Arquivos VIAJAR - Rede Sina https://redesina.com.br/category/historia/partiuviajar/ Comunicação fora do padrão Fri, 08 Sep 2023 05:52:03 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.4.4 https://redesina.com.br/wp-content/uploads/2016/02/cropped-LOGO-SINA-V4-01-32x32.jpg Arquivos VIAJAR - Rede Sina https://redesina.com.br/category/historia/partiuviajar/ 32 32 Entardecer de agitação e fúria por Vitor Biasoli https://redesina.com.br/entardecer-de-agitacao-e-furia-por-vitor-biasoli/ https://redesina.com.br/entardecer-de-agitacao-e-furia-por-vitor-biasoli/#respond Fri, 08 Sep 2023 05:52:03 +0000 https://redesina.com.br/?p=113122 Há “tardes que morrem voluptuosamente”, escreveu Florbela Espanca, mas também há tardes que morrem embaralhadas em agitação e fúria. Entardeceres confusos, nos quais a vida ganha um ritmo alucinado e nos escapa do controle. Foi assim, certa vez, que vivi um final de dia em Paris, uma cidade que ocupa o nosso imaginário desde sempre. …

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Há “tardes que morrem voluptuosamente”, escreveu Florbela Espanca, mas também há tardes que morrem embaralhadas em agitação e fúria. Entardeceres confusos, nos quais a vida ganha um ritmo alucinado e nos escapa do controle. Foi assim, certa vez, que vivi um final de dia em Paris, uma cidade que ocupa o nosso imaginário desde sempre.

Eu vinha de uma temporada em Roma e me enturmei com um grupo de turistas brasileiros, no qual se encontrava minha antiga companheira. Com essa turma vivi uma semana de belos programas, daqueles que só confirmam o encantamento da cidade: passeio de barco pelo Sena, almoço com direito a champagne, caminhada pela Champs Elysées, visita ao Palácio de Versalhes e dia inteiro no Louvre. Cada lugar saborosamente aproveitado e rememorado até hoje. Mas houve um dia, apenas um dia, em que a situação escapou do controle.

Nem sempre minha companheira e eu andávamos com o grupo e muitas vezes nos afastámos para passeios apenas nós dois (como tantas vezes fizemos, em São Paulo e Rio de Janeiro, Buenos Aires e Havana, Lisboa e Madri). E assim mergulhamos no Louvre, tanto conferindo as famosas “Vênus de Milo” e “Mona Lisa”, quanto nos surpreendendo com “Retrato de Madeleine”, de Marie-Guillemine Benoist, que, naquela época, deixava de ser “Retrato de uma negra” e ganhava o nome da modelo, Madeleine, uma empregada da família da pintora.

Uma tarde, porém, a situação se embaralhou. Naquele dia, saímos com o grupo no início da manhã para um tour no coração da cidade e pegamos o metrô até a Estação da Ópera Garnier. A ideia era visitar a Ópera por dentro, mas o teatro estava fechado. Seguimos para as luxuosas Galerias Lafayette, andamos pelas arcadas da Rue de Rivoli, almoçamos num restaurante com garçom escolado em atender clientes sem domínio do francês, conferimos os buquinistas das margens do Sena e fomos visitar a igreja de Saint Chapelle, a Conciergerie, terminando na cela onde ficou aprisionada Maria Antonieta antes de ser guilhotinada (hoje, local com altar para culto à rainha).

A partir daí, um cansaço tremendo e um café na Praça Stravinsk, para encerrar a jornada. Ou, pelo menos, foi o que imaginei: usufruir a mansidão do entardecer e retornar ao hotel. Mas o grupo optou por continuar e, quando dei por mim, estava nas imediações da Praça Concorde, alterado, tentando convencer minha companheira a terminar aquele passeio. Forcei-a a sentar num bar no início da Champs Elysées, enquanto o grupo continuava na direção do Arco do Triunfo.

Paris esconde e escancara maravilhas, mas aquele era o momento de parar. A tarde morrera, viera a noite e as luzes da cidade explodiam ao meu redor. Champs Elysées estava freneticamente iluminada e movimentada, pedi uma taça de vinho (delicioso, comprovei, anotando seu nome no folder da exposição sobre Maria Antonieta, na Conciergerie, que até hoje não reencontrei). Bebi observando o movimento, enquanto minha companheira, indignada, me fuzilava com os olhos.

Nem todas as tardes morrem voluptuosamente prenunciando atmosferas de sonho, como poetiza Florbela Espanca, e eu bem sei (já sabia naquele tempo) que há entardeceres feitos de agitação e fúria, sobre os quais não temos nenhum controle e é melhor esquece-los. Mas entardeceres assim, vividos em Paris, até é bom recordar.

Vitor Biasoli
nasceu em Pelotas (1955) e vive em Santa Maria desde 1991. Formou-se em História (UFRGS, 1977), fez mestrado em Letras (PUCRS, 1993) e doutorado em História Social (USP, 2005). Lecionou em escolas do Ensino Fundamental e Médio (1978-1991) até ingressar na Universidade Federal de Santa Maria. Atualmente está aposentado. Publicou livros acadêmicos e literários, entre eles: Jorge encontra Lilian (novela juvenil, 1998), Calibre 22 (poemas, 1999), Uísque sem gelo (contos, 2007), Santa Maria: ontem & hoje (crônicas, 2010), O fundo escuro da hora (contos, 2018), Paisagem marinha (poemas, 2021) e Itália, trilhos e café: histórias da família Biasoli (crônicas, 2022). Pertence ao grupo de escritores da “Turma do Café” e é colunista da Rede Sina.
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CONCORRA A UM FINAL DE SEMANA NO LÁ FLORESTA FLAT NA PRAIA DO ROSA EM GAROPABA-SC https://redesina.com.br/umfindnorosa/ https://redesina.com.br/umfindnorosa/#respond Sun, 29 Jul 2018 07:48:34 +0000 http://redesina.com.br/?p=4257 PROMOÇÃO ENCERRADA! O GANHADOR FOI MÁRCIO LIS.  LEITORES DA REDE SINA TEM 10% DE DESCONTO NA HOSPEDAGEM NO LA FLORESTA FLAT NA PRAIA DO ROSA. Que tal passar um final de semana em um Flat na Praia do Rosa? A REDE SINA E LÁ FLORESTA FLAT criaram o concurso “Minha sina é ir pra o Lá Floresta …

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PROMOÇÃO ENCERRADA! O GANHADOR FOI MÁRCIO LIS. 

LEITORES DA REDE SINA TEM 10% DE DESCONTO NA HOSPEDAGEM NO LA FLORESTA FLAT NA PRAIA DO ROSA.

Que tal passar um final de semana em um Flat na Praia do Rosa?

A REDE SINA E LÁ FLORESTA FLAT criaram o concurso “Minha sina é ir pra o Lá Floresta no Rosa”  que garante a hospedagem de até 3 pessoas em um final de semana entre setembro e outubro de 2018 no flat na Praia do Rosa-SC.

Para participar da promoção você precisa fazer seu cadastro e completar a frase “Minha sina é ir pra o Lá Floresta no Rosa….”. O autor da melhor frase poderá programar sua viagem. Essa promoção garante a hospedagem, não inclui deslocamento e alimentação. O vencedor combina a data que deseja se hospedar com o flat.

Inscrições até dia 18, terça às 23h59.

Ao se cadastrar na promoção, você LEITOR DA REDE SINA também garante desconto na hospedagem na pousada até o final deste ano. Basta apresentar o comprovante do seu cadastro da promoção que é enviado automaticamente no seu e-mail ao se inscrever.

Escreva sua frase em:

QUERO PARTICIPAR

 

LÁ FLORESTA FLAT

Confortável para uso de pessoas exigentes em busca de experiencias felizes e prazerosas junto a natureza preservada.

