Para ler cantando junto com “ando, meio desligado” eu não queria ser “o mar de altivo porte” da Florbela eu queria ser a sanga escondida nos taquarais eu queria ser o bezerro ungido pelo leite matinal-maternal eu queria ser o par de asas de uma borboleta qualquer eu queria ser …
Read More »Felipe Freitag
Sobre “aqueles dois”, por Felipe Freitag
“Pelas tardes poeirentas daquele resto de janeiro, quando o sol parecia a gema de um enorme ovo frito no azul sem nuvens no céu, ninguém mais conseguiu trabalhar em paz na repartição. Quase todos ali dentro tinham a nítida sensação de que seriam infelizes para sempre. E foram.” (Caio Fernando …
Read More »Santa Maria salvou a minha vida, por Felipe Freitag
Dia desses fui à UFSM e acabei, de algum modo, vendo-me naqueles rostos ainda imberbes dos novatos que agora estão na universidade. Tudo se renova. Em átimos de flashbacks, eu, filósofo de janela de ônibus, comecei a refletir sobre a minha trajetória de estar, na universidade, e, sobretudo, de ser …
Read More »Cheio de letras minúsculas, por Felipe Freitag
Aí a gente toma uma ceva (daquelas mais baratas porque a vida não é fácil) com uma amiga em uma praça e então a gente vai tecendo, tecendo, tecendo. E os fios da vida vão dando nós. E nós desatamos, ou ao menos tentamos. E nesse fluxo incessante de pensar …
Read More »A rezadeira da minha Macondo, por Felipe Freitag
Em memória de Alvina Maria Ottobelli. Assim como a epifania das madeleines de Marcel Proust, na obra Em busca do caminho perdido, ao visualizar aquelas limas maduras brotando como que em cachopas, em um pé nem tão grande nem tão minguado, nos fundos da casa, em minha primeira visita àquela …
Read More »Eu, meu nono e as telenovelas
Em memória de meu nono Gomercindo Stival. Minha mãe sempre dizia (e ainda diz e muito e constantemente e em um sem fim de vezes) que a fruta não cai longe do pé. Sei muito bem que sou a fruta e que meu nono é o pé. Sinto isso no …
Read More »Uma carta nunca enviada, por Felipe Freitag
Pelo mês do orgulho LGBTQIAPN+ Em memória de Nei D’Ogum, de Ricardo De Agué e de Verônica Oliveira. Santa Maria, Rio Grande do Sul, alguns dias de março de 2009 em doses homeopáticas. “Mas eu vejo suas cores reais Brilhando por dentro Eu vejo suas cores reais E …
Read More »E são tantos Bebês Renas, por Felipe Freitag
*Aviso de gatilho: este conteúdo traz temas como violência sexual e abuso infantil* “Já li tudo, cara, já tentei macrobiótica psicanálise drogas acupuntura suicídio ioga dança natação cooper astrologia patins marxismo candomblé boate gay ecologia, sobrou só esse nó no peito, agora faço o quê?” (Caio Fernando Abreu) Há dezesseis …
Read More »Do menino-professor com o olho vesgo de poesia, por Felipe Freitag
Em homenagem aos professores Sadi Centenaro e Nilsa Luersen Piaia “Há um menino Há um moleque Morando sempre no meu coração Toda vez que o adulto balança Ele vem pra me dar a mão.” (Bola de meia, bolda de gude, Milton Nascimento) Aos cinco, seis anos de idade (as pupilas …
Read More »Eu sempre soube que meus pais faziam poemas, por Felipe Freitag
Em homenagem à minha mãe Elenita Stival Freitag e ao meu pai Darci Freitag “No descomeço era o verbo Só depois é que veio o delírio do verbo. O delírio do verbo estava no começo, lá onde a criança diz: Eu escuto a cor dos passarinhos. A criança não …
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