-clarice-lispector-nova-edicao-2023-por-catia-castilho-simon/#respond Fri, 08 Mar 2024 02:42:07 +0000 https://redesina.com.br/?p=120937 A primeira vez que tive contato com o livro Línguas de Fogo, da pesquisadora e escritora Claire Varin, foi na saída do Museu de Língua Portuguesa, quando visitava a exposição relativa à obra de Clarice Lispector, em meados de 2007. Do outro lado da rua, quase em frente à Pinacoteca de SP um vendedor ambulante …

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A primeira vez que tive contato com o livro Línguas de Fogo, da pesquisadora e escritora Claire Varin, foi na saída do Museu de Língua Portuguesa, quando visitava a exposição relativa à obra de Clarice Lispector, em meados de 2007.

Do outro lado da rua, quase em frente à Pinacoteca de SP um vendedor ambulante oferecia uma esteira de livros. Fiquei extasiada com o vermelho da capa e o título já conhecido. Peguei-o como joia preciosa. Já o havia procurado, mas estava esgotado nas boas casas do ramo. A edição é de 2002, pela editora Limiar/SP.

O livro traça o percurso do encontro da autora canadense, iniciado quando ainda era estudante de letras, com a obra da nossa escritora, Clarice Lispector. Com uma linguagem fluida e ensaística, Claire diz da sedução pela escrita clariceana e nos induz a ouvir também aos silêncios, às elipses e a segui-las.

A pesquisadora veio ao Brasil, encontrou pessoas caras à Lispector e visitou lugares por onde ela viveu. Para concluir a pesquisa ficou 16 meses em nosso país, retornando várias outras vezes, segundo Otto Lara Resende no prefácio do livro.  As notas introdutórias da primeira edição e da nova que, saem 20 anos depois, são assinadas pela professora, escritora e tradutora, Lúcia Peixoto Cherem. Durante o processo de tradução e publicação estabeleceram-se laços de uma grande amizade entre ambas, sem declinarem do espírito profissional, resultando em outras parcerias de estudos clariceanos para além do Brasil e do Canadá.

A nova edição/2023 saiu pela editora Nós/SP e chegou a mim, pelas mãos de sua tradutora. Tive a oportunidade e sorte de conhecer a Lúcia Cherem através da escritora e professora Marilia Kubota que sabia do meu trabalho de pesquisa sobre a obra de Clarice Lispector, no mestrado e doutorado. O Mulherio das Letras tem nos proporcionado essa ampliação de laços e horizontes.

Tanto Claire Varin quanto Lúcia Cherem são pesquisadoras da obra de Clarice Lispector e reconhecidas pela excelência de seus trabalhos. Ambas são versadas em vários idiomas, assim como Clarice. Essa afinidade tramada em fios sonoros da diversidade linguística e cultural, alarga visões de mundo. A sensibilidade ao espírito das línguas propicia a veiculação de contundentes singularidades presentes em suas obras.

A fim de reafirmarmos a grandeza da literatura brasileira, é de suma importância instigarmos a circulação dos livros da escritora, bem como os estudos clariceanos que fazem a diferença.

Finalizo com uma das epígrafes do livro, convidando a quem tiver ouvidos que ouça e, claro, busque o livro: “Ide às chamas do vosso próprio fogo e às brasas que vós acendeis.” Isaías 50,11

 

Cátia Castilho Simon

Poeta e escritora

Vice-presidenta cultural

AGES 2023/2024

 

 

 

 

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 As Ruínas do Bosque Vermelho | um conto de Carolina de Sá Schirmer https://redesina.com.br/as-ruinas-do-bosque-vermelho-um-conto-de-carolina-de-sa-schirmer/ https://redesina.com.br/as-ruinas-do-bosque-vermelho-um-conto-de-carolina-de-sa-schirmer/#respond Fri, 08 Mar 2024 02:10:16 +0000 https://redesina.com.br/?p=120943 As ruínas do Bosque Vermelho, localizado na Malásia, era um local sagrado, mas também considerado assombrado pelo que todos diziam. Ao mesmo tempo que aparentava um ar angelical, possuía barulhos intensos que se misturavam com sons de animais. A história era carregada e transmitida de boca a boca pelos moradores que ali viviam, possuía o …

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As ruínas do Bosque Vermelho, localizado na Malásia, era um local sagrado, mas também considerado assombrado pelo que todos diziam. Ao mesmo tempo que aparentava um ar angelical, possuía barulhos intensos que se misturavam com sons de animais.

A história era carregada e transmitida de boca a boca pelos moradores que ali viviam, possuía o nome de Bosque Vermelho por causa de suas características.

Grandes árvores que chegavam até o topo, algumas folhas carregavam a cor avermelhada de folhas de outono, além de um liquido vermelho que era extraído dos troncos das mesmas.