Rua Estrada Geral do Ouvidor (523,29 km)
88495 000 Garopaba

(48) 99179-6859

https://www.facebook.com/lafloresta.flat/


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Praia do Rosa é uma das 30 baías mais bonitas do mundo

Pra quem gosta de agito noturno, pra quem gosta de curtir a natureza, pegar onda, passear com a família, crianças…

Na Praia do Rosa cabe todos públicos e interesses… É um incrível recanto natural catarinense, com praias e lagoas cercadas por muito verde e que fazem parte do Parque Nacional da Serra do Tabuleiro. A principal, que tem cerca de 2 km de extensão com mata nativa ao redor, além de costões em seus dois cantos. A areia é clarinha e o mar é bem azul, com boas ondas que atraem surfistas – principalmente no inverno, quando ficam maiores.

Quem viaja até a Praia do Rosa com crianças costuma aproveitar bastante a lagoa que existe bem no meio (e que, não por acaso, recebe o nome de Lagoa do Meio), com apenas a areia separando ela do mar agitado. Muita gente pratica stand up paddle ou caiaque nela. E é exatamente essa parte central a mais família. No cantão norte, mais vazio, e no sul, onde há mais bares, os surfistas e a galera jovem imperam.

Para quem vai no segundo semestre, a observação de baleias francas é um programa imperdível.

Resultado de imagem para PRAIA DO ROSA

Entre junho e novembro elas visitam a região para fins de procriação e amamentação dos filhotes. E a galera marca presença nos costões com uma vista privilegiada para o espetáculo proporcionado pelos mamíferos.

Imbituba é um município brasileiro, situado no litoral sul do estado de Santa Catarina. De acordo com estimativas do Censos 2010 do IBGE, sua população é de 40.170 habitantes, com uma unidade territorial de 186,787 km².

Considerada a capital nacional da Baleia-franca, estrutura-se mais a cada ano para receber o crescente número de turistas que visitam a cidade. Cidade pouco edificada, sua população se dispersa nos distritos do Mirim, Vila Nova e a Sede. Possui praias importantes como a Praia do Rosa, considerada uma das 30 baías mais bonitas do mundo.

(Fonte: Guia Brasil, Wikipédia, Diário Catarinense)

 


REALIZAÇÃO:

 

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Viajando pelo deserto, por TADANY https://redesina.com.br/viajando-pelo-deserto-por-tadany/ https://redesina.com.br/viajando-pelo-deserto-por-tadany/#respond Wed, 27 Dec 2017 07:31:11 +0000 http://redesina.com.br/?p=3604   Após a tão discutida e controversa virada do Milênio, viajei para a Jordânia. Um país que me conquistou à primeira vista, primeiro porque quebrou muitos dos pré-formatados conceitos que havia escutado sobre o Oriente Médio, pois as pessoas nas ruas caminhavam alegremente, as mulheres trabalhavam, usavam calças jeans e frequentavam os bares e restaurantes …

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Após a tão discutida e controversa virada do Milênio, viajei para a Jordânia. Um país que me conquistou à primeira vista, primeiro porque quebrou muitos dos pré-formatados conceitos que havia escutado sobre o Oriente Médio, pois as pessoas nas ruas caminhavam alegremente, as mulheres trabalhavam, usavam calças jeans e frequentavam os bares e restaurantes somente com outras amigas, mas acima de tudo, as pessoas eram genuinamente gentis.

Após alguns dias na capital, Amman, desfrutando da magia de antigas ruínas, deliciando nos cafés com seus excêntricos doces e ter visto os magníficos pilares do templo romano de Hércules, filho de Júpiter, embarquei numa viagem até Aqaba, que fica às margens do Rio Vermelho.

Todo o trajeto de largas e ótimas estradas cruza o deserto cuja paisagem é em parte fascinante pela beleza dos morros de pedras basálticas ou pedras de calcário, admiráveis obras maestras naturais e, a outra parte que é o deserto de areia, um presságio de um aparente vazio e uma inconsolável mesmice que abrem as portas da imaginação.

No caminho, avistei pela primeira vez na vida um grupo de Beduínos que, caminhando, pastoreavam algumas cabras.

Parei para conversar com aquele exótico grupo que, em segundos mostrou-se ser contagiantemente receptivo. Caminhei por um longo tempo com eles, apenas observando e, vez que outra, ouvindo algumas histórias que um deles me contava sobre sua vida até que, notando que era chegado a hora de seguir viagem, disse-lhes que havia escutado que os casamentos deles eram arranjados pelos pais ou pelo chefe da tribo e, consequentemente, perguntei se era verdade e qual era a opinião deles sobre este assunto. Um jovem que estava no grupo, me olhou com um sorriso gentil, confirmou que sim num simples movimento de cabeça e, depois, respondeu num tom interrogativo: Quem melhor que os mais velhos e experientes para saber o que, e quem, é melhor para nós?.

Naquele instante, revelou-se o poder das tradições, dos costumes e das distintas regras sociais que povoam o nosso fantástico planeta. Uma distinta visão de algo incomum para a minha realidade.

Finalmente, antes de partir, sentamos entre as rochas e tomamos um café com gengibre e umas folhas verdes que nunca as tinha visto, mas que no conjunto daquele hospitaleiro encontro, tinham sabor de fraternidade, de inusitadas experiências e de distinguíveis visões de mundo. (Tadany – 19 12 06)

Versão Áudio – Clique no Link para Escutar

 

TADANY CARGNIN DOS SANTOS

Executivo Internacional. Cidadão Global. Palestrante. Poeta. Escritor. Pensador. Counsellor. Espiritualizado. Alegre. Curioso. Dinâmico. Profundo. Agradecido. Aventureiro. Tadany é formado em Administração de Empresas pela UFSM. Já trabalhou em muitos países ao redor do mundo e, atualmente, é Gerente de Globalização na IBM Índia. Ademais, por 3 anos, ele também estudou Advaita Vedanta num monastério nos Himalayas (Índia) com o Swamy Dayananda Sarasvati (www.dayananda.org). 

 

 

PS: Para citar este texto:

Cargnin dos Santos, Tadany. Viajando pelo Deserto. www.tadany.org®

 

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Sabedoria Indiana, por Tadany https://redesina.com.br/sabedoria-indiana-por-tadany/ https://redesina.com.br/sabedoria-indiana-por-tadany/#respond Tue, 31 Oct 2017 06:01:43 +0000 http://redesina.com.br/?p=3378   Fazia 7 dias que me deliciava com a energia de Varanasi, a mágica capital de Shiva na milenar Índia. Todos os dias quando saía pergrinar pelos recônditos da cidade, passava em frente à uma construção onde havia uma senhora que realizava o pesado trabalho de carregar pilhas de tijolos e bolsas de argamassas para …

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Fazia 7 dias que me deliciava com a energia de Varanasi, a mágica capital de Shiva na milenar Índia. Todos os dias quando saía pergrinar pelos recônditos da cidade, passava em frente à uma construção onde havia uma senhora que realizava o pesado trabalho de carregar pilhas de tijolos e bolsas de argamassas para os pedreiros, mas que, apesar da estafante e árdua tarefa, ela sempre trazia no rosto uma iluminada alegria e, entre um transporte e outro, recitava um melódico mantra ou assobiava uma deliciosa canção. Então, um dia, curioso, cheguei perto dela e lhe perguntei:

Desculpe-me interrompê-la, mas a tenho observado por dias e a Senhora parece estar sempre contente e feliz?

Ao que ela abriu um carinhoso sorriso e me respondeu:

 – Sim, e o senhor conhece outra maneira de viver?

(Tadany – 11 06 07)

 

TADANY CARGNIN DOS SANTOS

Executivo Internacional. Cidadão Global. Palestrante. Poeta. Escritor. Pensador. Counsellor. Espiritualizado. Alegre. Curioso. Dinâmico. Profundo. Agradecido. Aventureiro. Tadany é formado em Administração de Empresas pela UFSM. Já trabalhou em muitos países ao redor do mundo e, atualmente, é Gerente de Globalização na IBM Índia. Ademais, por 3 anos, ele também estudou Advaita Vedanta num monastério nos Himalayas (Índia) com o Swamy Dayananda Sarasvati (www.dayananda.org). 

 

PS: Para citar este texto:

Cargnin dos Santos, Tadany. Contaram-me 11. www.tadany.org®

 

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#Torres-RS: A mais bela praia gaúcha por ALDEMA MENINE MCKINNEY https://redesina.com.br/torres-a-mais-bela-praia-gaucha-por-aldema/ https://redesina.com.br/torres-a-mais-bela-praia-gaucha-por-aldema/#respond Sat, 05 Nov 2016 06:37:21 +0000 http://redesina.com.br/?p=2441 Como moradora local, venho observando, na última década, um aumento – lento mas contínuo – de população permanente na cidade, especialmente de estudantes, em razão do  vários cursos universitários oferecidos, e de aposentados ( como eu ) pela qualidade de vida que Torres oferece. Há quase meio século, de diferentes lugares e em diferentes estações …

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Como moradora local, venho observando, na última década, um aumento – lento mas contínuo – de população permanente na cidade, especialmente de estudantes, em razão do  vários cursos universitários oferecidos, e de aposentados ( como eu ) pela qualidade de vida que Torres oferece.
Há quase meio século, de diferentes lugares e em diferentes estações do ano,  retorno a minha casa, em Torres.  Continuo gostando de lá. Acompanhei o boom imobiliário que mudou dramaticamente a paisagem torrense. Como vivo na Praia Grande, próximo ao rio Mampituba, onde felizmente ainda não permitem a construção de grandes edifícios, pude ver, na vizinhança, antigas casas transformarem-se em altos edifícios com consequências ruins para os moradores que resistem à venda de suas propriedades.
Torres , desde o Mampituba, que divide  Rio Grande do Sul e Santa Catarina, tem, bem urbanizadas, a Praia dos Molhes, a Praia Grande, a Prainha, a Praia da Cal e a Praia da Guarita – a que tem o mais conhecido relevo das praias gaúchas. Depois da Guarita, há outras praias, mais tranquilas e menos frequentadas. No total, são 23 km de orla marítima.
A cidade pode ser acessada, de Florianópolis ( 280 km) ou de Porto Alegre ( cerca de 200 km ) pela BR 101, estrada duplicada e bem cuidada. Pode-se também chegar de Porto Alegre pela RS 389, conhecida como Estrada do Mar. O cenário que  circunda as estradas, merece ser admirado – de um lado, morros com grandes plantações de bananeiras; de outro, campos e lagoas com flora e fauna riquíssimas.
Torres – Guarita
Morro da Guarita
Morro do Farol
Lagoa do Violão
Escrevi em http://correndomundo.blogspot.com.br/search/label/Praias%20de%20Torres:

Torres é abençoada com a presença dos morros, das praias e do rio Mampituba, rio que é divisa natural entre o Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Antes, além da balsa,  só havia a Ponte Pênsil – meu pesadelo! –  para atravessar o Mampituba. A Ponte Pênsil continua existindo e sendo usada pela população dos dois Municípios. Eu, no entanto, continuo com medo dela.  Agora felizmente há uma ponte para carros  que  nos permite ir e voltar – da minha casa ao Passo de Torres  – em  15 minutos, trazendo camarões e peixes catarinenses fresquinhos. Gosto de olhar o Mampituba quando ele deságua no Oceâno Atlântico, Rio de Muitas Curvas, como é o significado de seu nome em Tupi-Guarani.( fevereiro 03, 2012 )

Parque da Guarita
Não posso prometer a quem  visita Torres, água com temperatura cálida ou mar com o colorido do nordeste ou da Grécia. Há, entretanto, agradáveis passeios pela cidade e pela região e condições para a prática de esportes preferidos pela meninada. Como não fazer agradáveis caminhadas no Calçadão, chegando até os Molhes do Mampituba? Como não chegar ao Morro do Farol ou ao Morro da Guarita ou correr ao redor da Lagoa do Violão?
Lagoa do Violão
Pelos altos morros nas suas proximidades, Torres foi inicialmente reconhecida como ponto estratégico de controle. No século XIX, a construção da Igreja de São Domingos serviu de base para o início do povoado. Por alguns anos foi uma vila pacata até que virou moda. Influiu , para tanto, o europeu conceito de férias e a moda dos terapêuticos banhos de mar – feitos de manhã cedo, com recatadas roupas de banho e com tempo determinado para se expor às ondas do mar. No início do século XX, vir a Torres começava a ser chiquésimo...
Orquídeas: atração  aos sábados na Feira da Lagoa do Violão
Esse turismo dos anos iniciais do século XX foi por muitos anos o grande aporte econômico e social da cidade. Com menos de 50 mil habitantes permanentes ainda hoje, durante a temporada, acresce-se a esse número cerca de  300 mil pessoas. Como moradora local, venho observando, na última década, um aumento – lento mas contínuo – de população permanente na cidade, especialmente de estudantes, em razão do  vários cursos universitários oferecidos, e de aposentados ( como eu ) pela qualidade de vida que Torres oferece.
Ponte ” nova”
A cidade deverá melhorar ainda mais, com o número de visitantes diminuindo e o número de moradores aumentando – o que certamente determinará o surgimento de novos restaurantes ( um vegetariano, por favor! ) mobiliários urbanos  e cafeterias, entre outros espaços necessários. Passo de Torres, cidade catarinense do outro lado da ponte, ampliou  escolhas para os moradores – até os preços de serviços e produtos são mais reais, sem as explorações e o atendimento insuficiente da alta temporada.
Praia da Guarita
Passeios na região constituem outra grande atração de Torres. Vai-se a Santa Catarina comprar frutos do mar, doces, pães, roupas, tecidos, lençois, toalhas ou ….simplesmente discutir um pouco – por qualquer razão – com os catarinenses…Vai-se aos Aparados da Serra e às belas cidades serranas gaúchas num bate-e-volta facinho,facinho. Vai-se, portanto,  às praias, aos morros, às vinícolas, e – o que considero fundamental – vais-se ao Aeroporto Salgado Filho de Porto Alegre em pouco mais de duas horas…
Festa de Ano Novo na Praia Grande by Fabiana Menine
Há cinco anos, não permaneço em Torres nos dois primeiros meses de verão: muita gente, muito barulho, estacionamento insuficiente, praias lotadas, enfim, um  período que exige estoque adicional de paciência. Nos demais meses do ano, sou uma moradora agradecida à cidade. Devo, no entanto, esclarecer que meus intervalos de permanência andam ao redor de trinta dias.
Morro das Furnas.
“Não tenho pressa: não a têm o sol e a lua.
Ninguém anda mais depressa do que as pernas que tem.
Se onde quero estar é longe, não estou lá num momento.
Sim: existo dentro do meu corpo.
Não trago o sol nem a lua na algibeira.
Não quero conquistar mundos porque dormi mal,
Nem almoçar o mundo por causa do estômago.
Indiferente?
 
 
Surf em Torres
 
Não: filho da terra, que se der um salto, está em falso,
Um momento no ar que não é para nós,
E só contente quando os pés lhe batem outra vez na terra,
Traz! na realidade que não falta!
Não tenho pressa. Pressa de quê?
Não têm pressa o sol e a lua: estão certos.
Ter pressa é crer que a gente passe adiante das pernas,
Ou que, dando um pulo, salte por cima da sombra.
Não; não tenho pressa.
 