Na época ela era aberta, era um lugar lindo que chamava atenção de quem chegava, muitos forasteiros acreditavam que havia ouro naquele lugar, entravam e dali nunca mais saíam. Porém, naquele tempo ninguém sabia disso, até que um soldado resolveu entrar para impressionar os seus superiores, ele tinha um preço a pagar, por isso prometeu a si, que quando chegasse às ruínas faria de tudo para encontrar a tal riqueza que muitos acreditavam, mas assim que entrou nunca mais foi visto.

Os moradores foram avisados que aquele lugar era assombrado, desde então fecharam. Por muito tempo ficou fechado, mas uma certa vez um grupo de jovens de outro continente resolveram atravessá-la para ver o que esperava pelo outro lado, lá tinha muitos triângulos, esculturas, coberto pela mata verde que trazia junto às suas cobras venenosas que talvez por este motivo muitos não tenham voltado, continuaram a caminhar preparados com roupas e equipamentos para o que viesse.

O grupo de jovens era integrado por quatro estudantes universitários suecos que tinham a curiosidade de saber o que acontecia no seu interior.  Eles queriam entender o que realmente se passava nessa floresta e como trazer ela para a comunidade, abrir ao público, pois desconfiavam que pudesse ser algum jogo político.

Um dos jovens se chamava Gustav, tinha 23 anos, estudante de biologia, queria explorar a famosa floresta a qual por acaso ouviu falar na universidade. Queria saber se existiam criaturas realmente diferentes das quais estão habituados, queria observar e descrever as espécies que abrangiam o local

Possuía cabelos castanhos-claro liso, olhos verdes.

A outra se chamava Blenda, tinha 26 anos, estudante de química, queria conhecer o poder que a floresta carregava.

Apaixonada pelo poder da natureza, queria um momento de relaxamento e meditação já que ouviu falar que a mesma era sagrada.

Ela tinha cabelos pretos ondulados abaixo dos ombros e um belo par de olhos azuis.

O outro se chamava Christian, era irlandês,26 anos também e já morava na Suécia há mais de dez anos, era arqueólogo, queria contar com as suas próprias palavras a história surreal daquela floresta, com o seu amigo Stefan jornalista que tinha curiosidade pelo líquido vermelho extraídos das árvores

Christian tinha cabelos mais crespos e um tom de loiro escuro, enquanto Stefan tinha o cabelo bem liso e bem loiro. E Stefan era o mais velho do grupo com 29 anos.

Conseguiram entrar no bosque, embora houvesse obstáculos que impediam o acesso.

Em seguida, foram cortando as matas para avistar o que vinha pela frente, caminharam muito, parecia que o lugar não tinha fim, foi quando avistaram diversos triângulos em cima das rochas brilhosas, ficaram fascinados e se aproximaram, quando menos esperava um Xamã apareceu, o problema é que tentaram se comunicar com ele, mas a língua parecia ser diferente, afinal muita coisa havia mudado desde que os cidadãos foram habitando, este mesmo chegou perto deles e começou os analisar, fazendo gestos e citando palavras. Eles ficaram assustados, pois não entendiam nada.

Em seguida se aproximou outro Xamã que parecia falar a mesma língua deles,

___ Posso saber o que fazem aqui?

___ Viemos em busca de conhecimento.—Respondeu Christian.

___Eu quero aprender com essa floresta, muitos costumam comentar sobre ela.. — Blenda respondeu.

___ Vocês não estão em busca do misterioso líquido vermelho?— indagou o Xamã

___ Bom, eu ouvi falar que ele pode mudar a vida totalmente de quem o utiliza— disse Christian.

___ Sim, ele tem propriedades curativas, entre outras funcionalidades… muitos que aqui entraram vieram a sua procura para enriquecer e mudar de vida.

___ Vim com materiais apropriados para extraí-lo. — disse Christian

___ Meu jovem, esse líquido está onde ele deve estar.

___ Bom, eu tenho tempo.

___ Só lhe digo que tudo que aqui existe pertence aos deuses e a natureza.

___ Mas se está aqui na Terra também nos pertence e devemos utilizar para alcançar mais pessoas que possam ser beneficiadas pelo seu poder curativo.

___ Se eu fosse vocês, apenas contemplava o momento presente e a beleza que esse lugar esconde. É algo único, mas só vocês que tem o poder de fazer valer cada segundo.

___ Desde que passei entre essas árvores pude notar um ar diferente que preenche um lugar, é uma sensação de sofrimento…—disse Blenda.

___ Eu também sinto uma certa curiosidade, já vejo a matéria perfeita para sair na mídia, tão pouco divulgado com seus mistérios e eu tive a honra daqui explorar e conhecer pessoalmente. — disse Stefan.

___ Só digo a vocês que esse bosque tem sentimentos, cada folha caída tem sua história, o soar do vento carrega o suspiro de sofrimento, cada ser que aqui está tem sua função de proteger o seu lar.

___ É por esta razão que não consigo me conectar completamente com ela. É como se ela tentasse se expressar…—disse Blenda.

___ Ela tenta, mas muitos não a escutam e acabam se perdendo.

___ Como podemos nos comunicarmos com ela? — Indagou Blenda

___ Então, vocês vão precisar sentir e seguir os espíritos da natureza.

Depois de receberem os conselhos, eles seguiram o caminho, porém cada membro do grupo tinha um pensamento diferente, Blenda queria entender porque todo esse bosque carregava esse ar de sofrimento, tão sombrio e perturbador. Enquanto Gustav queria saber se realmente tinha tantas diversidades de flora e fauna.

Já Stefan e Christian, queriam realmente extrair o líquido vermelho para fazerem experimentos e compartilhar comercialmente para a população. Afinal, descobriram algo único e de valor que poderia mudar a história da humanidade.

Blenda contemplou a natureza, levantou seus braços e sentiu o sopro do vento, mas não notou nada diferente. Sentou-se em silêncio em posição de meditação, esperava que a floresta respondesse.com algum tipo de sinal.

___ Não adianta nada!- disse Stefan interrompendo o silêncio.

Blenda apenas ignorou e se manteve intacta na mesma posição enquanto os três seguiram adiante, naquela ocasião por acaso avistaram algo se mexer entre as matas, um deles se aproximou para ver o que era, mas quando chegou perto nada apareceu, por conseguinte um pequeno lagarto surgiu do meio das folhas, não ligaram e continuaram tentando buscar os sinais dos espíritos, novamente algo se mexeu entre as árvores e de trás saiu uma ninfa. Eles acharam ela uma figura tão encantadora nunca vista antes, resolveram se aproximar para fotografá-lá, no entanto, ela se movimentou para longe ficando um borrão na imagem.

Eles foram correndo atrás dela, talvez fosse ela que a levariam para a saída. Porém se enganaram, pois foi tão rápida que a perderam de vista.

Estavam sedentos,  por sorte encontraram um lago, quando se aproximaram viram uma sereia a se banhar nele, eles se ajoelharam no chão e começaram a tomar a água com as palmas das mãos, um fauno apareceu trazendo a eles um recipiente  em formato de guampa com água,  em seguida outros faunos apareceram tocando flautas e berrantes que eram tocados a cada pausa longa da melodia.

Outro ser esquisito apareceu e pegou seus equipamentos enquanto eles estavam distraídos.

Ficaram assustados, pois era uma música sombria, e por isso continuaram a sua viagem à procura da saída, perceberam que estavam sendo seguidos por umas figuras semelhantes a um sátiro a quais se veem em filmes, mas eles não estavam com uma aparência tanto amigáveis, por essa razão o grupo se obrigou a andar mais depressa…

Gritavam pelos Xamãs para que eles aparecessem, porém, nenhum sinal deles.

De repente avistaram algo no ar em movimento linear, perceberam que podia ser o tão falado espirito da natureza, e apareceu Blenda atrás deles.

___Vejam!-—ela gritou.

Outros seres continuaram a segui-los e o som dos instrumentos ressoava uma melodia melancólica, enquanto o grupo seguia os espíritos, até chegarem nas famosas ruínas  a qual avistaram um portal.

O portal simplesmente se formou e em volta dele luzes apareceram piscando como luzes natalinas, um som agudo soou tão alto a ponto de irritar seus ouvidos.

Stefan sugeriu para entrarem, mas os outros não concordaram porque prometeram encontrar a saída e faltava tão pouco para saírem dali. Além disso, eles conheceram o lugar misterioso que muitos não tiveram a chance de sair.

Mas, mesmo assim teimou e entrou sozinho no portal que consequentemente se fechou,

Os outros ficaram inquietos com a situação e resolveram seguir a viagem, enquanto caminhavam tentavam entender o que tinha acontecido, e pensavam em como deveriam agir em relação ao amigo e ao bosque.

Pareciam ter chegado ao fim do bosque, porque foram acolhidos por Xamãs a qual os aguardavam e um deles falou:

___ Esta é a primeira vez que alguém me escuta, muitos resolveram ficar por causa do liquido tão raro, estes nunca mais saíram daqui, ficaram presos em um reino assombroso, junto a seres não muito amigáveis.

___ O quê? Mas não podemos deixar nosso amigo ficar! — disse Gustav

___ Se ele conseguir escutar as almas do bosque vermelho é capaz de mudar de ideia para encontrar a saída, mas se ele escutar os dragões encantados ficará preso para sempre, mas apenas a natureza poderá guiá-lo, para isso terá que senti-la

___ Não tem como voltarmos para salvá-lo? O Xamã olhou  em seus olhos e teve uma ideia na qual pegou uma pena de uma ave e disse:

___ Deixe uma mensagem a esta pena que voará até ele e mostrará o caminho de volta.

___ Ele vai escutar?—Christian indagou.

___ Claro! Tudo está conectado e tem seu propósito.— ele respondeu.

A escolha deles posteriormente ao conselho, foi de retornar para encontrarem o amigo, pois não compreendiam o verdadeiro poder desta pena mensageira a qual teriam que enviar para seu amigo.