 
Festival Anual de Balonismo em Torres
Se estendo o braço, chego exactamente aonde o meu braço chega –
Nem um centímetro mais longe.
Toco só aonde toco, não aonde penso.
Só me posso sentar aonde estou.
E isto faz rir como todas as verdades absolutamente verdadeiras,
Mas o que faz rir a valer é que nós pensamos sempre noutra coisa,
E somos vadios do nosso corpo.
E estamos sempre fora dele porque estamos aqui.”
Fernando Pessoa

ALDEMA MENINI MCKINNEYaldema 1

Nasceu em propriedade rural no interior do Rio Grande do Sul. Saiu do campo com 15 anos. Foi professora por mais de quarenta anos. É aposentada da UFSM – Universidade Federal de Santa Maria, onde desenvolveu atividades em pesquisa, ensino, extensão e administração. Trabalhou durante sete anos em Salvador/BA. Elaborou o projeto global da FSBA – Faculdade Social da Bahia. Aldema diz que sempre gostou de viajar  “com o tempo, tornei-meandarilha. Escrevo para que meus netos saibam das aventuras, ideias e ideais de sua avó”. Seu blog teve seu início em 2006, que para ela não tem outra pretensão além de estimular familiares e amigos a percorrer “este mundo, redondo, bonito e fácil de andar.”.  Entre seu motivos de orgulho, ela afirma “meus filhos, meu trabalho e as árvores que plantei”. Conheça o blog: http://www.correndomundo.blogspot.com.br/

 

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Pamplona: Tradição e Fascínio por ALDEMA MENINI https://redesina.com.br/pamplona-tradicao-e-fascinio-por-aldema-menini/ https://redesina.com.br/pamplona-tradicao-e-fascinio-por-aldema-menini/#respond Mon, 25 Jul 2016 02:08:17 +0000 http://redesina.com.br/?p=1751 Meu filho – Paulo de Tarso – escreveu  ( http://correndomundo.blogspot.com.es/search/label/Cuba ) que nossos olhares sobre as cidades eram bem diferentes: eu via magia no mundo; ele  via “trânsito, pressa, gente tentando fazer o que pode para pagar as contas, criar os filhos, não morrer de câncer;  gente esperando  chegar a hora de ir para casa …” Lembrei-me da …

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Meu filho – Paulo de Tarso – escreveu  ( http://correndomundo.blogspot.com.es/search/label/Cuba )
que nossos olhares sobre as cidades eram bem diferentes: eu via magia no mundo; ele  via “trânsito, pressa, gente tentando fazer o que pode para pagar as contas, criar os filhos, não morrer de câncer;  gente esperando  chegar a hora de ir para casa …”

Lembrei-me da afirmação dele ao conviver com a cidade de Pamplona. Acredito que os muitos séculos  de encontro com peregrinos que fazem o Caminho de Santiago de Compostela, passando pelo meio da cidade, tenham influído sobre a cultura local, tornando as pessoas receptivas, gentis e agradáveis, ao menos com os estrangeiros.

Não somos tratados unicamente como turistas – alguém que deixa dinheiro na cidade e incentiva outros a conhecê-la – mas como Peregrinos do Caminho, que ” buscam ser gente melhor, para si mesma e para o mundo” , como me falou a senhora de uma cafeteria. Um amigo de Madrid também me havia informado de que a gente de Navarra era maravilhosamente gentil. Confirmo!

Peregrinos de todas as idades.
Centro histórico de Pamplona
Plaza del Castillo

Centro Histórico

tracei partes do Caminho de Santiago em ônibus, carro e trem. Ontem realizei meu sonho: traçá-lo caminhando ……ainda que tenha feito 1,5 km.- sim! um km e meio.   De Sant Jean Pied de Port a Santiago de Compostela – o caminho mais percorrido pelos peregrinos – a distância é em torno de 800 km….mas eu iniciei…
Não se diz, em alguns discursos no lançamento de projetos ou de pedras fundamentais, que“toda jornada se inicia com o primeiro passo ” ? Escutei isso algumas vezes – com um sorriso nos lábios para combinar com a assertiva – sempre me perguntando: Como iniciar com outro passo? Como pular diretamente para o segundo passo?

Pois fiz o primeiro passo e mais um mil e tantos passos….embora continue lamentando jamais ter encarado ao menos os 180 km finais do Caminho. Resta-me esperança de ter vida e tempo ainda para fazê-lo – esperança renascida depois de ver , em Burgos, León, Oviedo e Pamplona, dezenas de velhinhas e velhinhos caminhando… Alguém se dispõe a ir comigo?

Hemingway , em frente à Plaza de Toros…

Parece mesmo ter sido Ernest Hemingway que, ao publicar o livro O sol nasce sempre, em 1926, tornou Pamplona e sua Fiesta de San Fermin mundialmente conhecida. As homenagens, Hemingway  as recebe até hoje ; a Fiesta – Los Sanfermines – segue acontecendo durante oito dias, sempre de 6 a 14  de julho, para comemorar o aniversário do Santo. Não há touradas atualmente, mas acontece o encierro – a corrida de touros.

 

O encierro – tema de grandioso monumento do escultor bilbaíno Rafael Huerta, inaugurado em 2007 –  é nuclear na Fiesta de San Fermin. Todos os dias, às  23  horas  da  noite, 6 touros são soltos para correr 440 metros pela cidade, no silêncio e quase às escuras, a caminho da Plaza de Toros, onde antes aconteciam as touradas. Muitos homens correm à frente dos touros. Contaram-me que o magnetismo do ato é inesquecível para quem participa ou para quem comtempla.

Na Festa de San Fermin, portanto, muitos homens correm com esses touros…ou fogem deles, arriscando a vida. E chamam isso de divertimento – ou de grande emoção. Além doencierro, há fogos de artifício, rituais, desfiles, festas, músicas e danças. Esperei que a festa terminasse para ir a Pamplona – há muito turista e … emoção demais para minha idade…nos dias de Los Sanfermines…

Detalhe da Plaza de Toros

Pamplona, cidade do norte da Espanha, capital de Navarra desde o século IX, tem, no entanto, bem mais a oferecer aos visitantes, além de ser parte do Caminho e de ter a tradicional corridas de touros. Encantei-me com o traçado da ciudadela no formato de uma estrela; encantei-me com suas muralhas,  parques, praças e passeios; suas muitas – mas muitas mesmo – igrejas e conventos; seus palácios, museus e universidades. E tem, ainda, o rio Arga, suas pontes e seu belíssimo verde ao redor.

Rio Arga

Nas muralhas, construídas por Felipe II com o objetivo de defender a cidade das invasões francesas, estive um tempo olhando o rio Arga, com suas pontes e suas margens belamente ajardinadas e bem cuidadas. Após, fui caminhar no Parque de la Taconera, o mais antigo e bonito de Pamplona, onde se podem ver cervos, gansos e pavões reais quemoram nos fossos das muralhas. Há também o Parque de la Media Luna, situado num dos extremos das muralhas , com miradores para o rio Arga.

Plaza del Castillo
A Praça do Castelo é o coração da cidade – lugar de encontro de pamploneses e visitantes. Neste espaço grande, com 14 mil metros quadrados, muitos eventos já se realizaram: mercados, torneios, concentrações políticas, desfiles militares e corridas de touros até 1844, ano da construção de uma praça de touros permanente. Muito bonita a Praça do Castelo … porém  sem nada de castelo por perto. O nome provém de um castelo erguido pelo rei Luis El Hutin, no século XIV, e desaparecido no século XVI.

Detalhe da Catedral de Santa Maria la Real

A Catedral de Santa Maria foi construída, nos séculos XIV e XV, onde antes havia um templo românico, destruído em 1276. Mostra fachada neoclássica e interior gótico, cuja nave central mede cerca de 27 metros de altura. É uma construção muito sóbria e austera. Dentro dela, na nave central, está o túmulo do rei Carlos III e de sua esposa Leonor. Diz-se que tanto a Catedral quanto esses túmulos,  constituem-se em joias arquitetônicas de Pamplona.

Fachada da Prefeitura

A Prefeitura  está construída no lugar da junção dos três burgos – Navarreria, San Saturnino e San Nicolás – que foram unificados por Carlos III o Nobre, com a promulgação , em 1423, do Privilégio da União, que visava a acabar com as tensões existentes entre os burgos. A fachada deste Ayuntamento é do século XVIII, nela estão as esculturas da justiça, da prudência, da força e da fama. À noite, fui tomar um café nesse lugar – muita gente e muita festa. Depois do café, tracei toda a Calle Mayor, principal via de passagem de peregrinos. Belo passeio!
 

Todas as indicações estão em Espanhol e em Euskara, idioma basco.
Ao redor do ano 70 a.C. o general romano Pompeo estabeleceu um acampamento militar estratégico, num povoado basco, chamado Uruna – foi o início da cidade que teria o nome de Pamplona. A partir daí, a pequena cidade romana seguiu a mesma sorte dos impérios, com alto e baixos, dores e alegrias.

Foi conquistada pelos godos, invadida pelos árabes, teve suas muralhas destruídas por Carlos Magno, tornou-se protegida de Sancho III o Maior, conhecido, nas crônicas árabes como O Senhor dos Bascos. vieram  franceses e, depois deles outros estrangeiros, surgiram novos burgos, os burgos foram unificados, foi governada por Foros, sofreu invasão das tropas de Napoleão, precisou destruir um pedaço das muralhas ao sul, para que a cidade crescesse e incluísse os que viviam do lado de fora delas. Tem hoje mais de 200 mil habitantes, uma Universidade Pública, um Centro de Pesquisas Médicas Aplicadas e…é uma cidade bonita, tranquila, com alto padrão de vida e muito bem organizada.

Se você pensa visitar Pamplona – o que aconselho vivamente – reserve um tempo para ir com calma e caminhar muito, olhando para todos os lados, o tempo todo, surpreendendo-se certamente com que vê. Estude-a bem antes de ir, assim terá mais condições de apreciá-la. Procure hospedar-se dentro das muralhas, mas passeie também fora delas. Desfrute do convívio com as gentes de Navarra. De Madrid a Pamplona, vai-se, num trem Alvia,  em 3h10 min – procure viajar em poltrona de janela, assim terá o bônus de ver o Aqueduto de Olite e alguns castelos espalhados pelo percurso.

” O meu olhar azul como o céu
É calmo como a água ao sol.
É assim, azul e calmo,
Porque não interroga nem se espanta…

Se eu interrogasse e me espantasse
Não nasciam flores novas nos prados
Nem mudaria qualquer coisa no sol de modo a ele ficar mais belo…”

Fernando Pessoa

Campos de Navarra, perto de Pamplona.

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O Fantástico Museu Guggenheim de Bilbao POR ALDEMA https://redesina.com.br/o-fantastico-museu-guggenheim-de-bilbao-por-aldema/ https://redesina.com.br/o-fantastico-museu-guggenheim-de-bilbao-por-aldema/#respond Thu, 07 Jul 2016 21:47:03 +0000 http://redesina.com.br/?p=1657 A cidade basca de Bilbao possui um dos cinco museus, no mundo,  pertencentes à Fundação Salomon Robert Guggenheim. Salomon ( 1861 – 1949 ) nasceu na Filadélfia, nos Estados Unidos e foi educado em escolas públicas e privadas, tanto na sua cidade natal, quanto na Suíça, país de origem de Meyer Gugenheim, seu pai. O pai …

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A cidade basca de Bilbao possui um dos cinco museus, no mundo,  pertencentes à Fundação Salomon Robert Guggenheim. Salomon ( 1861 – 1949 ) nasceu na Filadélfia, nos Estados Unidos e foi educado em escolas públicas e privadas, tanto na sua cidade natal, quanto na Suíça, país de origem de Meyer Gugenheim, seu pai.
O pai deixou-lhes uma grande e sólida empresa – a Guggenheim Brothers – dividida entre seus seis filhos. Os irmãos multiplicaram a herança. Salomon passou a colecionar obras de arte abstrata da década de vinte. A par disso, continuou com os trabalhos filantrópicos, que eram uma marca forte da empresa. Com o intuito de atingir um grande público e de divulgar a arte moderna, criou a Fundação Guggenheim, responsável hoje por museus mundialmente conhecidos.
 Até este ano, são cinco os Museus mantidos pela Fundação, sendo o de Nova Iorque e o de Bilbao os mais famosos . Os dois exibem arte moderna e pós – moderna. O museu americano foi construído por Frank Lloyd Wright; o espanhol, por  Frank Gehry.
A Fundação é reconhecida por contratar arquitetos famosos e por construir edifícios fantásticos e singulares, que fogem aos padrões já estabelecidos. Em razão dessa característica , existe uma crítica bastante divulgada de que os edifícios são mais famosos e mais conhecidos do que os trabalhos artísticos neles expostos.
Outra perspectiva do Museu de Bilbao

Interessantes combinações…

Verdade que o Museu Guggenheim projetou Bilbao no panorama cultural  mundial e tornou-se um ícone da Espanha do século XX. A ideia de um grande museu na cidade nasceu no final dos anos 80, quando o governo basco, face aos problemas com a extração de ferro, decidiu diversificar as atividades econômicas através de uma requalificação da área portuária.  O país atravessava um momento bastante difícil com a crise da indústria siderúrgica.Era preciso abrir novos caminhos – tornar-se atraente para o turismo seria um deles.
Jeff Koons
Assim como a construção do Museu Guggenheim de Bilbao, surgiram muitos  –  e arrojados – projetos na cidade – aeroporto, metrô, ponte pedonal, centro cultural. Se o objetivo era a revitalização de Bilbao, pode-se afirmar que foi plenamente alcançado. Mais de um milhão de visitantes, no ano passado, viram a cidade e comentaram o Guggenheim – valeu para toda a região. Além de tudo isso, uma cidade que tem um povo hospitaleiro, gentil, agradável.
Puppy – Jeff Koons
Ouve-se , com frequência, um comentário brincalhão de que Puppy , imperdível pelas sua dimensão e colorido, foi o primeiro cachorro que ganhou uma grande casa antes mesmo de nascer. Com um sistema interno de manutenção do que seria um grandioso jardim, essa obra de Jeff Koons, à entrada principal do Museu, encanta adultos e crianças, especialmente pela originalidade e engenhosidade.
Esculturas na parte externa do Museu
Em 1992, a construção do Guggenheim de Bilbao foi iniciada. Foi concluída cinco anos mais tarde. Trabalharam, em conjunto, na elaboração do projeto, duas equipes, uma em Bilbao; outra, em Los Angeles. A grande dificuldade estava nos cálculos estruturais. Muitos especialistas questionaram sua execução em razão das formas bastante complexas. As discussões foram longas e complexas.