Porém, essa decisão resultou no desaparecimento de todos os membros do grupo e após investigações no local em busca do desaparecimento dos jovens, nenhum corpo foi encontrado, assim como nenhum Xamã foi visto e nem seres mitológicos…

Desde então em homenagens a estes jovens corajosos foi colocado uma estátua deles em frente às Ruínas, que ficou aberta por um tempo para que estudantes e pesquisadores analisassem o belo lugar.

A única coisa que permaneceu mesmo após anos foi uma tal pena que nunca parou de voar pelo local e também encontraram uma bota antiga.

Embora tenham curiosos que foram lá posteriormente, contam que as árvores estavam com aspectos estranhos com seus troncos tortos, e dizem que durante as investigações por detrás dos jovens foi visto silhuetas e sombras que não pareciam ser identificáveis, além de sons perturbadores que ressoavam.

Várias repercussões de que eles lá ficaram presos na obscuridade, guiado pelos dragões pela razão de terem sido gananciosos.

Pois Stefan queria se apoderar do líquido extraído e usar para o bem próprio. E enriquecer mediante recursos naturais do bosque

Porém, seus amigos não queriam deixar ele para trás, pois ele era importante para o grupo. O que supõe um interesse que poderia realmente ser o desaparecimento do amigo ou a curiosidade por detrás das Ruínas.

A grande questão é qual o preço que você paga para se satisfazer da riqueza e de uma possível vida melhor?

Você está disposto a arriscar algo tão alto como sua própria vida e suas crenças?

Até que ponto a ganância pode influenciar para poder provar o quão destemido você é?

Aquilo que pertence à natureza por alguma razão deve ser mantido no seu local de origem, sem haver interferência humana, não é só porque está na Terra que deve ser dominado pelo homem. Desde uma pequena pedra, sendo retirada do seu local de origem pode causar tremendas alterações ao ambiente.

Algumas verdades devem ser mantidas no seu devido lugar porque nem todos usariam para o bem comum e nem entenderiam

 

 

Carolina de Sá Schirmer, nascida em Santa Maria, no estado do Rio Grande Sul. Graduanda em terapia Ocupacional pela UFSM, finalizando a graduação em 2024. Amante da escrita desde jovem, criadora de histórias de ficção, mistério e fantasia. Recentemente em 2023 publicou seu primeiro E-book sobre a Escrita Terapêutica.

 

 

 

 

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Eveliny lança o single “Equilibrar” neste sábado 09/03 https://redesina.com.br/eveliny-lanca-o-single-equilibrar-neste-sabado-09-03/ https://redesina.com.br/eveliny-lanca-o-single-equilibrar-neste-sabado-09-03/#respond Thu, 07 Mar 2024 22:35:18 +0000 https://redesina.com.br/?p=120933 Gravado no estúdio Caixa de Sons e produzido por João Inácio “Jojô” da Silva, o single “Equilibrar” é a segunda prévia de “Mamãe I Love You”, disco de estreia da cantora santa-mariense Evelíny, com previsão de lançamento para o primeiro semestre de 2024. “Equilibrar” combina a autoconfiança bem-humorada da letra, usando o samba como metáfora …

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Gravado no estúdio Caixa de Sons e produzido por João Inácio “Jojô” da Silva, o single “Equilibrar” é a segunda prévia de “Mamãe I Love You”, disco de estreia da cantora santa-mariense Evelíny, com previsão de lançamento para o primeiro semestre de 2024.

“Equilibrar” combina a autoconfiança bem-humorada da letra, usando o samba como metáfora da vida cotidiana, com a irreverência instrumental do rock brasileiríssimo executado pela Banda Magnética, formada pelos músicos Cassiano Cassanta (guitarra), Yuri ML (baixo) e Rodrigo Rosa (bateria).

A composição é assinada por Evelíny em parceria com o músico Lutiano Nascimento.

Os arranjos foram executados pela Banda Magnética com guitarra, baixo e bateria, temperados pelos samples e guitarra de Jojô, atual guitarrista do cantor Johnny Hooker. A mixagem e a masterização são assinadas por Pedro Serapicos (SP).

O single estará disponível em todas as plataformas de streaming a partir deste sábado, 09 de março.

Faça o pre-save aqui para não perder o lançamento de “Equilibrar”.

Foto: Buena Onda
Release: Atílio Alencar

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Uma Eterna Despedida https://redesina.com.br/uma-eterna-despedida/ https://redesina.com.br/uma-eterna-despedida/#respond Thu, 29 Feb 2024 12:09:41 +0000 https://redesina.com.br/?p=120870 A vida, apesar de tantos fascinantes encontros É, também, uma eterna despedida   Quando nascemos, nos despedimos do útero materno Quando estamos alegres, nos despedimos da tristeza Quando crescemos, nos despedimos da infância Quando estamos gratos, nos despedimos do egoísmo Quando estamos maduros, nos despedimos dos pais Quando nos aceitamos, nos despedimos da raiva Quando …

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A vida, apesar de tantos fascinantes encontros

É, também, uma eterna despedida

 

Quando nascemos, nos despedimos do útero materno

Quando estamos alegres, nos despedimos da tristeza

Quando crescemos, nos despedimos da infância

Quando estamos gratos, nos despedimos do egoísmo

Quando estamos maduros, nos despedimos dos pais

Quando nos aceitamos, nos despedimos da raiva

Quando nos formamos, nos despedimos da Universidade

Quando oramos, nos despedimos do vazio existencial

Quando nos casamos, nos despedimos da solteirice

Quando aprendemos, nos despedimos da ignorância

Quando procriamos, nos despedimos da pressão social

Quando mudamos, nos despedimos do passado

Quando nos aposentamos, nos despedimos do trabalho

Quando nos encorajamos, nos despedimos de medos

 

Assim, no transcurso da vida, naturalmente nos despedimos…

 

Nos despedimos de coisas

Nos despedimos de invejas descabidas

Nos despedimos de ideais

Nos despedimos de ganâncias malparidas

Nos despedimos de desejos

Nos despedimos de arrogâncias indevidas

Nos despedimos de pessoas

Nos despedimos de insignificâncias desmedidas

 

E no último segundo, como um último suspiro, nos despedimos da própria vida.

 

PS: Para citar esta Poética Despedida:

Cargnin dos Santos, Tadany. Uma eterna despedida.

 

Se você deseja receber estes pensamentos e poemas diretamente no seu WhatsApp, envie uma mensagem para +91 9503299259 (Índia), que te adicionarei à lista (não é grupo).

 

Photo by Simon Berger on Unsplash

 

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ARTEVIVA 09 | MAS AFINAL, COMO É O MERCADO DA ARTE! | por Liana Timm https://redesina.com.br/arteviva-09-mas-afinal-como-e-o-mercado-da-arte-por-liana-timm/ https://redesina.com.br/arteviva-09-mas-afinal-como-e-o-mercado-da-arte-por-liana-timm/#respond Thu, 29 Feb 2024 01:02:05 +0000 https://redesina.com.br/?p=120790 Ontem estava eu numa reunião que prospectava a edição de um livro e fui perguntada sobre, afinal, o que é esse mercado da arte.  E quero aqui contar a vocês um pouco sobre o desenvolvimento da conversa. ………………………………………………………………………… Bem, podemos simplesmente dizer que o mercado em geral, é um lugar onde se comercializam serviços e …

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Ontem estava eu numa reunião que prospectava a edição de um livro e fui perguntada sobre, afinal, o que é esse mercado da arte.  E quero aqui contar a vocês um pouco sobre o desenvolvimento da conversa.

…………………………………………………………………………

Bem, podemos simplesmente dizer que o mercado em geral, é um lugar onde se comercializam serviços e produtos. Hoje, este lugar além de físico é também virtual. Podemos produzir, vender ou comprar qualquer coisa e estas transações funcionam segundo leis de oferta e demanda.

Existem vários tipos de mercado. O mercado oficial que segue regulamentos e cotações previamente determinadas; o mercado livre, sem regras fixas e o mercado paralelo ou mercado negro, que comercializa bens clandestinos.

O mercado das artes, por incrível que pareça, também é assim. As obras são produzidas por artistas e vendidas nestes três tipos de mercado. Também são comercializadas diretamente pelo artista aos interessados, ou através de intermediários. Este comércio é praticado tanto por pessoas físicas, jurídicas ou instituições.

Há também no mercado da arte uma prática muito recorrente chamada consignação. A consignação de obras de arte é um contrato comercial de venda, no qual o artista disponibiliza suas produções, como um empréstimo, para ficarem à mostra no espaço de exposição, até que alguém se interesse em adquirí-las. No preço final já está embutido quanto será repassado ao artista e quanto será a porcentagem do vendedor, caso a transação seja realizada.

O comerciante no caso, começa com uma vantagem: sem despender dinheiro recebe obras de vários artistas.  Assim reúne uma diversidade de produtos com potencial para atingir um maior número de compradores.

Esta prática do consignado acontece também no mercado livreiro. Os espaços de vendas de livros funcionam quase somente desta forma, deixando a margem de lucro dos autores e editores, lá embaixo. Claro que os acordos de grandes editoras com livrarias não são bem assim. As negociações, segundo os interesses, se diferenciam.

Obras sendo organizadas para serem expostas no Centro Cultural de Gramado • 2022 • Foto: Liana Timm

A venda de obras de arte tem muitos vieses. O comerciante pode transformar um artista em best-seller ou deixá-lo no limbo. E isso independe da qualidade da obra. O artista, não estando presente no espaço expositivo na hora das visitas de compradores, fica à mercê da boa vontade do vendedor que apresenta esta ou aquela obra, direcionando a compra.