 

Contrastes

 

” Externamente, o museu é coberto por superfícies de titânio curvadas em vários pontos, que lembram escamas de um peixe, mostrando a influência das formas orgânicas presentes em muitos trabalhos de Gehry. Do átrio central, que tem 50 metros de altura e lembra uma flor cheia de curvas, partem passarelas para os três níveis de galerias. Visto do rio, o edifício parece ter a forma de um barco, homenageando a cidade portuária de Bilbao que teve bons anos de festa marítima”…www.guggenheim.org/bilbao
Interatividades
As exposições , neste museu, mudam frequentemente, mantendo, entretanto , a característica de terem sido feitas ao longo do século XX. Predominam as instalações artísticas, sendo as obras tradicionais de pintura e de escultura bem minoritárias. Somente a exposição de esculturas de aço, desenhadas por Richard Serra, é permanente.
Aço,cores,luzes
Impressiona e encanta a localização do museu. Está num terreno alongado, na curva do rio, ocupando os 32.500 m2 de uma antiga fábrica abandonada, O espaço interior, ocupado por exposições, tem 11.000m2. A revitalização proposta pelo Governo Basco procurou tornar o rio Nervion o foco do visual da cidade. A construção do museu nesse local foi ponto de partida para recuperação e valorização dessa área.
Proximidade com o rio Nervion
” O projeto do prédio segue o estilo de Frank Gehry. Inspirado nas formas e texturas de um peixe, pode ser considerada uma escultura, uma obra de arte em si. As formas não têm nenhuma razão geométrica ou governado por qualquer lei. O museu é essencialmente um shell que evoca o passado industrial e do porto de Bilbao vida , suas indústrias tradicionais , metalurgia e construção naval estão presentes nos materiais e formas: de titânio e aço , velas , barcos e peixes imenso ….”www.guggenheim.org/bilbao
 
 
Vista do lado oposto do rio
Construído em calcário , vidro e titânio,   foram usadas 33 mil peças de titânio, a  metade com um milímetro de espessura , cada uma com forma única de acordo com o seu lugar. Essas peças tão fina encaixam-se  perfeitamente nas curvas necessárias . O vidro usado teve um tratamento especial para deixar passar o sol, mas não o calor, e evitar que a luz natural pudesse danificar as exposições.O calcário usado , em tom ocre, veio de Granada. Foi, de fato, uma obra de arte delicada e complexa.
 
 
ludicidade e cor
Os Museus Guggenheim, especialmente os de Bilbao e Nova Iorque já foram concebidos para a função que exercem. Eles albergam obras de arte constituem motivo para visita às cidades onde se situam e – mais ainda – ilustram a filosofia da Fundação: “A Arquitectura em prol das Artes.”
 
 
Visitantes refletidos na escultura
“Por outras palavras, a ideia e um dos principais objectivos da fundação, para além de coleccionar peças de arte contemporanea e promover a sua divulgação, é fazer rodear a arte de mais arte, na forma do próprio museu.” Material de divulgação do Museu
 
Arte que acolhe arte

 

ALDEMA MENINI MCKINNEYaldema 1

Nasceu em propriedade rural no interior do Rio Grande do Sul. Saiu do campo com 15 anos. Foi professora por mais de quarenta anos. É aposentada da UFSM – Universidade Federal de Santa Maria, onde desenvolveu atividades em pesquisa, ensino, extensão e administração. Trabalhou durante sete anos em Salvador/BA. Elaborou o projeto global da FSBA – Faculdade Social da Bahia. Aldema diz que sempre gostou de viajar  “com o tempo, tornei-meandarilha. Escrevo para que meus netos saibam das aventuras, ideias e ideais de sua avó”. Seu blog teve seu início em 2006, que para ela não tem outra pretensão além de estimular familiares e amigos a percorrer “este mundo, redondo, bonito e fácil de andar.”.  Entre seu motivos de orgulho, ela afirma “meus filhos, meu trabalho e as árvores que plantei”. Conheça o blog: http://www.correndomundo.blogspot.com.br/
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MADRID por Aldema Menini https://redesina.com.br/madrid-por-aldema-menini/ https://redesina.com.br/madrid-por-aldema-menini/#respond Fri, 22 Apr 2016 19:39:49 +0000 http://redesina.com.br/?p=1402 Retornar é preciso….Espanha! Pedro e eu estivemos duas semanas em Madrid, incluindo a passagem de ano em 2014/2015. Decoração linda. Ambiente festivo e seguro. Realmente, um bom lugar para festas. Voltei na primavera e estive lá durante três meses  – mas não ficava só em Madrid. Frequentemente, eu viajava, levando apenas minha mochila. Dediquei-me à …

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Retornar é preciso….Espanha!

Pedro e eu estivemos duas semanas em Madrid, incluindo a passagem de ano em 2014/2015. Decoração linda. Ambiente festivo e seguro. Realmente, um bom lugar para festas. Voltei na primavera e estive lá durante três meses  – mas não ficava só em Madrid. Frequentemente, eu viajava, levando apenas minha mochila. Dediquei-me à Andaluzia, para onde fui muitas vezes. Voltei agora com minha irmã – mais dez dias para ver e rever o país. Gosto tanto da Espanha, que tenho planos de retornar logo, logo.
Para estar bem, preciso de pouco (será pouco mesmo?).  Bastam – me  os museus do Prado, o Thyssen-Bornemisza e o Reina Sofia, acrescentem-se a Praça Mayor e a Praça do Sol, o Parque do Retiro, alguns palácios, as ruas para caminhar, as estações de Atocha e Chanmartin – e a Tarjeta Dorada, que me permite pagar 25% durante a semana e 40% , no sábado e domingo, em qualquer trem – desconto para todos os que já completaram 65 anos. Perfeito. Pode ser feita a Tarjeta em Atocha mesmo.

Exposição no Museu do Prado

Gosto da comida, da movida das pessoas até tarde da noite, das livrarias e da música – aqui posso ver e ouvir flamengo, jazz e ópera. Como gosto muito de cinema, fico lembrando que estou na terra de Pedro Almodóvar, Carlos Saura e Luis Buñuel. Visito muitas vez as mesmas cidades, como o faço com Barcelona, Toledo, Córdoba, Granada, Segóvia, Sevilha, Ronda, Bilbao, Burgos, Málaga, Cadiz, Jerez e outras tantas. Enfim, gosto do país com todas suas atrações e diferenças regionais.

Arquitetura madrileña
Aprendi, na Espanha, mais do que em qualquer outro país com monarquia, a reconhecer e até a fofoquear do rei, da rainha e de seus descendentes e parentes. Quando o rei Juan Carlos I abdicou em favor do filho, houve um up nos meus comentários. O novo rei Felipe VI,  casado com uma plebeia, divorciada e jornalista ( e comunista diziam alguns à boca pequena) incrementaram  as conversas – como se portaria a nova rainha? Como se vestiriam as filhas – Leonor e Sofia ? Como o rei se portaria face os escândalos familiares anterios? Senti-me realmente integrada ao país quando me escutei falando sobre o vestido e as joías usados por Letizia Ortiz, a rainha, numa recepção. Nesse dia, eu tive a certeza de  que me havia tornado uma fofoqueira real, real nos dois sentidos.
Decoração luxuosa nas igrejas
É muito fácil mover-se em Madrid porque o Metrô – forma mais rápida – tem muitas estações e elas estão próximas dos lugares usualmente visitados. A Praça Maior, que já foi cenário de festas, touradas e de terríveis julgamentos da Inquisição, pode, por exemplo, ser alcançada através das estações Sol e Ópera. Aos domingos, costumo dar uma olhada nas missas, na Igreja de San Isidro ou na Catedral de Almudena. Nesse dia, as tradições católicas da Espanha mostram-se muito na formalidade do vestir, em homens e mulheres – mais velhos. Eles costumam levar crianças – penso que são netos ou bisnetos – lindamente vestidas. Olhando o público , lembro do que  meu irmão costuma dizer:  depois dos 70, é difícil ser ateu….
La Movida
Símbolo de Madrid
Sou bem integrada à Espanha. Já acompanhei procissões; participei de concentrações e passeatas, em favor de ampliação e melhoria na saúde pública; fui a desfile de cães pequenos com premiação e com donos enlouquecidos; fiz programas tipicamente madrileños, como ir ao Mercado do Rastro e a Festa de San Isidro, Patrono de Madrid. Além disso, tomo  café quase sempre no mesmo lugar, onde  o idoso proprietário conhece Livramento, Rosário, Alegrete, São Borja. Ele trabalhava com João Goulart e fica emocionado ao falar sobre essa parte de sua vida.
Muita gente nas ruas
“Se você pode lembrar, então é porque realmente não esteve lá.” Esse dito madrilenho só pode se referir a um evento: à revolução cultural que irrompeu depois da morte do General Francisco Franco. Depois de quase quatro décadas de uma ditadura implacável, a Espanha finalmente se libertou. A capital da Espanha celebrou sua liberdade com festas de rua espontâneas que se transformaram em um movimento cultural. Madri foi mudada para sempre pela “Movida Madrileña” https://www.klm.com/destinations/br/br/article/cultural-revolution-la-movida-madrilena
Paella de verduras, um dos meus pratos preferidos
Imprescindível fazer um comentário sobre as comidinhas espanholas, tão variadas e tão deliciosas. A Paella pode ter muitas variações. A mais popular talvez seja a de marisco. Minha preferida é a Paella de Verduras, com abobrinha, cogumelos, ervilhas …Gosto também do Cozido Madrileño –  algo semelhante a ele, no Rio Grande do Sul, chama-se puchero. Também gosto de Tortilla de Patatas e de Fritada Espanhola. Como, ao menos uma vez por semana,  Fabada –  feijão branco bem graúdo com linguiça e carnes diversas.
Morcilha de Burgos – deliciosa!