Sendo a tendência da atualidade privilegiar obras neutra e mais decorativa, ou seja, mais digestivas, certamente as que contemplam estas características serão as primeiras a serem comercializadas pois não exigem muitos argumentos para o convencimento do comprador e este, por sua vez, não terá que se relacionar com ela de maneira exigente. Logo, as vendas se alicerçam mais no marketing e na influência de formadores de opinião, hoje chamados de influencers, construídos e disseminados pelas redes sociais como uma praga. E ainda: artistas mortos e portanto com quantidade limitada de obras, tendem a ser os mais caros e desejados desse comércio.

Obras sendo apreciadas pelo público visitante • FILILGRAM 2022 • foto: acervo da artista

O VALOR DAS OBRAS DE ARTE

 O valor atribuído a uma obra de arte, resulta de uma construção social. Esse valor, já que a qualidade de uma obra não é objetiva, depende de vários fatores. Um artista pode adquirir estatuto no mercado pelo tempo que atua na sociedade em que vive. Suas relações sociais, ao longo da vida, vão permitir aos seus contemporâneos, uma ideia da qualidade dos objetos artísticos que produz. Esta avaliação não é baseada nas propriedades intrínsecas das obras mas na posição ocupada pelo artista em seu contexto social. Adquire também valor pelas apreciações que recebe de analistas, historiadores, marchands e especialista na área.

O mercado da arte difere de outros mercados quanto à valores. O preço final de uma obra de arte não é baseado no custo de produção nem de mão de obra, mas em fatores abstratos.

Desenhos em produção no atelier da artista • foto: Liana Timm

Numa sociedade de consumo como a nossa, a legitimação de uma produção artística é processada de acordo com o mercado. Quem trabalha com arte, na ponta de sua comercialização, sabe que vai precisar inventar cada vez mais diversidade e quantidade de ofertas, ficando em segundo plano a qualidade do produto.

Diversidade em quantidade e valor monetário são então os parâmetros assumidos pelo mercado da arte. Diante disso, a necessidade de criar rapidamente a reputação de novos artistas torna-se evidente. Eles serão apresentados aos consumidores, através da coordenação de estratégias, que possibilitem aos potenciais compradores, acreditarem nos novos produtos. Estes, na maioria com precária cultura artística, buscam a opinião dos ditos especialistas, para concretizarem seus investimentos. Pois a aquisição de uma obra é vista como investimento.

Um trabalho conjunto entre negociantes e artistas se estabelece para a produção e comercialização destes produtos. Através destas estratégias, as obras de arte se igualam a qualquer produto de supermercado. O processo de seleção das obras se torna semelhante ao de qualquer produtos onde o que se busca é objetividade e bom preço. Mas também onde o que se busca é status. E é por esta busca que a aquisição de uma obra se distancia de produtos corriqueiros e entra no rol do mercado do luxo.

Série DISPERSOS REUNIDOS • GALART Galeria de Arte • 2022 • foto: Liana Timm

Um local de venda de arte tem seus custos. Aluguel, conta de luz, água, funcionários e assim vai. Criar o interesse do público é fundamente para estimular as aquisições pois sem elas o estabelecimento fechará suas portas.

A producão da arte, sua circulação, sua legitimação e consumo, constituem o sistema das artes. Na ponta está o artista produtor, depois os espaços de amostragem que pode ser o próprio atelier do artista, as galerias, os museus, as instituições culturais, a internet e assemelhados. Em seguida a legitimação, através dos críticos, dos formadores de opinião, dos especialistas em história da arte, dos marchands e da mídia. Fechando o sistema está o mercado consumidor, constituído por pessoas físicas, jurídicas ou instituições governamentais. Tudo isto atua em conjunto na construção do valor das obras.

série DUAS MULHERES DE FINO TRAÇO: Clara Pechansky e Liana Timm • Galeria DUQUE * 2023 * Foto: Luis Ventura

A ARTE ATRAVÉS DA HISTÓRIA

 Vamos entender – muito suscintamente –  como o universo da arte chegou até o século XXI. Para isto teremos que retornar à Florença do século XV quando o mercado cultural surgiu e com ele a palavra artista. Pois foi nesta época que os artistas começaram a se independizar da igreja e da corte, coincidindo com o surgimento dos primeiros museus, das primeiras galerias, dos primeiros teatros e das salas de concertos.

Surgiram os  mecenas,  ricos e poderosos comerciantes, príncipes, condes, bispos e banqueiros que financiavam e investiam na produção de arte como maneira de obter reconhecimento e prestígio na sociedade. Eles foram de extrema importância para o desenvolvimento da escultura, pintura, literatura e arquitetura, durante o período do Renascimento Cultural (séculos XV e XVI).

A burguesia, classe social que enriqueceu muito com o renascimento, viu na prática do mecenato e na compra de títulos de nobreza, uma forma rápida de ascensão social.