Copiei uma receita da Fabada, embora eu tenha dificuldade em encontrar, na minha cidade, aquele feijão branco bem graúdo. Repasso:

200 gramas de linguiça de porco
200 gramas de chouriço de sangue de porco (morcilha)
125 gramas de toucinho
1/2 quilo de feijao branco
3 batatas
2 alhos socados
1 cebola picada
Modo de Preparo:
Deixe o feijão de molho.
Numa panela junte a linguiça, o chouriço e o toucinho e deixe ferver de 25 a 30 minutos.
Refogue o alho e a cebola e junte ao feijao.
Acrescente as batatas e deixe cozinhar até ficarem macias.
After day, teste seu colesterol…
Grupo executando Vivaldi…na rua
Sou grata à Espanha pelo muito que me oferece há tantos anos, em tantas vezes que a visito. Sou grata especialmente por nunca ter sentido, nesse país, preconceito de nacionalidade – como senti em outros. Aqui um brasileiro é …simplesmente um brasileiro, sem outros adjetivos. Uma pessoa que viaja sozinha, sem pacote, livre e independente, mulher evelhinha, precisa, sim, ter atitudes e demonstrar segurança. Fica, então, tudo fácil,fácil.
” Sou um evadido,
Logo que nasci
Fecharam-me em mim
Ah, mas eu fugi.
 
Se a gente se cansa
Do mesmo lugar
Do mesmo ser
Por que não se cansar?
 
Minha alma procura-me
Mas eu ando a monte.
Oxalá que ela
Nunca me encontre.
 
Ser um é cadeia
Ser eu é não ser.
Eu vivo fugindo
Mas vivo a valer.”
Fernando Pessoa

Post em: http://correndomundo.blogspot.com.br/search/label/Madrid

 

ALDEMA MENINI MCKINNEY

 Aldema Menine Mackinney escreve sobre suas viagens ao redor do mundo
Aldema Menine Mackinney escreve
sobre suas viagens ao redor do mundo
 
Nasceu em propriedade rural no interior do Rio Grande do Sul. Saiu do campo com 15 anos. Foi professora por mais de quarenta anos. É aposentada da UFSM – Universidade Federal de Santa Maria, onde desenvolveu atividades em pesquisa, ensino, extensão e administração. Trabalhou durante sete anos em Salvador/BA. Elaborou o projeto global da FSBA – Faculdade Social da Bahia. Aldema diz que sempre gostou de viajar  “com o tempo, tornei-meandarilha. Escrevo para que meus netos saibam das aventuras, ideias e ideais de sua avó”. Seu blog teve seu início em 2006, que para ela não tem outra pretensão além de estimular familiares e amigos a percorrer “este mundo, redondo, bonito e fácil de andar.”.  Entre seu motivos de orgulho, ela afirma “meus filhos, meu trabalho e as árvores que plantei”. Conheça o blog: http://www.correndomundo.blogspot.com.br/
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BRUXELAS por Aldema Menini Mckinney https://redesina.com.br/bruxelas-por-aldema-menini-mckinney/ https://redesina.com.br/bruxelas-por-aldema-menini-mckinney/#respond Fri, 11 Mar 2016 13:49:27 +0000 http://redesina.com.br/?p=1218 Meus bons companheiros nesta viagem: Ronald Mckinney e Almir Menine. Viajamos pela TAM, chegando por Paris e retornando por Londres. Vôo tranquilo. Atendimento ótimo. Consegui descontos incríveis, comprando, com muita antecedência, ainda aqui no Brasil, as passagens de trem no site da www.thetrainline.com Ali é possível ver todos os horários e escolher aqueles melhores e …

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Meus bons companheiros nesta viagem: Ronald Mckinney e Almir Menine.
Viajamos pela TAM, chegando por Paris e retornando por Londres. Vôo tranquilo. Atendimento ótimo.

Consegui descontos incríveis, comprando, com muita antecedência, ainda aqui no Brasil, as passagens de trem no site da www.thetrainline.com Ali é possível ver todos os horários e escolher aqueles melhores e com descontos maiores.

De Paris , fomos a Bruxelas – rápida estada, apenas tempo suficiente para ver o centro histórico. Em Brugges, fizemos um bate-e-volta.

Uma loja de roupas femininas, em Brugges,  tinha duas vitrines: em uma delas, estava uma moça loira; na outra, uma morena. Em constante movimento, elas experimentavam diferentes acessórios, que combinavam com o soutiã e a calcinha brancas que estavam usando. Muitos turistas fotografando. Descobri, então, o quanto os homens se interessam por acessórios…. Eram eles os que mais fotografavam.
Impressionou-me a altura dos saltos dos sapatos nas coleções primavera-verão. Alguns lembravam pernas de pau! As cores, entretanto, eram bonitas. Muito vermelho este ano.
.  Exposta em Londres, no Victoria Tower Gardens, em frente ao Parlamento, a escultura , by Rodin, The Burghers of Calais. Uma curiosidade é que ela não tem proprietários legais. Seu processo de conservação é feitos por diferentes órgãos e instituições. Beleza impressionante.
No Museu Imperial de Guerra, em Londres, está uma exposição de fotografias. Impressionante como o fotógrafo consegue captar olhares de medo, de desesperança, de dor.

Estes vitrais pertencem a St. Salvator Kathedraal – a catedral de Brugges, na Bélgica. Está entre os vitrais mais bonitos que eu conheço. A Catedral, que foi construída em 1788 , tem uma torre com 99 metros. É belíssima.
Há, no centro histórico de Brugges,  está acontecendo uma grande exposição com artístas plásticos da cidade. Muita gente visitando; poucos trabalhos impressionam bem.
Muitas – e grandes – atrações, em Londres, têm entrada gratuita, como a Galeria Nacional de Arte, onde vou para ver Georges Seurat. Já tive agendas, marcadores de páginas e calendários com parte de obras dele.

.  A ausência de educação parece ter fronteiras muito flexíveis. Impressionou-me, tanto em Paris como na Bruxelas, a quantidade de cigarros jogados nas ruas e calçadas. Nada de culpar os sul-americanos porque isso se vê aqui,  em escala bem menor.
Em contraposição, os jardins são impecavelmente limpos.

.  Sou fascinada por  ver e por fotografar portões. Podem ser de palácios – como este, de Buckingham , em Londres,  a residência oficial dos monarcas – podem ser de castelos, cemitérios, mosteiros, conventos, igrejas, casas…
Na primavera, somente caminhar pelas cidades já é uma beleza : as tulipas fazem a festa e a alegria dos olhos.

Em Londres, um monumento pouco comum, mas , a meu ver, muito justo. Dedicado a todos os animais que participaram e deram sua vida às guerras e batalhas. Um belo e expressivo monumento. São vários animais, entre eles, um pequeno burro, portando um carregamento de armas – triste de ver.
Havia , junto a esse monumento, muitas coroas de flores e muitas homenagens aos  de animais.

ALDEMA MENINI MCKINNEY

 Aldema Menine Mackinney escreve sobre suas viagens ao redor do mundo

Aldema Menine Mackinney escreve sobre suas viagens ao redor do mundo
 
Nasceu em propriedade rural no interior do Rio Grande do Sul. Saiu do campo com 15 anos. Foi professora por mais de quarenta anos. É aposentada da UFSM – Universidade Federal de Santa Maria, onde desenvolveu atividades em pesquisa, ensino, extensão e administração. Trabalhou durante sete anos em Salvador/BA. Elaborou o projeto global da FSBA – Faculdade Social da Bahia. Aldema diz que sempre gostou de viajar  “com o tempo, tornei-meandarilha. Escrevo para que meus netos saibam das aventuras, ideias e ideais de sua avó”. Seu blog teve seu início em 2006, que para ela não tem outra pretensão além de estimular familiares e amigos a percorrer “este mundo, redondo, bonito e fácil de andar.”.  Entre seu motivos de orgulho, ela afirma “meus filhos, meu trabalho e as árvores que plantei”. Conheça o blog: http://www.correndomundo.blogspot.com.br/
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Gamboa, onde a vida é boa. https://redesina.com.br/gamboa/ https://redesina.com.br/gamboa/#respond Thu, 10 Mar 2016 23:01:59 +0000 http://redesina.com.br/?p=1196 Para desligar do dia-a-dia agitado da vida urbana, nada como um vilarejo sossegado à beira-mar. Lá o mar é azul, a areia branca e fina e onde se pode mergulhar em águas cristalinas, tomar banho de argila medicinal retirada diretamente da fonte natural, passear na praia e comer bem, a preços módicos. Existe? Sim, o …

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gamboachegada

Para desligar do dia-a-dia agitado da vida urbana, nada como um vilarejo sossegado à beira-mar. Lá o mar é azul, a areia branca e fina e onde se pode mergulhar em águas cristalinas, tomar banho de argila medicinal retirada diretamente da fonte natural, passear na praia e comer bem, a preços módicos.
Existe? Sim, o lugar ideal para relaxar é Gamboa, localizada na Ilha de Tinharé, no litoral baiano, a 10 minutos da badalada Morro de São Paulo.
Com 1,5Km de extensão de praia, Gamboa aindagamboa2 mantém as características e o aconchego de uma vila de pescadores, longe do turismo de massa e da agitação da vizinha Morro.
Banhada por um azul intenso e águas calmas e transparentes, permite curtir a praia sem música alta ou muita gente ao redor e ainda, sem a agitação e as festas noturnas. A beleza nat
ural, marcada pelos coqueirais e a mata atlântica, é completada pela ausência de carros circulando nas ruas ou pelas vielas cercadas de casinhas típicas, com vizinhos que sentam à sombra das árvores para conversar. A maioria dos nativos da região mora em Gamboa, o que possível um contato mais direto com o jeito de viver ainda preservado da ilha. Após uma temporada no local em contato com os moradores, o boca a boca traz ao visitante as dicas dos melhores locais, melhores comidas e aluguéis.
gamboaGamboa permaneceu um longo tempo sem a presença do turismo. Hoje, abriga algumas boas pousadas, bares e restaurantes à beira-mar com comida regional, atendimento acolhedor, dando conta das necessidades de quem resolve passar uma temporada por lá. Não há luxos, é possível também alugar casas por temporadas e o comércio é de subsistência. Tudo isso sem deixar de ser uma pacata e tranquila vila de pescadores.
Os barcos dão conta do trajeto frequente entre as Gamboa e Morro de São Paulo – 10 minutos de travessia no preço de R$ 3,00 –, ou cerca de 30/40 minutos para quem quer caminhar pela beira-mar na maré baixa. Nesse caso, é preciso estar de olho nas tábuas de marés para evitar surpresas desagradáveis, uma vez que há muitas pedras no trajeto.
Tais facilidades atendem àqueles que quiserem mesclar a tranquilidade de Gamboa, com a badalação de Morro de São Paulo com praias movimentadas repletas de jovens vindos de todos os cantos do mundo, passeios pelas piscinas naturais, esportes radicais e um charmoso comércio.
gamboa3 (1)

Onde ficar

Em Gamboa, além das pequenas pousadas que se caracterizam pela simplicidade, aconchego, hospitalidade e preços convidativos, há a opção do Camping da Gamboa bem estruturado e em frente ao mar. Hotéis e pousadas de luxo estão na vila de Morro de São Paulo.
Hoje, as reservas para hospedagem em Gamboa podem ser feitas na internet em sites como o booking, trivago ou tripadvisior, ou ainda, através de contato direto com as pousadas que, na maioria, possuem sites próprios. Entre as mais conhecidas estão a Pousada do Sol , a Pousada Canto do Mar , a Pousada Biônica e a Pousada da Tia Tita.

argila2Como chegar

Para chegar a Gamboa é preciso ir primeiro a Valença ou a Salvador. De lá, há três modos de chegar ao vilarejo. Quem não quiser fazer a travessia por mar, podem viajar até Morro de São Paulo de avião. De lá, são apenas mais 10 minutos de barco até Gamboa.
Saindo de Salvador, as empresas Addey Taxi Aéreo ( (71) 3377-1993/ 3248-3703(PLANTÃO 24H)) – e Aerostar Taxi Aéreo (71) 3612-8600) fazem o translado em 25 minutos.
Já que optar por ir por mar aberto, com preços mais em conta, os catamarãs partem diariamente do Terminal Marítimo de Salvador, no Comércio, em horários alternados, até Morro de São Paulo e, de lá, para Gamboa. É preciso verificar os horários em que eles vão até o vilarejo. Em outros, é necessário chegar em Morro e pegar outro barco para Gamboa.
Os catamarãs vão por mar aberto numa viagem de cerca de três horas sujeitas aos balanços do mar – cuidado quem enjoa – porém, é a ideal para quem não quer gastar muito com transporte.
Também saindo do Terminal é possível ir até a Ilha de Itaparica de barca ou catamarã – a travessia dura 40 minutos – e de lá pegar um ônibus indo, por terra, até a Ponta do Curral, próximo à cidade de Valença, onde se apanha uma lancha rápida até Morro ou Gamboa. O custo é bem em conta.
Outra alternativa é o ferry boat, principalmente para quem vai de carro, embora numa viagem mais longa. Ele sai do Terminal de São Joaquim em Salvador indo até Bom Despacho, na Ilha de Itaparica (aproximadamente 60 minutos). De carro ou van que ficam à disposição, seguem em direção a Valença (entre 1h20 a 1h40), e de lá para Morro de SP de lancha ou barco (de 10 a 40 minutos). Quem alugar carro, deve lembrar que eles não entram na ilha.
Quem vai pela primeira vez e não quer aventurar-se sozinho no percurso, é interessante buscar agências que fazem o translado, tomando o cuidado de acertar todos os preços antecipadamente. Eles podem apanhar o turista no aeroporto e ou nos hotéis e levar até os terminais, acompanhado de guias.
A Cassi turismo  é uma das empresas sérias que atua no setor.

 

Texto e fotos: Equipe Rede Sina

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