MOCO The Contemporary Museum/Amsterdam, Villa Alsberg de 1904 • foto de 2019: Liana Timm

Com o desenvolvimento das grandes navegações, os colonizadores europeus ao conquistarem novas terras, levavam para seus países, objetos dessas cultura e os exibiam nas metrópoles.

Os artistas, até a Idade Média, não buscavam nem originalidade nem criatividade,  trabalhavam coletivamente repetindo códigos e símbolos da  igreja e da corte.

Ao surgir o capitalismo, a burguesia e a aristocracia se aproximaram da intelectualidade fazendo surgir um novo público para as atividades artísticas. Criado então, o mercado específico para os objetos culturais.

A reforma religiosa, acabando com a decoração dos altares e a pintura de afrescos, deixa os artistas sem trabalho, e eles reagem produzindo obras não solicitadas. E quem iria vendê-las?  Surge aí a figura do marchand.

PRAÇA DE SÃO MARCOS/Veneza •1117 • Foto de 2006: Liana Timm

A liberdade conquistada pelos artistas, ao se independizarem do clero e da corte, precisava de uma estabilidade. Surgem os contratos vitalícios firmados com os comerciantes de arte.  Em troca de moradia e comida, os artistas produziam obras com temas encomendados pelos cliente dos marchands. Esta prática se estendeu por toda a Europa e principalmente na França, Holanda e Itália.

Aumenta assim o individualismo, deslocando a atenção da obra para a figura do autor, sendo a assinatura, nas obras, também extremamente valorizada.

Nos séculos XVII e XVIII interpõe-se o mercado entre a produção das obras e seu consumo. A partir daí o artista passa a ignorar quem é seu público e o que é feito com sua obra, dando a ele a impressão que é livre para criar. Isola-se para produzir construindo um mundo à parte. Nesta época, a escultura e a pintura se desvinculam da arquitetura, deixando de ser uma criação coletiva, como na Idade Média, para exercer uma função separada da construção. Surge a pintura de cavalete e a escultura de pedestal povoando as propriedades privadas da época.

A ARTE DEPOIS DO SÉC. XIX

BIBLIOTECA PÚBLICA de New York • fundado em 1895 • Foto de 2015: Liana Timm

Até o séc. XIX a arte parecia ter o poder de realizar o ideal que a vida não conseguia. E a estética deste tempo ainda não havia conseguido aproximar os fatores psicológicos e sensível da produção artística.

A partir do séc XIX, o criador romântico e idealizado, produz sua obra com os pé na terra e revoluciona, liberando a imaginação atrofiada e seu inconsciente.

A ARTE NESTE MUNDO GLOBALIZADO

Casa de Claude Monet em Giverny/França • 2019 • Foto: Liana Timm

Inteligência e entendimento se articulam no ambiente em que vivemos. Nele afetamos e somos afetados. As determinações globais influenciam, senão de maneira direta, de maneira indireta nosso comportamento. A vida artística local, com suas autênticas características, fica sufocada pelas ofertas vindas de um mercado exterior que domina o ciclo de criação, produção, distribuição, promoção e recepção de bens cultural.

O que chega até nós, fica por conta de um sistema manipulatório cujas diretrizes vão ao encontro dos interesses acordados pelas indústrias de consumo.

Para exemplificar, cito o caso da Pantone. Todo ano a Pantone, empresa americana de consultoria de cores, apresenta ao mundo, o que determina ser a cor do ano para o universo da moda, do design e da decoração. E o recado fica dado: quem utilizar a cor do ano em suas criações está dentro da moda, quem não, está literalmente fora.

A indústria cultural, produz bens culturais padronizados para manipular a sociedade de massa. Por influência dela, as pessoas tornam-se dóceis por mais difíceis que sejam suas circunstâncias econômicas.

Esta indústria, cria falsas necessidades psicológicas que só podem ser atendidas pela compra de produtos de consumo. Produtos estes padronizados e homogeneizados para serem consumidos pela maioria das pessoas. Assim o sujeito consumidor passa a ser tratado como objeto. A intenção da industrial cultural não é promover conhecimento, pois este re-sulta em questionamentos, rompimento de paradigmas, busca de novas resposta e o desejo de mudanças. A indústria cultural está voltada para aproximar o sujeito do consumo.

As produções culturais, e particularmente a arte, tornaram-se terrenos fáceis de manipulação. A indústria cultural e a comunicação de massa se aliaram nesta tarefa.

ARTE PARA CONSUMO

Teto de uma das alas do PALÁCIO DE VERSALLES/Paris • 2019 • Foto: Liana Timm

Com o surgimento da nova classe média, cultura e arte se adaptam a um novo público, deixando de lado a sua verdadeira essência. O sistema dominante necessitando de lucro, fomenta a alienação massificada para a sua sobrevivência e transforma a cultura em mais um dos instrumentos do capitalismo.

O termo indústria cultural, designa o fazer artístico sob a lógica da produção industrial capitalista.   Tem como meta o lucro acima de tudo e a idealização de produtos que fabriquem ilusões para as massas.

A Indústria Cultural congela a capacidade de pensar criticamente, e quem se desvia do consumo é tratado como anormal.

A cultura popular e a erudita são apropriadas e simplificadas e transformadas em produtos consumíveis sem originalidade e criatividade. Juntam-se a Indústria Cultural e os meios de comunicação criando a crença na liberdade individual. Cresce o sentimento de satisfação pelo consumo, como se através dele atingíssemos a  felicidade.

Apesar da arte sofrer consequências desastrosas parece que ela tende a uma forma de democratização através dos mecanismos de reprodução que atingem um número maior de pessoas.

Projeto AS QUATRO ESTAÇÕES • Shopping Iguatemi/POA • 2015 • Foto: Liana Timm

QUEM LUCRA COM A ARTE?

A arte está ligada, desde sempre, à sensibilidade e à imaginação. Se antes era motivo de contemplação e interação, hoje é motivo de lucro.

A mudança de característica compromete seu valor crítico e acaba com a capacidade de julgamento do consumidor. Sendo esta arte produzida com o já conhecido e o experimentado, cessa a participação intelectual do público em sua análise. Ele não encontra nela as contradições do meio em que vive pois suas características contestatórias e transgressoras foram abafadas.

O sistema, ao deparar-se com manifestações desestabilizantes, rápidamente se apropria delas, introduzindo-as no mercado para neutralizá-la. Exemplo bem atual foi o que aconteceu com o graffitti.

O grafite surgiu, como um movimento de contra-cultura e resistência, vindo dos guetos norte-americanos e da revolta dos estudantes em 1968, na França. Hoje, absorvido pelo mercado, se transformou em telas e outros produtos vendáveis e está copletamente distante de sua essência transgressora.

Série EU QUERO ESTE PORTO ALEGRE • movimento deflagrado em 2003 para que o Cais do Porto de POA fosse restaurado e colocado às disposição da comunidade • 2003 • Fazem 21 anos. Foto: Liana Timm

Os grandes painéis feitos na rua, agora são financiados por particulares, que limitam sua temática, transformando a linguagem do grafite em mera ornamentação pois, mesmo que delatando algo, essa manifestação de dissolve com a sua apropriação pelo sistema da arte.

ARTE EM TEMPO MAIS ESCUROS

 Em meio à crise da pandemia, espaços culturais foram fechados e todas as atividades canceladas como prevenção à contaminação. Os artistas, que precisam de público para sua sobrevivência, se viram num beco sem saída. O pouco dinheiro ganho com espetáculos, shows, feiras e trabalhos informais neste período inexistentes, fragilizaram ainda mais a sua já precária inserção no mercado de trabalho. Sem carteira assinada nem direitos trabalhistas assegurados, a situação dos artistas escancarou sua cruel realidade. A situação do artista, de extrema informalidade, não é isolada. Nossa população tem cerca de 41,3% de trabalhadores sem nenhum direito garantido. Isso pode ser considerado como uma sociedade justa? Quem lucra com esta exploração incentivada por uma sucessão de governos que defendem o estado mínimo?

Artistas filmando nas ruas de Barcelona • 2006 • Foto: Liana Timm

OS ARTISTAS E A REALIDADE ATUAL

 A classe dos artistas brasileiros precisa de uma política que dê conta desta atividade no dia a dia e não só nos momentos de crise.

Se alguém pensa que a cultura é um luxo se engana. As atividades artísticas fazem parte das nossas vidas cotidianamente. Vivemos aqui, no planeta terra, com muitas fomes. Além das fomes físicas necessitamos de outros alimentos. Nossa alma quer se encantar, se apaixonar, transcender e sonhar. Necessitamos criar redes de relações calcadas em valores que nos levem a outros patamares, por isso urge que nos libertemos deste globalizado capitalismo para a criação de um novo modo de viver, produzir, se relacionar com a natureza e com nosso semelhante.

MUSEU DE ARTE MODERNA de NOVA YORK • MOMA• Andy Warhol • 2015 • Foto: Liana Timm

Explorar sem limites todos os bens naturais, mercantilizar e especular financeiramente todas as coisas, querer o maior lucro dentro do menor tempo possível se apropriando da vida humana, é um fracasso em vez de uma vitória.

Precisamos de um tempo para o prazer. Prazer de conviver com as pessoas e com a natureza, ser alegre pelo simples ato de viver.

Como tudo isto não importa à cultura do capital, ele vende que o caminho para uma vida de satisfações só é alcançada pelo consumo.

Os assuntos aqui abordados são complexo e certamente só levantamos questões que precisam ser aprofundadas mais adiante. Mas pelo menos relembramos algumas etapas importantes da história da arte que contribuíram para que ela chegasse no estágio em que está hoje.

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